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CADERNO DE QUESTÕES +

COMENTÁRIOS +
PONTOS IMPORTANTES

MÉTODO QLR
90 DIAS PARA OAB

SEMANA 02

TREINANTE: Karine de Faria Alves


REGRAS PARA UM ALTO DESEMPENHO DE APRENDIZADO

ESTRATÉGIA DE ESTUDO

PASSO A PASSO DAS DISCIPLINAS COM MAIOR DIFICULDADE


 Verificar qual a meta do cronograma e ler o resumo no próprio cronograma;
 Teoria Resumida da OAB (kit de livros) ou Mapas Mentais;
 Leitura dos artigos sobre o assunto;
 Resolução de questões;
 Correção + leitura dos comentários;
 Fazer anotações ou cadernos de erros (material de revisão);
 Vídeo aula (se você tiver dificuldade no tema mesmo já passando pelo passo
a passo)

MATÉRIAS

1.
2.
3.
4.
5.
6.

PASSO A PASSO DAS DISCIPLINAS COM MENOR DIFICULDADE


 Verificar qual a meta do cronograma e ler o resumo no próprio cronograma;
 Resolução de questões;
 Correção + leitura dos comentários;
 Leitura dos artigos sobre o tema;
 Fazer anotações ou caderno de erros (material de revisão);
 Teoria/mapas mentais ou vídeo aula!
MATÉRIAS

7.
8.
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10.
11.
12.
13.
14.

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

 NO MÍNIMO 10 QUESTÕES DE CADA TEMA


 INTERMEDIÁRIO- 15 QUESTÕES
 AVANÇAD0- + DE 20 QUESTÕES

REVISÃO
Semana 02
SEGUNDA-FEIRA- 25/12/2023

Exercícios- Plataforma QConcurso


Filtro: OAB
Disciplina: REVISÃO GERAL DA SEMANA 01
Assunto:
QUADRO DE REVISÃO ( SEMANA 01)

MATÉRIA ASSUNTO STATUS


REVISÃO SEMANAL- PONTOS IMPORTANTES
IDENTIFICADOS
TERÇA-FEIRA- 25/12/2023------ NATAL
Exercícios- Plataforma QConcurso
Filtro: OAB
Disciplina: PROCESSO PENAL
Assunto: Inquérito Policial

A questão apresenta um caso concreto de uma notícia de crimes, havendo


sido realizada de modo absolutamente regular. Contudo, houve o
indeferimento, e a questão demanda que saibamos como nos insurgirmos
contra ele. Esta professora tem por hábito comentar cada assertiva por vez,
mas, quando todas versam exatamente do mesmo recorte, é mais produtivo
uma resolução panorâmica.

A resposta consta no art. 5º, §2º, CPP.


Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito


caberá recurso para o chefe de Polícia.

As demais assertivas tentam confundir a situação com a hipótese de


arquivamento, constante no art. 28 do CPP. Ocorre que são situações
distintas, e perceba que o enunciado, em nenhum momento, abordou a
situação de arquivo. De todo modo, em resumo, diante do arquivamento
caberia a revisão ministerial, mas diante do indeferimento, o correto é o
recurso ao Chefe de Polícia.

Por isso, acerta a assertiva que expressa à possibilidade de apresenta


recurso para a Chefia de Polícia para que se manifeste sobre o
indeferimento da instauração do Inquérito Policial.

Gabarito da professora: alternativa C.


A solução da questão exige o conhecimento acerca do inquérito policial
previsto no título II do Código de Processo Penal, mais precisamente sobre
o seu arquivamento. O inquérito é um conjunto de atos investigatórios
realizados pela polícia judiciária com o objetivo de colher indícios de autoria
e materialidade para que possa haver a ação penal.
O arquivamento do inquérito ocorre quando há falta de fundamentação para
a denúncia, ou seja, quando não há indícios suficientes de autoria e
materialidade e só pode ser arquivado pela autoridade judiciária. Analisando
as alternativas:

a) ERRADA. O Ministério Público poderá promover o desarquivamento


quando houver novas provas, pois, em regra a decisão do arquivamento
não faz coisa julgada material. Entretanto, quando for arquivado por
atipicidade do fato, extinção da punibilidade, fará coisa julgada material, não
podendo ser desarquivado. No caso de ser arquivado por excludente de
culpabilidade ou ilicitude, há divergências doutrinárias, Nucci (2020)
entende que nesse caso também deve gerar decisão definitiva.

b) ERRADA. Em regra, poderá haver o desarquivamento do inquérito, de


acordo com o art. 18 do CPP: “Depois de ordenado o arquivamento do
inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas
tiver notícia." As hipóteses em que não poderá ser desarquivado estão na
alternativa anterior.

c) ERRADA. Poderá haver o desarquivamento, o depoimento de uma nova


testemunha que não havia sido identificada constitui nova prova e não mera
notícia.

d) CORRETA. De fato, a decisão de arquivamento fez apenas coisa julgada


formal no caso concreto, veja a súmula 524 do STF: “Arquivado o inquérito
policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não
pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas."

GABARITO DA PROFESSORA: LETRA D.


Referências:NUCCI, Guilherme de Souza. Curso de Direito Processual
Penal. 17 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020.
CERTO. Para instaurar com base em denúncia anônima é
necessário VPI (Verificação de procedência das informações)

ERRADO. Princípio da vedação à autoacusação - nemo tenetur se


detegere

ERRADO. Em regra, vícios no IP não contaminam a AP.

ERRADO. O civilmente identificado não será submetido à


identificação criminal, salvo casos específicos.
FINAL DO INQUÉRITO POLICIAL
1- Relatório feito pela autoridade policial -> Fórum -> Ministerio
Público -> Oferecer denúncia ou Requerer diligências (Juiz não
pode indeferir)!
2- Relatório feito pela autoridade policial -> Fórum -> Ministerio
Público -> Propor arquivamento-> Juiz (concorda) -> Arquivado!
3- Relatório feito pela autoridade policial -> Fórum -> Ministerio
Público -> Propor arquivamento-> Juiz (discorda) -> Remete para
o Procurador geral (ele próprio denuncia ou desiguina outro
promotor para denunciar!
4- Relatório feito pela autoridade policial -> Fórum -> Ministerio
Público -> Propor arquivamento-> Juiz (discorda) -> Remete para
o Procurador geral (se insistir no arquivamente)-> Arquivado!
Para arquivar só com a anuência do Juiz e após ouvir segunda
opinião.

A) por ser um procedimento investigatório que visa reunir provas da existência


(materialidade) autoria de uma infração penal, sua instauração é
e
indispensável. ERRADO!

O inquérito policial é um procedimento dispensável. A dispensabilidade do


inquérito policial é extraída dos seguintes artigos do CPP: 12, 27 e 39, §5º.

B) pode ser arquivado por determinação da Autoridade Policial se, depois


de instaurado, inexistirem provas suficientes da autoria e materialidade do
crime em apuração. ERRADO!

A autoridade policial (delegado de polícia) não pode determinar o


arquivamento do IP.

C) para qualquer modalidade criminosa, deverá terminar no prazo de 10


(dez) dias se o indiciado tiver sido preso em flagrante ou estiver preso
preventivamente, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto.
ERRADO!

Trata-se de regra geral, prevista no art. 10 do CPP. Todavia, existem prazos


especiais.

Exemplo 01 - lei 11343/2006: a) investigado preso: 30 dias + 30 dias; b)


investigado solto: 90 dias + 90 dias.

Exemplo 02: crimes contra a economia popular: estando o investigado


preso ou solto o prazo será de 10 dias.

D) tem valor probatório relativo, mesmo porque os elementos de


informação, no inquérito policial, não são colhidos sob a égide do
contraditório e ampla defesa, nem na presença do magistrado. CORRETO!

MATERIAL COMPLEMENTAR

INQUÉRITO POLICIAL

 Procedimento administrativo
 Presidido pela autoridade policial (delegado de polícia)
 Finalidade: identificar fontes de provas e colher elementos de informação
 Permitir que o titular da ação penal ingresse em juízo
 Fase preliminar investigativa da persecução penal
 Inquisitório e preparatório
 Instrumental
 Lei n.13.245/16: advogado tem direito de assistir seus clientes durante
investigações
 Vícios na fase preliminar não tem condão de contaminar o processo (salvo provas
ilícitas)

Provas Cautelares:

 Urgente, depende de autorização judicial. Contraditório diferido. Ex: Interceptação


Telefônica.

Provas Não Repetíveis:

 Fonte desaparece
 Não depende de autorização judicial.
 Contraditório diferido
 Ex: Exame de corpo de delito

Provas Antecipadas:

 Dependem de autorização judicial.


 Contraditório real.
 Ex: testemunha correndo risco de morte.
 Lei 13.830/13
 Delegado de polícia → discricionariedade nas investigações (decide quais
mecanismo devem ser empregados na investigação)
 → Exceções: exame de corpo de delito (obrigatório nos crimes que deixam
vestígios).
 → Requisições do MP → princípio da obrigatoriedade nos crimes de ação penal
pública (mandamento constitucional)
 Não há hierarquia entre MP e Delegado.
 MP – poder de investigação: art.129, CF/88.
 O Delegado não pode arquivar inquérito.

Indiciado solto: 30 dias - prorrogáveis

Indiciado preso: 10 dias

→ Trata-se de prazo processual (não inclui o dia do começo)

Justiça Federal:

Indiciado solto - 30 dias

Indiciado preso - 15 dias prorrogáveis por mais 15 dias.

Lei de drogas:

Indiciado solto - 30 dias

Indiciado preso - 90 dias

Juiz pode duplicar estes prazos, ouvido o MP.

CPPM

Indiciado solto - 40 dias (prorrogável por + 20 dias)

Indiciado preso - 20 dias

 STF → Notícia Criminis anônima/apócrífa ou inqualificada: por si só não pode


levar a instauração do IPL (verificar a procedência das informações).
GABARITO LETRA D

a) ERRADA - O Titular da ação penal pode já dispor dos elementos


necessários para ajuizar a ação penal. Lembrando que >> O inquérito é um
procedimento DISPENSÁVEL!

b) ERRADA - Este despacho é recorrível, o recurso ao CHEFE DE


POLÍCIA. Conforme Art. 5 , § 2 Do despacho que indeferir o requerimento
de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.

c) ERRADA - Súmula vinculante 14 - É direito do defensor, no interesse do


representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de
defesa.

d) CORRETA - Art. 17. A autoridade policial não poderá


mandar arquivar autos de inquérito.
A alternativa (a) está correta. Nos crimes de ação pública
incondicionada o inquérito policial será iniciado: de ofício pela
autoridade policial (art. 5º, I, do CPP).

A alternativa (b) está correta. O inquérito, nos crimes em que a


ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser
iniciado (art. 5º, § 4o, do CPP).

A alternativa (c) está errada. Mesmo nos crimes de ação penal


privada é cabível a instauração de inquérito policial (art. 5º, § 5o,
do CPP).

Exemplos de crimes de ação penal privada: calúnia, difamação,


injúria.

A alternativa (d) está correta. O inquérito é dispensável para o


oferecimento da denúncia, sempre que existirem elementos que
dêem justa causa à ação penal.
tema central da questão é o inquérito policial, que é um procedimento
administrativo, presidido pela autoridade policial, e tem como objetivo coletar
elementos para que o Ministério Público possa decidir se oferece ou não a
denúncia, dando início à ação penal. Para resolver a questão, é necessário
entender a natureza jurídica do inquérito policial, as fases de um processo penal e
as garantias constitucionais envolvidas. Vamos agora analisar as alternativas em
relação à legislação pertinente:

Alternativa A: O inquérito policial é uma fase pré-processual e inquisitiva, onde não


se aplicam as garantias do contraditório e da ampla defesa, que são características
da fase processual. A presença de um advogado, embora seja um direito do
indiciado, não é obrigatória para a validade do inquérito. Logo, esta alternativa é
incorreta.

Alternativa B: De acordo com o artigo 39, § 5º do Código de Processo Penal (CPP),


quando qualquer pessoa do povo ou a autoridade policial tiver conhecimento da
existência de infração penal em que caiba ação pública, poderá verbalmente ou
por escrito, comunicar o fato à autoridade policial, e esta, verificada a procedência
das informações, deverá fornecer as informações ao juízo competente. Entretanto,
se a acusação já possui elementos suficientes que caracterizam justa causa, a
autoridade judiciária poderá dispensar o inquérito policial e dar início direto à ação
penal. Assim, essa é a alternativa correta.

Alternativa C: Embora o inquérito policial seja de fato um procedimento escrito,


inquisitivo, sigiloso e informativo, ele não é "disponível". O termo "disponível"
implicaria que o inquérito poderia ser arquivado ou prosseguir a critério das
partes, o que não é verdade, pois cabe à autoridade policial conduzi-lo, não às
partes envolvidas. Portanto, essa alternativa é incorreta.

Alternativa D: A interceptação telefônica, conforme a Lei nº 9.296/1996, é uma


medida restritiva de direitos e só pode ser determinada pelo juiz, mediante pedido
da autoridade policial ou do Ministério Público, e não diretamente pela autoridade
policial. Portanto, essa alternativa também é incorreta. Assim, a alternativa correta
é a B.

Uma das características marcantes do inquérito policial é justamente a sua


dispensabilidade. Inicialmente, cumpre notar que o inquérito policial é espécie do
gênero investigação preliminar. Bem compreendida a lição de Carnelutti segundo a
qual a própria existência de um processo penal já impõe uma pena ao sujeito
passivo, exige-se que a acusação que deflagra a fase processual se ampare em
elementos informativos previamente colhidos. Com isso, a acusação formulada há
de ser plausível, devendo traçar um fato aparentemente punível, e esse juízo de
plausibilidade, antídoto contra acusações infundadas, é retirado justamente da
investigação que antecede o processo de conhecimento. Assim, é com essa
finalidade que se apresenta o inquérito policial como um dos instrumentos
investigativos instituídos e regulamentados na ordem jurídica (o mais utilizado, não
há dúvidas), o que não implica exclusividade da Polícia Judiciária na realização de
investigação criminal. O próprio Código de Processo Penal ressalva, ao tratar da
investigação policial, a possibilidade da realização de investigação criminal por
outras autoridades a quem a lei incumba tal missão (art. 4º, parágrafo único).

Além disso, outras disposições do Código deixam ainda mais nítida a


dispensabilidade do inquérito policial, a saber: art. 12 (“O inquérito policial
acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra”);
art. 27 (“Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério
Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito,
informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos
de convicção”); art. 39, § 5º (“§ 5º O órgão do Ministério Público dispensará o
inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a
promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15
(quinze) dias”). Note-se que além de outras autoridades públicas serem
investigadas de poder investigativo (Comissões Parlamentares de Inquérito,
Receita Federal, COAF - Conselho de Controle de Atividades Financeiras,
Corregedorias etc.), os dispositivos transcritos exibem a permissão legal da
utilização de quaisquer peças de informação, ainda que colhidas por “qualquer
pessoa do povo”, como base informativa para a adoção de providências por parte
do Ministério Público. Exemplo comum dessa realidade são os procedimento
investigativos de cunho jornalístico.

As demais alternativas (A, B e D) estão corretas, não devendo ser assinaladas.

O inquérito é escrito e formal (Paulo Rangel), na medida em que "todas as peças


do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade". Noutros termos: a base
informativa revelada a partir das investigações produzidas se apresentará na forma
documentada, viabilizando a posterior análise por parte do dominus litis.
Diz-se, ainda, ser inquisitório o inquérito, considerada a significativa concentração
de poderes (investigativos) na pessoa daquele que preside o procedimento
investigativo (delegado de polícia). Assim, o inquérito não se desenvolve a partir de
uma lógica de separação de poderes, não existindo partes (no sentido técnico), até
pela inexistência de uma pretensão acusatória formalmente apresentada em face
do eventual sujeito passivo. Não se faz presente, nessa fase, a dialética que marca
o processo. Como consequência, grande parte da doutrina afirma inexistir, dada tal
inquisitoriedade, influência dos princípios do contraditório e da ampla defesa na
fase de investigação, ao menos enquanto compreendidos em sua máxima
plenitude normativa.

A alternativa a ser assinalada é a indicada na letra (C).

Trata a questão da aplicação literal da súmula vinculante número 14 que dispõe: É


DIREITO DO DEFENSOR, NO INTERESSE DO REPRESENTADO, TER ACESSO AMPLO
AOS ELEMENTOS DE PROVA QUE, JÁ DOCUMENTADOS EM PROCEDIMENTO
INVESTIGATÓRIO REALIZADO POR ÓRGÃO COM COMPETÊNCIA DE POLÍCIA
JUDICIÁRIA, DIGAM RESPEITO AO EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA. Gabarito: D
LISTA DE ARTIGOS MENCIONADOS NOS EXERCÍCIOS
( REVISÃO)
CADERNO DE ERROS/ANOTAÇÕES ( REVISÃO)
DEMAIS FERRAMENTAS USADAS

TIPO DE FERRAMENTA STATUS

TEORIA SIM

MAPA MENTAL SIM

AULA DE VÍDEO NÃO


Filtro: OAB
Disciplina: PROCESSO PENAL
Assunto: Da Ação Penal

TERMOS CITADOS NO MAPA MENTAL--- REVISTO E REFORÇAR NA REVISÃO

Como advogado(a) das quereladas, cabe-nos defender a extinção da


punibilidade. De acordo com o Código Penal, são hipóteses de extinção da
punibilidade:

Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:

I - pela morte do agente;

II - pela anistia, graça ou indulto;

III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;

IV - pela prescrição, decadência ou perempção;

V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de


ação privada;

VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;


VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

VIII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)

IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

A) Errada. O perdão, de fato, extingue a punibilidade, porém não se


enquadra no caso. O perdão, tácito ou expresso, consiste na desistência da
vítima em prosseguir com o feito, razão pela qual o momento dessa forma
de extinção da punibilidade deve ocorrer após a propositura da queixa até o
limite do trânsito em julgado da sentença.

