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Suspensão de Pena;
Suspensão Provisória da Pena
Ambos são medidas de diversão – divergem o curso normal do processo para uma via
alternativa; o MP tem indícios da prática do crime, mas não acusa.
Suspensão de pena – quando o código penal o diz expressamente (são poucos os casos)
Quando o CP diz que um concreto crime, praticado num certo modo pode levar à
dispensa do agente.
Quando o agente exerça retorsão pode o tribunal dispensá-lo de pena. É cero que
comeste ofensa à integridade física como teve retorsão dispensa a pena.
Suspensão provisória do processo – verificando alguns pressupostos do crime (281º
CP), o MP pode dizer: “arguido tenho uma proposta (….) e eu arquivo isto” – o arguido
se aceitar, o MP vai ao juiz e diz, fiz esta proposta ele aceitou, parece justo? Se o juiz
aceitar o processo fica suspenso com o carimbo do juiz e fica arquivado. Não vai ter
registo criminal. A lei não permite que haja suspensão sucessiva – uma pelo menos a
cada 5 anos.
CPP – quando a lei penal preveja a possibilidade de mais tarde o juiz dispensar de pena
posso eu procurador nem levar para julgamento, arquivar. Porque a funcionalidade do
sistema penal deve ser tutelada, é eficiente que nem todos venham a ser alvo de
julgamento.
Há um conjunto de injunções que podem ser impostas, ele tem de aceitar (o arguido)
para o processo vir a ser arquivado.
Assistente – ofendido que decidiu integrar ativamente num processo.
O inquérito (art. 262º-265º) também pode resultar em acusação:
Acusação Pública – acusação feita pelo MP, em que casos pode haver?
Crimes públicos – aqueles que não têm queixa; objeto de denúncia, não de
queixa. Há uma denúncia e abre-se o inquérito
Crimes Semipúblicos – dependem de queixa por parte do titular do interesse
ofendido – se eu vir uma pessoa a agredir outra não posso fazer queixa, tem de
ser o ofendido a fazer – apenas posso por ex se for entre namorados é um crime
público. Prazo de 6 meses a contar do acontecimento do facto e do
conhecimento dos seus autores. Crime de violação é semipúblico.
Crimes particulares – geralmente os menos graves (ex. injúrias, difamações):
o Queixa – tem de haver queixa – 6 meses;
o Requerimento de constituição de assistente;
Legitimidade – só pode requerer quem tem legitimidade para tal;
Representação judiciária;
o Tempestividade – tem de ser apresentado dentro do prazo legal
o Acusação Particular – se apresentar queixa por crime de injúria o MP
investiga – no final do inquérito o MP não pode acusar. Pode notificar o
assistente para querendo deduzir acusação particular:
Ocorreu indícios da prática do crime ou não; o assistente pode
sempre acusar mesmo não havendo indícios por parte do MP.
Como sabemos se um crime é público, semipúblico ou particular? Todos os crimes são
públicos, exceto os que são semipúblicos e particulares. Se a lei nada disser é público,
se a lei disser que depende de queixa (o procedimento de queixa) é semipúblico e se
depender de acusação particular é particular – neste é obrigatório a constituição de
assistente.
Se estivermos perante um crime público ou semipúblico é o MP que acusa – tem os
requisitos de art. 283º
Se estivermos perante um crime particular – é o assistente que acusa e se quiser. Se
quiser acusar o MP decide se quer acompanhar a acusação ou não.
Acusação Particular (crimes particulares) (285º) ≠ Acusação pelo assistente (crimes
públicos e semipúblicos) – art. 284º - acusação subordinada (factos pormenor, não
introduz factos principais que agravam os crimes) (QUANDO HÁ ASSISTENTE,
áquilo que é o objeto que o MP definiu para o processo.
Acusação pelo assistente – Resposta:
Acusação subordinada;
Alteração não substancial de facto
Discordar da acusação.
