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SUJEITOS PROCESSUAIS
1. JUIZ
- O juiz pode declarar impedimento, incompatibilidade, suspeição. Ou, então, a parte
pode declarar essa suspeição.
• Esses são institutos que visam garantir a imparcialidade judicial no seu aspecto
objetivo.
• Todos os três podem ser objeto de declaração de ofício pelo juiz. As partes
deverão ser intimadas, juiz pode ou não declarar motivo, podendo declarar que
é de foro íntimo.
• Caso o juiz não se declare, as partes podem alegar.
- Momento da arguição:
• O MP deve arguir até o oferecimento da denúncia.
• A matéria referente a suspeição não preclui, pois ela afeta o princípio da
imparcialidade do juiz.
• Com relação ao réu, o acusado deve acusar no primeiro momento que ele irá se
manifestar no processo, ou seja, na resposta à acusação.
2. MINISTÉRIO PÚBLICO
b) Natureza Jurídica:
• Parte imparcial: a doutrina não encontrou consenso sobre a natureza jurídica do
Ministério Público, uma vertente acredita que existe “parte imparcial”. Existe a
justificativa de que o MP não é um órgão de vingança pública, tanto que pode
pedir pela absolvição do acusado, por isso também seria imparcial.
• Parte parcial: outra vertente concorda com isso por conta da paridade de armas
e pela necessidade do contraditório. Se há defesa, há acusação.
• Parte sui generis: por ser parte acusatória e também fiscal da lei, essa vertente
entende ser sui generis.
c) Princípios:
• Unidade: órgão único com a mesma direção e finalidade.
• Indivisibilidade: as modificações internas podem acontecer no tocante às
atribuições dos promotores e ainda assim não haverá ruptura.
• Independência funcional: o órgão pode agir de acordo com suas próprias
convicções independentemente dos órgãos superiores, sempre de acordo com a
CF.
• Promotor natural: causa muita polêmica, não há previsão legal, é construção
doutrinária e jurisprudencial (o HC 67759, STF concorda). Seria a competência
definida previamente, com a justificativa de fornecer maior segurança jurídica. A
crítica defende que isso restringiria a unidade do MP e que o procurador poderia
fazer mudanças pessoais internamente.
• Impedimento: art. 258, 1ª parte, CPP.
• Suspeição: art. 258 c/c art. 254, CPP. A defesa e o MP podem apontar.
3. Acusado e defensor
a) Acusado:
• Definição: legitimado passivo no processo penal, imputa a prática do delito.
• Terminologia: o imputado durante o inquérito é chamado de indiciado (quando o
delegado indicia) e suspeito (quando há aparência de delito), após recebimento da
denúncia, se torna réu e posteriormente denunciado. Após sentença se torna
condenado.
Obs.: art. 225, §3º, CF e lei 9605/98, art. 3º.
• Responsabilidade penal da pessoa jurídica: existe responsabilidade, mas quem irá
responder é o gestor, pois determinados atos seriam incompatíveis com a PJ. Não
dá para prender a PJ, mas existem outras formas de responsabilizar.
b) Defesa:
• Direito de defesa: art. 82, “c” a “g”, CADH; art. 5º, LV, CF; art. 7º, XIV e XXI,
lei 8906/94 -> Contraditório e ampla defesa.
• Pacto São José da Costa Rica.
• Direito de:
➢ Presença;
➢ Audiência;
➢ Postular pessoalmente.
3. ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO:
- O corréu não poderá ser assistente (o réu não pode agir de forma a culpar outro réu e
se livrar);
- Poderá propor meios de prova, participar do debate oral, as AFs são do MP, mas o
assistente pode falar em seguida.
- Recursos: o MP não pode ter recorrido para o assistente recorrer. Caso o MP o faça, o
assistente poderá opinar posteriormente.
- A decisão que admite ou não o assistente deverá ser muito bem fundamentada e não
caberá recurso.
A) FUNCIONÁRIO DA JUSTIÇA:
C) AUTORIDADE POLICIAL:
1. Citação:
• Ato de chamamento do acusado ao processo (ampla defesa e contraditório) para
que ele tenha conhecimento do ato/acusação.
