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Introdução:
- princípios: mandamentos nucleares de um sistema
- filtragem constitucional do CPP e do processo penal
- Brasil deve obediência aos Tratados Internacionais dos quais faz parte
* Convenção Americana Sobre Direitos Humanos – CADH (Pacto de
São José da Costa Rica)
* Corte Interamericana de Direitos Humanos – CIDH
a) Jurisdicionalidade:
Introdução:
- ter um juiz
- nova posição do juiz: proteção das garantias
- quem é (deve ser) esse juiz?
* Juiz Natural (CF 5º, XXXVII):
I) só órgãos instituídos pela CF podem exercer jurisdição
II) não é possível instituir órgão julgador após o fato
III) há uma ordem taxativa de competência pré-definida
- a serviço de quem está esse juiz?
* precisa de independência, pressuposto da imparcialidade
- independência: necessária para a livre formação do convencimento
* liberdade em relação a fatores externos
- não precisa decidir conforme deseja a maioria
- não deve ceder a pressões políticas
* figura do juiz-espectador:
- Critérios:
I) complexidade do caso
II) atividade processual do interessado (imputado)
III) conduta das autoridades judiciárias
IV) princípio da razoabilidade
b) Princípio Acusatório:
- CF: adoção do sistema acusatório
- consequência de uma interpretação sistemática
* CF 129, I + contraditório + presunção de inocência
- exigência de um juiz-espectador
* gestão da prova nas mãos das partes
c) Presunção de Inocência:
- Direito Romano
- consagrada na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)
- Declaração Universal de Direitos Humanos – 1948
- no Brasil: art. 5º, LVII, CF
* “ninguém será considerado culpado”
- presunção de não culpabilidade
- decorre do princípio da jurisdicionalidade;
* processo serve para a obtenção da prova da culpabilidade de alguém
- derivam duas regras fundamentais:
a) regra probatória (in dubio pro reo)
- a parte acusadora precisa provar a culpabilidade do acusado
- exige a necessidade da certeza sobre a culpa
- in dubio pro reo só vigora até o trânsito em julgado da sentença
b) regra de tratamento
- quanto à carga probatória, limitações à publicidade e às prisões
Direito ao contraditório:
- confrontação da prova e comprovação da verdade
- audiência + participação
- não significa que o juiz não deva assumir a subjetividade do ato de julgar
* espaço de interpretação
* fundamentação da decisão sobre a prova produzida
g) Princípio da publicidade
- afastar a desconfiança da população na administração da Justiça
- art. 93, IX, CF
- art. 792 do CPP
- regra:
* publicidade ampla
- exceção: art. 5º, XXXIII e LX, c/c art. 93, IX, CF; art. 792, § 1º, CPP
* publicidade restrita
- “segredo de justiça”
- ex.:
Direito Processual Penal I – 2021/2
Prof. Rogério Cézar Soehn