JURISDIÇÃO E

COMPETÊNCIA
PRINCÍPIOS DA
JURISDIÇÃO
INVESTIDURA
JUIZ NATURAL - CF, 5º LIII
DEVIDO PROCESSO LEGAL - CF, 5º LIV
INDECLINABILIDADE – CF, 5º XXXV
INDELEGABILIDADE
IMPRORROGABILIDADE
IRRECUSABILIDADE – EXCEÇÕES
CORRELAÇÃO
TITULARIDADE OU INÉRCIA
CARACTERÍSTICAS
SUBSTITUTIVIDADE

DEFINITIVIDADE

INÉRCIA
COMPETÊNCIA
 ESPÉCIES – CPP, 69

 EM RAZÃO DA MATÉRIA
 EM RAZÃO DA PESSOA
 EM RAZÃO DO LUGAR
 COMPETÊNCIA ABSOLUTA

 COMPETÊNCIA RELATIVA
 COMPETÊNCIA
RATIONE MATERIAE
 COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA NATUREZA DA
INFRAÇÃO PENAL
 JUSTIÇA ESPECIAL

 JUSTIÇA COMUM
JUSTIÇA ESPECIAL
 JUSTIÇA ESPECIAL

 JUSTIÇA ELEITORAL

 JUSTIÇA MILITAR – CF, 124

 JUSTIÇA ESPECIAL

 JUSTIÇA ELEITORAL

 JUSTIÇA MILITAR
 OBSERVAÇÕES SOBRE JUSTIÇA MILITAR

CRIMES DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA MILITAR

Art. 124. À Justiça Militar compete processar e
julgar os crimes militares definidos em lei.

CRIMES PRATICADOS POR MILITARES JULGADOS

PELA JUSTIÇA COMUM
JUSTIÇA ELEITORAL
São, assim, crimes eleitorais todas aquelas condutas levadas a efeito
durante o processo eleitoral e que, por atingirem ou macularem a
liberdade do direito de sufrágio, em sua acepção ampla, ou mesmo
os serviços e desenvolvimento das atividades eleitorais, a lei as
reprimiu, infligindo a seus autores uma pena. Consistem, desta
forma, em condutas delituosas que podem se revelar nas mais
diferentes formas, indo desde aquelas que conspurcam a inscrição
de eleitores, a filiação, a partidos políticos, o registro de
candidaturas a propaganda eleitoral, a votação, até aquelas que
violam a apuração dos resultados e diplomação dos eleitos.
(COMES, 2006, p.28)
CÓDIGO ELEITORAL

Art. 309. Votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em

lugar de outrem:
        Pena - reclusão até três anos.
JUSTIÇA COMUM
JUSTIÇA COMUM

FEDERAL ESTADUAL
 CF, 109  RESIDUAL
 JUSTIÇA COMUM FEDERAL - CF, 109

I- As causas em que a união, entidade

autárquica ou empresa pública federal for
interessada na condição de autor, réu
assistente ou oponente

OBS: Banco do Brasil e Petrobrás / Caixa Federal

e OAB
 CF, 109

II- As causas entre Estado estrangeiro ou

organismo internacional e Município ou
pessoa domiciliada ou residente no país
 CF, 109

III- As causas fundadas em tratados ou

contratos da União com Estado estrangeiro ou
organismo internacional
 CF, 109

IV- Os crimes políticos e as infrações penais

praticadas em detrimento de bens, serviços e
interesses da União ou de suas entidades
autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da
justiça militar e da justiça eleitoral
 CF, 109

V- os crimes previstos em tratados ou convenção

internacional quando, iniciada a execução no
país, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido
no exterior ou reciprocamente
V-A as causas relativas a direitos humanos
 CF, 109

VI- os crimes contra a organização do trabalho,

do sistema financeiro e a ordem econômico-
financeira
VII – HC em matéria criminal de sua competência
VIII – Habbeas data e mandado de segurança
contra ato de autoridade federal, salvo
competência dos tribunais federais
 CF, 109
IX- crimes cometidos a bordo de navios ou
aeronaves, salvo competência de justiça
militar
X- os crimes de ingresso e permanência
irregular de estrangeiro
XI – a disputa sobre direitos indígenas
 JUSTIÇA COMUM ESTADUAL

 CARÁTER RESIDUAL
TRIBUNAL DO JURI – CF, 5º XXXVIII

XXXVIII - e reconhecida a instituição do júri, com a

organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos
contra a vida;
 COMPETÊNCIA
RATIONE PERSONAE
 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

