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CRIME: O código penal prevê em seu artigo 1º que não há crime sem lei anterior que
o defina e que não há pena sem prévia cominação legal. Ou seja, somente são
considerados crimes os fatos que já estejam previamente previstos em lei.
Etimologicamente a palavra provém do latim “crimen” e significa acusação.
Crime por Ação: Exemplo: a lesão corporal, prevista no art. 129 do código penal, que
ocorre quando o agressor ofende a integridade corporal ou a saúde de alguém.
Crime por Omissão: Exemplo: a omissão de socorro, prevista no art. 135 do código penal,
ocorre quando a pessoa deixa de prestar assistência, quando é possível fazê-lo sem risco
pessoal.
Crime Simples: Básico, fundamental, que contém os elementos mínimos e determina seu
conteúdo subjetivo sem qualquer circunstância que aumenta ou diminua sua gravidade.
Há homicídio simples (art. 121), furto simples (art. 155), etc. Uma única infração penal.
Crime Qualificado: É aquele em que ao tipo simples, a lei acrescenta circunstância que
agrava a sua natureza, elevando os limites da pena. Não surge a formação de um novo
tipo penal. Art. 121, 2° seção. Se o homicídio é cometido: I- mediante paga ou promessa
de recompensa, ou por outro motivo torpe; II- por motivo fútil.
Crimes contra o Patrimônio: Exemplo: furto, crime menos grave, pois não há violência;
roubo, ocorre com ameaça e violência.
Crime por apropriação de coisa achada tem previsão de pena de até 1 ano de detenção e
multa.
Crime de Mera Conduta: São crimes simplórios, como no caso de contravenções penais,
como: porte de arma branca, omissão de socorro ou até abandono intelectual.
Crime Vago: São aqueles em que o sujeito passivo é uma coletividade destituída de
personalidade jurídica, como a família, amigos. Exemplos são encontrados no
impedimento ou pertubação de cerimônia funerária (art. 209), violação de sepultura (art.
210),
Crime Hediondo: Tais crimes que, pela sua natureza ou pela forma de execução, se
mostram repugnantes, causando clamor público e repulsa. Latrocínio (art. 157), extrosão
qualificada pela morte (art. 158).
Crime Preterdoloso: Tais crimes caracterizam-se quando o agente pratica uma conduta
dolosa, menos grave, porém obtém um resultado danoso mais grave do que o pretendido,
na forma culposa. Exemplo: Incendios criminosos, fulano coloca fogo numa casa, nessa
casa tinham 5 pessoas que morreram em virtude do incendio.
ESTUDO DIRIGIDO
Sobre as duas grandes áreas da perícia criminal, sucintamente aponte a diferença entre
elas quanto a responsabilidade nos casos.
Diferencie Vestígios de Indício
Em um caso criminal, o que podemos chamar de evidência? Exemplifique
Vestígios, indícios e evidências podem servir como provas? Explique.
Conceitue de forma bem direta cada um dos elementos da cena do crime
Diferencie os 3 tipos de prova pericial.
Com suas palavras, o que é exatamente uma prova pericial?
BRINCANDO DE PERITO
Relembre o Caso do massacre em Realengo/ RJ e determine:
- Agente ativo: Wellington Menezes de Oliveira (ex-aluno)
- Agente passivo: as 12 crianças
- Agente lesivo: arma de fogo
- Elemento subjetivo: crime doloso
- Dê exemplos de vestígios, indícios e evidências: mochila, revolveres, cópia do histórico
escolar, capsulas das balas, roupas, carta escrita pelo autor do crime (vestígios);
revolveres, capsulas das balas, roupas, carta escrita pelo autor do crime (indício);
revolveres e carta (evidências).