Se houver um despacho de arquivamento – Formas de reagir
Reabertura de inquérito (278º): O processo está fechado à mais de 20 dias e
ninguém reagiu. “Ressuscitar um morto”
Intervenção Hierárquica (278º): O MP é uma estrutura hierarquizada, ao
contrário dos tribunais. Apresentei queixa por furto e o MP arquiva. Não posso
requerer abertura de instrução isto serve para perguntar ao juiz se a decisão de
arquivamento foi correta ou não tendo em conta o caso. Mas se não investigado
não há prova não dá para perceber. Porque é que não há prova? – Vamos ao
superior hierárquico do homenzinho do MP – e o que está em cima do que não
fez nada mando-o fazer. Ele investiga e percebe se acusa ou arquiva, ao menos
tem prova.
Requerer abertura de instrução (art. 278º nº1 b)) – o assistente vai ao juiz dizer –
o procurador deveria ter acusado. O juiz faz um despacho de prenuncia. Quem
manda é o juiz na instrução. No inquérito é o procurador. O assistente narra os
factos como se estivesse na acusação e diz ao juiz que os factos têm de ser
julgados. O juiz decide ou não se vai para julgamento.
Paulo Sousa Mendes – O arguido pode requerer abertura de instrução: quando
há uma decisão judicial já não podemos reabrir o processo e o arguido pode
requerer abertura para perceber se não há mesmo indícios.
Art. 287º nº1 a) – Requerer abertura de instrução pelo arguido: Pode usar a instrução
como uma antecâmara de julgamento para filtrar a acusação. “RELATIVAMENTE A
FACTOS” – na lei; mas muitas vezes discute-se direito. Mas, se existir acusação pública
tmb pode RAI – crime de roubo, o MP diz que não recolheu prova da faca; acusa só por
crime de furto. Este facto em julgamento não pode ser levado, porque agrava a pena ou
do crime. Se chegarem a julgamento com crime de furto e afinal havia uma faca isso
não vai ser valorizado. Mas o assistente pode usar a RAI para estes casos – serve para
agravar os crimes. O arguido pode sair da instrução pior do que entrou.
Porque é que não pode na alternativa particular? – Porque o assistente não pode fazer a
acusação e depois discutir os factos que ele próprio levou a processo.
Tem de ser para satisfação de uma necessidade imediata – crime mas crime particular.
E se eu tiver um continente, tirar um sniker, guardar no bolso, apita o alarme, o policia
para me – art. 207º nº2 o furto é particular. Não há detenção em flagrante nos casos dos
crimes particulares
Se eu furtar um dos códigos e me for embora com o código – art. 203º CP
Exceção à aplicação da lei do tempo (para o assistente)– art. 32º nº9 CRP – princípio
do juiz natural – entre as garantias do processo penal.
Princípio – não se pode retirar a um juiz um processo cuja competência estava já fixada
– não posso o legislador vir a alterar a lei no sentido de atribuir o processo a outro juiz.
À quem atribua também ao princípio a proibição de tribunais extraordinários e de
exceção, fora da jurisdição penal, e que julguem apenas certo tipo de crimes.
Quer-se criar tribunais para a violação doméstica – não dá a CRP proíbe.
COMPETÊNCIA
O que é a competência?
A competência é a medida de jurisdição atribuída a cada tribunal; o que é a jurisdição –
atividade de administração que é exercida pelos tribunais, tem competência para
conhecer certo tipo de crimes. É preciso encontrar o tribunal que tem competência para
apreciar um crime em concreto.
Para isto precisamos:
CPP; Lei da Organização do Sistema Judiciário – tem em anexo mapas (NÃO
ESQUECER)
Competência:
- Funcional;
- Material – singular e tribunal coletivo – art. 14º e 16º (também vamos ver o tribunal de
júri – art. 13º) . Vê-se e função da matéria, mas também em função dos agentes
(qualidade dos agentes). Quanto à matéria, os tribunais singulares são competentes
alguns, os coletivos outros. Se existir um crime aqui o que temos de perceber é qual o
tribunal competente para julgá-lo. Olhar para os critérios:
- Qualitativos (natureza dos crimes) – art. 13º nº1; art. 14º nº1
O tribunal singular julga crimes com pena superior a 5 anos (por exemplo),
- Quantitativos (gravidade dos crimes)
- art. 16º nº3 CPP – o ministério publico quando acusa pode escolher enviar o arguido
para julgamento em tribunal singular – de acordo com juízo de prognose não é
expectável que se aplique uma pena superior a 5 anos, por isso envio o processo para
tribunal singular e limita a pena para 5 anos. O 16ºnº3 só pode ser usado perante casos
do 14º 2 b) – seria o critério quantitativo que levaria o caso a tribunal coletivo.