B) Errada. A renúncia também extingue a punibilidade, mas não se adapta


ao caso. A renúncia é ato unilateral do ofendido ou de seu representante
legal consistente na renúncia, tácita ou expressa, do direito de agir.

C) Correta. No presente caso, a falta de pedido de condenação nas


alegações finais já é causa suficiente para a perempção da ação, vejamos:

Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa,


considerar-se-á perempta a ação penal:

III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a


qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular
o pedido de condenação nas alegações finais;

D) Errada. A retratação extingue a punibilidade nos casos previstos,


entretanto não está caracterizado no caso da questão. A retratação é o ato
do agente de desdizer em sua completude algo que afirmou no passado e
que deu início a um processo penal.

Gabarito da professora: alternativa C.


Se fossemos resumir a resposta da questão em uma frase, seria:
O estelionato, após o Pacote Anticrime, passou a depender da
representação do(a) ofendido(a). Logo, pode-se afirmar que a
natureza da ação do crime de estelionato é pública condicionada a
representação.

 Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em


prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro,
mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: §
5º Somente se procede mediante representação, salvo se a
vítima for: (...)
A lei é de do mês de dezembro do ano de 2019. Como os fatos
ocorreram sob a redação anterior, aconteceram na vigência da
redação antiga, que tratava a ação do estelionato como de
natureza pública incondicionada.

 Organizando: antes do pacote: incondicionada; depois do


pacote: condicionada
Não é um tema de resposta fechada, pois há muito debate sobre
sua retroatividade. Pela leitura que se faz das respostas da banca,
sugere-se que se compreenda que não retroage: "A exigência de
representação da vítima no crime de estelionato não retroage aos
processos cuja denúncia já foi oferecida". STJ. 3ª Seção. HC
610201/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/03/2021 (Info
691).
Por isso, acerta a alternativa A quando enuncia que ocorre a
ausência de condição específica de procedibilidade, em razão da
exigência de representação da ofendida.
B) Incorreta, pois a ação é pública condicionada a representação,
ou seja, a legitimidade é do Ministério Público.
C) Incorreta. Não há contorno para se falar sobre ANPP, pois não
foi expressado sobre a confissão do crime, o que desconfiguraria
a hipótese de incidência do art. 28-A.
"Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado
confessado formal e circunstancialmente a prática de infração
penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior
a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de
não persecução penal, desde que necessário e suficiente para
reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes
condições ajustadas cumulativa e alternativamente".
D) Incorreta, pois não há que se falar em atipicidade. Os fatos
são típicos, ilícitos. A celeuma gira em torno da sua persecução,
ou seja, de elemento formal, procedimental.

Gabarito da professora: alternativa A.


PÁGINA 3- MAPA MENTAL base para fundamentação
A questão cobrou conhecimentos acerca do Acordo de Não
Persecução Penal – ANPP.
O Acordo de Não Persecução Penal – ANPP está previsto no art.
28 – A do Código de Processo Penal:
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado
confessado formal e circunstancialmente a prática de infração
penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior
a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de
não persecução penal, desde que necessário e suficiente para
reprovação e prevenção do crime (…).
Para a realização ANPP a lei exige os seguintes requisitos:
1 - Não seja caso de arquivamento da investigação;
2 - Que o agente confesse formal e circunstancialmente a prática
de infração penal; (confissão).
3 - Não seja crime praticado com violência ou grave ameaça a
pessoa ; (natureza do crime)
4 - A pena mínima em abstrato seja inferior a 4 anos ; (pena)
5 – A medida deve ser necessária e suficiente para reprovação e
prevenção do crime;
Não há acordo de não persecução penal quando:
1 - O crime envolver violência doméstica;
2 - O agente for reincidente;
3 – For possível a transação penal;
4 - O agente possua antecedentes que denotem conduta
criminosa habitual);
5 – O agente tiver sido beneficiado nos últimos 5 anos com ANPP,
transação ou sursis processual.
Assim, poderá ser proposto acordo de não persecução penal,
considerando a pena e natureza do crime, mas Carlos
necessariamente deverá confessar a prática delitiva.

A letra A está incorreta porque é obrigatória a confissão para


que o acordo de não persecução seja realizado.
A letra B está incorreta porque a suspensão condicional ( sursi
processual) que beneficiou o acusado ocorreu há 8 anos e a lei só
veda o ANPP se o sursi tiver ocorrido nos últimos 5 anos.
A letra D está incorreta porque o ANPP leva em conta a pena
mínima de até 4 anos (como é o caso do crime de receptação
qualificada que tem pena mínima de 3 anos ) e não a pena
máxima, como afirma a questão.
Gabarito do Professor: letra C.
LISTA DE ARTIGOS MENCIONADOS NOS EXERCÍCIOS
( REVISÃO)
CADERNO DE ERROS/ANOTAÇÕES ( REVISÃO)

Para entender essa questão, é importante conhecer o Acordo


de Não Persecução Penal (ANPP), que é uma inovação no
Direito Processual Penal brasileiro, introduzido pelo Pacote
Anticrime (Lei 13.964/2019) e regulamentado pela Resolução
nº 181/2017 do Conselho Nacional do Ministério Público,
posteriormente alterada para se adequar às mudanças
legislativas. O ANPP é uma forma de desjudicialização que
permite a resolução de infrações penais sem a necessidade
de uma ação penal, desde que preenchidos certos requisitos,
como a confissão formal e circunstanciada do fato pelo
acusado, a reparação do dano (quando aplicável), entre
outros.

Um dos requisitos fundamentais para a celebração do ANPP é


que o acusado não seja reincidente em crime doloso, ou seja,
ele não deve ter sido condenado definitivamente por outro
crime doloso. Além disso, o ANPP aplica-se a infrações
penais sem violência ou grave ameaça e com pena mínima
inferior a 4 anos.

Vamos agora analisar cada um dos indivíduos mencionados


na questão:

- Arthur foi definitivamente condenado por furto simples, o


que o torna reincidente e, portanto, inelegível para o ANPP.

- Bruno foi condenado, mas ainda não houve decisão


definitiva, o que significa que ele ainda não é tecnicamente
considerado reincidente para fins de celebração do ANPP,
desde que não tenha outras condenações definitivas por
crime doloso. Então, ele pode celebrar o ANPP.

- Fernanda aceitou a suspensão condicional do processo, o


que não configura reincidência, pois não há condenação
criminal e a suspensão é uma medida despenalizadora. No
entanto, ao se referir aos antecedentes, muitas vezes o
Ministério Público e o Judiciário têm entendido que a
suspensão condicional do processo já cumprida pode ser um
impedimento para o ANPP, pois demonstra certa
habitualidade na prática de infrações penais, o que afastaria a
aplicabilidade deste benefício.

- Camille foi absolvida, e o recurso do Ministério Público


ainda não foi julgado. Isso significa que ela não possui
condenação e pode celebrar o ANPP, desde que preenchidos
os demais requisitos.

Os erros comuns ao abordar esse tema incluem a confusão


entre condenação não definitiva e a reincidência, bem como a
inaplicabilidade do ANPP a pessoas que aceitaram a
suspensão condicional do processo. Para evitar esses erros,
é crucial entender o que configura a reincidência e estar
atento às decisões e entendimentos recentes sobre a
aplicação do ANPP.

Portanto, Bruno e Camille são os que podem celebrar o


Acordo de Não Persecução Penal, pois ambos não possuem
condenações definitivas por crime doloso que os tornariam
reincidentes e, assim, inelegíveis para o ANPP.

A alternativa correta é a letra C - Bruno e Camille.

A questão cobrou conhecimentos acerca dos crimes contra a honra.

Magda, servidora pública federal, no exercício de suas funções, trabalhando


como professora foi ofendida por Márcio, seu aluno, sendo chamada de
“piranha" e “vagabunda", fato que configura o crime de injúria previsto
no art. 140 do Código Penal.
O crime de injúria, em regra, é de ação penal privada, conforme o art.
145, CP. Entretanto, nos crimes contra a honra de servidor público em
razão do exercício de suas funções a legitimidade para a ação penal é
concorrente entre o Ministério Público e a vítima, ou seja, nestes
casos, a vítima pode optar entre oferecer a queixa crime ou
representar para que o Ministério Público ofereça denúncia, conforme
súmula 714 do Supremo Tribunal Federal:

“É concorrente a legítima do ofendido, mediante queixa, e do Ministério


Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por
crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas
funções".

Gabarito, letra D.
QUESTÃO COMPLEXA
A questão cobrou conhecimentos acerca da ação penal e acordo de não persecução penal.

A – Correta. O art. 116, inc. IV do Código Penal, já à luz da reforma promovida pelo Pacote
Anticrime (Lei 13.964/19), a vigência do acordo de não persecução penal é causa impeditiva da
prescrição.

B – Incorreta. De acordo com o art. 115 do Código Penal “São reduzidos de metade os prazos
de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 (vinte e um)
anos, ou, na data da sentença, maior de 70 (setenta) anos". De acordo com o enunciado, Natan,
na época do crime já tinha 21 anos, ou seja, não era menor de 21 anos, portanto, não será
beneficiado com a redução do prazo prescricional.

C – Incorreta. “É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva


com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou sorte do processo
penal". (Súmula 438 – Superior Tribunal de Justiça)

D – Incorreta. O art. 110, § 1° estabelece que “A prescrição, depois da sentença


condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu
recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo
inicial data anterior à da denúncia ou queixa".

Gabarito, letra A.
A questão cobrou conhecimentos acerca da retratação da
representação.

A representação, nos crimes de ação penal pública condicionada a


representação deverá ser apresentada no prazo de 6 meses a contar
da data em que a vítima tomar conhecimento do autor do fato,
conforme as regras dos art. 38 do CPP e 103 do Código Penal:

Art. 38 do CPP: Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu


representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação,
se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em
que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia
em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

Art. 103 do CP: Salvo disposição expressa em contrário, o ofendido


decai do direito de queixa ou de representação se não o exerce dentro
do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que veio a saber quem
é o autor do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, do dia
em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.

Assim, Flávia apresentou representação dentro do prazo legal.

Flávia, entretanto, poderá desistir de prosseguir com o processo e


para isso precisa apresentar uma retratação da representação.

A retratação da representação poderá ser apresentada até o


oferecimento da denúncia, ou seja, a representação será irretratável,
depois de oferecida a denúncia, conforme o art. 25 do Código de
Processo Penal:

Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a


denúncia.

Gabarito do Professor: letra A.


a) INCORRETA. Ainda que Eliete tenha renunciado ao direito de queixa
quando representava Gabriel, este poderá oferece-la novamente ao
completar 18 anos, desde que dentro do prazo decadencial de até 6
meses após o crime, contados da ciência da autoria. Diz o Parágrafo
único do art. 50, CPP:

Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que


houver completado 18 (dezoito) anos não privará este do direito de
queixa, nem a renúncia do último excluirá o direito do primeiro.

No mesmo sentido, diz a Súmula 594 do STF: Os direitos de queixa e


de representação podem ser exercidos, independentemente, pelo
ofendido ou por seu representante legal.

b) CORRETA.
c) INCORRETA. O prazo decadencial é de 6 meses, os quais não terão
expirado caso Gabriel ou seu advogado ofereçam a queixa em tempo.
Diz o art. 38 do CPP:

Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu


representante legal, decairá no direito de queixa ou de representação,
se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em
que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia
em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.

d) INCORRETA. A afirmação contraria o previsto no “caput” do art. 50


do CPP:

Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo


ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes
especiais.
A) Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato
criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do
acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a
classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.

B) Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes
especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do
querelante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais
esclarecimentos dependerem de diligências que devem ser
previamente requeridas no juízo criminal.

C) Que haverá o delito de calunia se o fato falso imputado à vítima for


definido como a infração penal, ou seja, crime ou contravenção.

D) O rol é prescindível se o Querelante quiser proceder a instrução


processual apenas com prova documental.

Aqui uma reclamação cobrar tal detalhe do Art. 44, CPP, não mensura
a qualidade de nenhum estudante ou bacharel em direito para ser
advogado, FGV se mostra porcina e ridícula como de costume e revela
cada vez mais que sua prova não se intenta a bem avaliar aqueles que
pretendem exercer a profissão de advogado e sim em causar
reprovações massivas para dificultar cade vez mais a entrada de
novos profissionais.

GABARITO: B
DEMAIS FERRAMENTAS USADAS

TIPO DE FERRAMENTA STATUS

TEORIA SIM

MAPA MENTAL SIM

AULA DE VÍDEO NÃO


Filtro: OAB
Disciplina: ECA
Assunto: Direitos Fundamentais da Criança e do
Adolescente

A questão aqui demanda uma conjugação de conhecimentos de ECA com


Direito Constitucional.

Diz o ECA:

“Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele


não tiveram acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de


deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos
de idade; (Redação dada pela Lei nº 13.306, de 2016)

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação


artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do


adolescente trabalhador;

VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas


suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde.

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público


subjetivo.

§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou


sua oferta irregular importa responsabilidade da autoridade
competente."

Os dispositivos negritados demonstram que o dever do Estado prestar


ensino a deficientes deve vir acompanhado de profissionais especializados,
bem como o acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público
subjetivo e o não oferecimento disto implica em responsabilização das
autoridades competentes.

Não há no ECA qualquer exigência de pagamento de custos adicionais para


que crianças e adolescentes frequentam o ensino regular, sejam incluídos e
tenham profissionais adequados para atender suas necessidades.

O argumento da reserva do possível não pode obstar direitos fundamentais.

O direito ao ensino, por certo, é um direito fundamental, com assento não


apenas no ECA, mas também na Constituição.

Direitos sociais, como a educação, são também direitos fundamentais e não


podem ser obstaculizados por argumentos como a reserva do possível.

Criança e adolescente, segundo o ECA, são tutelados pelo princípio da


proteção integral e não podem ser negligenciados, abandonados, tratando-
se de seres em desenvolvimento, prioridades nas políticas públicas, nas
escolhas orçamentárias.

Feitas tais ponderações, cabe comentar as alternativas.

LETRA A- INCORRETA. Conforme acima visto, o art. 54, III, do ECA,


garante atendimento especializado no ensino a deficientes.

LETRA B- INCORRETA. O art. 54, III, do ECA, é bem claro em garantir a


alunos deficientes atendimento educacional especializado.

LETRA C- CORRETA. O art. 54, III, do ECA, é bem claro em garantir a


alunos deficientes atendimento educacional especializado. Criança e
adolescente, segundo o ECA, são tutelados pelo princípio da proteção
integral e não podem ser negligenciados, abandonados, tratando-se de
seres em desenvolvimento, prioridades nas políticas públicas, nas escolhas
orçamentárias.

LETRA D- INCORRETA. Não cabe a tese da reserva do possível a obstar


um direito assegurado no ECA, ou seja, o direito ao acesso a educação
para deficientes, um direito subjetivo público, um dever do Estado, sob pena
de responsabilização da autoridade competente.

GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C


Diz o ECA:

“Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de


tratamento cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança
ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho
Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais."
Lembremos, ainda, que, são atribuições do Conselho Tutelar:
“ Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
Nos cabe comentar as alternativas da questão.
LETRA A- INCORRETA. Diante de tamanha violência, o ECA,
sim, tutela a criança e adolescente e confere ao Conselho Tutelar
instrumentos para tanto. É bom, inclusive, lembrar o que prevê o
art. 129 do ECA:
““ Art. 129. São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção
à família;
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou
comunitários de proteção, apoio e promoção da família; (Redação
dada dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio,
orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua
freqüência e aproveitamento escolar;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a
tratamento especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do pátrio poder poder familiar .
(Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de 2009)
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos
IX e X deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24."
LETRA B- INCORRETA. Não é atribuição apenas do Ministério
Público, cabendo, nos termos do art. 136 do ECA, intervenção, em
casos assim, do Conselho Tutelar.
LETRA C- CORRETA. Cabe intervenção do Conselho Tutelar,
desde que devidamente comunicado, nos termos dos arts. 13 e
136, I, do ECA.

LETRA D- INCORRETA. O caso em tela não enseja anulação de


casamento. Não há previsão legal para tanto, nem é a medida
mais proeficiente para resolver o problema do menor.
GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C

Diante do exposto, cabe comentar as alternativas da questão.


LETRA A- CORRETA. Reproduz, com felicidade, o art. 18-B, do
ECA.

LETRA B- INCORRETA. Ofende o art. 18-B, do ECA, porque são


medidas que podem ser aplicadas pelo Conselho Tutelar.

LETRA C- INCORRETA. Ofende o art. 18-B, do ECA, porque são


medidas que podem ser aplicadas pelo Conselho Tutelar.

