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PRÁTICA PENAL SIMULADA

PROF. FRANCISCO BELO


2022.2
Insta: prof.franciscobelo
QUEIXA CRIME.
O QUE É A QUEIXA-CRIME? É a petição inicial oferecida pelo particular na ação penal privada, seja ela
personalíssima, exclusivamente privada ou ainda subsidiária da pública.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL.
Código de Processo Penal.
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando
necessário, o rol das testemunhas.
Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do
mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem
de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
Código Penal.
Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do ofendido.
§ 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem tenha qualidade para
representá-lo.
• AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA.
• CF/88. LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
• Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em
que o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto ou
afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à autoridade policial (art. 16), contar-se-á o
prazo da data em que o órgão do Ministério Público receber novamente os autos.
• Código de Processo Penal.
• Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal,
cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos
os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de
negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.
• Código Penal.
• § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se nos crimes de ação pública, se o Ministério Público não
oferece denúncia no prazo legal.
FUNÇÕES DO DIREITO PENAL.

COMPETÊNCIA - Em regra, é para a primeira instância (Vara Criminal), observadas as


disposições do art. 69 do CPP e 109 da CF, a respeito da competência.

Juizado Especial Criminal: Tratando-se de crime de menor potencial ofensivo, a regra é


que seja interposta no Juizado Especial Criminal.

obs.: Se houver concurso de crimes, observar o máximo de pena que poderia ser
cominado. Se ultrapassar 2 anos, deverá ser endereçada à Vara Criminal e não ao JECrim.
ESPÉCIES DE DIREITO PENAL

PRAZO – Deverá ser oferecida no prazo de 6 meses, contados do dia em que a vítima vier a ter
conhecimento do autor da infração penal (art. 38 do CPP e 103 do CP), sob pena de decadência.

CPP. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito
de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que
vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o
oferecimento da denúncia.
CIÊNCIAS AUXILIADORAS DO DIREITO
PENAL

TESES.
CPP. Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a
qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e,
quando necessário, o rol das testemunhas.
• PEDIDOS:
• A Realização da audiência de conciliação prevista no artigo 520 do CPP; (juizado Especial)
• Recebimento da queixa-crime;
• citação do querelado;
• condenação do querelado nas penas dos crimes imputados;
• intimação para oitiva de testemunhas;
• A fixação do valor da indenização referente ao prejuízo causado pelo querelado, nos termos do art. 387, IV,
CPP.
• Provas que pretende produzir (Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito.
PRINCÍPIOS PENAIS.

PROCURAÇÃO COM PODERES ESPECIAIS PARA QUEIXA-CRIME

CPP. Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do
instrumento do mandato o nome do querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais
esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juízo criminal.
PRINCÍPIOS PENAIS.

 ANTERIORIDADE. Art. 5º, XXXIX da CF. NÃO HÁ CRIME SEM LEI ANTERIOR QUE O DEFINA”.

 IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS SEVERA;. Art. 5º XL da CF. XL - a lei penal não retroagirá , salvo para
beneficiar o réu;

 INTRANSCENDÊNCIA, PERSONALIDADE OU PESSOALIDADE. Art. 5º, XLV da CF. nenhuma pena passará da pessoa
do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da
lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
• INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
PRINCÍPIOS PENAIS.

 PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU NÃO CULPABILIDADE;


o Art. 5º, LVII da CF.– ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
 HUMANIDADE OU LIMITAÇÃO DAS PENAS.
 XLVII – não haverá penas:
 De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do artigo 84, XIX;
 De caráter perpétuo;
 De trabalhos forçados;
 De banimento;
 Cruéis;
PRINCÍPIOS PENAIS.

 INTERVENÇÃO MÍNIMA, SUBSIDIARIEDADE OU ÚLTIMA RATIO;


 - Tem como destinatário o legislador que seleciona os bens e interesses mais relevante para a vida em
sociedade.

 FRAGMENTARIEDADE;
 - Resultado da seleção promovida pelo princípio da intervenção mínima, ou seja, os bens selecionados
representam o caráter fragmentário do direito penal. - Tem como destinatário o legislador.
 LESIVIDADE, OFENSIVIDADE ou DA ALTERIDADE;
 - Tem que haver ofensa ou perigo de ofensa a bem jurídico de terceiros para haver a intervenção do
direito penal. - Veda-se a punição ainda nas fases de cogitação e preparação no inter criminis.
PRINCÍPIOS PENAIS.

 CULPABILIDADE;
 - Exerce mais de uma função no direito penal;
 - a) integra o conceito analítico de crime;
 - b) impede a responsabilidade penal objetiva;
 c) no concurso de pessoas separa o coautor do partícipe (29);
 d) funciona como medida da pena. Art. 59 – CP.

 PROPORCIONALIDADE;
 - Ligada ao juízo de necessidade;
 - Funciona como barreira ao legislador.
 - Art. 49 da lei 9.605/98 – maltrato de plantas – pena 3 meses a 01 ano.
 - Art. 136 do CP, maltratar ser humano – pena de 2 meses a 01 ano.
PRINCÍPIOS PENAIS.
 INSIGNIFICÂNCIA;
 - Afasta a tipicidade MATERIAL que é integrante do fato típico.
 Requisitos; 01. Mínima ofensividade da conduta; 02. Ausência de periculosidade social da ação;
 03. Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; 04. Inexpressividade da lesão ao bem jurídico protegido.
 OBS. Obs. Antecedentes e reincidência não impede a aplicação do princípio da insignificância. Arg no RESP. 922.863 –
RESP 912262 STJ.
 Súmula 599 STJ. - O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a administração pública.
 Súmula 589 do STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou contravenções penais praticados contra a
mulher no âmbito das relações domésticas.
 Súmula 606-STJ: Não se aplica o princípio da insignificância a casos de transmissão clandestina de sinal de internet via
radiofrequência, que caracteriza o fato típico previsto no art. 183 da Lei n. 9.472/1997.
PRINCÍPIOS PENAIS.

 ADEQUAÇÃO SOCIAL;
 - Afasta a tipicidade material.
 - Conduta socialmente tolerada (não tem desvalor da conduta).

 PRINCÍPIO DO NON BIS IN IDEM.


 - Não se admite a dupla punição penal pelo mesmo fato.

 SÚMULA 241 – STJ. A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e,
simultaneamente, como circunstância judicial.

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