CURSO DE PERÍCIA CRIMINAL – 25/05 – AULA 2
EXAME DE CORPO DE DELITO E HEMATOLOGIA FORENSE
LOCAL DO CRIME
Local do Crime: é a região do espaço em que ocorreu um evento delituoso. Sendo a porção
do espaço compreendida num raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o
fato, se estenda de modo a abranger todos os lugares em que, aparente, necessária ou
presumivelmente, hajam sido praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos
materiais, peliminares ou posteriores, à consumação do delito, e com este diretamente
relacionados.
Podemos segmentar um local do crime, para fins didáticos, em duas partes: corpo de
delito e os vestígios.
Local do crime imediato – é aquele abrangido pelo corpo de delito e seu entorno, local
em que estão a maioria dos vestígios materiais. Em geral, todos os vestígios que servirão
de base para os peritos esclarecerem os fatos concentram-se no local imediato.
Local do crime medianto – é toda região espacialmente próxima ao local imediato e a
ele geograficamente ligada, passível de conter vestígios relacionados com a perícia em
excecução.
Local do crime relacionado – é todo e qualquer lugar sem ligação geográfica direta com
o local do crime e que possa conter algum vestígio ou informação que propicie ser
relacionado ou venha a auxiliar no contexto do exame pericial. Nem sempre o local
relacionado vai estar entorno da cena do crime, Exemplo: criminoso largou a arma do
crime a 3 quarteiróes de distância.
Peritos in loco: os peritos que atuam no local do crime deverão ter porte de arma; possuem
autoridade para isolar a área, se o agente policial não fizer, tendo autorização para
adentrar na área isolada e deverão atuar pelo menos 2 agentes (vide mudança na
legislação).
A área do local do crime: deve ser isolada por uma autoridade policial (faixa amarela),
esse isolamento tem como objetido a preservação da cena. Os vestígios encontrados,
tendo a ver ou não com o delito, deverão ser enumerados e fotografados pela perícia
(fotografia forense).
Deve-se tentar isolar a maior área possível em torno do evento, por exemplo: em um local
de homicídio, com a vítima caída no chão do quarto, não basta isolar apenas o quarto (a
casa inteira pode ter vestígios).
HEMATOLOGIA FORENSE
As manchas de sangue: geralmente, são vermelhas e úmidas, passando de vermelho-
castanho a castanho-escuro. Manchas secas apresentam um aspecto fendilhado, com
escamas brilhantes e aspecto esverdeado. A idade da mancha depende de dois fatores,
quais sejam a cor e o grau de solubilidade. Quanto mais recente, maior a solubilidade.
Para se ter certeza se uma mancha presente na cena de crime é realmente sangue, ocorre
3 etapas para a identificação:
Teste de orientação – descobre se determinada mancha é de fato sangue. Podendo ser de
4 tipos:
Teste de Adler: a reação é feita com base em água oxigenada e benzidina. Se for sangue,
a mancha ficará azul.
Teste de Amado Ferreira: é feito com benzidina e ácido acético. Se for sangue, a mancha
ficará azul intenso.
Teste de Kastle-Meyer: é feito com fenolftaleína. Se for sangue, a mancha ficará
rosa/vermelha.
Teste de Van-Deen: é feito com água oxigenada e guaiaco. Se for positiva, pode ser
sangue e ficará azul-claro.
Se algum desses testes for negativo, com certeza aquela mancha não é sangue!!
Teste de certeza – confirma a presença de componentes do sangue (em especial a
hemoglobina) em determinada mancha. Também pode ser de 4 tipos:
Espectroscopia: coloca-se uma amostra da mancha no aparelho de espectroscopia. Para
positivo, o padrão da hemoglobina deve ser: 540 nm (520 – 550 nm).
Cristais de Teichmann: cristais de cloridrato de hemina que se formam quando se trata a
hemoglobina com ácido acético. Sangue = cristais marrons.
Cristais de Hemocromogênio: teste de sensibilidade e especificidade do método de
Takayama confirma a presença de sangue, cristais formados derivados do grupo heme.
