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Pós – Penal

e Processo Penal
Legale
Ato Normativo 314 PGJ (SP)
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 o art. 26, I, da Lei Federal nº 8625, de 12 de


fevereiro de 1993, e o art. 104, I, da Lei
Complementar Estadual nº 734, de 26 de
novembro de 1993, autorizam o membro do
Ministério Público, no exercício de suas
funções, a instaurar procedimentos
administrativos pertinentes ao desempenho
de suas atribuições constitucionais;
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 O membro do Ministério Público, no exercício


de suas funções na área criminal, poderá, de
ofício ou em face de representação ou outra
peça de informação, instaurar procedimento
administrativo criminal quando, para a
formação de seu convencimento, entender
necessários maiores esclarecimentos sobre o
caso ou o aprofundamento da investigação
criminal produzida.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
 A decisão de instauração de procedimento
administrativo criminal deverá, conforme o caso, levar
em conta, dentre outros aspectos, especialmente os
seguintes:
 I - prevenção da criminalidade;
 II - aperfeiçoamento, celeridade, finalidade e
indisponibilidade da ação penal;
 III - prevenção e correção de irregularidade,
ilegalidade ou abuso de poder relacionado com a
atividade de investigação;
(segue)
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 IV - aperfeiçoamento da investigação,
visando à preservação ou obtenção da prova,
inclusive técnica, bem como a validação da
prova produzida, para fins de persecução
penal;
 V - fiscalização da execução de pena e
medida de segurança.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 O membro do Ministério Público, no


exercício de suas funções na área criminal,
deverá dar andamento, no prazo
improrrogável de 30 (trinta) dias a contar de
seu recebimento, às representações,
requerimentos, petições e peças de
informação de qualquer natureza que lhes
sejam encaminhadas, quer decida-se, quer
não, pela instauração do procedimento
administrativo criminal.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 A decisão de instauração do procedimento


administrativo criminal caberá ao membro
do Ministério Público cujo cargo detiver
atribuição para, no caso, oficiar em eventual
ação penal que possa resultar da
investigação
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
 O procedimento administrativo criminal será
instaurado por termo de abertura, que
necessariamente conterá:
 I - a descrição do fato objeto de investigação ou
esclarecimentos e o meio ou a forma pelo qual dele
se tomou conhecimento;
 II - o nome e a qualificação do autor da
representação, se for o caso;
 III - a determinação das diligências iniciais.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 Para secretariar os trabalhos, o presidente


designará, nos próprios autos do
procedimento administrativo criminal,
funcionário ou servidor do Ministério
Público, ou, na falta deste, pessoa idônea,
mediante compromisso
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
 Para instruir o procedimento administrativo criminal o
presidente poderá:
 I - expedir notificações para colher depoimento ou
esclarecimento e, em caso de não comparecimento
injustificado, requisitar condução coercitiva, inclusive
pela Polícia Civil ou pela Polícia Militar, ressalvadas as
prerrogativas previstas em lei;
 II - requisitar informações, exames, perícias e
documentos de autoridades federais, estaduais e
municipais, bem como dos órgãos da administração
direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos
(segue)
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

poderes da União, dos Estados, do Distrito


Federal e dos Municípios;
 III - requisitar informações e documentos a
entidades privadas;
 IV - promover inspeções e diligências
investigatórias junto às autoridades, órgãos
e entidades a que se refere o inciso II deste
artigo.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 A diligência que deva ser realizada em outra


comarca deverá ser deprecada ao membro
do Ministério Público local
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 O secretário designado somente poderá


permitir vista dos autos ou extração de
cópias do procedimento administrativo
criminal depois de expressamente
autorizado pelo presidente ou, em sua
ausência, de quem responder pelas
atribuições de seu cargo
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 O procedimento administrativo criminal


deverá ser concluído no prazo de 90
(noventa) dias, permitidas, se necessário,
prorrogações por iguais períodos, mediante
motivação consignada nos autos por seu
presidente
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
 Caso se convença da inexistência de fundamento que
lhe autorize a promoção de qualquer medida judicial
ou extrajudicial, o presidente promoverá o
arquivamento do procedimento administrativo
criminal.
 A promoção de arquivamento será apresentada ao
órgão jurisdicional competente sempre que o
procedimento administrativo criminal tiver sido
instaurado em razão de notícia de infração penal, ou
esta tiver surgido no decorrer da investigação,
aplicando-se, na hipótese, no que for compatível, o
disposto no artigo 28 do Código de Processo Penal
Ato Normativo 314 – PGJ-SP
 Os autos do procedimento administrativo criminal
cujo arquivamento tiver sido ordenado por seu
presidente serão depositados em arquivo permanente
do Ministério Público.