LETRA D- INCORRETA. Demanda atenção sua leitura. A medida


de encaminhamento a tratamento psiquiátrico deve ser aplicada
pelo Conselho Tutelar, conforme exposto no art. 18- B, II, do ECA,
e não por autoridade judicial.
A questão requer conhecimento sobre a divulgação da imagem de crianças
e adolescentes envolvidos ou suspeitos de cometimento de atos
infracionais.

- A opção B está incorreta porque segundo o Artigo 17, do ECA, é direito


do adolescente ter sua imagem preservada. O Artigo 247, parágrafo
primeiro,do ECA, diz que é infração administrativa divulgar,total ou
parcialmente, fotografia de criança e adolescente em ato infracional ou até
mesmo ilustração que permita sua identificação,de forma direta ou indireta.
Ou seja o jornal correu em ilícito e ele não poderia divulgar a imagem que
identificasse o adolescente ou criança sem autorização.

- A opção C também está incorreta pois não há qualquer estado de


emergência no caso descrito, além disso, segundo o Artigo 247, parágrafo
primeiro, do ECA, cabe indenização.

- A opção D também está errada pois, como já dito anteriormente,


conforme os Artigos 17, 247, parágrafo único, do ECA há um abuso do
direito, tendo em vista que a garantia do anonimato do adolescente e da
criança, de sua intimidade, é o objetivo último da norma, seu objeto jurídico
tutelado, deve ser assegurado de forma efetiva, observando o princípio da
proteção integral contido no ECA.

- A opção A é a correta tendo em vista o Artigo 17 e o Artigo 247, parágrafo


único, do ECA.

Observação importante: Alguns Tribunais de Justiça, como o Tribunal de


Justiça do Espírito Santo (TJES), já reconhecem que o ato de compartilhar
nas redes sociais a imagem identificando uma criança ou adolescente,
associando-os aos atos infracionais, já é o suficiente para se cobrar
indenização.

GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A.


A questão requer conhecimento específico sobre o contrato de
aprendizagem contido no ECA e também na CLT.
- A opção B está incorreta porque João é menor de 14 anos,Jair
menor de 16 anos e José menor de 18 anos. Aos menores de 14
anos é proibido o trabalho, salvo na condição de aprendiz (Artigo
403, caput, da CLT e o Artigo 60 do ECA). Para os que tem até 14
anos é assegurado a bolsa aprendizagem (Artigo 64 do ECA),
somente os maiores de 14 anos são assegurados os direitos
trabalhistas e previdenciários. Ou seja, Jair que tem 14 anos teria
um contrato de aprendizagem e José, de 16 anos, teria contrato
de trabalho especial. João, de 12 anos, não teria trabalho formal
segundo o ECA e a CLT.
- A opção C está incorreta porque ao Jair, de 14 anos, caberia o
contrato de aprendizagem (Artigo 403, caput, CLT e o Artigo 60 do
ECA).
- A opção D está errada porque não cabe contrato de
aprendizagem para João, de 12 anos, e sim para o Jair, de 14
anos. Para o José caberia o contrato especial (Artigo 611-B,XXIII,
da CLT).
- A opção A está correta de acordo com o Artigo 403, caput, da
CLT;Artigo 611-B, XXIII, da CLT; Artigos 60,64 e 65, do ECA).
GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A.
A questão requer conhecimento sobre a divulgação da imagem de
crianças e adolescentes envolvidos ou suspeitos de cometimento
de atos infracionais.
-A opção B está incorreta porque segundo o Artigo 17, do ECA, é
direito do adolescente ter sua imagem preservada. O Artigo 247,
parágrafo primeiro,do ECA, diz que é infração administrativa
divulgar,total ou parcialmente, fotografia de criança e adolescente
em ato infracional ou até mesmo ilustração que permita sua
identificação,de forma direta ou indireta. Ou seja o jornal correu
em ilícito e ele não poderia divulgar a imagem que identificasse o
adolescente ou criança sem autorização.
-A opção C também está incorreta pois não há qualquer estado
de emergência no caso descrito, além disso, segundo o Artigo
247, parágrafo primeiro, do ECA, cabe indenização.
- A opção D também está errada pois, como já dito anteriormente,
conforme os Artigos 17, 247, parágrafo único, do ECA há um
abuso do direito, tendo em vista que a garantia do anonimato do
adolescente e da criança, de sua intimidade, é o objetivo último da
norma, seu objeto jurídico tutelado, deve ser assegurado de forma
efetiva, observando o princípio da proteção integral contido no
ECA.
- A opção A é a correta tendo em vista o Artigo 17 e o Artigo 247,
parágrafo único, do ECA.
Observação importante: Alguns Tribunais de Justiça, como o
Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), já reconhecem que o
ato de compartilhar nas redes sociais a imagem identificando uma
criança ou adolescente, associando-os aos atos infracionais, já é
o suficiente para se cobrar indenização.
GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A.
A) Proibir o acesso da aluna à escola.

A alternativa A está INCORRETA, pois, além de a liberdade religiosa ser


um direito individual constitucionalmente assegurado (artigo 5º, VI, da
CRFB/1988), o parágrafo único do artigo 3º do ECA (Lei 8.069/90)
estabelece que os direitos enunciados no Estatuto da Criança e do
Adolescente (dentre os quais o direito à educação) aplicam-se a todas as
crianças e adolescentes, sem discriminação, dentre outras, de religião ou
crença:

A alternativa B está INCORRETA, pois, além de a liberdade religiosa ser


um direito individual constitucionalmente assegurado (artigo 5º, VI, da
CRFB/1988), o parágrafo único do artigo 3º do ECA (Lei 8.069/90)
estabelece que os direitos enunciados no Estatuto da Criança e do
Adolescente (dentre os quais o direito à educação) aplicam-se a todas as
crianças e adolescentes, sem discriminação, dentre outras, de religião ou
crença:

A alternativa D está INCORRETA, pois feriria tanto o direito à liberdade


religiosa de Maria, direito individual constitucionalmente assegurado (artigo
5º, VI, da CRFB/1988), ofendendo, também o disposto no parágrafo único
do artigo 3º do ECA (Lei 8.069/90), que estabelece que os direitos
enunciados no Estatuto da Criança e do Adolescente (dentre os quais o
direito à educação) aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação, dentre outras, de religião ou crença, quanto a liberdade de
manifestação do pensamento das alunas Fernanda e Patrícia, direito
individual constitucionalmente assegurado no artigo 5º, IV, da CRFB/1988:

A alternativa C está CORRETA, pois é a solução que consagra o direito à


liberdade religiosa de Maria, direito individual constitucionalmente
assegurado (artigo 5º, VI, da CRFB/1988), e também aplica o disposto no
parágrafo único do artigo 3º do ECA (Lei 8.069/90), de acordo com o qual
os direitos enunciados no Estatuto da Criança e do Adolescente (dentre os
quais o direito à educação) aplicam-se a todas as crianças e adolescentes,
sem discriminação, dentre outras, de religião ou crença:

A) Sim, pois o diretor da entidade de acolhimento institucional é equiparado


ao guardião, podendo proibir a visitação dos pais.
A alternativa A está INCORRETA, pois, nos termos do artigo 92, §4º, do
ECA (Lei 8.069/90), a entidade de acolhimento institucional deve estimular o
contato da criança ou adolescente com seus pais, e não proibir a visitação
deles. A autoridade judiciária não precisa autorizar a visita dos pais para
que estes a façam, mas é apenas ela quem poderia proibir tal visitação:

Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de acolhimento familiar


ou institucional deverão adotar os seguintes princípios: (Redação dada
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

A alternativa B está INCORRETA, pois, nos termos do artigo 92, §4º, do


ECA (Lei 8.069/90), a entidade de acolhimento institucional deve estimular o
contato da criança ou adolescente com seus pais. Nem a autoridade
judiciária nem qualquer outro órgão precisa autorizar a visita dos pais para
que estes a façam, mas é apenas a autoridade judiciária quem poderia
proibir tal visitação:

Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de acolhimento familiar


ou institucional deverão adotar os seguintes princípios: (Redação dada
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

A alternativa C está INCORRETA, pois, nos termos do artigo 92, §4º, do


ECA (Lei 8.069/90), a entidade de acolhimento institucional deve estimular o
contato da criança ou adolescente com seus pais. Nem a autoridade
judiciária nem qualquer outro órgão precisa autorizar a visita dos pais para
que estes a façam, mas é apenas a autoridade judiciária quem poderia
proibir tal visitação:

Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de acolhimento familiar


ou institucional deverão adotar os seguintes princípios: (Redação dada
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

A alternativa D está CORRETA, pois, nos termos do artigo 92, §4º, do ECA
(Lei 8.069/90), a entidade de acolhimento institucional deve estimular o
contato da criança ou adolescente com seus pais. Nem a autoridade
judiciária nem qualquer outro órgão precisa autorizar a visita dos pais para
que estes a façam, mas é apenas a autoridade judiciária quem poderia
proibir tal visitação:
Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de acolhimento familiar
ou institucional deverão adotar os seguintes princípios: (Redação dada
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

a) toda criança e todo adolescente têm direito a serem


respeitados por seus educadores, mas não poderão contestar
os critérios avaliativos, uma vez que estes são estabelecidos
pelas instâncias educacionais superiores, norteados por
diretrizes fiscalizadas pelo MEC.
Errada: A criança e o adolescente podem contestar critérios
avaliativos. Vejamos a redação do inciso III, do artigo 53, do ECA:
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando
ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o
exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,
assegurando-se-lhes:
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às
instâncias escolares superiores;
b) é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente o
ensino fundamental, obrigatório e gratuito, mas sem a
progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino
médio.
Errada: Estabelece o artigo 54, do ECA:
Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que
a ele não tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao
ensino médio; (...)
c) não existe obrigatoriedade de matrícula na rede regular de
ensino àqueles genitores ou responsáveis pela criança ou
adolescente que, por convicções ideológicas, políticas ou
religiosas, discordem dos métodos de educação escolástica
tradicional para seus filhos ou pupilos.
Errada: A matrícula na rede regular de ensino é obrigatória em
todas as hipóteses, sem exceções.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular
seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
d) os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos
envolvendo seus alunos, a reiteração de faltas injustificadas e
a evasão escolar, esgotados os recursos escolares, assim
como os elevados níveis de repetência.
Correta: Esta é a redação do artigo 56, do CC:
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,
esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
RESPOSTA “D”
LISTA DE ARTIGOS MENCIONADOS NOS EXERCÍCIOS
( REVISÃO)
CADERNO DE ERROS/ANOTAÇÕES ( REVISÃO)

A questão requer conhecimento sobre destituição do poder


familiar e apadrinhamento, segundo o Estatuto da Criança e do
Adolescente.

 O acolhimento familiar (letra a) é uma modalidade de


acolhimento provisório, prevista no Estatuto da Criança e
Adolescente e tida como prioritária ao acolhimento
institucional. Acontece em residências de famílias
cadastradas selecionadas e formadas por profissionais da
área da Infância e Juventude.
 A guarda estatutária (letra b) é concedida quando, pela
ausência, omissão ou abuso por parte dos pais ou
responsáveis, ocorre a perda do poder familiar quando os
direitos expressos no artigo 227 da Constituição e no artigo
4º do ECA forem violados ou houver ameaça de violação,
haverá respaldo para a guarda estatutária.
 A tutela (letra c) tem uma finalidade definitiva, o deferimento
da tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou
suspensão do pátrio poder poder familiar e implica
necessariamente o dever de guarda.
 Já o apadrinhamento (letra d) consiste em estabelecer e
proporcionar à criança e ao adolescente vínculos externos à
instituição para fins de convivência familiar e comunitária e
colaboração com o seu desenvolvimento nos aspectos social,
moral, físico, cognitivo, educacional e financeiro.

Neste sentido, como a intenção do advogado é apenas uma


convivência temporária externa de Carla com a família dele,
estamos falando do instituto do apadrinhamento, Artigo 19- B,§
1º , 2º e 4º, do ECA.

GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.


DEMAIS FERRAMENTAS USADAS

TIPO DE FERRAMENTA STATUS

TEORIA SIM

MAPA MENTAL SIM

AULA DE VÍDEO NÃO


QUARTA-FEIRA- 27/12/2023

Exercícios- Plataforma QConcurso

Filtro: OAB
Disciplina: ADMINISTRATIVO
Assunto: Princípios da Administração Pública

TODOS OS PRINCÍPIOS NO MAPA MENTAL

A hipótese cogita da realização de controle de legalidade sobre


um dado ato administrativo, controle este empreendido pela
própria Administração Pública, ex officio, com apoio em seu poder
de autotutela, vale dizer, aquele poder com base no qual à
Administração é lícito rever seus próprios atos, sempre que
eivados de vícios (anulação), ou ainda quando, em se tratando de
atos válidos, estes deixarem de ser convenientes ou oportunos
(revogação). Referido poder encontra-se encartado nas Súmulas
346 e 473 do STF.

Gabarito: A

A expressão potestade pública está aqui intimamente ligada ao exercício de


uma autoridade, ao poder de se fazer obedecer, de impor comportamentos,
de gozar de certas prerrogativas, as quais não são extensíveis aos demais
particulares. O Estado, de fato, usufrui de uma séria de potestades, de
prerrogativas de ordem pública. Exemplos: poderes administrativos,
intervenção na propriedade privada, atributos dos atos administrativos,
dentre outros.

Pois bem, do exame das alternativas, verifica-se que a Banca mencionou,


nas letras “a", “b" e “d" exatamente características peculiares dos atos
administrativos, os tais atributos.

Já na opção “c" – interesse público primário –, não há como identificá-la


como uma potestade pública. Basta lembrar que interesse de menores (e
de incapazes em geral) constituem exemplos de matérias que envolvem
interesses públicos primários, e nada tem a ver com a presença do Estado
na relação jurídica subjacente. Tanto assim que são matérias de ordem
pública. As demandas que discutem direitos de incapazes devem, inclusive,
contar com a presença obrigatória do Ministério Público (art. 82, I, CPC).

Gabarito: C
QUESTÃO 01. Um dos princípios básicos da Administração
Pública, que pode ser alegado para evitar favoritismos e
privilégios é o Princípio da:

A Eficiência.
B Presunção de Legitimidade.
C Impessoalidade.
D Isonomia.

Comentário:

Ao se falar em vedação a "favoritismos e privilégios", a Banca está


se referindo, sem a menor dúvida, no princípio da impessoalidade.
Com efeito, é este postulado que tem por objetivo assegurar que
os agentes públicos pautem suas condutas, sempre, com base na
finalidade pública, sem levar em conta, portanto, interesses de
ordem pessoal, amizades, inimizadas, sem pretender, portanto,
beneficiar ou prejudicar determinadas pessoas.
É o que ensina, por exemplo, Maria Sylvia Di Pietro:
"Significa que a Administração não poder atuar com vistas a
prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é
sempre o interesse público que tem que nortear seu
comportamento."
Do exposto, a opção correta encontra-se na letra "c".
QUESTÃO 02. O particular pode fazer tudo o que a lei não
proíbe e a Administração Pública só pode fazer o que a lei
determina ou autoriza. Essa afirmativa refere-se ao princípio
da:

A proporcionalidade.
B moralidade.
C obrigatoriedade.
D contradição.
E legalidade.

Comentário:

Princípio da legalidade - estabelece que o agente só poderá agir


de acordo com a lei, o permitido é o previsto pela lei, sendo que o
agente público não poderá, em hipótese alguma, fazer algo não
estabelecido em lei. Sendo assim, é o oposto do que ocorre no
âmbito civil, onde o particular pode fazer tudo o que não está
proibido.
QUESTÃO 04. Em relação aos princípios que regem a atuação
da Administração Pública, é correto afirmar que:

A em relação ao princípio da legalidade, a Administração Pública


não é obrigada a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em
virtude de lei.
B o princípio da eficiência impõe ao agente público um modo
de atuar que produza resultados favoráveis à consecução dos
fins a serem alcançados pelo Estado.
C o princípio da eficiência, dada a sua natureza finalística, é
prevalente em face do princípio da legalidade.
D são aplicáveis à Administração Pública exclusivamente aqueles
princípios mencionados no caput do art. 37 da Constituição da
República Federativa do Brasil, que são o da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência.
E o princípio da publicidade decorre do direito dos administrados
em ter acesso a informações de interesse particular ou coletivo e,
por essa razão, não admite a existência de informações públicas
sigilosas.

Comentários

Alternativa "a": Errada. O administrador público somente pode


atuar conforme determina a lei, amplamente considerada,
abarcando todas as formas legislativas. É a garantia de que todos
os conflitos sejam solucionados pela lei, não podendo o agente
estatal praticar condutas que considere devidas, sem que haja
embasamento legal específico. Dessa forma, pode-se estabelecer
que, no Direito Administrativo, aplica-se o princípio da
subordinação à lei. Não havendo previsão legal, estará proibida a
atuação do ente público e qualquer conduta praticada será
considerada ilegítima.

Alternativa "b": Correta. Uma atuação eficiente da atividade


administrativa é aquela realizada com presteza e, acima de tudo,
um bom desempenho funcional. Buscam-se os melhores
resultados práticos e menos desperdício nas atividades estatais,
uma vez que toda a coletividade se beneficia disso.