Luminol: reação com peróxido de hidrogênio em água necessita de catalisador redox. No
caso do teste para a presença de sangue, este catalisador é o íon de elemento ferro que
está presente nos grupos “heme” da hemoglobina. Ocorre a fluorescência.
A eficácia desse teste é tão grande que é possível a detectação de sangue mesmo que já
tenham se passado seis anos da ocorrência do crime. A reação química produzida não
afeta a cadeia de DNA, permitindo o reconhecimento dos criminosos ou vítimas.
Identificação de sangue humano – como o nome já diz, é para confirmar se aquele
sangue encontrado é de humano ou não. Esse pode ser feito por 2 testes:
Teste de Uhlenhuth: também conhecida como prova de precipitina antígeno-anticorpo
para espécies. É uma prova que pode determinar se uma mostra de sangue é de humano
ou animal. Primeiro teste desenvolvido para ajudar os cientistas forenses a detectar a
existência de uma substância sanguínea estranha.
Teste de Coombs: detecta os anticorpos que estão no soro. Estes anticorpos podem atacar
os eritrócitos, mas não estão ligados a eles. Também é realizado para revelar a presença
de anticorpos no sangue de um receptor ou doador antes de uma transfusão
TIPOS DE MANCHAS DE SANGUE
A forma da mancha: é de extrema importância, pois a partir da forma é possível
determinar a altura, o ângulo e violência que o atingiu. Definir data e hora do crime, tipo
e velocidade da arma, movimentos e posições dos envolvidos, se o criminoso era destro
ou canhoto, tipo das lesões causadas e se a morte ocorreu imediatamente ou não
A força da gravidade e resistência do ar: quanto maior é a altura da queda, maior é a gota
de sangue e com mais salpico. Dá para saber a altura identificando o tamanho da gota.
Transferência: transferiu a mancha de uma para outra superfície. Exemplo: da faca para
o papel.
Lançamento: determinar os movimentos que ocorreram com a arma do crime.
Posição do agressor: as vezes as gotas entregam a posição do agressor. Exemplo: espaço
de um sapato no meio do sangue.
Rastro: comum com armas de fogo, quando uma pessoa é baleada, na entrada da bala no
corpo o sangre vai contra o orifício de entrada e quando a bala atravessa o corpo o sague
vai a favor do orifício de saída.
ESTUDO DIRIGIDO
Por que é importante realizar o isolamento da área do crime?
O que é o exame de corpo e delito? Por quem é realizado?
Diferencie exame de corpo de delito direto e indireto?
Quando é realizado o impedimento ou suspeição do perito?
Sobre os testes de orientação, discorra sobre a reação e resultados dos testes: Adler e
Kastle Meyer.
Apresente alguns motivos pelos quais o luminol é considerado o reagente de maior
eficácia para a identificação de manchas de sangue.
Áreas de muito sangue, porém coma ausência do mesmo em determinado local é
importante para a perícia. Justifique.
Explique sobre a formação das gotas e qual a relação com a ação da gravidade, apontando
suas características de maior para menor altura.
Lesão corporal: possui seu próprio artigo no código penal (Art. 129) com a seguinte
sentença: “Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem...”. Ou seja, é
qualquer simples alteração causada à integridade corporal, seja de maneira culposa ou
dolosa, na estrutura anatômica ou histológica de uma pessoa. Ausência de animus necandi
(sem a intenção de matar).
Forma dolosa: animus laedendi.
Forma culposa: negligência, imperícia e imprudência.
TRAUMATOLOGIA FORENSE
Traumatologia forense: é uma ciencia da pericia criminal especifica para o estudo dos
efeitos na pessoa das agressões físicas e morais, e a determinação de seus agentes
causadores. Também estuda os aspectos médico-jurídicos das lesões causadas pelos
agentes lesivos. O trauma é o resultado da ação vulnerante que produz energia capaz de
produxir a lesão.