 Fixa o grau de jurisdição

 Critério para a atribuição de competência
ratione personae
 Quem atribui? Obs: Lei 1079/50 (crimes de
responsabilidade)
 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

 Presidente da República
 Vice-Presidente
 Ministros do STF
 Deputados federais e senadores
 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

 Ministros de Estado

 Ministros de Tribunais Superiores

 Diplomatas
 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

 Governador de Estado

 Desembargadores
 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

 MP e Juiz Estadual

 MP e Juiz Federal
 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO

 Deputado Estadual

 Prefeito

 Vereador?
 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Crimes praticados após o término da

função/mandato (Sumula 451 do STF – não
vinculante)
“A competência especial por prerrogativa de
função não se estende ao crime cometido após
a cessação definitiva do exercício funcional.”

QUESTÃO DE ORDEM NA AP 937 –
DEPUTADOS FEDERAIS E SENADORES

QUESTÕES LEVANTADAS PELO MINISTRO BARROSO:

1-Vamos mudar a interpretação que até hoje era
dada ao art. 102, I, b, da CF/88 e passar a entender
que o foro por prerrogativa de função dos Deputados
Federais e Senadores deve se aplicar apenas a crimes
cometidos durante o exercício do cargo e desde que
relacionados com a função desempenhada?
2- Vamos definir um determinado momento processual (ex:
fim da instrução) a partir do qual mesmo que o réu perca o
foro privilegiado no STF (exs: renunciou, não se reelegeu,
etc), ainda assim ele continuará sendo julgado pelo
Supremo

DECISÃO: os ministros concordaram com Min. Barroso? Sim.

CRIMES COMETIDOS POR DEPUTADOS
FEDERAIS E SENADORES
Crime cometido antes da   1ª instancia
diplomação
Crime cometido durante o  1ª instancia
mandato mas sem relação
com o cargo (Exemplo:
embriaguez ao volante)
Crime cometido durante o  STF
mandato e com relação ao
exercício da função
(Exemplo: corrupção
passiva)
TESE FIXADA QUANTO À SEGUNDA
PROPOSIÇÃO

Após o final da instrução processual, com a

publicação do despacho de intimação para
apresentação de alegações finais, a competência
para processar e julgar ações penais não será mais
afetada em razão de o agente público vir a ocupar
outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer
que seja o motivo.
 Concurso de agentes com e sem foro por prerrogativa de função (Sumula 704
do STF – não vinculante)
“Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo
legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados.”
 Súmula 721 do STF não vinculante/ 45 VINCULANTE – crimes de competência
do juri
 ”competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição
Estadual.”
 COMPETÊNCIA
PELO LUGAR DA
INFRAÇÃO PENAL
CPP, 70
 CRIMES À DISTÂNCIA OU DE ESPAÇO MÁXIMO

 CONCEITO

 DETERMINAÇÃO DO LUGAR DO CRIME (O Brasil pode

julgar o fato?)

 TEORIAS E TEORIA ADOTADA PELO CP, 6º

CRIMES À DISTÂNCIA OU DE ESPAÇO MÁXIMO

DETERMINAÇÃO DO JUÍZO COMPETENTE:

 Iniciada a execução em território nacional-
CPP, 70 § 1º

 Último ato de execução fora do território

nacional- CPP, 70 § 2º
 CRIMES COMETIDOS NO ESTRANGEIRO

 Hipóteses de aplicação da lei brasileira

 Extraterritorialidade
 Exemplo
 Juízo competente – CPP, 88
 CRIMES PLURILOCAIS

 Conceito
 Determinação da competência: CPP, 70 caput
 Exemplo
 Teoria adotada – exceção (STJ, 5ª T, RHC 793)
CASOS ESPECIAIS
 Infrações de menor potencial ofensivo – Lei 9099/95,
art. 63
Crime continuado ou permanente praticado no
território de duas ou mais jurisdições (CPP, 71)
 Estelionato na modalidade emissão dolosa de cheque
sem fundos (Súmula 521 do STF)
 Falso testemunho por precatória – (RJTJSP, 100/539)
 COMPETÊNCIA PELA PREVENÇÃO

 CPP, 83: Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez

que, concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes
ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos
outros na prática de algum ato do processo ou de medida a
este relativa, ainda que anterior ao oferecimento da denúncia
ou da queixa 