Alternativa "c": Errada. Inicialmente, cabe destacar que não há


hierarquia entre os princípios. Na hipótese de colisão entre
princípios deve ser utilizado o método da ponderação.

Alternativa "d": Errada. Além dos princípios expressos no art. 37,


caput, da Constituição Federal, ainda temos princípios implícitos e
também previstos em disposições infraconstitucionais.

Alternativa "e": Errada. O princípio da publicidade não é absoluto,


tendo em vista que a própria Constituição Federal ressalva que
devem ser resguardadas a segurança nacional e o relevante
interesse coletivo. Aliás, a Lei 12.527/11 estabelece que a
informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado
o teor em razão de sua imprescindibilidade à segurança da
sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como
ultrassecreta, secreta ou reservada.
QUESTÃO 05. O tribunal de contas de um estado, ao analisar
as contas de determinado prefeito, verificou que houve gasto
de recursos públicos com a elaboração de cartilhas escolares
com nomes, símbolos e imagens que caracterizavam a
promoção pessoal de autoridades públicas do município.
Nessa situação, a conduta do prefeito afrontou especialmente
o princípio da boa-fé.

B razoabilidade.
C impessoalidade.
D economicidade.
E eficiência.

Comentários:
Atenção ao gabarito com a resposta certa.
Pode-se dizer que os princípios são regras gerais dotadas de
valores fundamentais. Os princípios possuem a função
hermenêutica e a função integrativa. A função hermenêutica se
refere ao princípio como ferramenta para esclarecer o conteúdo
de determinado dispositivo. Com relação a função integrativa, o
princípio pode suprir lacunas, preenchendo vazios normativos.
A) ERRADO, uma vez que o princípio da razoabilidade está
relacionado com o bom senso, com o equilíbrio e com a
coerência, que os agentes públicos devem pautar suas atividades.
De acordo Carvalho Filho (2020) o princípio da razoabilidade não
incide somente sobre a função administrativa, mas sobre qualquer
função pública, inclusive a função legislativa.
B) CERTO, Como foi indicado na questão o Prefeito utilizou
recursos públicos para elaborar cartilhas, com nomes,
símbolos e imagens que caracterizavam a promoção pessoal
de autoridades públicas. Salienta-se que as realizações não
devem ser atribuídas a pessoa física do agente público, mas
ao Estado.
O princípio da impessoalidade está relacionado com a ideia
de imparcialidade, que impede a atribuição de privilégios e a
realização de discriminação quanto aos particulares no
exercício da função administrativa. Além disso, as realizações
não devem ser atribuídas à pessoa física do agente público,
mas ao Estado - agir impessoal.
Conforme indicado por Carvalho Filho (2020) "a Administração há
de ser impessoal, sem ter em mira este ou aquele indivíduo de
forma especial". No que se refere ao princípio da impessoalidade
e de sua matriz o princípio da isonomia, cabe informar que são
admitidas exceções para a sua aplicabilidade, como: o sistema de
cotas, em que são reservadas vagas pelo critério étnico social
para ingresso em instituições de nível superior.
C) ERRADO, pois o princípio da economicidade está relacionado
com a ideia de custo-benefício da administração pública. O
princípio indicado é corolário do princípio da eficiência.
D) ERRADO, já que o princípio da eficiência se refere à
economicidade, a qualidade, a rapidez, a redução de desperdícios
e rendimento funcional.
E) ERRADO, uma vez que o princípio da boa-fé se refere a
atuação com lisura, lealdade e em conformidade com o direito.
LEITURA RECOMENDADA DA LEGISLAÇÃO- art. 37/CF 88
QUESTÃO 06. A respeito dos princípios da Administração
Pública, assinale a alternativa correta.

A Os atos praticados com desvio de finalidade implicam ofensa


direta ao princípio da segurança jurídica.
B A necessidade da Administração de justificar os atos praticados,
indicando os fatos e fundamentos jurídicos, decorre,
especificamente, do princípio da publicidade.
C A Administração possui o direito exorbitante de alterar
unilateralmente as relações jurídicas estabelecidas em razão do
princípio da moralidade.
D O dever da Administração Pública de dispensar tratamento
não discriminatório aos cidadãos, sem privilégios ou
prejuízos, é corolário do princípio da impessoalidade.
E A vedação imposta à Administração Pública de aplicar
retroativamente uma nova interpretação da norma administrativa
decorre do princípio da eficiência.

Comentários:

A) Desvio de poder ou desvio de finalidade é quando o agente


pratica um ato com fim diverso daquele previsto.
B) Princípio da motivação
C) Princípio da supremacia do interesse público
E) Princípio da Segurança jurídica
QUESTÃO 07. O princípio da indisponibilidade do interesse
público tem por resultado a limitação da ação do agente
público, que pode muito, mas não pode agir de modo
contrário ao interesse público. A respeito desse princípio, é
correto afirmar que: -------------- QUESTÃO DIFÍCIL
A) embora previsto expressamente na Constituição, não possui
qualquer repercussão prática no direito brasileiro, considerando-se
a dificuldade de identificação do conteúdo do princípio.
B o interesse público pode ser mais bem compreendido por
meio da separação entre interesse público primário,
resultante da soma dos interesses individuais, e interesse
público secundário, que consiste nos interesses do Estado,
como sujeito de direitos.
C o princípio resulta da supremacia dos interesses públicos sobre
os interesses individuais, os quais devem sempre se submeter à
vontade da coletividade, representada na ação do estado, quando
em conflito com esta vontade.
D o mencionado princípio impede a adoção da arbitragem pela
Administração Pública, considerando-se a impossibilidade de o
agente público transigir quanto aos interesses públicos que
persegue e representa.
E não compõe a ordem jurídica brasileira, dado não ser
encontrado no texto da Constituição, nem poder ser deduzido a
partir dos demais princípios constitucionais administrativos.
Comentários

Alternativa "a": Errada. Embora não expresso na Constituição


Federal, o princípio da indisponibilidade do interesse público é um
dos pilares do denominado regime jurídico-administrativo (o outro
é o princípio da supremacia do interesse público).

Alternativa "b": Correta. Os interesses públicos primários são os


interesses diretos do povo, os interesses gerais imediatos. Já os
interesses públicos secundários são os interesses imediatos do
Estado na qualidade de pessoa jurídica, titular de direitos e
obrigações. Em qualquer hipótese, o interesse público secundário
só é legítimo quando não é contrário ao interesse público primário.

Alternativa "c": Errada. A assertiva faz referência, na verdade, ao


princípio da supremacia do interesse público. Maria Sylvia Zanella
di Pietro destaca que dão a esse princípio "uma generalização que
jamais existiu, pois é evidente a impossibilidade de, em qualquer
situação de conflito entre o público e o privado, fazer prevalecer o
primeiro; se assim fosse, realmente não haveria como garantir
direitos individuais".

Alternativa "d": Errada. A Lei 13.129/15 alterou a lei de arbitragem


(Lei 9.307/96), que passou a prever expressamente a
possibilidade de utilização da arbitragem por entidades da
Administração Pública Direta e Indireta para dirimir conflitos
relativos a direitos patrimoniais disponíveis.
Alternativa "e": Errada. Conforme mencionado no comentário da
alternativa "a", o princípio da indisponibilidade do interesse público
é um dos pilares do denominado regime jurídico-administrativo.
Dele derivam todas as restrições especiais impostas à atividade
administrativa em virtude do fato de não ser a administração
pública "dona" da coisa publica, e sim mera gestora de bens e
interesses públicos.

QUESTÃO 08. A Constituição Federal, no Artigo 37, preceitua


que a Administração Pública obedecerá aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência. Também existem princípios que por nortearem a
atividade administrativa, informam e fundamentam o Direito
Administrativo. Um princípio do Direito Administrativo
estabelece que a Administração Pública esteja obrigada a
policiar, em relação ao mérito e à legalidade, os atos
administrativos que pratica, cabendo assim retirar do
ordenamento jurídico os atos inconvenientes e inoportunos e
os ilegítimos. Trata-se do princípio da:

A autotutela.
B indisponibilidade.
C eficiência.
D finalidade.

Comentários:
Trata-se do princípio da autotutela, que tem sede legal no art. 53
da Lei 9.784/99:
"Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos."

Cite-se, ainda, no mesmo sentido, a Súmula 473 do STF:

"A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados


de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial."

QUESTÃO 09. A razoável duração do processo e o emprego


de meios que assegurem a celeridade na sua tramitação são
assegurados, a todos, no âmbito administrativo e revelam
direito fundamental que tem por conteúdo os princípios da:

A moralidade e reserva legal


B nova gestão pública e razoabilidade.
C isonomia e eficiência.
D legalidade e publicidade.
E impessoalidade e indisponibilidade do interesse público.
Comentários
Ao se preconizar a "razoável duração do processo e o emprego de
meios que assegurem a celeridade na sua tramitação", o princípio
aí encarecido, sem dúvida, é o da eficiência. Afinal, uma
tramitação lenta, morosa, é, por conseguinte, um serviço
ineficiente, mal prestado.

Neste sentido, a doutrina de Rafael Oliveira:

"A ideia de eficiência está intimamente relacionada com a


necessidade de efetivação célere das finalidades públicas
elencadas no ordenamento jurídico. Ex.: duração razoável do
processo judicial e administrativo (art. 5º, LXXVIII, da CRFB,
inserido pela EC 45/2004)"

De outro lado, a referência "a todos", por evidente, tem em mira o


princípio da isonomia, no sentido de que a coletividade,
indistintamente, tem direito a uma tramitação eficiente, célere, de
suas demandas, sem favorecimentos ou perseguições indevidas.

Do exposto, os princípios ali aludidos são a eficiência e a


isonomia.
QUESTÃO 10. Assinale a alternativa INCORRETA no tocante
aos princípios que regem a Administração Pública.
A A divulgação dos vencimentos brutos mensais dos servidores,
como medida de transparência administrativa, harmoniza-se com
o princípio da publicidade, vedada a divulgação de outros dados
pessoais, como CPF, RG e endereço residencial.
B A nomeação de parente colateral, até o terceiro grau da
autoridade nomeante, para o exercício de cargo em comissão na
Administração, é considerada ofensa à Constituição Federal,salvo
para assunção de cargos de natureza política e desde que o
nomeado tenha condições técnicas de exercer o múnus público a
ele transferido.
C Deriva do princípio da impessoalidade a vedação constitucional
de que constem nomes, símbolos ou imagens que caracterizem
promoção pessoal de autoridades em publicidade de atos dos
órgãos públicos.
D O modo de atuação do agente público, do qual se espera o
melhor desempenho possível de suas atribuições a fim de se
obterem os melhores resultados, é a única vertente
apresentada pelo princípio da eficiência.
E O princípio da eficiência deve ser interpretado em conjunto com
os demais princípios impostos à Administração, não podendo
sobrepor-se a nenhum deles, sob pena de afronta à segurança
jurídica e ao próprio Estado de Direito.

Comentários:
a) CORRETA. De acordo com o entendimento do STF, a
divulgação dos vencimentos brutos e dos nomes dos servidores
harmoniza-se com o princípio da publicidade, mas não deve
ocorrer a divulgação de outras informações, como CPF, RG e
endereço residencial. RE com Agravo (ARE) 652.777.
b) CORRETA. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração
pública direta e indireta em qualquer dos poderes viola a
Constituição Federal. No entanto, no entendimento do STF, cargo
de natureza política pode ser assumido por partes, desde que
possua condições técnicas para tanto. Rcl 7590
"Os cargos políticos são caracterizados não apenas por serem de
livre nomeação ou exoneração, fundadas na fidúcia, mas também
por seus titulares serem detentores de um munus governamental
decorrente da Constituição Federal, não estando os seus
ocupantes enquadrados na classificação de agentes
administrativos. 2. Em hipóteses que atinjam ocupantes de cargos
políticos, a configuração do nepotismo deve ser analisado caso a
caso, a fim de se verificar eventual “troca de favores" ou fraude a
lei".
c) CORRETA. Corresponde ao princípio da impessoalidade o
disposto no art. 37, §1º da CF/88:
Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal
de autoridades ou servidores públicos.
d) INCORRETA. O princípio da eficiência se aplica não
somente à atuação dos agentes públicos, como também à
própria Administração. Ambos devem atuar de forma a
conseguir o maior rendimento possível.
e) CORRETA. Não há sobreposição de princípio sobre outro
princípio. Todos devem ser aplicados de forma harmônica,
analisando caso a caso.nenhum princípio está acima dos demais.

QUESTÃO 11. Em relação aos princípios aplicáveis à


administração pública, julgue o próximo item.
A O princípio da proporcionalidade, que determina a adequação
entre os meios e os fins, deve ser obrigatoriamente observado no
processo administrativo, sendo vedada a imposição de
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público.
Certo
Errado

Comentários:
A presente questão trata dos princípios administrativos e
apresenta um item para que seja realizado o exame de sua
veracidade.
O item ora em análise está inteiramente CERTO, descrevendo
corretamente o conteúdo do princípio da proporcionalidade,
necessariamente atendido em sede de processo administrativo,
nos exatos termos do inciso VI do Parágrafo Único do art. 2º da
Lei nº 9784/99.
12) Em decorrência do princípio da segurança jurídica, é
proibido que nova interpretação de norma administrativa
tenha efeitos retroativos, exceto quando isso se der para
atender o interesse público.
Certo
Errado

Comentários
A presente questão trata dos princípios administrativos e apresenta um item
para que seja realizado o exame de sua veracidade.

A Lei nº 9784/99, no inciso XIII do Parágrafo Único do seu art. 2º, prevê a
aplicação do princípio da segurança jurídica, em sede de processo
administrativo, valendo conferir, verbis:

“Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da


legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade,
moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse
público e eficiência.

Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre


outros, os critérios de: (...)

XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o


atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de
nova interpretação." (negritei).
Houve uma clara intenção do legislador em vedar a aplicação retroativa de
nova interpretação de lei, em sede de Administração Pública, sem que seja
aberta qualquer exceção, mesmo quando se buscar atender o interesse
público. A Profª Maria Sylvia Zanella Di Pietro oportunamente salienta a
importância da observância desse princípio da segurança jurídica, verbis:

“O princípio se justifica pelo fato de ser comum, na esfera administrativa,


haver mudança de interpretação de determinadas normas legais, com a
consequente mudança de orientação, em caráter normativo, afetando
situações já reconhecidas e consolidadas na vigência de orientação
anterior. Essa possibilidade de mudança de orientação é inevitável, porém
gera insegurança jurídica, pois os interessados nunca sabem quando a sua
situação será passível de contestação pela própria Administração Pública.
Daí a regra que veda a aplicação retroativa." (DI PIETRO, Maria Sylvia
Zanella, “Direito Administrativo", 12ª Ed., Atlas, São Paulo, 2000, p. 85).

13) Embora não estejam previstos expressamente na


Constituição vigente, os princípios da indisponibilidade, da
razoabilidade e da segurança jurídica devem orientar a
atividade da administração pública.
Certo
Errado

Gabarito: Certo, A CF/88, em seu art. 37 possui 5 princípios


expressos, contudo há diversos princípios implícitos no
direito administrativo, como o da indisponibilidade, da
razoabilidade e da segurança jurídica.
LISTA DE ARTIGOS MENCIONADOS NOS EXERCÍCIOS
( REVISÃO)
CADERNO DE ERROS/ANOTAÇÕES ( REVISÃO)
DEMAIS FERRAMENTAS USADAS

TIPO DE FERRAMENTA STATUS

TEORIA SIM

MAPA MENTAL SIM

AULA DE VÍDEO NÃO


Filtro: OAB
Disciplina: ADMINISTRATIVO
Assunto: Poderes Administrativos

No caso retratado no enunciado da questão, Roberto iniciou a construção


de sua casa, sem prévia licença, avançando para além dos limites de sua
propriedade e ocupando parcialmente a via pública, inclusive com
possibilidade de desabamento de parte da obra e risco à integridade dos
pedestres. No regular exercício da fiscalização da ocupação do solo urbano,
o poder público municipal, observadas as formalidades legais, valendo-se
da prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza-o a restringir
o uso e o gozo da liberdade e da propriedade privada em favor do interesse
da coletividade, determinou que Roberto demolisse a parte irregular da
obra.

O poder administrativo que fundamentou a determinação do Município é o


poder de polícia, que está conceituado no art. 78 do CTN. Vejamos:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública


que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais
ou coletivos.

Ressalte-se que o poder de polícia se manifesta por atos preventivos,


repressivos ou fiscalizadores.

Portanto, verifica-se que a alternativa D está correta.

As demais alternativas apontam poderes administrativos que não guardam


relação com o caso em tela. O poder hierárquico consiste no poder que
"dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos,
ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de
subordinação entre os servidores de seu quadro de pessoal"1. Por sua vez,
o poder disciplinar "é a prerrogativa pela qual a Administração apura as
infrações e aplica as penalidades ao infrator, que pode ser um servidor
público ou particular sujeito à disciplina administrativa"2. Por fim, o poder
regulamentar é "uma das formas pela qual se expressa a função normativa
da Administração Pública"3.

Gabarito do Professor: D
1 MEIRELES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 36. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. p. 120.