 Depois de promovido o arquivamento do


procedimento administrativo criminal, o membro do
Ministério Público poderá proceder a novas
diligências, se de novos elementos de convicção tiver
notícia.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 A instauração e a conclusão do
procedimento administrativo criminal, bem
como seu arquivamento e o eventual
oferecimento de denúncia ou proposta de
transação penal, deverão ser comunicados
pelo presidente ao Centro de Apoio
Operacional às Execuções e das Promotorias
de Justiça Criminal - CAEx-Crim.
Ato Normativo 314 – PGJ-SP

 O presidente do procedimento
administrativo criminal zelará pela
integração de suas funções com as da polícia
judiciária e de outros órgãos colaboradores,
em prol da persecução penal e do interesse
público
fim
AÇÃO PENAL
Ação Penal
 Acionar é processar

 No tema “ação penal” o que se busca saber é


quem terá o direito de processar, ou em
outras palavras, quem terá legitimidade para
processar o infrator.
Ação Penal
 Podemos, então, visualizar a ação penal no
seguinte gráfico:
INCONDICIONADA

PÚBLICA REPRESENTAÇÃO
CONDICIONADA
REQUISIÇÃO
AÇÃO
PENAL
PERSONALÍSSIMA
EXCLUSIVAMENTE
PRIVADA
NÃO
PRIVADA PERSONALÍSSIMA
SUBSIDIÁRIA DA
PÚBLICA
JURISDIÇÃO E
COMPETÊNCIA
Jurisdição
* Jurisdição é a capacidade de dizer o
Direito
Competência
* Competência é a delimitação do poder
jurisdicional.
Competência
A competência determina-se:
 Pelo Lugar
 Pela Matéria
 Pela Prerrogativa da Função
 Pela Conexão e Continência
 Pela Distribuição
Competência
Lugar
 Em regra, o lugar do crime é o da
consumação

 Mas há competências que não se firmam


pela consumação
Competência
Lugar
 Crimes que se consumam no estrangeiro
 Tentativa
 Crimes contra a Vida
 JECRIM
 Cheque sem fundos
Competência
Lugar
 Se o crime se consumar em mais de um lugar
(p. ex. crime permanente):

 Prevenção
Competência
Lugar
 Se houver dúvida entre dois lugares de
consumação:

 Prevenção
Competência
Lugar
 Se não se souber o lugar da consumação:

 Endereço do Acusado
Competência
Lugar
 Nos crimes de ação penal exclusivamente
privada:

 Foro de opção
Competência
Matéria
 Justiças especializadas, foros especializados

 Júri
 Justiça Militar
 Vara Especial da Infância e Juventude
 Justiça Eleitoral
 Justiça Federal
 Outros
Competência
Prerrogativa da Função
 Pessoas especiais, foros especiais

 Presidente da República, Vice, Ministros,


Governador, Prefeito, Deputados,
Senadores, Juízes, Desembargadores,
Promotores, Procuradores de Justiça, Etc
Competência
Prerrogativa da Função
 Atenção:

 Vereador não tem foro especial


Hipóteses de foro por prerrogativa de
função previstas na
Constituição Federal
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal
Federal, precipuamente, a guarda da
STF Constituição, cabendo-lhe:
[...]
b) nas infrações penais comuns, o
Presidente da República, o Vice-Presidente, os
membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador-Geral da
República;
c) nas infrações penais comuns e nos
crimes de responsabilidade, os Ministros de
Estado e os Comandantes da Marinha, do
Exército e da Aeronáutica, ressalvado o
disposto no art. 52, I, os membros dos
Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas
da União e os chefes de missão diplomática de
caráter permanente; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
A Lei 11.036, de 22/12/04. Elevou o cargo do Presidente do BACEN a
ministro de Estado, dando-lhe, portanto, a prerrogativa da competência
em razão da função.
Art. 105. Compete ao Superior
STJ Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os
Governadores dos Estados e do
Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os
desembargadores dos Tribunais de
Justiça dos Estados e do Distrito
Federal, os membros dos Tribunais de
Contas dos Estados e do Distrito
Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais
Eleitorais e do Trabalho, os membros
dos Conselhos ou Tribunais de Contas
dos Municípios e os do Ministério
Público da União que oficiem perante
tribunais;
TRF

Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:


I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais de sua área de jurisdição.
b) os juízes militares federais de sua área de jurisdição.
c) os juízes do trabalho de sua área de jurisdição.
d) os Membros do Ministério Público da União que
oficiem junto à 1ª instância;
Matéria -= TRFs

OBS:

Resolução n.1, de 06/10/88, do Tribunal Federal de Recursos,


que estabeleceu:

a) o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com a composição


inicial de 18 juízes, sede em Brasília e jurisdição sobre o Distrito
Federal e os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás,
Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia,
Roraima e Tocantins;
Matéria -= TRFs

OBS:

b) o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, com a composição


inicial de 14 juízes, sede na cidade do Rio de Janeiro e jurisdição
sobre os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo;
Matéria -= TRFs

OBS:

c) o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com a composição


inicial de 18 juízes, sede na cidade de São Paulo e jurisdição
sobre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul;
Matéria -= TRFs

OBS:

d) o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com a composição


inicial de 14 juízes, sede na cidade de Porto Alegre e jurisdição
nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina;
Matéria -= TRFs

OBS:

e) o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, com a composição


inicial de 10 juízes, sede na cidade de Recife e jurisdição sobre os
Estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará, Paraíba, Rio Grande do
Norte e Sergipe.
Dos Tribunais de Justiça dos
TJ Estados (art. 125 da CF), julgam
originariamente, nos crimes comuns:

a) os Prefeitos Municipais (art. 29, X, da


CF).
b) os juízes estaduais e do Distrito
Federal, inclusive os da Justiça Militar
Estadual, ressalvada a competência da
Justiça Eleitoral (art. 96, III, da CF).
c) os membros do Ministério Público
estadual e do Distrito Federal, ressalvada
a competência da Justiça
Eleitoral (art. 96, III, da CF).

No Estado de São Paulo, a Constituição Estadual acrescentou na


competência originária do Tribunal de Justiça os crimes cometidos pelo
Vice-Governador, pelos Secretários de Estado, pelos Deputados
Estaduais, pelo Procurador-Geral do Estado, pelo Delegado Geral de
Polícia e pelo Comandante -Geral da Polícia Militar.
PARTICULARIDADES NO TRIBUNAL DO JÚRI

Aqueles que gozam de foro especial previsto na própria


Constituição da República, como, por exemplo, os
promotores de justiça, são julgados pelo Tribunal de Justiça,
ainda que cometam homicídio. Já aqueles cujo foro por
prerrogativa de função decorre de Constituição Estadual,
são julgados pelo Tribunal do Júri, de modo que se pode
concluir que a prerrogativa de julgamento perante o Tribunal
de Justiça só alcança outros delitos.

STF 45 (vinculante) e STF 721: “A competência constitucional do Tribunal


do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido
exclusivamente pela Constituição Estadual”.
Competência
Conexão e Continência
 Crimes ou criminosos que devem ser
julgados no mesmo processo
Competência
Conexão e Continência
 Continência se dá no concurso de agentes ou
no concurso formal de crimes
Competência
Conexão e Continência
 Conexão se dá no concurso material ou
mesmo quando não houver concurso, mas
houver um liame entre os crimes (p. ex:
Caminhão saqueado, roubo e receptação,
outros)
Competência
Conexão e Continência
 Em regra o crime mais grave atrai o menos
grave
Competência
Conexão e Continência
 O Tribunal do Júri atrai todos os crimes e
criminosos, menos:

