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ESTRATÉGIA OAB
Direito Processual Penal – Ivan Marques
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Direito Processual Penal – Ivan Marques
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional
mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.
Comentários: Os parâmetros fixados e mencionados na súmula são: (i) a saída antecipada de sentenciado no
regime com falta de vagas; (ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai
antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas; (iii) o cumprimento de penas restritivas
de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto.
CUIDADO! Essas medidas serão adotadas para os presos que já estão no regime semiaberto, e não para o
sujeito que está no fechado esperando a vaga. Até que sejam estruturadas as medidas alternativas
propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado.
• Confissão do suspeito
• Infração penal sem violência ou grave ameaça contra a pessoa
Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
II – usa conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência;
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V - invoca súmula, sem identificar nem demonstrar que o caso se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência
de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
IMPRONÚNCIA - APELAÇÃO
PRONÚNCIA - RESE
DESCLASSFICAÇÃO – RESE
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Emendatio (art. 383 CPP) – o juiz, SEM ALTERAR OS FATOS, pode mudar o artigo da lei e condenar o réu
sem aditar a denúncia.
Exemplo: trombadinha processado por furto e condenado por roubo. Mesmos fatos, mas
opiniões divergentes sobre a capitulação jurídica. Não precisa aditar.
Mutatio (art. 384 CPP) – o juiz deve aguardar o ADITAMENTO DA DENÚNCIA/QUEIXA quando surgem
FATOS NOVOS na audiência, antes de sentenciar.
Essas regras servem para respeitar o princípio da correlação entre a acusação e a sentença.
▪ Um crime praticado por duas pessoas. Ambos são processados e condenados em sentença recorrível.
Apenas um dos réus apela e o Tribunal dá provimento ao seu recurso.
Pergunto: pode o réu que não recorreu usar a vitória do comparsa?
DEPENDE
Art. 580. No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos
réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal,
aproveitará aos outros.
Exemplo1: apelei pedindo a prescrição pela metade porque na data do crime tinha menos de 21 anos.
O outro réu tem 46 anos. Esse “veiaco” poderá pedir a prescrição pela metade também que o Tribunal
concedeu ao apelante? CLARO QUE NÃO, pois é um motivo de caráter pessoal (a idade do pirralhinho
barbado).
Exemplo 2: apelei pedindo o afastamento da majorante da arma de fogo pois a arma nunca foi
encontrada. O Tribunal deu provimento ao meu recurso. Pode o corréu que não recorreu se
beneficiar dessa vitória? Sim, pois a questão da arma é de caráter objetivo (coisa) e não subjetivo
(sujeito).
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Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a
garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade
policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação para
dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é
pública incondicionada.
A conclusão da Súmula 542-STJ se dá pela conjunção de vários artigos. A Lei Maria da Penha, em seu art. 41,
veda a incidência da Lei n. 9.099/95, que, em seu art. 88, prevê que o crime de lesão corporal leve é de ação
penal pública condicionada. Afastado o art. 88, é aplicado, isoladamente, o art. 129 do CP, que nada diz a
respeito da ação penal – logo, pública incondicionada.
I - de ofício;
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
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Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial,
o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente,
descendente ou irmão.
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no
direito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses,
contado do dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia
em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
Art. 70; (...) § 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro
de 1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de
cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento
frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do
domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela
prevenção. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo
domicílio ou residência do réu.
§ 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competente
o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
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Art. 149. Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará,
de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente,
descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.
Art. 310. (...) § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou
o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), poderá,
fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de
comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será decretada se o juiz verificar pelas
provas constantes dos autos ter o agente praticado o fato nas condições previstas nos
incisos I, II e III do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Código Penal.
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz
deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares
previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste
Código.
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
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