2 DI PIETRO, Maria Silvia Zanella. Direito Administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas. 2010. p.94.

3 DI PIETRO, Maria Silvia Zanella. Direito Administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas. 2010. p.94.
Alternativa "a": Errada. Mesmo em situações em que a motivação não se
faz necessária, como na caso de dispensa de servidor ocupante de cargo
em comissão (de livre nomeação e exoneração), se o ato for motivado e o
motivo apresentado não for verdadeiro, o ato será inválido. Isto porque o
administrador está vinculado aos motivos apresentados como fundamento
para a prática do ato.

Alternativa "b": Errada. Os cargos em comissão são destinados para a


execução de atribuições de direção, chefia ou assessoramento e são de
livre nomeação e exoneração pela autoridade competente. Ressalte-se que
não há necessidade de qualquer motivação ou garantia de contraditório,
caracterizando verdadeiro ato discricionário. Entretanto, caso a autoridade,
no ato de exoneração, indique um motivo falso, o ato será passível de
anulação.

Alternativa "c": Correta. A Administração, ao justificar a prática do ato


administrativo, fica vinculada às razões ali expostas, para todos os efeitos jurídicos,
de acordo com o preceituado na Teoria dos Motivos Determinantes. A motivação é
que legitima e confere validade ao ato administrativo discricionário. Enunciadas
pelo agente as causas em que se pautou, mesmo que a lei não haja imposto tal
dever, o ato só será legítimo se elas realmente tiverem ocorrido (STJ, AgRg no RMS
32437/MG).

Alternativa "d": Errada. Conforme mencionado no comentário da alternativa "b",


o ato de exoneração de servidor ocupante de cargo em comissão é discricionário.
Todavia, em situações como a retratada no enunciado da questão, é possível a
análise pelo Poder Judiciário posto que quando o motivo não corresponde à
realidade, o ato possui vício de legalidade.

Gabarito do Professor: C
QUESTÕES SOBRE PODER NORMATIVO, HIERÁRQUICO E DE POLÍCIA.- FILTRO DE
CONCURSO/DIREITO ADMINISTRATIVO/PODERES ADMINISTRATIVO

O poder disciplinar é a prerrogativa que a Administração Pública possui


para apurar infrações e aplicar penalidades aos seus servidores e àqueles
que estão ligados a ela por determinados vínculos. Esse poder decorre do
princípio da autotutela, que permite à Administração Pública controlar, punir
e corrigir as condutas internas e de quem com ela se relaciona em termos
de contrato ou de qualquer outra forma de vínculo jurídico.

No que diz respeito aos particulares que celebram contratos administrativos


com o poder público, é importante entender que eles estão sim sujeitos ao
poder disciplinar. Isto é, durante a vigência do contrato, o contratado deve
obedecer a determinadas normas de comportamento e eficiência, estando
sujeito a sanções disciplinares em caso de descumprimento de suas
obrigações. As sanções podem incluir advertências, multas contratuais,
suspensão temporária de participar em licitação, declaração de
inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, entre
outras.

Assim, o item está errado porque afirma que os particulares que contratam
com o poder público não estariam sujeitos ao poder disciplinar, quando, na
verdade, essa submissão é parte intrínseca do regime jurídico dos contratos
administrativos.

O tema da questão é sobre o poder hierárquico, um dos poderes administrativos


que a Administração Pública dispõe para exercer suas funções de forma eficaz. O
poder hierárquico está relacionado à capacidade de organizar, coordenar,
controlar e corrigir as atividades administrativas internas, estabelecendo uma
relação de subordinação entre os órgãos e servidores que compõem a estrutura da
Administração Pública.

Para resolver essa questão, é fundamental entender que o poder hierárquico


permite que um superior dê ordens, fiscalize e puna seus subordinados, sempre
dentro da estrutura de sua competência, ou seja, dentro do mesmo órgão ou
entidade. Essa relação não ultrapassa os limites da própria entidade, não havendo
subordinação hierárquica, por exemplo, entre diferentes ministérios ou entre
órgãos de diferentes poderes.

A alternativa está correta porque define adequadamente o poder hierárquico


como um mecanismo de estruturação interna da atividade pública. Esse poder é
exercido, por exemplo, entre o chefe de uma repartição e seu subordinado,
estando ambos no âmbito da mesma repartição. O chefe tem autoridade para
distribuir tarefas, fiscalizar o serviço e aplicar sanções disciplinares, caso
necessário, sempre respeitando os limites legais.

É importante ressaltar que a aplicação do poder hierárquico é um instrumento


essencial para a manutenção da ordem e da eficiência administrativa, sendo uma
das ferramentas que permitem a execução de políticas públicas e a prestação de
serviços à comunidade de forma organizada e coerente com os objetivos da
Administração.

Resumindo, o Poder Regulamentar não cria novas leis, mas sim normas
infralegais que auxiliam na aplicação daquelas já existentes, garantindo sua
eficiência e efetividade. Portanto, confirma-se a assertiva de que o poder
regulamentar possibilita a efetiva aplicabilidade das leis.

O poder disciplinar é aquele que confere à Administração Pública a


capacidade de aplicar penalidades no âmbito interno da sua estrutura. Esse
poder não se restringe apenas aos agentes com vínculo permanente com a
Administração, mas abrange qualquer indivíduo que esteja de alguma forma
vinculada a ela, inclusive aqueles com vínculo temporário ou excepcional.

Assim, o poder disciplinar se estende aos servidores públicos efetivos,


comissionados, empregados públicos e até mesmo aos particulares em
colaboração com o Estado (como os contratados por tempo determinado).
Sua base está na necessidade de se assegurar a observância dos
princípios da legalidade, da moralidade e da eficiência no serviço público.

A resposta está errada porque o termo “restrito” não é adequado para


descrever a abrangência do poder disciplinar. Este poder é aplicável a uma
gama variada de vínculos jurídicos com a Administração, o que inclui, mas
não se limita aos agentes com vínculo permanente.
Alternativa correta: C - certo

A questão aborda um aspecto fundamental do Poder Hierárquico dentro


da Administração Pública, que é a prerrogativa de um agente público,
dentro de sua competência, fiscalizar e revisar os atos praticados pelos
seus subordinados. Esse poder é um dos pilares que asseguram que a
estrutura administrativa funcione de maneira ordenada e eficiente.

O Poder Hierárquico permite que se estabeleça uma relação de


subordinação entre os cargos e funções, garantindo que exista uma cadeia
de comando e que os agentes públicos de maior escalão tenham a
capacidade de controlar e corrigir as ações dos agentes que estão em um
nível inferior. Isso inclui a possibilidade de retificar atos, ou seja, corrigi-los
quando estão incorretos ou inadequados, desde que seja possível fazer
isso de ofício, ou seja, sem a necessidade de provocação de alguém.

Assim, a afirmação da questão está correta, pois reflete exatamente uma


das principais funções do poder hierárquico na Administração Pública. Este
poder é essencial para a boa administração e está intimamente relacionado
à ideia de controle interno e eficácia administrativa.
Na análise de questões sobre os poderes administrativos, é fundamental
compreender a natureza e a importância dessas prerrogativas para a
Administração Pública. Estes poderes são fundamentos do Direito
Administrativo que autorizam a Administração a efetuar suas funções com
eficiência, sempre visando o bem comum e respeitando os limites legais.

Vejamos brevemente cada um dos poderes mencionados:

 Poder Disciplinar: Este poder permite à Administração aplicar


sanções internas a seus servidores e outras pessoas submetidas à
sua disciplina, em virtude de infrações cometidas.
 Poder Regulamentar: Trata-se da competência de criar normas para
detalhar as leis e garantir sua correta execução. Tais normas são
frequentemente expressas em decretos e regulamentos.
 Poder de Polícia: Refere-se à autoridade de limitar direitos individuais
em prol do interesse coletivo ou estatal. Isso pode se manifestar na
fiscalização, controle de atividades e aplicação de penalidades
administrativas.

Para acertar a questão proposta, é importante reconhecer que esses


poderes são, de fato, concedidos à Administração Pública e se fazem
necessários para a preservação da ordem pública e a regulação das
relações sociais. O conhecimento exigido é teórico e conceitual, referente
às competências da Administração Pública.

Portanto, a resposta correta é: C - certo, já que o enunciado descreve


adequadamente os poderes administrativos e a maneira como contribuem
para as funções da Administração Pública.

QUESTÕES SOBRE PODER VINCULADO E PODER DISCRICIONÁRIO

O conceito de atos administrativos discricionários é fundamental para o


entendimento das competências da Administração Pública e,
consequentemente, para o êxito em questões de Direito Administrativo em
concursos públicos.

Os atos administrativos são expressões da vontade da Administração


Pública que visam a produzir efeitos jurídicos. Eles são essenciais para a
atuação do Estado e estão divididos, primordialmente, em duas
categorias: vinculados e discricionários.

Os atos vinculados são aqueles cujos critérios e condições são


integralmente determinados pela lei. A Administração Pública deve seguir
esses parâmetros de maneira estrita, sem espaço para interpretação ou
escolha.

Em contrapartida, os atos discricionários permitem à Administração


uma certa liberdade na decisão sobre sua execução. Nessa categoria, a
Administração escolhe o momento mais apropriado e os meios para
alcançar os objetivos da lei. No entanto, essa liberdade não é absoluta. A
margem de escolha da Administração está limitada pelos princípios da
legalidade, razoabilidade e proporcionalidade. Ou seja, mesmo os atos
discricionários devem seguir orientações e limites estabelecidos pela lei.

É um equívoco dizer que nos atos discricionários a Administração


tem "total liberdade" para atuar sem fundamentação ou
independentemente de critérios estabelecidos em lei. A discricionariedade
deve sempre ser exercida dentro dos parâmetros legais e com a devida
motivação.

Assim, a afirmação de que os atos administrativos discricionários são


executados sem considerar a legislação é incorreta. A alternativa correta é
a letra "E" - errado, pois o enunciado falha ao caracterizar os atos
administrativos discricionários adequadamente.
Alternativa correta: E - errado.

Para uma compreensão apropriada deste tema, é crucial entender a


natureza dos atos administrativos discricionários. Atos discricionários são
aqueles onde a Administração Pública possui uma margem de liberdade
para decidir. No entanto, essa liberdade não é total, sendo limitada pelo
ordenamento jurídico, especialmente pela legalidade e pela finalidade
pública. Além disso, mesmo nesses atos existe o dever de motivação, ou
seja, a Administração deve fundamentar suas decisões, evidenciando
como a escolha se adequa aos princípios que regem o Direito
Administrativo.

O controle judicial dos atos administrativos, inclusive dos discricionários, é


uma garantia fundamental no Estado Democrático de Direito. A
discricionariedade não isenta a Administração do controle quanto aos
aspectos de legalidade e legitimidade. Deste modo, a assertiva falha ao
afirmar que não há necessidade de fundamentação ou controle judicial.
Deve sempre haver motivação para o ato praticado, e, ainda que seja mais
restrito, o Judiciário pode sim analisar atos discricionários, principalmente
para assegurar que não houve desvio de finalidade ou abuso de poder.

Portanto, a alternativa está errada porque a Administração Pública, ao


exercer sua discricionariedade, permanece vinculada aos princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, e os atos
praticados estão sujeitos à fundamentação e ao controle judicial.

A – CERTO. Poder Normativo é o poder que edita atos administrativos


normativos, utilizado pelos demais órgãos e entidades dos poderes
públicos. É mais amplo que o Poder Regulamentar. Poder Executivo exerce
o poder normativo por meio de decretos regulamentares e decretos
autônomos. Os decretos regulamentares são utilizados, como o próprio
nome diz, para regulamentar uma lei, mas sem a possibilidade de criar uma
inovação no ordenamento jurídico. Já os decretos autônomos, em
contrapartida, podem criar uma nova situação jurídica, mas apenas nos
casos previstos em lei.
B – ERRADO. Na verdade, quem permite ao Administrador Municipal em
aplicar sanções é o Poder Disciplinar. Este poder é exercido com base na
autoexecutoriedade, permitindo que a Administração Pública aplique
sanções sem necessidade de recorrer ao Poder Judiciário. Na hipótese de
ocorrer sanção de um particular sem vínculo com a Administração Pública,
estaremos diante do Poder de Polícia.

C – ERRADO. O correto é Poder Discricionário. É a prerrogativa legal


conferida à administração pública, de modo explícito ou implícito, para a
pratica de atos administrativos com liberdade na escolha de sua
conveniência, oportunidade e conteúdo.

D – ERRADO. Decorre do Poder de Polícia a aplicação de sanção a um


comerciante local que coloca mesas e cadeiras sobre a calçada.

CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo.


21ª. Edição. Editora Lumen Juris. Rio de Janeiro, 2009.

Gabarito: C
Para uma correta resolução desta questão, é imprescindível compreender a
distinção entre os poderes vinculado e discricionário da Administração
Pública. O poder vinculado é caracterizado pela atuação obrigatória do
agente público de acordo com critérios preestabelecidos em lei, sem
margem para escolhas subjetivas. Por outro lado, o poder
discricionário permite ao administrador público uma certa margem de
liberdade na tomada de decisões, especialmente quando a lei utiliza termos
que permitem interpretação, os chamados conceitos jurídicos
indeterminados.

A alternativa C está correta porque define precisamente a natureza da


discricionariedade. Ela ocorre quando a lei emprega conceitos abertos
como “falta leve” ou “falta grave”, e não especifica os detalhes das condutas
que se enquadram nessas categorias. Isso concede ao agente público a
liberdade de análise e julgamento para decidir qual conduta se enquadra
em cada categoria, sempre respeitando os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade. Tal liberdade deve ser exercida dentro dos limites legais
e com base no interesse público.

Portanto, a capacidade do agente público de interpretar a norma jurídica e


aplicá-la às situações concretas é um aspecto intrínseco ao poder
discricionário. Os atos discricionários estão sob a supervisão do Poder
Judiciário apenas quanto à legalidade e razoabilidade, mas não no que
tange ao mérito administrativo da decisão.
Trata-se de questão que versa acerca dos Poderes da Administração. Solicita que o
candidato julgue o item.

Vamos lá!

Segundo Hely Lopes Meirelles, Poder vinculado é o Direito Positivo que confere
Administração Pública com finalidade de atos de própria competência, impondo os
elementos e requisitos para sua formalização. Nesses atos, a lei vincula,
inteiramente, a sua realização aos dados constantes de seu texto. Diz-se que são
vinculados ou regrados, o que significa que, na sua prática, o administrador público
fica, inteiramente, preso ao enunciado da lei, em todas as suas especificações.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 33ª Edição. Imprenta:
São Paulo, Malheiros, 2017.

GABARITO DO MONITOR: CERTO

Para uma compreensão adequada desta questão, é essencial conhecer a


distinção entre o poder discricionário e o poder vinculado na
Administração Pública.
O poder discricionário é a capacidade dos agentes públicos de optar por
diversas condutas legítimas para atingir um objetivo legal. Aqui, eles
possuem uma margem de liberdade, desde que respeitem os limites
impostos pela legislação.

Em contraposição, o poder vinculado ocorre quando a lei determina todos


os aspectos da ação administrativa de maneira clara, não permitindo
qualquer subjetividade ou escolha por parte do agente público. A ação do
servidor deve seguir rigidamente o que a lei especifica.

Quanto aos conceitos jurídicos indeterminados, estes são expressões


usadas pela legislação que carecem de interpretação para definir seu
significado e aplicação em casos específicos, o que é comum no Direito
Administrativo.

A afirmativa de que a presença de conceitos jurídicos indeterminados


elimina a possibilidade de exercício de discricionariedade é incorreta. Na
realidade, a existência desses conceitos muitas vezes fundamenta a
necessidade de atuação discricionária da Administração Pública. A lei, ao
empregar tais conceitos, delega ao administrador público a tarefa de
interpretá-los e aplicá-los de acordo com o caso concreto, respeitando os
limites legais e os princípios administrativos.

Um equívoco comum é considerar a discricionariedade como uma liberdade


ilimitada ou arbitrária. É vital entender que a discricionariedade é sempre
circunscrita pelo ordenamento jurídico e pelos princípios administrativos
como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Portanto, o exercício de discricionariedade é admissível e necessário


mesmo diante de conceitos jurídicos indeterminados, desde que o agente
público opere dentro dos parâmetros legais e em consonância com os
valores que o ordenamento jurídico pretende salvaguardar.

Gabarito: E - Errado
A questão trata dos poderes administrativos. Vejamos as afirmativas da
questão:

I. A avocação e delegação de competências são institutos próprios do


poder regulamentar.

Incorreta. O poder regulamentar é o poder de editar normas


regulamentadoras de leis. Já o poder hierárquico é o poder que decorre da
estrutura hierarquizada da administração pública que é exercido pelas
autoridades hierarquicamente superiores com relação aos seus
subordinados.

O poder hierárquico envolve as prerrogativas de dar ordens, revisar atos,


fiscalizar atos e avocar competências.
A avocação de competências é uma decorrência do poder hierárquico.
Já a delegação de competências é possível, quando autorizada por lei,
mesmo quando não há relação de hierarquia entre quem delega a
competência e quem recebe a competência delegada, logo, a delegação
não é própria nem do poder regulamentar nem do poder hierárquico.
II. O poder interno não permanente ligado à possibilidade da
Administração aplicar punições a seus agentes é o poder hierárquico.
Incorreta. O poder administrativo ligado à possibilidade de a administração
pública aplicar punições a seus agentes é, especificamente, o poder
disciplinar. Quando há relação hierárquica entre os agentes o poder
disciplinar decorre do poder hierárquico. Note-se que nem o poder
disciplinar nem o hierárquico são poderes “não permanentes".