AGENTES LESIVOS:
Agente lesivo mecânico simples: agem por contato e diretamente sobre a superfície,
atuando por: somente pressão; pressão e deslizamento; choque acompanhado ou não de
deslizamento. São três tipos de lesão simples, são elas:
Punctória: ocorre pela pressão em um ponto e ocasionado por instrumentos perfurantes,
como: prego, alfinete, agulha, furador de gelo, estilete, punhal...
Incisa: ocorre através de um deslizante maior que a pressão e ocasionado por intrumentos
cortante, como: navalha, bisturi, lâminas, cacos de vidro, folha de papel, linha de cerol...
Em insidas também encontramos as denominadas feridas especiais, que são:
esgorjamento, delogamento, evisceração e decapitação.
Contusa: ocorre por choque (pode ou não haver deslizamento) e ocasinado por
instrumentos contundentes, como: martelo, marreta, caibro, cassetete, bastão, chão, pé,
mão, fraturas (quando ocorre o rompimento ou trincamento de um osso)...
O choque pode ser ativo (quanto o instrumento é projetado contra a vítima) e passiva
(quando a vítima vai ao encontro do objeto). Devido a elasticidade da pele, esta se
conserva íntegra e a lesão se produz em nível profundo, são várias:
Escoriação: quando o atrito do deslizamento lesa a superfície da pele;, os
arranhões;
Equimose: quando há rompimento de vasos e derrame sanguíneo infiltrando os
tecidos;
COR EVOLUÇÃO EM DIAS
Vermelho-violáceo 1-2
Azulado/Roxo 3-6
Esverdeado 7-12
Amarelado 12-20
Normal Após 20 dias
Hematomas: parecido com a equimose, porém trata-se de um rompimento de um
vaso maior, o sangramento é mais violento a ponto de descolar a pele, formando
uma verdadeira bolsa de sangue e ocorre em locais de tecidoss frouxos, mole.
Com o passar do tempo, o organismo absorve o sangue, havendo ali, as mesmas
variações de cores da equimose (quadro acima), só que o processo será mais
demorado.
Bossas (galo): quando o derrame sanguíneo não encontra condições de se difundir
e forma coleções localizadas, próximo a osso por exemplo.
Agente lesivo mecânico associado/mista: quando os associação de duas formas de
lesões mecânicas simples. Podendo ser:
Pérfuro-incisa: ocorre por meio da pressão e deslizamento, ocasionado por instrumentos
pérfuros-cortantes, como: faca, canivete, espada, punhal, estilete, peixeira...
Corto-contusa: quando o deslizante é maior do que a pressão choque, ocasionado por
instrumentos cortocontundente, como: machado, guilhotina, enxada, facão, foice,
dentes...
Pérfuro-contusa: ocorre através de um choque (pode ou não haver deslizamento), causado
por instrumentos pérfuro-contundente, como: projétil de arma de fogo, ponta de grade de
ferro... Alguns tópicos que estão dentro desse agente levivo são:
O projétil é o mais típico agente pérfuro-contundente;
É composto de chumbo e revestido ou não por outros materiais;
Possuem formas variáveis: cilíndricas ou ogivas;
As munições podem ter carga simples/única (revólver) ou múltiplas
(cartucheiras).
Bordas irregulares;
Predomínio da profundidade;
Caráter prenetrante ou transfixante;
Zona de esfumaçamento.
Lácero-contusa: junção do choque, esmagamento e arrancamento tecidual, causado por
instrumentos lácero-contundente, como: acidentes com trem ou automóvel.
Os agentes lesivos físicos, químicos e bioquímicos, são conhecidos também
como agentes lesivos por meios:
Agente lesivo meio físico: são lesões produzidas po uma modalidade de ação capaz de
modificar o estado físico dos corpos e de cujo resultado podem surgir ofensa corporal,
dano à saúde ou morte. Causado, por exemplo, por energia térmica (frio, calor),
eletricidade (cósmica, artificial), pressão atmosférica, som, luz (radioatividade).