Estas duas (em cima) são tratadas em conjunto – limita a jurisdição dos tribunais
competentes em:
- fase do processo;
- grau;
- Hierárquica;
- Territorial;
- Por conexão.
Por onde estudar:
Academia.edu.(….)
Vamos andar para já entre os artigos 11º e 17º CPP
Espécies de tribunais:
STJ;
TR;
TC.
O tribunal coletivo pode condenar por penas superiores, mas não tem necessariamente
de fazer isso, pode condenar por 1 ano por exemplo. Se o arguido é acusado de vários
crimes e o tribunal chega à conclusão de que ele só meteu um crime, o tribunal tem de
condenar por esse só crime, não vai remeter para o tribunal singular, não faz sentido.
Tribunal de júri – 15 julgamentos por ano +/- - critério qualitativo – prevalece sobre o
critério qualitativo do coletivo, desde que haja requerimento. Só funciona por
requerimento. Não é aplicável a criminalidade organizada (207º nº1 CRP) e a
terrorismo, nem a titulares de cargos públicos. O jurado não pode ser licenciado em
direito. Têm de ser cidadãos comuns.
Não é inconstitucional não poder julgar titulares de cargos públicos em tribunal de júri.
Competência territorial – não vamos ter de identificar nos mapas qual é o competente.
Mas vão pedir para identificarmos qual é – dentro dos que dão.
Art. 19º CPP (ler de baixo para cima) + Art. 20º e 23º CPP
Se o tribunal for territorialmente incompetente essa nulidade tem de ser arguida num
certo tempo, se não se sana.
Se existir um crime de homicídio qual será o tribunal competente? Consumação onde a
pessoa morreu – NÃO – o ponto importante é – onde ocorre a prática do facto, onde
ocorreu o crime.
Nº4 – tentativa, factos preparatórios
Nº3 – execução duradoura
Nº2 -
Nº1 – Consumação
Conexão:
Heterogénea – conexão de processos são da competência e hierarquia de tribunais
diferentes – art. 27º CPP
Homogénea – os tribunais são da mesma hierarquia e espécie, mas tem competência
territorial diferente – temos de saber qual dos tribunais nesse âmbito é competente – art.
28º CPP
14º a) – tribunal coletivo pelo critério qualitativo.
197º CP
Caso Prático:
O A é acusado de um crime (350º CP), que cometeu em Lisboa + acusado de u crime de
homicídio privilegiado (133º CP) cometido em Coimbra. Vamos admitir que há fator de
conexão. (art. 24º b))
Competência material, territorial de cada um + Conexão
Há duas soluções para isto.
Elementos de estudo há um esquema de resolução de casos destes.
Tem muita relevância para efeitos de avaliação, testes e orais.
TS 24º b) TC
(Lisboa) (Coimbra)
16º nº2 c) 27º e 28º a) CPP 14º nº2 c)
19º n1 19º
Peculiaridade – o crime que o Tribunal singular previu uma pena superior à que preveu
o Tribunal Coletivo.
Depende da leitura do art. 27º e 28º CPP – prevalece sempre o tribunal de hierarquia
superior (27º); (28º) – competência territorial, não queremos saber se são crimes da
competência do tribunal coletivo ou singular. Na maior parte dos casos o art. 27º
geralmente resolve tudo, porque se tiver um caso no tribunal singular ou coletivo, o
artigo djz logo que é o coletivo. Problema: Se eu aplicar apenas o art. 27º leio o caso do
seguinte modo: 2 tribunais competentes (lisboa e coimbra) – coletivo de coimbra; 2º
solução – ao 27º não pergunto se é de lisboa ou coimbra, pergunto se é singular ou
coletivo, diz que é coletivo, vou ao 28º perguntar qual coletivo – em regra dá a mesma
resposta que o 27º diria – mas neste caso não porque o coletivo dá uma pena mais baixa
– aqui é a área do tribunal singular – chego a um terceiro tribunal que não estava na
equação – Tribunal Coletivo de Lisboa.