III. O poder no qual há a verificação do mérito administrativo, pelo


agente público, é o poder discricionário.

Correta. O poder discricionário é a prerrogativa dos agentes públicos de


praticar atos discricionários que são atos em que o agente tem uma
margem de liberdade para decidir sobre a conveniência e oportunidade da
prática do ato administrativo, decidindo sobre o mérito do ato administrativo
que é composto pelos elementos motivo e objeto do ato administrativo.

IV. O poder em que o agente público não avalia critérios de


oportunidade ou conveniência para a prática do ato administrativo, e
segundo o qual o agente deve executar o ato em estrita conformidade
com o disposto na lei, é o poder vinculado.

Correta. Poder vinculado é o poder de praticar atos administrativos


vinculados que são atos cujos elementos são todos previstos em lei, de
modo que o agente não tem margem de liberdade para decidir sobre a
conveniência e oportunidade do ato.

Assim, são corretas as afirmativas III e IV e a resposta da questão é a


alternativa C.

Gabarito do professor: C.
QUESTÕES SOBRE ABUSO DE PODER

O tópico de abuso de poder na administração pública é fundamental no


estudo do Direito Administrativo. É importante entender que o abuso de
poder acontece quando um agente público atua de forma incompatível com
os limites ou finalidades estabelecidos pela legislação para suas funções.
Vamos analisar algumas informações relevantes:

 O desvio de poder, ou desvio de finalidade, ocorre quando o agente


público visa alcançar um objetivo que não corresponde ao que a lei
definiu ao atribuir-lhe a competência.
 O excesso de poder acontece quando o agente vai além das suas
atribuições legais, invadindo competências de outros agentes ou
realizando atos para os quais não está legalmente autorizado.
 É importante diferenciar ilegalidade comum de abuso de poder, pois
nem todo ato ilegal é um abuso de poder, mas todo abuso de poder é,
de fato, uma ilegalidade.
 Os atos administrativos realizados sob abuso de poder estão sujeitos
a revisão pelo Poder Judiciário, que possui o papel de assegurar a
aderência da administração pública à legalidade e aos princípios que
a regem.

Contudo, é um erro pensar que a administração pública não pode invalidar


seus próprios atos que foram executados com abuso de poder. A
administração tem, na verdade, o poder e o dever de anular atos ilegais por
meio da autotutela. Este princípio está assegurado pela Constituição
Federal e não interfere na garantia de que nenhuma lesão ou ameaça a
direito possa ser excluída da apreciação judicial.

Em resumo, para resolver questões envolvendo abuso de poder, é


essencial compreender os conceitos de desvio de poder e excesso de
poder, bem como a autotutela administrativa, que permite que atos ilegais
ou realizados com abuso de poder sejam anulados pela própria
Administração.

Gabarito: Letra B
LISTA DE ARTIGOS MENCIONADOS NOS EXERCÍCIOS
( REVISÃO)
CADERNO DE ERROS/ANOTAÇÕES ( REVISÃO)

1. PODER VINCULADO- ATENÇÃO- LER MAPA MENTAL

Abordando a questão da concessão de licença para construção sob a ótica


dos poderes da Administração Pública, é importante compreender as
nuances dos diferentes tipos de poderes que podem ser exercidos.

O poder vinculado é caracterizado pela ausência de liberdade de escolha


do administrador público, pois todos os requisitos e condições para a prática
de determinado ato administrativo são estabelecidos pela lei. Quando um
agente cumpre todos esses critérios legais, a Administração não tem outra
alternativa senão praticar o ato de concessão da licença.

Em contrapartida, o poder discricionário confere à Administração Pública


uma margem de autonomia para decidir a forma de agir, dentro dos limites
legais e princípios administrativos, baseando-se em juízo de conveniência e
oportunidade.
O poder disciplinar, por sua vez, diz respeito à autoridade da
Administração de aplicar penalidades a infrações cometidas por servidores
e pessoas ligadas à entidade pública, dentro do espectro de sua
regulamentação.

Por fim, o poder regulamentar é a habilidade de estabelecer normas gerais


que auxiliem na aplicação da lei, dando-lhe efetividade prática.

No caso específico da concessão de licença de construção, se um indivíduo


atende a todos os requisitos impostos pela legislação, a Administração
Pública está compelida a emitir a licença, estando essa ação estritamente
atrelada aos critérios legais, sem qualquer espaço para juízo de valor da
parte do administrador público.

Com base nessa explicação, fica evidente que a alternativa correta é a letra
A - Poder Vinculado, que se enquadra na situação em que os requisitos
legais para a realização de um ato administrativo são integralmente
satisfeitos, obrigando a Administração a agir em conformidade com a lei.

Vamos lá, pessoal!


A – ERRADO - O poder regulamentar é a prerrogativa conferida à
administração pública para editar atos gerais para complementar leis e
permitir a sua efetiva aplicação, de modo que pode receber controle
Judicial. Além disso, é uma das formas pelas quais se expressa a função
normativa do Poder Executivo.
B – CORRETO. Trata-se da manifestação da Supremacia Geral -
exercida sobre todos os cidadãos indistintamente. Considera-se poder
de polícia atividade da Administração Pública que, limitando ou
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção
e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de
concessão ou autorização do poder público, à tranquilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Possui margem de escolha para sua atuação, de modo a respeitar a
legalidade de forma estrita.
C – ERRADO – Poder Disciplinar é o poder dever de punir as infrações
funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas a disciplina de órgãos
públicos.
D – ERRADO. Trata-se do Poder hierárquico. Este decorre da própria
estrutura organizada de forma escalonada na Administração Pública, com
órgãos dispostos de forma verticalizada em que os inferiores devem seguir
as ordens e decisões dos superiores, utilizando da coordenação, ordenação
e remoção de ofício.
A – ERRADO. Consoante a CF/88, somente o Poder Executivo é que pode
expedir regulamentos, e consoante a Lei 9.784/99 (artigo 13) não se
permite delegado de edição de atos normativos. O enunciado aduz sobre a
competência ser privativa e delegável, trazendo ambiguidade, tornando a
alternativa incorreta.

B – ERRADO. O Poder hierárquico decorre da própria estrutura organizada


de forma escalonada na Administração Pública, com órgãos dispostos de
forma verticalizada em que os inferiores devem seguir as ordens e decisões
dos superiores, utilizando da coordenação, ordenação e remoção de ofício.
Tem por papel organizar a atividade administrativa, inclusive com a vocação
de competências e criação de órgãos. E atuar no controle da atividade de
órgãos inferiores, dando ordem a subordinados e verificando a legalidade
dos atos praticados.

C – ERRADO. O poder discricionário é a prerrogativa legal conferida à


administração pública - de modo explícito ou implícito - para a prática de
atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência,
oportunidade e conteúdo. Já o poder vinculado é o poder vinculado ou
regrado é aquele que o direito positivo - a lei - confere à administração
pública para a prática de ato administrativo, determinando o conteúdo,
modo e forma de seu cometimento. Esses poderes podem sofrer controle
Judicial.

D – CORRETO. O abuso de poder é gênero e possui duas


modalidades: Excesso de poder, quando se atua fora dos limites de
competência. E desvio de poder, quando há busca por finalidade
diversa da estabelecida em Lei.

GABARITO DO MONITOR: D
A questão trata de ato praticado com abuso de poder.
O abuso de poder se divide em duas modalidades: o excesso de poder e o
desvio de poder.

O excesso de poder ocorre quando o ato extrapola as competências


legais da autoridade que o pratica. O ato praticado com excesso de
poder contém um vício no elemento competência. Esse vício é, em
alguns casos sanável, caso não se trate de competência exclusiva e o
ato seja ratificado pela autoridade competente. Na situação da
questão, o Prefeito tem competência para desapropriar, logo, o ato não
foi praticado com excesso de poder.

O desvio de poder, também chamado de desvio de finalidade, ocorre


quando a autoridade pratica ato com finalidade diversa das finalidades
legais. O ato praticado com desvio de poder contém um vício no
elemento finalidade e esse vício é insanável.

Na situação hipotética da questão, imóvel foi desapropriado não para


atender ao interesse público, mas sim para construção de espaço de festas.
O ato, portanto, foi praticado com abuso de poder, na modalidade desvio de
poder, contendo vício no elemento finalidade que é insanável. Desse modo,
a resposta da questão é a alternativa B.

Gabarito do professor: B.
DEMAIS FERRAMENTAS USADAS

TIPO DE FERRAMENTA STATUS

TEORIA SIM

MAPA MENTAL SIM

AULA DE VÍDEO NÃO


QUINTA-FEIRA- 28/12/2023
Exercícios- Plataforma QConcurso
Filtro: OAB
Disciplina: PROCESSO DO TRABALHO
Assunto: Das Despesas Processuais

PÁGINA 3 DO MAPA MENTAL—FUNDAMENTA A RESPOSTA

A presente questão versa sobre a prova testemunhal de pessoa que não


consegue falar a língua portuguesa, necessitando de intérprete para tanto.

Para conseguirmos responder a esta questão, será necessário analisar


o artigo 819 da CLT.
Art. 819 - O depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar
a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou
presidente.

§ 2º As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta


da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita.

Desta forma, caso a empresa seja sucumbente, ela deverá arcar com os
honorários do intérprete. No entanto, caso o empregado seja sucumbente,
por se tratar de beneficiário da justiça gratuita, a União arcará com os
honorários.

Gabarito da professora: Letra A

OJ-SBDI1-140

DEPÓSITO RECURSAL E CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO


INSUFICIENTE. DESERÇÃO (nova redação em decorrência do CPC de
2015)
Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do
depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o
prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o
recorrente não complementar e comprovar o valor devido.

Na forma da CLT: Art. 789. (...) § 3o Sempre que houver acordo, se de


outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em
partes iguais aos litigantes.

Em sendo concedida a gratuidade de justiça na audiência (artigo 790,


parágrafo terceiro da CLT), o trabalhador fica isento do seu recolhimento.

Assim, RESPOSTA: B.
A questão em tela trata das custas no Processo do Trabalho, que possuem
aplicação conforme artigo 789 da CLT.

a) A alternativa “a” viola o artigo 789, I da CLT, razão pela qual incorreta.

b) A alternativa “b” viola o artigo 789, II da CLT, razão pela qual incorreta.

c) A alternativa “c” vai ao encontro do artigo 789, III da CLT, razão pela qual
correta.

d) A alternativa “d" viola o artigo 789, IV da CLT, razão pela qual incorreta.
a) as empresas públicas.

Incorreta: as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado,


possuindo, em regra, tratamento legal equiparado a qualquer outra
empresa, conforme artigo 173 da CRFB.

· b) as sociedades de economia mista.

Incorreta: as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito


privado, possuindo, em regra, tratamento legal equiparado a qualquer outra
empresa, conforme artigo 173 da CRFB.

· c) as autarquias.

Correta: vide artigo 790-A, I da CLT:

“Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de


justiça gratuita:

I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas


autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não
explorem atividade econômica”
· d) as entidades sindicais.

Incorreta: não há previsão legal para a referida isenção.

a) Os benefícios da justiça gratuita só podem ser concedidos aos


reclamantes.
Incorreta: o benefício pode ser concedido para reclamantes ou reclamados,
mas no caso destes últimos, a jurisprudência somente aceita a concessão
da gratuidade mediante prova inequívoca da incapacidade financeira.

· b) A simples alegação de dificuldades financeiras é suficiente para a


concessão do referido benefício.
Incorreta: para reclamados, a jurisprudência somente aceita a concessão da
gratuidade mediante prova inequívoca da incapacidade financeira.

· c) Para que possa usufruir do benefício da justiça gratuita, a


empresa em questão deve comprovar a sua condição de
miserabilidade.
Correta: a simples alegação de miserabilidade somente se aplica para
empregados pessoas físicas, sem haver sequer a necessidade de
comprovação de tal condição, bastando a mera afirmativa. Já para pessoas
jurídicas e reclamados de uma maneira geral, a jurisprudência somente
aceita a concessão da gratuidade mediante prova inequívoca da
incapacidade financeira.

· d) Pessoas jurídicas não fazem jus aos benefícios da justiça gratuita


no processo do trabalho, podendo apenas requerer o pagamento das
custas ao final do processo.
Incorreta: para pessoas jurídicas e reclamados, a jurisprudência somente
aceita a concessão da gratuidade mediante prova inequívoca da
incapacidade financeira.
LISTA DE ARTIGOS MENCIONADOS NOS EXERCÍCIOS ( REVISÃO)
CADERNO DE ERROS/ANOTAÇÕES ( REVISÃO)

Apresentarei um breve resumo sobre o tema!

A ação rescisória é uma ação de natureza especial, que tem por objetivo
atacar a coisa julgada. A coisa julgada ocorrerá quando a decisão judicial
tiver transitado em julgado, ou seja, não estará mais sujeita à interposição
de recursos.

O jurista Mauro Schiavi (Recursos no Processo do Trabalho. pág.285,


2012) entende que coisa julgada é o efeito ou a qualidade da sentença que
se torna imutável, dentro da mesma relação jurídica processual em razão
de já terem escoado os recursos, ou ainda que não esgotados todos os
recursos, eles já não são possíveis em razão da parte que pretendia a
reforma da decisão não os ter interposto ou eles não terem sido recebidos.

O art. 836 da CLT prevê expressamente a possibilidade de ajuizamento de


ação rescisória no processo do trabalho e dispõe que serão aplicados os
dispositivos do Código de Processo Civil.
No processo do trabalho a ação rescisória é o instrumento adequado para
atacar um acordo judicial celebrado entre reclamante e reclamado (art. 831
da CLT e Súmula 259 do TST).

No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão


irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que
forem devidas. O inciso V da súmula 100 do TST estabelece que o acordo
homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art.
831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data
da sua homologação judicial.

A súmula 259 do TST estabelece que só por ação rescisória é impugnável o


termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. e, a
súmula 412 do TST estabelece que pode uma questão processual ser
objeto de rescisão desde que consista em pressuposto de validade de uma
sentença de mérito.

Vamos analisar as alternativas da questão:

A. ERRADA. A letra "A" está errada ao afirmar que nas ações rescisórias,
não há custas no depósito prévio.

De acordo com o caput do artigo 836 da CLT é vedado aos órgãos da


Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os
casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será
admitida na forma do disposto no Código de Processo Civil e sujeita-se ao
depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de
miserabilidade jurídica do autor.

B. CERTA. A letra "B" está certa ao afirmar que a sociedade empresária


sujeita-se ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa.

De acordo com o caput do artigo 836 da CLT é vedado aos órgãos da


Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os
casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será
admitida na forma do disposto no Código de Processo Civil e sujeita-se ao
depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de
miserabilidade jurídica do autor.

C.ERRADA. A letra "C" está errada ao afirmar que não haverá necessidade
de qualquer preparo porque, estando a causa na fase de execução, não
cabe ação rescisória. Ora, em fase de execução caberá ação rescisória.
A Instrução Normativa 31 de 2007 estabelece, no artigo terceiro, que o valor
da causa da ação rescisória que visa desconstituir decisão da fase de
execução corresponderá ao valor apurado em liquidação de sentença.

De acordo com o caput do artigo 836 da CLT é vedado aos órgãos da


Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os
casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será
admitida na forma do disposto no Código de Processo Civil e sujeita-se ao
depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de
miserabilidade jurídica do autor.

D. ERRADA. A letra "D" está errada ao afirmar que devem ser recolhidas
custas no importe de 2% sobre o valor da condenação.

De acordo com o caput do artigo 836 da CLT é vedado aos órgãos da


Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os
casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será
admitida na forma do disposto no Código de Processo Civil e sujeita-se ao
depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de
miserabilidade jurídica do autor.

O gabarito é a letra B.

Legislação:

Art. 836 da CLT É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de


questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste
Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto
no Capítulo IV do Título IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por
cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do
autor. Parágrafo único. A execução da decisão proferida em ação
rescisória far-se-á nos próprios autos da ação que lhe deu origem, e será
instruída com o acórdão da rescisória e a respectiva certidão de trânsito em
julgado.
A CLT elenca no que tange à custa, o seguinte:
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas
ações e procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como
nas demandas propostas perante a Justiça Estadual, no exercício da
jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento
incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64
(dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas: (...)
Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de
justiça gratuita:
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas
autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não
explorem atividade econômica
Dessa forma, diante do ente privado contratante, deve recolher
normalmente as custas, ao passo que o ente público, fica o mesmo isento
de recolhimento, conforme acima.
DEMAIS FERRAMENTAS USADAS

TIPO DE FERRAMENTA STATUS

TEORIA SIM

MAPA MENTAL SIM

AULA DE VÍDEO NÃO


Filtro: OAB
Disciplina: PENAL
Assunto: ILICITUDE

ILICITUDE = ANTIJURICIDADE = CONTRARIEDADE


O que mais cai são AS EXCLUDENTES DA ILICITUDE
1. Legítima Defesa- art. 25, CP
2. Estado de Necessidade- art. 24, CP
3. Estrito de Cumprimento de Dever Legal- art.
4. Exercício Regular de um Direito- art.
5. Discriminante Putativa- exclui o crime-
aparenta/suposição- art. 20, CP
6. Consentimento do Ofendido- art.