 Crime Militar Próprio


 Crime Eleitoral
 Menor Infrator
Competência
Distribuição
 Tendo mais de uma vara igualmente
competente deverá ser feito um sorteio para
chegar-se a competência. É a distribuição
PRISÃO E LIBERDADE
PRISÃO PROVISÓRIA
Prisão Provisória
 A prisão provisória, também chamada de
prisão processual ou prisão cautelar se
destaca no processo penal brasileiro por ser
uma forma de isolar o agente da sociedade
antes do mesmo ser condenado com trânsito
em julgado.
Prisão Provisória
 outras formas de prisão:
 prisão civil decretada na esfera cível por
prazo determinado para o devedor de
alimentos;
 prisão disciplinar que é a prisão do militar
que inclusive não é passível de Habeas
corpus;
 prisão definitiva ou prisão-pena que se dá
quando o agente se recolhe à prisão para
cumprir a pena imposta, após o trânsito em
julgado da sentença condenatória.
Prisão em flagrante
Prisão Provisória
Flagrante

 é a única que não é decretada pela


Autoridade Judiciária.
Prisão Provisória
Flagrante

 De acordo com o artigo 301 do CPP sempre


que alguém estiver em estado de flagrância
(art. 302,CPP) qualquer um do povo pode e a
Autoridade Policial e seus agentes devem
prendê-lo em flagrante
Prisão Provisória
Flagrante

 As hipóteses de estado de flagrância estão


previstas no art. 302 do CPP, e são elas:
Prisão Provisória
Flagrante

 a) estar cometendo a infração;


Prisão Provisória
Flagrante

 b) acabar de cometer a infração;


Prisão Provisória
Flagrante

 c) ser perseguido após cometer a infração


 - inclusive podendo ser preso em outra
comarca
 - flagrante impróprio ou quase-flagrante
Prisão Provisória
Flagrante

 d) ser apanhado, num momento posterior,


com instrumentos, armas ou objetos que
façam presumir ser o agente o autor da
infração
 - flagrante presumido
Prisão Provisória
Flagrante

 Não podem ser presos em flagrante:


Prisão Provisória
Flagrante

 - Menores de 18 anos
Prisão Provisória
Flagrante

 - Diplomatas Estrangeiros (por Tratados


ou Convenções)
Prisão Provisória
Flagrante

 - Presidente da República (art. 86, §3º da


CF)
Prisão Provisória
Flagrante

 - Membros do Congresso Nacional (art.


53, §1º da CF) – em crimes afiançáveis
Prisão Provisória
Flagrante

 - Deputados Estaduais (art. 27, §1º c/c


art. 53, § 1º da CF) – em crimes
afiançáveis
Prisão Provisória
Flagrante

 - Magistrados (art. 33, II, da LOMN) – em


crimes afiançáveis
Prisão Provisória
Flagrante

 - Membros do Ministério Público (art.


40, III, da LONMP) – em crimes
afiançáveis
Prisão Provisória
Flagrante

 - Advogado (art. 7º,§3º da Lei 8.906/94),


salvo no exercício da profissão em crime
inafiançável
 OBS: Na Ação Direta de
Inconstitucionalidade (nº 1.127), promovida
pela Associação dos Magistrados Brasileiros,
o STF deu interpretação ao referido artigo de
lei no sentido de que o mesmo não abrange
o delito de desacato
Prisão Provisória
Flagrante

ATENÇÃO - Autoridade Policial no prazo de


24 (vinte e quatro) horas da lavratura do
auto de prisão em flagrante deverá:
Prisão Provisória
Flagrante

 encaminhar cópia à Autoridade Judicial;


Prisão Provisória
Flagrante

 encaminhar cópia à Defensoria Pública (se o


preso for pobre e não tiver condições de
constituir defensor); e
Prisão Provisória
Flagrante

 entregar ao preso a nota de culpa que é a


informação ao preso do motivo de sua prisão
e quem a determinou
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção: Diferenças entre


 Flagrante Preparado
 Flagrante Forjado
 Flagrante Esperado
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção: Direitos do réu preso em


flagrante
 - Assistência da Família e de Advogado
 - Permanecer calado
 - Prisão especial (em alguns casos)
 - Outros
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção:
 - Flagrante no JECRIM
 - Flagrante na ação privada
 - Flagrante em crime habitual
 - Flagrante em crime permanente
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção:
 - Vício no flagrante X Força probatória e
Força Coercitiva
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção:
 - Apresentação espontânea
Prisão Provisória
Flagrante

