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Avaliação Parcial 01 – 1º Bimestre

Centro Universitário Data: 05/09/2022


GRUPO DE PRODUÇÕES ACADÊMICAS CURSO / TURMA
CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DIREITO / TURMA DIR 20/2 AN
DISCIPLINA
DIREITO PROCESSUAL PENAL - I
DOCENTE RESPONSÁVEL
PROF. JEFERSON DOS REIS PESSOA JUNIOR

Avaliação Parcial 1º Bimestre Valor: 0 a 10 pontos


ALUNOS – Grupos de 05 pessoas
Acadêmico (a): Bianca Barrak Lopes
Acadêmico (a): Giovanna Strogulski Bufalo
Acadêmico (a): Luiz Otávio Inácio Silva.
Acadêmico (a): Maria Eduarda Cristina de Oliveira
Acadêmico (a): Vanessa de Assunção Ozaki Costa

● Esta avaliação deverá ser feita em grupo de no máximo 05 (cinco) pessoas, devendo apenas um
dos integrantes (o primeiro da lista) postá-la no AVA em nome de todos os integrantes do grupo,
cabendo ao respectivo grupo a conferência dos nomes de todos que irão constar na avaliação.

● Responda fundamentadamente as questões abaixo, ciente de que será levada em


consideração a argumentação jurídica dos acadêmicos, não sendo toleradas nem
pontuadas, meras cópias ou transcrições de artigos, livros, ou mesmo materiais/slides dados em
sala de aula, bem como serão zeradas as questões de grupos diferentes cuja redação for
idêntica ou muitíssimo semelhante, devendo cada grupo, com suas palavras, apresentar a
respectiva resposta.
1. No dia 15/08/2022 a Polícia Judiciária Civil foi comunicada da existência de um corpo boiando próximo a
uma das pontes do rio Cuiabá. O Delegado de Polícia, juntamente com sua equipe, se deslocou até o
lugar indicado onde encontraram o corpo de um homem com muitos ferimentos. À vista disso, o que o
Delegado deve fazer para apurar se houve um crime e quem teria sido seu autor? Responda
fundamentadamente.

Resposta: O delegado deve instaurar um inquérito policial, de acordo art. 2º §1º da Lei 12.830/13,
visando fornecer subsídios ao titular da ação penal, Ministério Público no caso. O início do inquérito já foi
realizado pelo Delatio criminis, através da comunicação da existência do corpo à Polícia Judiciária Civil.
Os próximos passos estão relacionados à preservação do local do crime, procedimento de
reconhecimento de pessoas ou coisas, indiciamento, interrogação do indiciado, identificação do indiciado,
realização do exame de corpo de delito, reprodução simulada dos fatos, averiguar vida regressa, etc.

2. O corpo de um bebê recém-nascido foi encontrado no aterro sanitário de Várzea Grande, com sinais de
asfixia mecânica em volta do pescoço e, instaurado o IP e decorridos alguns dias de investigação, uma
ligação anônima informa que Maria das Dores estava grávida e, “misteriosamente sua barriga sumiu”.
Analisando a situação hipotética, o que o Delegado deve fazer para angariar indícios de autoria do
crime? Caso sejam encontrados indícios de que Maria é a autora, qual o crime cometido por ela?
Responda fundamentadamente.

Resposta: Ao receber uma denúncia anônima, a autoridade policial deve, antes de instaurar o inquérito
policial, verificar a veracidade das informações. Deve realizar uma investigação preliminar a fim de
constatar a plausibilidade da denúncia anônima. Após a investigação e confirmação da Notitia criminis
Inqualificada, deve ouvir a indiciada e ver a veracidade dos relatos. Caso sejam encontrados índicos do
crime, Maria responderá pelo crime de infanticídio está previsto no art. 123 do Código Penal.
3. Após inúmeras reportagens televisivas sobre a corrupção no município de Várzea Grande, inclusive com
imagens colhidas por um empresário enquanto um vereador lhe solicitava dinheiro para beneficiá-lo em
licitação da merenda escolar, o Promotor de Justiça ofereceu denúncia criminal, contudo, o Juiz de
Direito entendeu que não era o caso de denunciar, mas sim de arquivamento. Analisando o caso
hipotético, neste momento o Juiz poderá fazer algo para alcançar sua pretensão? Responda
fundamentadamente.

Resposta: Conforme decisão do STJ no julgamento do RHC 98.056/CE (j. 04/06/2019), a publicação na
imprensa pode caracterizar a notitia criminis espontânea e, portanto, é uma fonte legítima para a
instauração de investigação policial. No caso da rejeição da denúncia por parte do Juiz, o Promotor de
Justiça pode ingressar com recurso em sentido estrito conforme art. 581, inc, I

4. No dia 1º/08/2022 o Delegado de Polícia instaura IP para investigar o empresário Walter Rico. Em razão
do artigo 20 do CPP o Delegado mantém as investigações sob sigilo, contudo, uma das testemunhas
ouvidas pelo Delegado conta a Walter que teria prestado depoimento na delegacia tendo sido
questionado sobre fatos possivelmente cometidos por ele. Como Walter poderá ter acesso ao IP?
Responda fundamentadamente.

Resposta: De acordo com o artigo Art. 7º, XIII a XV e §1º da Lei 8906/94, Walter pode solicitar ao
advogado o acesso ao IP, Pois não existe sigilo para o advogado no inquérito policial e não lhe pode ser
negado o acesso às suas peças nem ser negado direito à extração de cópias ou fazer apontamentos.

5. Ao concluir o IP, o Delegado classificou o crime como sendo uma Lesão Corporal Seguida de Morte. O
Promotor, discordando do Delegado, requereu o arquivamento do IP. O Juiz concorda com o Delegado,
acreditando ter havido crime de Lesão Corporal seguida de morte. Na situação hipotética, qual será o
procedimento (o que ele deverá fazer) para que a opinião inicial do Juiz prevaleça? Responda
fundamentadamente.

Resposta: Caso seja arquivado e o juiz não concordar com o arquivamento do ministério público,
conforme art 28 §1ª do CPP, poderá encaminhar os autos para a instância competente do órgão
ministerial, sendo ele a Promotoria Geral de Justiça, no qual terá obrigatoriedade de fiscalizar e revisar os
autos, podendo remeter a outros membros do ministério público para oferecer a denúncia.

6. O Delegado de Polícia instaurou Inquérito Policial em crime de ação penal pública incondicionada. O
indiciado estava solto. Ao final do prazo legal para conclusão do IP, o Delegado, explicando que não
houve tempo hábil para concluir as investigações, requereu a dilação do prazo, conforme previsto no art.
10, §3º, do CPP, argumentando que ainda restavam diligências importantíssimas a serem realizadas.
Nesse caso, se o Juiz entendesse que não há prova da existência do crime ou indícios suficientes de
autoria, poderia desde logo determinar o arquivamento do IP? Justifique sua resposta.

Resposta: Não, pois de acordo com art. 28 do CPP se o órgão do Ministério Público, ao invés de
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de
informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito
ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do
Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz
obrigado a atender.

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