Temperatura por Calor: quando causado pelo calor ainda pode ser dividida em difusa ou
local, onde:
ação difusa encontra-se a insolação, ocorre o excesso de calor em locais abertos,
como queimadura de sol na praia; e a intermação, ocorre o excesso de calor em
locais fechados, isto é: mal-arrejados, confinamentos;
ação local encontra-se as queimaduras, que estão entre as principais causas de
morbimortalidade em nossa sociedade, e apresentam diferentes graus:
1º GRAU – Eritema: onde a derme é afetada, apresenta: vermelhidão, edema e dor.
Não evidenciados no cadáver;
2º GRAU- Flictena: ocorre bolhas, com a presença de líquidos ricos em albuminas na
coloração amrelo-claro;
3º GRAU – Escarificação: formam manchas de cor castanha, ou ciinza-amarelada,
indicativas da morte da derme;
4º GRAU – Carbonização: quando ocorre a carbonização do plano ósseo.
Temperatura por Frio: pode ser ocasionado pelo ambiente ou por um contato direto, onde:
Na lesão ambiental encontra-se a hipotermia, ocorre quando a temperatura
corporal fica abaixo de 35°C, a vasoconstrição periférica e a palidez;
Na lesão por contato direto encontra-se a geladura, ocorre lesões de pele e planos
profundos em áreas expostas ao frio, deralmente em extremidades (queimaduras
por gelo de escaladores, ou nitrogênio líquido).
Pressão atmosférica: lesões ocasionadas pelo aumento da pressão atmosférica como o
hiperbarismo-barotrauma, normalmente ocorrem em mergulhadores, escanfandristas. É
uma lesão conhecida como MAL DOS CAIXÕES.
Essas lesões podem ocorrer durante a compressão causando perfuração timpânica,
hemorragias ou durante a descompressão causando a embolia.
Eletricidade: ainda é dividido em natural ou artificial, onde:
A ação externa ocorre por substâncias cáusticas, que são mais frequentes nos
estados: sólido (nitrato de prata), líquiso (ácido) e gasoso (cloro, amoníaco e
vapores nitrosos); e também pela vitriolagem, lesão que é perpetrado mediante
arremeso de ácido sulfúrico contra a vítima, com o objetivo de lhe causar lesões
corporais deformantes da pele.
A ação interna ocorre por envenenamento ou intoxicação.
Agente lesivo meio bioquímico: causado, por exemplo, por inanição (falta de
alimentação). Nesse caso, a inanição pode ocorrer po:
TANATOLOGIA FORENSE
Tanatologia: é o ramo da perícia criminal que estuda a morte e os fenômenos a ela
relacionados, isto é, estuda desde o momento antecipando a morte (dia 0 dia em que a
pessoa morreu) conhecido como fresco, inchado (dia 1), decomposição ativa (dia 3),
putrefação (dia 7) e a esqueletização (dia 15).
Na tanatologia é realizado o exame de autópsia/necrópsia, passando por um exame
externo e interno de um corpo cadavérico cuja finalidade é:
Identificar o corpo;
Determinar a causa da morte – Causa Mortis;
Determinar a causa jurídica da morte – a diagnóstico diferencial médico-legal
(acidente, suicídio, homicídio ou morte de causa natural).
OS FENÔMENOS CADAVÉRICOS SÃO DIVIDIDOS EM:
Abiótico: que são divididos em imediatos ou consecutivos:
Imediato: antecedem a morte, são aqueles que estão presentes o processo de morte e que
se seguem a ela. São eles:
Perda de consciência;
Insensibilidade geral e dos sentidos;
Imobilidade e abolição total do tônus muscular, como o relaxamento muscular e
a midríase (dilatação pupilar);
Cessação da respiração (apneia);
Cessação da circulação, como acontece na parada cardíaca (requer exames
confirmatórios) e globo ocular (esvaziamento da artéria central da retina);
Perda de consciência e de sensibilidade (tátil, térmica e dolorosa);
Abertura das pálpebras e da boca.