 Atenção:
 - Cabe RDD (isolamento preventivo para o
preso em flagrante) (Vejamos:)
 Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso
constitui falta grave e, quando ocasione subversão da
ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou
condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime
disciplinar diferenciado, com as seguintes características:
 I - ...
 II - ...
 III - ...
 IV - ...
 § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá
abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou
estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a
segurança do estabelecimento penal ou da sociedade.
Prisão Preventiva
Prisão Provisória
Preventiva

* A prisão preventiva poderá ser decretada


pela Autoridade Judiciária, de ofício ou a
requerimento, tanto na fase de inquérito
quanto na fase judicial. Para isso, por ser
medida extrema são necessários dois
requisitos:
Prisão Provisória
Preventiva

1) materialidade delitiva e os indícios de


autoria;
Prisão Provisória
Preventiva

2) Um dos fatores a seguir expostos:


 Garantia da ordem pública ou econômica
 Conveniência da instrução criminal
 Assegurar a aplicação da lei penal
 Descumprimento de medida cautelar ou
protetivas de urgência
Prisão Provisória
Preventiva

ATENÇÃO

 Existe previsão para a prisão preventiva


somente para crimes dolosos e não para os
culposos.
Prisão Provisória
Preventiva

ATENÇÃO

 A prisão preventiva pode ser decretada e


revogada quantas vezes forem necessárias.
Prisão Provisória
Preventiva

ATENÇÃO

 A prisão preventiva não pode (em regra) ser


decretada para crimes com pena de até 4
anos
Prisão Provisória
Preventiva

ATENÇÃO

 Cabe RDD Provisório (Isolamento


Preventivo) na Prisão Preventiva (vide
observação do flagrante)
Prisão Temporária
Prisão Provisória
Temporária

 A prisão temporária não está prevista no


Código de Processo Penal, mas é na Lei
7960/89
Prisão Provisória
Temporária

 Essa prisão será decretada para


 1) facilitar as investigações de crimes graves,
previstos na lei
 2) Quando o indiciado não tiver residência
fixa ou não fornecer elementos necessários
para o esclarecimento de sua identidade,
nos crimes previstos na lei
Prisão Provisória
Temporária

 Crimes que cabem a prisão temporária (rol


taxativo):
Prisão Provisória
Temporária

 a) homicídio doloso;
 b) seqüestro ou cárcere privado;
 c) roubo;
 d) extorsão (OBS: não está incluído o
sequestro relâmpago);
 e) extorsão mediante seqüestro;
Prisão Provisória
Temporária

 f) estupro (OBS: não está incluído o estupro


e vulnerável);
 g) atentado violento ao pudor (revogado);
 h) rapto violento (revogado);
 i) epidemia com resultado de morte;
 j) envenenamento de água potável ou
substância alimentícia ou medicinal
qualificado pela morte;
Prisão Provisória
Temporária

 l) quadrilha ou bando (agora chamado


Associação Criminosa);
 m) genocídio;
 n) tráfico de drogas;
 o) crimes contra o sistema financeiro.
 p) crime de terrorismo (Lei 13.260/16)
Prisão Provisória
Temporária

 Diferentemente da prisão preventiva, que


pode ser decretada de oficio ou
requerimento, a prisão temporária deve ser
requerida pela Autoridade Policial ou pelo
Ministério Público.
Prisão Provisória
Temporária

 o magistrado tem um prazo de 24 (vinte e


quatro) horas para decidir se decreta ou não
a prisão temporária. Se o juiz decretá-la,
sempre fundamentadamente, está será por
um prazo certo e determinado.
Prisão Provisória
Temporária

 O prazo da temporária, em regra geral, será


de 5 (cinco) dias e poderá ser renovado por
mais 5 (cinco) dias.
Prisão Provisória
Temporária

 Contudo, crimes hediondos ou equiparados


a hediondos o prazo será de 30 (trinta) dias
que poderá ser renovado por mais 30 (trinta)
dias.
Prisão Provisória
Temporária