• Contraditório: informação e reação por parte da defesa, por isso a importância da
citação (art. 5º, LVII).
- Antes de 2008 o acusado era citado para comparecer ao seu interrogatório, mas
atualmente ele é chamado para responder por escrito a acusação no prazo de 10 dias na
presença de um advogado (art. 396, a, CPP).
• Súmula 415 do STJ: diz que o prazo ficará em suspenso pelo tempo da pena em
abstrato (pena máxima);
• A imprescritibilidade não está prevista na CF, por mais que o STF tenha entendido
que não é um rol taxativo e que o art. 366, CPP, é constitucional.
• Caso o réu reapareça, haverá citação.
• Citação por hora certa: o oficial vai até o domicilio em dias e horários diferentes,
partindo do pressuposto que a pessoa está se escondendo. Caso o oficial não
encontre, poderá citar um familiar ou vizinho para dar conhecimento.
• Art. 311, 312, 313 – Prisão preventiva.
Obs.: condução coercitiva - art. 260, CPP - seria quando o acusado é intimado para
comparecer ao seu interrogatório ou a outro ato do processo e ele não comparece. De
acordo com o dispositivo, nesse caso, a autoridade pode conduzi-lo coercitivamente.
O artigo está em desacordo com a Constituição de 88, estando de acordo com o código
penal de 41. Ofensa ao princípio de presunção de inocência, o direito ao silêncio e o
direito a não se autoincriminar.
PROCEDIMENTO COMUM
Ordinário, sumário e sumaríssimo
- Lei 9099/95, art. 60, parágrafo único. Júri absorve a competência para ele,
quando há concurso de crimes da justiça comum ordinária.
• Lei 9.099/95, Lei 10.255/2001, Art. 394, parág.1, III, CPP c/c art. 60, Lei 9.099/95
e Art. 61, Lei 9.099.
• Infração de menor potencial ofensivo;
• Art. 60 p único, lei 9.099.
• Art. 28, lei 11.343/06 - porte ou cultivo de droga - crime de menor potencial
ofensivo.
• Art. 41, lei 11.340/06 - Lei Maria da Penha.
2. Rito/Procedimento:
• Lavratura - Lei 9.099 dispensa o IP, o procedimento em sede policial é o Termo
Circunstanciado de Ocorrência. (art. 69)
• Audiência Preliminar (Art. 72 a 76) - Diferencial
• O juiz leigo acompanha até essa fase.
• Proposta - composição civil de danos - art. 74 - valor pecuniário pago à vítima.
se for Ação Penal Pública Condicionada/Ação Penal Privada, a composição terá
como consequência a renúncia ao direito de representação.
• Proposta transação penal - art. 76
• Art. 28, CPP, súmula 696, STF - entendimento de que a transação penal é um
direito subjetivo do pretenso autor do fato, se presentes todos os requisitos.
Ação Penal Pública Incondicionada: proposta de aplicação imediata de pena privativa
de direitos que afasta a pena privativa de liberdade.
Juiz Leigo:
• Não havendo transação penal ou se o autor não compareceu.
• denúncia/queixa oral - havendo denúncia ou queixa oral, passa para o rito
sumaríssimo.
• Citação do acusado: é para comparecer a AIJ e não para resposta.
• Caso não seja encontrado, será citado por edital.
AIJ:
• Nova tentativa de conciliação;
• Resposta à acusação oral em audiência. Aplica-se os mesmos dispositivos do
CPP para o que deve conter na peça.
• Resposta é para evitar que o juiz receba a peça acusatória, e não para se
defender após o recebimento, como no rito comum.
• Havendo recebimento/rejeição da denúncia: Rito é exatamente como o
comum, mas todos os atos são orais. - Também não cabe recurso, apenas HC.
• Oitiva vítima;
• Interrogatório;
• A sentença será oral na AIJ.
• Art. 74 composição de danos e 76 - transação penal.
• Quem julga os recursos de decisões do JECRIM é uma turma dos juízes que se
reúnem e compõe uma turma no próprio JECRIM.