ASSISTI A AULA SOBRE O TEMA/PONTOS IMPORTANTES


LEVANTADO
Item (A) - No presente caso, não houve coação física, que se caracteriza
quando alguém submete outrem de modo a fazer algo despido
completamente da vontade de fazê-lo. A coação física irresistível afasta a
conduta e, com efeito, o fato típico. Não presente caso, não está
configurada essa modalidade de excludente de tipicidade, uma vez que
Caio agiu com vontade que, por sua vez, teve por escopo repelir a injusta
agressão cometida em desfavor de terceiro, ficando caracterizada a legítima
defesa, excludente de ilicitude prevista no artigo 25 do Código Penal. Assim
sendo, a presente alternativa está incorreta.

Item (B) - A coação moral irresistível ("vis compulsiva") é uma causa de


exclusão de culpabilidade que está prevista no artigo 22 do Código Penal e
que assim dispõe: "se o fato é cometido sob coação irresistível ou em
estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem". O agente age
com a vontade viciada, não podendo ser responsabilizado por sua conduta.
No caso narrado no enunciado, no entanto, Caio agiu com vontade plena,
que, por sua vez, teve por escopo repelir a injusta agressão cometida em
desfavor de terceiro, ficando caracterizada a legítima defesa, excludente de
ilicitude prevista no artigo 25 do Código Penal. Assim sendo, a presente
alternativa está incorreta.
Item (C) - O exercício regular de direito é uma causa de exclusão da
ilicitude prevista no inciso III, do artigo 23, do Código Penal. Consiste no
exercício de uma prerrogativa conferida pelo ordenamento jurídico, que é
lícita, em determinadas circunstâncias, apesar de tipificada pela lei penal
para os casos gerais. O presente caso, com toda a evidência, não está
configurado o exercício regular do direito, mas a legítima defesa, conforme
visto na análise do item (A) da questão. Assim sendo, a presente alternativa
está incorreta.

Item (D) - Conforme visto na análise do item (A), Caio agiu com violência
contra o agressor para repelir injusta agressão contra terceiros. Não teve
alternativa, senão a de desferir um soco e imobilizar o agressor, agindo,
assim, de modo moderado e utilizando dos meios necessários. Ficou,
portanto, configurada a legítima defesa, excludente de ilicitude prevista nos
artigos 23, II e 25, ambos do Código Penal. Assim sendo, a presente
alternativa está correta.

Gabarito do professor: (D)


Comentários: Necessário ter noção da redação do crime de estupro,
previsto no art. 213, do CP (Constranger alguém, mediante violência ou
grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele
se pratique outro ato libidinoso; § 1o Se da conduta resulta lesão corporal
de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14
(catorze) anos). Por ter Luana consentido na prática do ato sexual, na
verdade, não há que se falar em crime, pois ausente a circunstância
elementar ‘constranger’, já que Luana consentiu

A - causa supralegal de exclusão da ilicitude. ERRADA – As causas legais


excludentes de ilicitude são aquelas previstas no art. 23, do CP. Já causas
supralegais são aquelas que não estão previstas em lei, como, por
exemplo, o consentimento do ofendido. Mas Luana não consentiu? Sim,
consentiu, mas estamos falando de um crime em que o não consentimento
faz parte da tipicidade formal da conduta (se alguém é constrangido, então
não consentiu), logo, o consentimento aqui está ligado com a tipicidade,
pois é circunstancia elementar do crime.

B - causa legal de exclusão da ilicitude. ERRADA – Vide A.

C - fundamento para reconhecimento da atipicidade da


conduta. CORRETA.

D - causa supralegal de exclusão da culpabilidade. ERRADA – Aqui seria o


caso de inexigibilidade de conduta diversa, que não se encaixa na questão.
O centro do tema é a excludente de ilicitude, ou seja, uma das mais
importantes teses de defesa e um dos artigos mais exigidos pela FGV.

No caso narrado, ocorreu a legítima defesa. "Professora, mas foi contra um


anima!". Na situação acima não houve um ataque aleatório do bichano.
Ocorreu, porém, o agressor utilizando-se do animal como instrumento
para o ilícito. Por isso, interpreta-se como se o animal fosse verdadeira
extensão da pessoa.

Configurado está, portanto, todos os requisitos para se amparar na legítima


defesa:
- uso moderado do meio necessário (facada para barrar o animal);
- injusta agressão (não há justificativa);
- atual ou iminente (na hora da agressão);
- a direito seu.

A legítima defesa exclui a ilicitude da ação, conduzindo à absolvição.


A. Laura tinha 17 anos no dia da sua conduta, logo a defesa deve pleitear
a inimputabilidade da agente. A questão leva a morte da vitima dois dias
depois da ação de Laura, nesse dia ela ja tem 18 anos, porém, o CP adotou
a teoria da Atividade quanto ao Tempo do Crime, logo desconsidera o dia
da morte e considera o dia da ação de Laura.
De acordo com ensinamento de Victor Eduardo Rios Gonçalves, o
consentimento da vítima para a prática do dano exclui o delito, na medida
em que se trata de bem disponível, desde que a vítima seja pessoa capaz
(maior de idade e no gozo das faculdades mentais). Portanto, o
consentimento da vítima no crime de dano é causa supralegal excludente
da ilicitude.

Fonte: GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal Esquematizado -


Parte Especial. São Paulo: Saraiva, 6ª edição, 2016.
Uma vez que reflete a hipótese legal de incidência dessa excludente de
ilicitude prevista no art. 24 do CP Vejamos:

Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de


perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era
razoável exigir-se.

A alternativa (A) está certa.

A alternativa (B) está incorreta, uma vez que a inexigibilidade de conduta


diversa é hipótese de exclusão da culpabilidade e não da ilicitude.

A alternativa (C) está certa, uma vez que não há previsão legal vedando a
incidência dessa excludente no caso do agente está em exercício de seu
ofício. O fato de ser um servidor público com a função de salvaguardar
direitos, não obriga a ninguém a praticar atos de heroísmo. No caso,
tratando-se de agente sujeito à legislação penal militar, por ser bombeiro,
poderia incidir no caso o estado de necessidade exculpante, previsto no art.
39 do Código Penal Militar, que afasta a culpa e não a ilicitude, quando o
agente sacrificar bem jurídico superior ao que protegeu nesse estado. Essa
figura não foi contemplada no Código Penal.

A alternativa (D) está correta, uma vez que reproduz o dispositivo de lei que
rege a excludente de ilicitude consubstanciada na legítima defesa (art. 25
do CP).
LISTA DE ARTIGOS MENCIONADOS NOS EXERCÍCIOS ( REVISÃO)
CADERNO DE ERROS/ANOTAÇÕES ( REVISÃO)
DEMAIS FERRAMENTAS USADAS

TIPO DE FERRAMENTA STATUS

TEORIA SIM

MAPA MENTAL SIM

AULA DE VÍDEO SIM


Filtro: OAB
Disciplina: PENAL
Assunto: CULPABILIDADE

ELEMENTOS DO CRIME-

1. TIPICIDADE= ADEQUAÇÃO
2. ILICITUDE- CONTRARIEDADE
3. CULPABILIDADE= REPROVAÇÃO- JUÍZO DA REPROVAÇÃO

ASSISTI A AULA SOBRE O TEMA/PONTOS IMPORTANTES LEVANTADO


Item (A) - A conduta descrita no enunciado da questão está tipificada
no artigo 217 - A, do Código Penal, e configura o delito de estupro de
vulnerável, que tem a seguinte redação:

"Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com
menor de 14 (catorze) anos".

Antes do advento da Lei nº 12.015/2009 havia o entendimento de que o


consentimento de menor de catorze que detinha experiência sexual
afastava a tipicidade da conduta, porém, mesmo antes das novidades
trazidas pela referida lei, os Tribunais Superiores assentaram o
entendimento de que a presunção de violência nos casos de estupro e
atentado violento ao pudor era absoluta, não podendo ser afastada
mesmo que o menor tivesse experiência sexual.

Atualmente, esse entendimento consta da súmula nº 593 do STJ, que


conta com a seguinte redação: "O crime de estupro de vulnerável se
configura com a conjunção carnal ou prática de ato libidinoso com
menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima
para a prática do ato, sua experiência sexual anterior ou existência de
relacionamento amoroso com o agente".

Com efeito, Antônio praticou conduta típica, ilícita e culpável, sendo o


presente alternativa correta.

Item (B) - Conforme visto na análise do item (A), Antônio praticou


conduta típica, ilícita e culpável, pois o consentimento da menor, ainda
que tenha experiência sexual anterior, não afasta a tipicidade da
conduta. Assim sendo, a presente alternativa está incorreta.

Item (C) - Conforme visto na análise do item (A), Antônio praticou


conduta típica, ilícita e culpável, pois o consentimento da menor, ainda
que tenha experiência sexual anterior, não afasta a tipicidade da
conduta. A tipicidade da conduta, por sua vez, induz à presença da
ilicitude, que só pode ser afastada em caso de incidência de alguma
excludente de ilicitude, o que não ocorre no presente caso. Assim
sendo, a presente alternativa está incorreta.

Item (D) - Conforme visto na análise do item (A), Antônio praticou


conduta típica, ilícita e culpável, pois o consentimento da menor, ainda
que tenha experiência sexual anterior, não afasta a tipicidade da
conduta. O agente só não seria culpável em caso de exclusão da
culpabilidade, vale dizer: se não detivesse potencial consciência da
ilicitude de sua conduta, se fosse-lhe inexigível conduta diversa e se
fosse inimputável. Esses fatores não estão presentes neste caso,
razão pela qual a presente alternativa está incorreta.

Gabarito do professor: (A)


A) erro de tipo, nos dois casos.

A alternativa A está INCORRETA, pois Tony incidiu em erro de tipo,


enquanto José incidiu em erro de proibição, ambos institutos
detalhadamente explicados adiante.

B) erro de proibição, nos dois casos.

A alternativa B está INCORRETA, pois Tony incidiu em erro de tipo,


enquanto José incidiu em erro de proibição, ambos institutos
detalhadamente explicados adiante.

D) erro de proibição e erro de tipo.

A alternativa D está INCORRETA, pois Tony incidiu em erro de tipo,


enquanto José incidiu em erro de proibição, ambos institutos
detalhadamente explicados adiante.

C) erro de tipo e erro de proibição.


A alternativa C está CORRETA, pois Tony incidiu em erro de tipo, enquanto
José incidiu em erro de proibição.

O erro de tipo está previsto no artigo 20 do Código Penal:

Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de


11.7.1984)

Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o


dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas


circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a
ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e
o fato é punível como crime culposo.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)

 Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209, de


11.7.1984)

§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. (Redação


dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

 Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não


isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou
qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria
praticar o crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

De acordo com Cleber Masson, erro de tipo é a falsa percepção da


realidade acerca dos elementos constitutivos do tipo penal Extrai-se essa
conclusão do artigo 20, "caput", do Código Penal, que somente menciona
as elementares. É o chamado erro de tipo essencial.

Um ótimo exemplo de erro de tipo é o que ocorreu com Tony, que, a


pedido de um colega, está transportando uma caixa com cápsulas que
acredita ser de remédios, sem ter conhecimento que estas, na
verdade, continham Cloridrato de Cocaína em seu interior. Tony tinha
a falsa percepção da realidade acerca do elemento constitutivo do tipo
penal "drogas" previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006:

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar,


adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar,
trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou
fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de


500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:

I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda,


oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda,
ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto
químico destinado à preparação de drogas;

II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com


determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em
matéria-prima para a preparação de drogas;

III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade,


posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se
utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.

§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide


ADI nº 4.274)

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300


(trezentos) dias-multa.

§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de


seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700
(setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas
previstas no art. 28.

§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas


poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em
penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre
organização criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)

Por força do que dispõe o artigo 20, §2º, do Código Penal (acima
transcrito), o colega de Tony é quem responderá pelo crime de tráfico
de drogas, por ser o terceiro que determinou o erro cometido por
Tony.

O erro de proibição, por sua vez, está previsto no artigo 21 do Código


Penal, que o chama de "erro sobre a ilicitude do fato":

Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº 7.209, de


11.7.1984)

Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a


ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá
diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se


omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível,
nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (Redação dada
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Segundo Masson, a natureza jurídica do erro de proibição varia em


razão da sua admissibilidade: funciona como causa de exclusão da
culpabilidade, quando escusável, ou como causa de diminuição da
pena, quando inescusável.

Masson ensina que o erro de proibição pode ser definido como a falsa
percepção do agente acerca do caráter ilícito do fato típico por ele
praticado, de acordo com um juízo profano, isto é, possível de ser
alcançado mediante um procedimento de simples esforço de sua
consciência. O sujeito conhece a existência da lei penal (presunção
legal absoluta), mas desconhece ou interpreta mal seu conteúdo, ou
seja, não compreende adequadamente seu caráter ilícito.

José, ao transportar em seu veículo 50g de Cannabis Sativa L.


(maconha), acreditando que poderia ter pequena quantidade do
material em sua posse para fins medicinais, incidiu em erro de
proibição. Se seu erro for considerado escusável, inevitável ou
invencível, exclui-se sua culpabilidade. Por outro lado, se seu erro for
considerado inescusável, evitável ou vencível, terá sua pena diminuída
de um sexto a um terço, em face da menor censurabilidade da
conduta. O grau de reprovabilidade do comportamento é o vetor para a
maior ou menor diminuição.

Fonte: MASSON, Cléber Rogério. Direito Penal esquematizado – Parte


Geral. v.1. 7.ed. São Paulo: Método, 2013.

Resposta: ALTERNATIVA C
O erro de proibição pode ser definido como a falsa percepção do agente
acerca do caráter ilícito do fato típico por ele praticado, de acordo com um
juízo profano, isto é, possível de ser alcançado mediante um procedimento
de simples esforço de sua consciência. O sujeito conhece a existência da lei
penal (presunção legal absoluta), mas desconhece ou interpreta mal seu
conteúdo, ou seja, não compreende adequadamente seu caráter ilícito.

O erro de proibição escusável (inevitável ou invencível) ocorre quando o


sujeito, ainda que no caso concreto tivesse se esforçado, não poderia evitá-
lo. O agente, nada obstante o emprego das diligências ordinárias inerentes
à sua condição pessoal, não tem condições de compreender o caráter ilícito
do fato. Nesse caso, exclui-se a culpabilidade, em face da ausência de um
dos seus elementos, a potencial consciência da ilicitude. Nos termos do art.
21, "caput": "O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena".

O erro de proibição inescusável (evitável ou vencível) é o que poderia ser


evitado com o normal esforço de consciência por parte do agente. Se
empregasse as diligências normais, seria possível a compreensão acerca
do caráter ilícito do fato. Subsiste a culpabilidade, mas a pena deve ser
diminuída de um sexto a um terço, em face da menor censurabilidade da
conduta. O grau de reprovabilidade do comportamento do agente é o vetor
para a maior ou menor diminuição. E, embora o art. 21, "caput", disponha
que o juiz "poderá" diminuir a pena, a redução é obrigatória, pois não se
pode reconhecer a menor censurabilidade e não diminuir a sanção.

O critério para decidir se o erro de proibição é escusável ou inescusável é o


perfil subjetivo do agente, e não a figura do homem médio.

Ainda de acordo com magistério de Cleber Masson, erro de tipo essencial é


a falsa percepção da realidade acerca dos elementos constitutivos do tipo
penal, conforme artigo 20, "caput", do Código Penal. O mencionado
dispositivo legal somente menciona as elementares. Por isso é chamado de
erro de tipo essencial. Exemplo: Tício, no estacionamento de um shopping
center, aperta um botão inserido na chave do seu automóvel, com a
finalidade de desativar o alarme. Escuta um barulho, abre a porta do carro,
coloca a chave na ignição, liga-o e vai para casa. Percebe, posteriormente,
que o carro não lhe pertencia, mas foi confundido com outro, de
propriedade de terceira pessoa. Nesse caso, Tício não praticou o crime de
furto, assim definido: "Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel".
Reputava sua a coisa móvel pertencente a outrem. Errou, portanto, sobre a
elementar "alheia", pois o instituto impede o agente de compreender o
aspecto ilícito do fato por ele praticado.

O erro de tipo essencial pode ser escusável ou inescusável. O erro de tipo


essencial escusável (inevitável, invencível ou desculpável) é a modalidade
de erro que não deriva de culpa do agente, ou seja, mesmo que ele tivesse
agido com a cautela e a prudência de um homem médio, ainda assim não
poderia evitar a falsa percepção da realidade sobre os elementos
constitutivos do tipo penal. O erro de tipo essencial inescusável (evitável,
vencível ou indesculpável) é a espécie de erro que provém da culpa do
agente, ou seja, se ele empregasse a cautela e a prudência do homem
médio poderia evitá-lo, uma vez que seria capaz de compreender o caráter
criminoso do fato.

A natureza do erro (escusável ou inescusável) deve ser aferida na análise


do caso concreto, levando-se em consideração as condições em que o fato
foi praticado.
O erro de tipo, seja escusável ou inescusável, sempre exclui o dolo. Como o
dolo deve abranger todas as elementares do tipo penal, resta afastado pelo
erro de tipo, pois o sujeito não possui a necessária vontade de praticar
integralmente a conduta tipificada em lei como crime ou contravenção
penal.