 Esgotado o prazo da temporária e, se o preso


não ficar detido por outro motivo, deverá ser
colocado em liberdade independentemente
de alvará de soltura
LEI 12.403/11
Lei 12.403/11
 A Lei 12.403 de 04 de maio de 2011 altera
dispositivos do Código de Processo Penal no
que diz respeito a:
 - Prisões Provisórias
 - Liberdade Provisória
 - Relaxamento da Prisão
 - Criação de Medidas Cautelares
 - outros
Introdução
 Principais alterações:
Comunicação da Prisão
 O novo artigo 283 traz novas formas de
comunicação da prisão entre comarcas,
incluindo além da Carta Precatória, outros
meios de comunicação (como a rede
mundial de computadores – Internet)
Separação dos Presos Provisórios
 Antes, a lei mencionava que os presos
provisórios “sempre que possível”
deveriam ficar separados dos presos
condenados com trânsito em julgado.
Doravante a lei é taxativa impondo que os
presos provisórios deverão ficar separados
dos presos condenados com trânsito em
julgado
Art. 310
 Agora, quando o Juiz receber o auto de
prisão em flagrante deverá,
fundamentadamente tomar uma das
seguintes decisões:
Art. 310
 relaxar a prisão ilegal
 converter a prisão em flagrante em prisão
preventiva, quando presentes os requisitos
dessa modalidade de prisão ou quando
forem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da prisão
 conceder a liberdade provisória, com ou sem
fiança, podendo impor ou não uma das
medidas cautelares abaixo analisadas
Art. 310
 relaxar a prisão ilegal
 observações
Art. 310
 converter a prisão em flagrante em prisão
preventiva, quando presentes os requisitos
dessa modalidade de prisão ou quando
forem inadequadas ou insuficientes as
medidas cautelares diversas da prisão
 observações
Art. 310
 conceder a liberdade provisória, com ou sem
fiança, podendo impor ou não uma das
medidas cautelares abaixo analisadas
 observações
Art. 310
 Permanece a regra de concessão da
liberdade quando for o caso da presença de
uma excludente de ilicitude (estado de
necessidade, legítima defesa, estrito
cumprimento do dever legal e exercício
regular do direito) (não mais no “caput” e
sim no par. Único do art. 310 do CPP)
Da Prisão Domiciliar
 O Capítulo IV mudou o seu foco. Antes
tratava “Da Apresentação Espontânea do
Acusado” e passa a tratar “Da Prisão
Domiciliar”
Da Prisão Domiciliar
 Poderá o agente ficar em prisão domiciliar
(na sua própria residência) quando:
Da Prisão Domiciliar
 for maior de 80 (oitenta) anos;
 extremamente debilitado por motivo de
doença grave
 quando imprescindível aos cuidados
especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos
de idade ou com deficiência
(segue)
Da Prisão Domiciliar
 Gestante
 mulher com filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos
 homem, caso seja o único responsável pelos
cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos
Da Prisão Domiciliar
 Para a substituição da prisão preventiva por
prisão domiciliar o juiz deverá ter prova
idônea da ocorrência de um dos casos retro
expostos
Das Outras Medidas Cautelares
 Talvez a mudança mais expressiva é a
criação do capitulo V “Das Outras Medidas
Cautelares” em substituição ao antigo
capítulo V “Da Prisão Administrativa”
Das Outras Medidas Cautelares
 A Lei em apreço cria as seguintes medidas
cautelares:
Das Outras Medidas Cautelares
 * comparecimento periódico em juízo, no
prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para
informar e justificar atividades;
 * proibição de acesso ou frequência a
determinados lugares quando, por
circunstâncias relacionadas ao fato, deva o
indiciado ou acusado permanecer distante
desses locais para evitar o risco de novas
infrações;
Das Outras Medidas Cautelares
 * proibição de manter contato com pessoa
determinada quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou
acusado dela permanecer distante;
 * proibição de ausentar-se da Comarca
quando a permanência seja conveniente ou
necessária para a investigação ou instrução;
Das Outras Medidas Cautelares
 * recolhimento domiciliar no período
noturno e nos dias de folga quando o
investigado ou acusado tenha residência e
trabalho fixos;
 * suspensão do exercício de função pública
