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DIREITO CIÊNCIA
• Art. 1º O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
• II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos
com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de
responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2º, e 100); CF de 1937
• V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130 – Lei de imprensa 5250/67 é inconstitucional)
• Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos incisos. IV e V, quando as
leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.
• OBS: HÁ OUTRAS EXCEÇÕES PARA A APLICAÇÃO DO CPP EM OUTRAS NORMAS (CÓD. ELEITORAL POR
EXEMPLO).
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO
• Art. 2º A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos
realizados sob a vigência da lei anterior.
• EXCEÇÃO: LEIS MISTAS (CONTEÚDO PENAL) EX: Se quando o crime é cometido, existe
uma lei que diga que a ação penal é privada e, posteriormente, vem outra dizendo que a
ação penal é pública incondicionada, a ação continuará sendo privada, porque isso é melhor
para o réu (ultratividade da lei mais benigna).
Ultratividade = aplica-se a lei revogada aos fatos praticados ao tempo de sua vigência
• A lei nova aplica-se aos fatos adiante sem prejudicar os atos sob a vigência da lei anterior
INTERPRETAÇÃO DA LEI PROCESSUAL PENAL
Art. 3º A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o
suplemento dos princípios gerais de direito.
QUESTÃO DE PROVA DE DELEGADO-SP EM 2022:
No que concerne à interpretação e aplicação da Lei Processual Penal, é correto afirmar que o Código
de Processo Penal
A) admite apenas a aplicação da interpretação extensiva.
B) admite a aplicação analógica.
C) admite apenas a aplicação da interpretação analógica.
D) não admite a aplicação da analogia e dos princípios gerais de direito.
E) admite expressamente a interpretação autêntica.
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
• VERDADE REAL - Magistrado deve buscar provas, tanto quanto as partes, não se contentando
com o que lhe é apresentado, simplesmente.
• Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
• I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas
urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida;
• Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas
pelas partes.
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
• IMPARCIALIDADE DO JUIZ
• Juízes devem ser imparciais. Exemplo de busca por imparcialidade: causas de impedimento (art. 252)
• I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial,
auxiliar da justiça ou perito;
• II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
• III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a
questão;
• IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
• PARIDADE DE ARMAS
• Decorre da igualdade. As armas processuais devem ser fornecidas a ambas as partes. Na ação
penal pública a paridade das armas fica mitigada, ou seja, limitada, enfraquecida, pelo princípio da
Oficialidade.
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
• Juiz não pode julgar pautado em conhecimento fora dos autos do processo. Só inquérito por
exemplo, não constando no processo judicial, gera nulidade. “Quod non est in actis non est in hoc
mundo”
• Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
• PUBLICIDADE
• REGRA: Art. 5º, LX. E Art. 37 da CRFB. CPP Art. 792. As audiências, sessões e os atos
processuais serão, em regra, públicos e se realizarão nas sedes dos juízos e tribunais, com
assistência dos escrivães, do secretário, do oficial de justiça que servir de porteiro, em dia e hora
certos, ou previamente designados.
• HÁ EXCEÇÕES Ex: Art. 485 (Júri). Não havendo dúvida a ser esclarecida, o juiz presidente, os
jurados, o Ministério Público, o assistente, o querelante, o defensor do acusado, o escrivão e o
oficial de justiça dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser procedida a votação.
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
• CONTRADITÓRIO
• Art. 5º, LV CRFB Evita réu condenado sem ser escutado. Réu deve conhecer a acusação e ter a
oportunidade de contrariá-la. Não se aplica a Inquérito Policial. CRFB fala em litigantes. Inquérito
há apuração de fatos. É inquisitorial.
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
• AMPLA DEFESA
• Art. 5º, LV CRFB Direito à defesa técnica, possibilidade de interposição de recursos e o direito a
acessar autos de inquérito policial são exemplos.
• Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim
entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
• Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão
admitidas em juízo. EXCEÇÃO: FAVORECER O ACUSADO.
• PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
• Art. 5º LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
• Quando o juiz se encontrar diante de normas de interpretações antagônicas, deve optar pela mais
favorável ao acusado. A possibilidade de revisão (art. 621) apenas para favorecer o condenado é
clássico exemplo da observância do Princípio do Favor Rei.
• PROMOTOR NATURAL
• “O princípio do promotor natural pressupõe que cada órgão da instituição tenha, de um lado, as
suas atribuições fixadas em Lei e, de outro, que o agente, que ocupa legalmente o cargo
correspondente ao seu órgão de atuação, seja aquele que irá oficiar no processo correspondente,
salvo as exceções previstas em lei, vedado, em qualquer hipótese, o exercício das funções por
pessoas estranhas aos quadros do parquet.” (Paulo Cezar Pinheiro Carneiro)
• “Significa que o indivíduo deve ser acusado por órgão imparcial do Estado, previamente designado
por lei, vedada a indicação de acusador para atuar em casos específicos.” (Nucci)
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
• JUIZ NATURAL
• “Consiste no direito que cada cidadão tem de saber, de antemão, a autoridade que irá processá-lo e
qual o juiz ou tribunal que irá julgá-lo, caso pratique uma conduta definida como crime no ordenamento
jurídico penal. O nascimento da garantia do juiz natural dá-se no momento da prática do delito, e não no
início do processo. Não se podem manipular os critérios de competência e tampouco definir
posteriormente ao fato qual será o juiz da causa. Elementar que essa definição posterior afetaria,
também, a garantia da imparcialidade do julgador.” ( Aury Lopes Jr.)
• PRINCÍPIO DA NÃO-AUTOINCRIMINAÇÃO
• Na verdade, o princípio assegura o direito de silêncio e de não produzir provas contra si mesmo.
PRINCÍPIOS NO PROCESSO PENAL
A) do contraditório.
B) da verdade real.
C) da oficiosidade.
D) do juiz natural.
E) da indisponibilidade.