O erro de tipo escusável exclui o dolo e a culpa, acarretando a impunidade


total do fato, enquanto o inescusável exclui o dolo, mas permite a punição
por crime culposo, se previsto em lei (excepcionalidade do crime culposo).
Nesse último, o agente age de forma imprudente, negligente ou imperita, ao
contrário do que faz no primeiro.

Excepcionalmente, todavia, pode acontecer de o erro de tipo, ainda que


escusável, não excluir a criminalidade do fato. Esse fenômeno ocorre
quando se opera a desclassificação para outro crime. O exemplo típico é o
do particular que ofende um indivíduo desconhecendo a sua condição de
funcionário público. Em face da ausência de dolo quanto a essa elementar,
afasta-se o crime de desacato (CP, art. 331), mas subsiste o de injúria (CP,
art. 140), pois a honra do particular também é tutelada pela lei penal.

Erro sobre elementos do tipo (Redação dada pela Lei nº 7.209, de


11.7.1984)

Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o


dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em
lei. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Descriminantes putativas (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)


§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas
circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação
legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é
punível como crime culposo.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Erro determinado por terceiro (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. (Redação dada


pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Erro sobre a pessoa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

§ 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta


de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da
vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o
crime. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

No caso descrito na questão, Eslow, holandês e usuário de maconha, que


nunca antes havia feito uma viagem internacional, veio ao Brasil para a
Copa do Mundo. Assistindo ao jogo Holanda x Brasil decidiu, diante da
tensão, fumar um cigarro de maconha nas arquibancadas do estádio.
Imediatamente, os policiais militares de plantão o prenderam e o
conduziram à Delegacia de Polícia. Diante do Delegado de Polícia, Eslow,
completamente assustado, afirma que não sabia que no Brasil a utilização
de pequena quantidade de maconha era proibida, pois, no seu país, é um
habito assistir a jogos de futebol fumando maconha. Trata-se, portanto, de
erro de proibição direto inevitável, razão pela qual Eslow ficará isento de
pena.

Fonte: MASSON, Cleber. Direito Penal Esquematizado, volume 1, Parte


Geral (arts. 1º a 120), São Paulo: Método, 7ª edição, 2013.

RESPOSTA: ALTERNATIVA B.
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SEXTA-FEIRA- 29/12/2023- DIA 12
Exercícios- Plataforma QConcurso
Filtro: OAB
Disciplina: CIVIL
Assunto: OBRIGAÇÕES- Das Modalidades de
Obrigações
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Filtro: OAB
Disciplina: CIVIL
Assunto: OBRIGAÇÕES- Do Inadimplemento das
Obrigações
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SÁBADO- 30/12/2023
Exercícios- Plataforma QConcurso
Filtro: OAB
Disciplina: ÉTICA
Assunto: Dos Direitos e Das Prerrogativas dos
Advogados

A questão exige o conhecimento acerca da violação do sigilo profissional e


da colaboração premiada, previstos no Estatuto da OAB – Lei 8.906/94,
analisemos as alternativas:

a) Errada. Veja, é vedado ao advogado efetuar colaboração premiada


contra quem seja ou tenha sido seu cliente, e a inobservância disso
importará em processo disciplinar, que poderá culminar com a aplicação do
disposto no inciso III do caput do art. 35 do Estatuto (exclusão dos quadros
da OAB) sem prejuízo das penas previstas no art. 154 do CP (violação do
segredo profissional), é o que nos diz o art. 6º-I do Estatuto da OAB.

Vejamos o que diz o art. 154 do CP:


Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de
função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano
a outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa de um conto a dez
contos de réis.
Desse modo, não poderá efetuar colaboração contra Leonardo e Robson.

b) Errada. Sendo cliente ou ex cliente, há o dever do sigilo profissional,


exatamente por isso, não poderá efetuar a colaboração premiada, sob pena
de cometer o crime de violação de segredo profissional e ser excluído dos
quadros da OAB.

c) Errada. A pena poderá ser de exclusão.

d) Correta. Conforme vimos no comentário da alternativa A, lembrando que


Alice também estará sujeita a exclusão dos quadros da OAB e que o
mesmo se aplica se efetuar a colaboração premiada contra Robson.

Gabarito da professora: Letra D.


a) Correta. São direitos da advogada gestante a reserva de vaga em
garagens dos fóruns dos tribunais, de acordo com o art. 7º-A, I, alínea B do
Estatuto.

b) Errada. A gestante terá sim preferência na realização das audiências a


serem realizadas no dia, porém, deve-se comprovar tal condição, de acordo
com o art. 7º-A, III do Estatuto.

c) Errada. Haverá uma suspensão, mas o prazo é de 30 dias (e não de 60),


é o que se observa do art. 7º-A, IV, §3º do Estatuto:
Art. 7°-A. São direitos da advogada:
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos
processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja
notificação por escrito ao cliente.
§ 3° O direito assegurado no inciso IV deste artigo à advogada adotante ou
que der à luz será concedido pelo prazo previsto no § 6° do art. 313 da Lei
no 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
Por sua vez, o art. 313, IX, §6º do CPC nos diz que
o período de suspensão será de 30 dias.

d) Errada. Na verdade, ela terá preferência na ordem das sustentações


orais, mediante comprovação de sua condição, pelo período de 120 dias,
vejamos o art. 7º-A, III, §2º do Estatuto da OAB. A CLT, por sua vez, no art.
392 dispõe que: “a empregada gestante tem direito à licença-maternidade
de 120 (cento e vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário."

Gabarito da professora: letra A.

A questão exige conhecimento acerca da temática relacionada aos direitos


dos advogados garantidos na Lei 8.906/94, a qual dispões sobre o Estatuto
da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em especial no
que tange aos direitos da advogada. Tendo em vista o caso hipotético
narrado e considerando o que dispõe a lei acerca do assunto, é correto
afirmar que Maria terá preferência de ordem para a realização da
audiência, mediante comprovação de sua condição. Vejamos:

Conforme art. 7º-A. São direitos da advogada: I - gestante: [...] IV


- adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando
for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao
cliente (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016).

O gabarito, portanto, é a alternativa “b", pois se enquadra perfeitamente no


texto legal. Ressalta-se que não é hipótese de interrupção do prazo
(alternativa “c"), mas sim de suspensão. As alternativas “a" e “d" também
não apresentam garantias compatíveis com o caso em questão.

Gabarito do professor: letra b.


A questão exige conhecimento acerca dos direitos e garantias do
advogado, contidos no Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei n. 8.906,
de 04 de julho de 1994). Tendo em vista o caso hipotético narrado e
considerando a disciplina legal acerca do assunto, é correto afirmar
que a lavratura do auto de prisão em flagrante não é viciada, desde
que haja comunicação expressa à seccional da OAB respectiva. Isso
se deve ao fato de a prisão em flagrante não estar relacionada ao
exercício da profissão, sendo tão somente necessário, nesse caso, a
comunicação expressa à seccional da OAB.

Conforme Art. 7º São direitos do advogado: [...] IV – ter a presença de


representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado
ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena
de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional
da OAB.

Gabarito do professor: letra b.


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Filtro: OAB
Disciplina: ÉTICA
Assunto: Sociedade de Advogados e Advogado
Empregado

a) Correta. Nas sociedades de advogados, a escolha do sócio


administrador poderá recair sobre advogado que atue como servidor
da administração direta, indireta e fundacional, desde que não esteja
sujeito ao regime de dedicação exclusiva, é o que nos diz o art. 15, §8º
do Estatuto. Não lhe é aplicável a vedação do art. 117, X da Lei
8.112/90.

b) Errada. Não há vedação de que Pedro seja sócio da sociedade, podendo


inclusive ser sócio administrador, conforme vimos no comentário anterior.

c) Errada. Pedro pode sim ocupar a posição de sócio administrador, desde


que não esteja sujeito ao regime de dedicação exclusiva.

d) Errada. Vide comentários anteriores.


a) Correta. No contrato de associação, o advogado sócio ou associado e a
sociedade pactuarão as condições para o desempenho da atividade
advocatícia e estipularão livremente os critérios para a partilha dos
resultados dela decorrentes, devendo o contrato conter, no
mínimo qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no
Conselho Seccional da OAB competente, de acordo com o art. 17-B, I do
Estatuto da OAB.

b) Errada. Na verdade, um dos requisitos que o contrato deve conter é a


forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a
atribuição da totalidade dos riscos ou das receitas exclusivamente a
uma delas, de acordo com o art. 17-B, II do Estatuto.

c) Errada. O contrato deve conter a responsabilidade pelo fornecimento de


condições materiais e pelo custeio das despesas necessárias à execução
dos serviços, de acordo com o art. 17-B, IV do Estatuto. Mas veja que não
há vedação a atribuição de despesas para um único associado.

d) Errada. Na verdade, deve haver o prazo de duração do contrato,


conforme o artigo 17-B, inciso V, do EOAB.
a) Errada. Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de
advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou
integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade
unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do
respectivo Conselho Seccional, de acordo com o art. 15, §4º do Estatuto.
Mas como Jefferson pretende se associar para prestação de serviços e
participação nos resultados, poderá se associar a mais de uma sociedade.

b) Errada. Veja que o advogado poderá associar-se a uma ou mais


sociedades de advogados ou sociedades unipessoais de advocacia, sem
que estejam presentes os requisitos legais de vínculo empregatício, para
prestação de serviços e participação nos resultados, de acordo com o art.
17-A do Estatuto.

c) Correta. Conforme visto, se trata de uma exceção vez que o


advogado poderá associar-se a uma ou mais sociedades de
advogados ou sociedades unipessoais de advocacia, sem que estejam
presentes os requisitos legais de vínculo empregatício, para prestação
de serviços e participação nos resultados. Essa associação se dá por
meio de pactuação de contrato próprio, que poderá ser de caráter
geral ou restringir-se a determinada causa ou trabalho e que deverá
ser registrado no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial
tiver sede a sociedade de advogados que dele tomar parte, é o que
dispõe os arts. 17-A e 17-B do Estatuto.

d) Errada. Essa associação poderá ser de caráter geral ou restringir-se a


determinada causa ou trabalho.

a) Errada. Primeiramente, o impedimento ou a incompatibilidade em caráter


temporário do advogado não o exclui da sociedade de advogados à qual
pertença e deve ser averbado no registro da sociedade, ou seja, não
precisará ser transformada em sociedade unipessoal de advocacia, é o que
dispõe o art. 16, §2º do Estatuto da OAB.

b) Correta. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria,


dentre outras, com a atividade de chefe do Poder Executivo e
membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais, de
acordo com o art. 28, I do Estatuto. Sendo assim, Leandro não poderia
exercer a advocacia enquanto fosse membro da mesa diretora. Nesse
caso, deverá averbar, no registro da sociedade, o licenciamento de
Leandro para exercer atividade incompatível com a advocacia, de
acordo com o que prevê o art. 16, §2º do Estatuto.
c) Errada. Leandro apenas não poderá exercer a advocacia de forma
temporária, a sociedade de advogados pode funcionar normalmente,
apenas deve ser averbado licenciamento daquele.

d) Errada. Não há tal impedimento.

a) Errada. Ao analisar a regulação acerca da sociedade de advogados,


dispõe-se que além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade individual
de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos
causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da advocacia, sem
prejuízo da responsabilidade disciplinar em que possam incorrer, de acordo
com o art. 17 da Lei 8.906/94. Anderson não responderá de forma solidária.

b) Correta. Veja que em primeiro lugar é da sociedade a


responsabilidade civil de responder pelos danos causados,
subsidiariamente, se a sociedade não indenizar o cliente, o sócio ou
titular da sociedade responde ilimitadamente, nos termos do art. 17 do
EAOAB, como do art. 40 do regulamento geral do estatuto da
advocacia e da OAB.
Art. 17 EAOAB. Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade
individual de advocacia respondem subsidiária e ilimitadamente pelos
danos causados aos clientes por ação ou omissão no exercício da
advocacia, sem prejuízo da responsabilidade disciplinar em que
possam incorrer.

Art. 40. RGEAOAB Os advogados sócios e os associados respondem


subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados diretamente ao
cliente, nas hipóteses de dolo ou culpa e por ação ou omissão, no
exercício dos atos privativos da advocacia, sem prejuízo da
responsabilidade disciplinar em que possam incorrer.

c) Errada. Conforme visto, subsidiariamente e de forma ilimitada.

d) Errada. Subsidiariamente, em relação à sociedade individual de


advocacia e de forma ilimitada.

Para frisar:

Responsabilidade solidária: o credor pode exigir de um ou de todos a


obrigação inteira;

Responsabilidade subsidiária: há uma ordem que o credor deve seguir


para cobrar, no caso em tela, primeiro deveria se cobrar a sociedade e
não sendo paga, ao advogado de forma pessoal.
A solução da questão exige o conhecimento acerca do Estatuto da OAB, Lei
8.906/1994, mais precisamente acerca da sociedade de advogados,
analisemos as alternativas:

a) Errada. A sociedade Y não poderá ter seus atos constitutivos registrados


na Junta Comercial.

b) Errada. A sociedade Y não pode ter seus atos constitutivos registrados


no Conselho Seccional da OAB.

c) Correta. De acordo com o Estatuto da OAB, não são admitidas a registro


nem podem funcionar todas as espécies de sociedades de advogados que
apresentem forma ou características de sociedade empresária, que adotem
denominação de fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia,
que incluam como sócio ou titular de sociedade unipessoal de advocacia
pessoa não inscrita como advogado ou totalmente proibida de advogar, de
acordo com o art. 16.

Veja que não poderá ser admitido o registro no conselho seccional da OAB
pelo fato de que sociedades de advogados não pode ter características
mercantis e que realize atividades estranhas à advocacia e é justamente o
que trata a questão, pois a sociedade empresária Y dá orientação de
marketing para pequenos empreendedores e estrutura organizacional.

Além disso, é proibido o registro, nos cartórios de registro civil de pessoas


jurídicas e nas juntas comerciais, de sociedade que inclua, entre outras
finalidades, a atividade de advocacia. Dessa forma, a sociedade empresária
Y não poderia fazer o registro nos cartórios de registro civil de pessoas
jurídicas e nas juntas comerciais, de acordo com o art. 16, §3º do EAOAB.

d) Errada. Conforme vimos nas alternativas anteriores.


A questão exige conhecimento acerca das regras pertinentes às sociedades
de advogados, disciplinadas pelo Regulamento Geral da OAB. Tendo em
vista o caso hipotético e considerando a disciplina legal acerca do assunto,
é correto afirmar que a pretensão dos advogados autorizada, contudo deve
haver formalização em contrato averbado no registro da Sociedade de
Advogados. A associação pretendida não implicará vínculo empregatício.

Nesse sentido, conforme Art. 39. A sociedade de advogados pode associar-


se com advogados, sem vínculo de emprego, para participação nos
resultados. Parágrafo único. Os contratos referidos neste artigo são
averbados no registro da sociedade de advogados.

Gabarito do professor: letra b.


Alternativa “a": está incorreta. Conforme art. 15, § 5º - O ato de
constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e
arquivado no Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios,
inclusive o titular da sociedade unipessoal de advocacia, obrigados à
inscrição suplementar. (Redação dada pela Lei nº 13.247, de 2016)

Alternativa “b": está incorreta. A restrição só acontece se houver sede ou


filial na mesma área territorial do respectivo Conselho Seccional. Conforme
art. 15, § 4o Nenhum advogado pode integrar mais de uma sociedade de
advogados, constituir mais de uma sociedade unipessoal de advocacia, ou
integrar, simultaneamente, uma sociedade de advogados e uma sociedade
unipessoal de advocacia, com sede ou filial na mesma área territorial do
respectivo Conselho Seccional.

Alternativa “c": está incorreta. Conforme art. 15, § 6º - Os advogados


sócios de uma mesma sociedade profissional não podem representar em
juízo clientes de interesses opostos.

Alternativa “d": está correta. Pois, nesse caso, teremos uma sociedade
unipessoal de advocacia que deve ser obrigatoriamente formada pelo
nome do seu titular. Conforme art. 15, § 7º - A sociedade unipessoal de
advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas
de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que
motivaram tal concentração. (Incluído pela Lei nº 13.247, de
2016); c/c art. 16, § 4º - A denominação da sociedade unipessoal de
advocacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu
titular, completo ou parcial, com a expressão 'Sociedade Individual de
Advocacia.
LISTA DE ARTIGOS MENCIONADOS NOS EXERCÍCIOS
( REVISÃO)
CADERNO DE ERROS/ANOTAÇÕES ( REVISÃO)
DEMAIS FERRAMENTAS USADAS

TIPO DE FERRAMENTA STATUS

TEORIA SIM

MAPA MENTAL SIM

AULA DE VÍDEO NÃO


DOMINGO- 31/12/2023
Exercícios- Plataforma QConcurso
Filtro: OAB
Disciplina: REVISÃO GERAL
Assunto: SEMANA 02
QUADRO DE REVISÃO ( SEMANA 01)

MATÉRIA ASSUNTO STATUS


REVISÃO SEMANAL- PONTOS IMPORTANTES
IDENTIFICADOS

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