Consecutivos: refere-se aos fenômenos corporais que ocorrem logo após a morte, como:
Resfriamento – Algo Mortis; esse processo pode ser: mais lento, como em obesos,
quando o ambiente não tem circulação de ar, em vítimas de insolação,
envenenadas ou com doenças infecciosas agudas; e mais rápido, como ocorre em
crianças e idosos, pessoas que apresentam doenças crônicas ou grandes
hemorragias.
Para que se obtenha o resultado, ocorre o uso de um termômetro retal introduzido
10cm (1,5*/h).
Rigidez muscular – Rigor Mortis;
Os espasmos cadavéricos são uma forma rara de enrijecimento muscular que ocorre
no momento da morte.
Livores hipostáticos;
Manchas hipóstase Cutânea - Livor Mortis; quando ocorre a parada da circulação
(acúmulo do sangue em partes baixas); manchas que normalmente apresentam
uma coloração violácea, porém quando ocorre a asfixia por “CO” (fumaça de
carro) se torna vermelho/róseo e quando ocorre envenenamento a mancha assume
um tom marrom-escuro; cronologia (2-3h após a morte) fixação (8-12h, identifica
posição do cadáver).
Desidratação;
Evaporação tegumentar (dessecamento) – ocorre a perda de peso (10 a 18g/kg por
dia), apergaminhamento cutâneo, turvação da córnea transparente, perda da tensão
do globo ocular, mancha azul da esclerótica.
Transformativos: que posem ser destrutivos ou conservadores:
Destrutivos: decomposição natural, é um processo que ocorre em 2 fases: a autólise e em
seguida a putrefação:
ESTUDO DIRIGIDO
S.F.A., 40 anos, foi vítima de lesão corporal. No exame de lesão corporal foram
identificadas as seguintes lesões:
1ª – Escoriação na mão direita
2ª – Equimose esverdeada no braço direito
3ª – Lesão perfuro-contusa apresentando zona de esfumaçamento no antebraço
esquerdo
O primeiro tiro foi no ombro, S.F.A. caiu em cima do ferimento, fazendo pressão local e
agravando a hemorragia e a lesão. Devido a gravidade da lesão, a vítima ficou com
debilidade permanente do membro superior esquerdo. Diante do caso exposto:
Classificar cada uma das lesões e seus agentes lesivos.
Apontar se a equimose é recente ou não, justificando.
Houve concausa nesse caso? Se sim, de qual tipo?
Aponte qual seria o tipo de lesão corporal (leve, grave ou gravíssima).
ENTOMOLOGIA FORENSE
Entomologia forense: é a ciência que trata da aplicação do estudo do comportamento de
insetos e outros artrópodes associados a um cadáver humano. Através da entomologia é
possível determinar: a data da morte (tempo entre a morte e a data em que o cadáver foi
encontrado, o denominado intervalo pós morte (IPM)), se o corpo foi movido para um
segundo local e se também foi manipulado, e possivelmente deduzir as circunstâncias que
cercaram o fato antes ou depois do ocorrido.
OS INSETOS: a capacidade de sentir odores que os humanos não sentem, faz com que
esses animais são os primeiros a chegarem no local de um crime ou no local onde tenha
um organismo morto, mesmo que a decomposição seja feita principalmente por
microrganismos como as bactérias.
Os odores exalados pelo cadáver vão sendo modificados no decorrer da decomposição, é
essa a mudança responsável por tornar o cadáver mais ou menos atrativos para as
diferentes espécies. A presença dos insetos necrófagos pode dar pistas importantes sobre
o ocorrido no local da morte, como a cronologia.
A entomofauna encontrada num cadáver, se analisada pode dar algumas
importantes informações como:
Identidade do cadáver: pode ser feita com a obtenção do sangue e dos tecidos do cadáver
no interior dos insetos e posterior análises de DNA para identificação.