 Exemplos de medidas que acarretam a prevenção

 COMPETÊNCIA PELA DISTRIBUIÇÃO

 CPP, 75: A precedência da distribuição fixará a

competência quando, na mesma circunscrição
judiciária, houver mais de um juiz igualmente
competente.
 CASOS EM QUE NÃO SE PROCEDE A
DISTRIBUIÇÃO
 DIVISA ENTRE DUAS OU MAIS
JURISDIÇÕES

 CPP, 70 § 3º: incerto o limite entre duas

comarcas ou infração praticada na divisa
 Critério adotado: prevenção
 DOMICÍLIO/RESIDÊNCIA DO RÉU

 Quando não for conhecido o lugar da infração (CPP,

72 caput)
 Se o réu tiver mais de uma residência (CPP, 72 §1º)
 Se não for conhecida a residência do réu ou se for
ignorado seu paradeiro (CPP, 72 §2º)
 Ação exclusivamente privada (CPP, 73)
COMPETÊNCIA PELA
CONEXÃO
CPP, 76
CONEXÃO

 CONCEITO

 EFEITOS:

Processos

Competência
 Art. 76. A competência será determinada pela conexão:

 I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao

mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em
concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas
contra as outras;
 II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou
ocultar as outras, ou para conseguir impunidade ou vantagem em relação a
qualquer delas;
 III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias
elementares influir na prova de outra infração.
 CONEXÃO INTERSUBJETIVA

1- INTERSUBJETIVA POR SIMULTANEIDADE

2- INTERSUBJETIVA CONCURSAL
3- INTERSUBJETIVA POR RECIPROCIDADE
 CONEXÃO OBJETIVA

 TELEOLÓGICA

 CONSEQUENCIAL
 CONEXÃO INSTRUMENTAL

 CONCEITO
CONTINÊNCIA
Art. 77. A competência será determinada pela
continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma
infração;
II - no caso de infração cometida nas condições
previstas nos arts. 51, § 1o, 53, segunda parte, e 54
do Código Penal .
 HIPÓTESES

1- POR CUMULAÇÃO SUBJETIVA – CPP, 77 IArt.

77. A competência será determinada pela
continência quando:
I - duas ou mais pessoas forem acusadas pela
mesma infração;
 POR CUMULAÇÃO OBJETIVA

 CONCURSO FORMAL – CP, 70

 ABERRATIO ICTUS – CP, 73 2ª PARTE
 ABERRATIO DELICTI – CP, 74 2ª PARTE
CONCURSO FORMAL DE CRIMES

Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou

omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não,
aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais,
somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de
um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto,
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os
crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos,
consoante o disposto no artigo anterior. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
ABERRACTIO ICTUS – CP, 73

Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos

meios de execução, o agente, ao invés de atingir a
pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa,
responde como se tivesse praticado o crime contra
aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20
deste Código. No caso de ser também atingida a
pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a
regra do art. 70 deste Código. (Redação dada pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 74 - Fora dos casos do artigo anterior, quando,
por acidente ou erro na execução do crime,
sobrevém resultado diverso do pretendido, o agente
responde por culpa, se o fato é previsto como crime
culposo; se ocorre também o resultado pretendido,
aplica-se a regra do art. 70 deste Código. (Redação
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
AVOCAÇÃO DE PROCESSOS – CPP, 82

“Se, não obstante a conexão ou continência, forem

instaurados processos diferentes, a autoridade de
jurisdição prevalente deverá avocar os processos que
corram perante os outros juízes, salvo se já
estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a
unidade dos processos só se dará, ulteriormente,
para o efeito de soma ou de unificação das penas.”
 FORO PREVALENTE – REGRAS – CPP, 78

I- Concurso entre a competência do júri e outro órgão

da jurisdição
II- Concurso entre jurisdições de mesma categoria:
a- Lugar do crime a que for cominada pena mais
grave
B- Maior número de infrações
C- Demais casos
III- Concurso entre jurisdições de categorias
distintas
IV- Concurso entre jurisdição comum e
especializada
- Exceção
 PERPETUATIO JURISDICIONES – CPP, 81
 Regra
 Procedimento do Júri
- desclassificação na fase da pronúncia
- desclassificação pelo júri
- júri absolve o réu do crime doloso contra a
vida
 SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE PROCESSOS –
CPP, 79

 Concurso entre justiça comum e militar

 Concurso entre justiça comum e juizado de
menores
 Superveniência de doença mental
 SEPARAÇÃO FACULTATIVA – CPP, 80

 Condições diferentes de tempo e lugar

 Número de co-réus
 Outro motivo