Duas perspetivas:
Olhar apenas para o art. 27º CPP;
Olhar para o art. 27º e 28º em separado, como complementar do art. 27º CPP.
Separação de processos – causas taxativas – art. 30º CPP. Se um arguido pedir para ser
julgado num tribunal de júri, o outro pode saltar fora. Se for o MP a requerer vão todos
obrigatoriamente para tribunal de júri.
Nulidade processual – não produção de efeitos.
Só é nulidade insanável porque a lei diz que é insanável. Se a lei diz que o ato é nulo,
está dependente de arguição – se só diz isso é sanável.
Nulidades insanáveis – Art. 119º CPP – nunca se sana.
Dependentes de arguição – Art. 120º CPP, se não for arguida a tempo sana-se. Se eu
assistir ao ato nulo tenho de invocar no momento. O juiz faz o despacho nulo tenho de
invocar ali por exemplo. Exceto esses casos tenho prazo.
Irregularidade – Art. 123º CPP – tem de ser invocada em 3 dias, ou se eu assistir ao ato
tem de ser invocada no próprio ato.
Proibição da Prova – Art. 126º CPP + Art. 32º nº8 CPP – isto é diferente de nulidade. O
próprio art. 118º nº3 CPP
Consequência – O ato é anulado, é declarado o vício e os atos dele diretamente
dependentes, exceto o que poder ser aproveitado.
Impedimentos
Base legal: Art. 49º CPP; Art. 40º CPP
Exceção à regra do juiz natural, aquele juiz até era o que devia conhecer o
processo, mas por razões relativas à própria credibilidade, imagem de
imparcialidade é necessário chamar outro juiz. Por exemplo o juiz é pai do
arguido, ou porque participou nesse processo como parte, por exemplo como
testemunha.
Suscitamos o impedimento, nos termos do art. 41º nº2 CPP – requerer a
declaração de impedimento – o art. 40º nº3 CPP diz que são nulos os atos que
foram proferidos pelo juiz. Mas eu só vi passado 1 mês – os atos estão sanados?
Mesmo que a nulidade não tivesse sido arguida em tempo e o ato sana-se, cada
ato é um ato nulo que o juiz praticar – logo arguimos o impedimento – art. 41º
nº2 e arguir toda a nulidade dos atos do juiz – art. 41º nº3 ?
Caso: O que deve fazer a polícia, se encontrar uma pessoa com uma arma na mão em
propriedade privada de outrem e à frente dessa pessoa uma outra no chão inanimada. O
que deve fazer a polícia?
- A polícia deve tirar a pistola da mão dessa pessoa – apreensão.
- Medidas cautelares da polícia;
- A polícia tem de saber se ele tem mais armas – o que é que a polícia faz – faz uma
revista. Revista vs busca – Art. 251º CPP; buscas (art. 174º CPP em especial nº5) é em
espaços; revistas é a pessoas.
Detenção:
Detenção em flagrante delito
o Stricto sensu – viu o crime a acontecer
o Quase flagrante delito – a polícia aqui utiliza os seus próprios sentidos,
apesar de também ter de confiar no que lhe é dito.
o Presunção de flagrante delito – pressupõe distância temporal; a polícia
tem de confiar no que se disse para perceber se a pessoa teve ou não
envolvimento no crime. Alguém que furta e vai a fugir por exemplo. A
margem de erro é superior, cogitável mais facilmente. Art. 243º CPP – a
polícia só pode redigir autos de notícia quando a polícia presenciou, aqui
não pode redigir auto de noticia. Poderá divulgar um auto de ocorrência.
Detenção fora de flagrante delito
Quem é que pode ordenar uma detenção fora de flagrante delito? – Autoridade de
polícia criminal, juiz, Ministérios Públicos.
Classes . diferença entre classes da constituição de assistentes, o que quer dizer na falta
de (..)