ou de atividade de natureza econômica ou
financeira quando houver justo receio de sua
utilização para a prática de infrações penais;
Das Outras Medidas Cautelares
 * internação provisória do acusado nas
hipóteses de crimes praticados com
violência ou grave ameaça, quando os
peritos concluírem ser inimputável ou semi-
imputável (art. 26 do Código Penal) e
houver risco de reiteração;
 * monitoração eletrônica
Das Outras Medidas Cautelares
 a proibição de ausentar-se do País deverá ser
comunicada pelo juiz às autoridades
encarregadas de fiscalizar as saídas do
território nacional, intimando-se o
indiciado ou acusado para entregar o
passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro)
horas
Das Outras Medidas Cautelares
 * fiança, nas infrações que a admitem, para
assegurar o comparecimento a atos do
processo, evitar a obstrução do seu
andamento ou em caso de resistência
injustificada à ordem judicial;
Fiança
 É um depósito em garantia;
Fiança
 pode ser em dinheiro,
 título da dívida pública estadual, federal ou
municipal,
 pedras ou metais preciosos, ou hipoteca de
imóvel
 – art. 330 do CPP.
Fiança
 A fiança poderá ser: cassada, quebrada,
perdida ou reforçada.
Fiança
 A fiança será considerada quebrada,
conforme vigente art. 341 do CPP, quando o
réu:
 a) não comparecer a ato processual
regularmente intimado imotivadamente;
 b) obstruir de propósito o andamento do
processo;
Fiança
 c) praticar novo crime doloso;
 d) resistir sem motivo à ordem judicial;
 e) descumprir medida cautelar imposta
cumulativamente coma fiança.
Fiança
 Já a perda da fiança (atual art. 344 do mesmo
Codex) ocorre:
 quando o condenado não se apresenta para
o início do cumprimento da pena imposta
Fiança
 É chamado de reforço de fiança quando o
valor arbitrado se mostre inexato ou
insuficiente aos fins visados pelo instituto
(art. 340 do CPP).
Fiança
 A fiança será cassada quando reconhecida a
existência de crime inafiançável – arts. 338 e
339 do CPP.
Fiança
 Atenção
 1/2 (metade) do valor da fiança no caso de
quebra de fiança passa a fazer parte do
Fundo Penitenciário Nacional, conforme
determina o art. 2º, VI, da Lei
Complementar n. 79, de 7 de janeiro de
1994.
Fiança
 Antes, a Autoridade Policial somente
poderia conceder fiança se a infração fosse
punida com detenção ou prisão simples.
Com a nova redação, independente da pena
ser de detenção ou reclusão, a Autoridade
Policial poderá conceder a fiança se a
pena máxima for de até 4 (quatro) anos e
nos demais casos a fiança será requerida à
Autoridade Judiciária que decidirá em até 48
(quarenta e oito) horas
Fiança
 Será inafiançável:
 * crimes de racismo;
 * crimes de tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, terrorismo e
nos definidos como crimes hediondos;
 * crimes cometidos por grupos armados,
civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;
Fiança
 * as infrações em que o agente, no mesmo
processo, tiverem quebrado fiança
anteriormente concedida ou infringido, sem
motivo justo, qualquer das obrigações a que
se referem os arts. 327 e 328 deste Código;
 * a prisão civil ou militar;
 * quando presentes os motivos que
autorizam a decretação da prisão preventiva
(art. 312 do CPP)
Fiança
 Valor da fiança
 A Lei traz parâmetros em salários-mínimos
para a fiança:
Fiança
 * de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos,
quando se tratar de infração cuja pena
privativa de liberdade, no grau máximo, não
for superior a 4 (quatro) anos;
Fiança
 * de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários
mínimos, quando o máximo da pena
privativa de liberdade cominada for superior
a 4 (quatro) anos.
Fiança
 Dependendo da capacidade econômica do
agente, a fiança poderá ser dispensada,
reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços)
ou aumentada em até 1.000 (mil) vezes
Outras alterações da Lei 12.403/11
 O artigo 595 também foi revogado,
acabando com a deserção do recurso pela
fuga da prisão por parte do recorrente
Formas de Libertação
Formas de Libertação
 Relaxamento;
 Liberdade Provisória;
 Revogação de Prisão Preventiva;
 Revogação de Prisão Temporária;
 HC e
 ROC

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