Causa da morte: como a velocidade da decomposição é influenciado por alguns fatores
como o local em que a pessoa morreu, pode-se descobrir se ela foi morta por afogamento,
carbonização, envenenamento, entre outras coisas.
Movimentação do corpo: como a diversidade de insetos necrófagos é grande até mesmo
dentro de uma região, pode-se deduzir se o corpo foi movimentado. Isso é possível a partir
da coleta e identificação dos insetos adultos, comparando-os com os que ainda estão
imaturos.
Uso de toxinas ou drogas: As toxinas ou drogas que estiverem presentes no corpo em
decomposição causam mudanças no desenvolvimento dos estágios da vida dos insetos
que se alimentam da matéria orgânica. Essas substâncias também podem ser identificados
no organismo do inseto.
A decomposição ocasionada pelos insetos é uma importante ferramenta para
investigações criminais. Estes insetos são atraídos pelo cadaver logo após a morte e desde
então começam o processo de decomposição, desntre estes primeiros insetos encontram-
se as moscas varejeiras, que são atraídas pelos odores exalados de um corpo em
decomposição, sendo então um dos insetos de maior importância nos estudos de
entomologia forense. Assim como a mosca da carne (e suas larvas). No decorrer do
processo, insetos sucedem-se uns aos outros cada um com preferência por determinada
condição do corpo.
Cadamosca deposita cerca de 250 ovos que eclodem dentro de 24 horas.
TIPOS DE INSETOS
Necrófagos: são determinados insetos imaturos e/ou adultos na sua grande maioria
moscas e besouros que se alimentam de tecidos em decomposição.
Onívoros: insetos com uma dieta alimentar ampla, tanto dos corpos quanto da faunna
associada.
Parasitas e Predadores: os parasitas neste contexto utilizam a entomofauna cadavérica a
qual retira os meios para seu próprio desenvolvimento e os predadores são os individuos
que se alimentam das formas adultas ou imaturas dos insetos cadavéricos.
Acidentais: são insetos que se encontram ao acaso no cadaver. Explicado muitas vezes
pela frequencia como ocorrem naturalmente em determinadas áreas ecológicas.
ANTROPOLOGIA FORENSE
Antropologia: é a ciência que estuda o ser humano a sua origem e evolução não somente
em seu aspecto físico, mas também no social e cultural. Pode ser: Antropologia cultural,
Arqueologia e Antropologia física.
Identificação do sexo...
No vivo ou no morto recente é uma determinação fácil. Porém algumas características
com um estado avançado de putrefação, esqueleto, pessoas intersexuais/pseudo-
hermafrodita a determinação é mais difícil.
Cadáver deteriorado ou em fase de putrefação avançada: deve-se “abrir a cavidade
abdominal a procura de útero e ovários ou de próstata”.
No esqueleto: “a separação sexual faz-se pela discriminação dos ossos (crânio, tórax e
pelve)”.
GENÉTICA FORENSE
Genética forense: também conhecido como DNA forense é a área do conhecimento que
trata da utilização dos conhecimentos e das técnicas de genética e de biologia molecular
no auxílio da justiça.
O 1º caso de identificação criminal ocorreu em 1985 em um pequeno condado na
Inglaterra. O geneticista Alec Jeffreys comparou as amostras as vítimas com a do
suspeito, comprovando de quem foi a autoria do crime. Atualmente, a identificação
humana através do DNA forense é aceita em processos judiciais em todo o mundo. Sendo
o método SRT (Short Tandem Repeats) o mais usada para a comparação.
As amostras biológicas de interesse forense são: sangue, esfregaço bocal, urina, fezes,
cabelo, saliva, unha, ossos, sêmen, suor, dentes, entre outros. Pois, no interior das células
dessas amostras são encontrados os cromossomos que contém nosso DNA.
Esses testes e exames de DNA podem ser usados para:
ESTUDO DIRIGIDO
Diferencie a bacia e o crânio feminino e masculino. (imagens)