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13 de fevereiro de 2013

PROCESSO PENAL II/ PROFESSOR PAULO RENATO

I – TEORIA DA PROVA

AULA (1)

CONCEITO =Prova é o meio instrumenta de que se valem os sujeitos processuais (ACUSAÇÃO, DEFESA E O
JUIZ) para demonstrar a verdadedos fatos narrados em juízo.

O juiz pode produzir prova durante o processo – principio da verdade real (predominante na doutrina
atual)

FINALIDADE = O destinatário da prova é o juiz e a finalidade e formar seu convencimento demonstrando a


verdade dos fatos.

NATUREZA JURIDICA = A prova é um direito subjetivo público de natureza constitucional

Natureza jurídica é o que um instituto representa para o direito

TITULARIDADE =Os titulares do direito de prova são acusação (MP, e ou requerente) a defesa (réu ou
querelado )

Direito de prova e o contraditório

A) DURANTE O INQUERITO =As partes podem requerer ao delegado a realização de diligencia, porém
ele não estará obrigado a fazer conforme o art. 14 CPP. Não há que se falar em contraditório porque o
inquérito é inquisitorial.
B) DURANTE O PROCESSO = As partes têm direito de requerer provas devendo se oportunizar o
contraditório.

O art. 155 do CPP estabelece que o juiz formara a sua convicção pela livre apreciação de provas
produzidas em um contraditório judicial, não podendo fundamentar a sua decisão exclusivamente com os
elementos produzidos no inquérito salvo as provas irrepitível.

LIMITES AO DIREITO DE PROVAS =O art. 5º LVI, CRFB/88, veda as provas obtidas por meios ilícitos, a
constituição não diferencia porem a doutrina:

Prova ilícita estrito sensu

Prova ilícita lato sensu Prova ilegítima

Constituição veda de modo geral


Prova ilícita estrito sensu = A prova é produzida violando uma norma de direito substantivo (um direito
material) quem produz aprova pratica um crime.

Exp.: Interrogação mediante a tortura, interceptação telefônica sem autorização judicial.

Prova ilegítima = A pessoa que produz a prova vai contra o direito adjetivo (direito processual)

EXP: art. 479 CPP

PROVA ILICITA (LATO SENSU ) ORIGINÁRIA E DERIVADA

A) PROVA ILICITA ORIGINARIA: É aquela que é produzida desde o inicio com violação de uma norma
constitucional ou infraconstitucional art. 157 cáputcpp.
B) PROVA ILICITA DERIVADA: É a prova que mesmo tendo sido produzida de forma licita torna-se
ilícita porque decorre de outra prova ilícita, e tem como fundamento da arvore envenenadae previsão legal
art. 157§1º do CPP.

TEORIA DO FRUTO DA ARVORE ENVENENADA

Interceptação telefônica sem autorização judicial.

Provas ilícitas originárias

Depois da interceptação telefônica sem autorização

Judicial, acontece uma busca e apreensão com

Orden judicial durante o dia.

Prova ilícita derivada ou por derivação

A prova ilícita originária vai contaminar todas as outras que com ela tiver nexo causal

Ver: art 157§2º

20 de fevereiro de 2014

DIREITO PROCESSUAL PENAL II

AULA 02

8 – Utilização da prova Ilícita:


a) Para absolver o réu- a doutrina, amplamente majoritária, defende a possibilidade da utilização da
prova ilícita para absolver o réu, sob dois fundamentos:

1º - para permitir a prova ilícita ser utilizada para absolver o réu é o principio da proporcionalidade.

O Brasil adotou o princípio da cedência recíproca, pelo qual todas as normas constitucionais possuem a
mesma hierarquia. Assim sendo, havendo conflito entre normas constitucionais a solução deve ser dada
utilizando-se do principio da proporcionalidade, onde se devem ponderar valores a fim de se verificar qual
norma constitucional deverá preponderar.

A liberdade é o bem maior que qualquer pessoa possui depois da própria vida. Em razão disso, por ser um
valor relevante, é possível ser relativizar a norma estabelecida no art. 5º, LVI CFRB/88 para permitir a
utilização de prova ilícita para absolver p réu garantindo assim o seu direito de liberdade.

2º - o réu quando utiliza uma prova ilícita na busca do seu direito de liberdade atua em estado de
necessidade. Assim sendo, tecnicamente a ilicitude está excluída.

b) Para condenar o réu – a doutrina diverge com relação à utilização da prova ilícita para condenar o
réu. Alguns autores admitem a sua utilização dependendo da relevância do bem jurídico tutelado
(moralidade pública). Entretanto, há outra posição que não admite a utilização de prova ilícita para condenar
o réu porque a sua vedação está no art. 5º que consiste numa garantia individual e coletiva, ou seja, uma
limitação imposta pelo povo, titular do poder constituinte originário, ao Estado. Assim sendo, não seria lícito
relativizar uma garantia individual para utilizá-la contra o indivíduo.

9 – Prova Emprestada – é aquela produzida em processo e é levada para demonstrar o fato em outro
processo. (PAULO RANGEL)

A doutrina diverge quanto à possibilidade da utilização de prova emprestada no processo penal. Alguns
autores entendem tratar-se de prove ilícita por violar o princípio do contraditório, entretanto, predomina o
entendimento de que é possível se utilizar da prova emprestada em processo penal desde que observado
alguns requisitos:

- Mesmas partes;

- Mesmo fato a ser provado;

- Regularidade formal;

- Contraditório em ambos os processos;

10 –Sistema de Prova no Processo Penal

a) SISTEMA DA PROVA LEGAL OU TARIFADA - A lei predetermina o valor de cada prova. Umas
valeriam mais do que outras.

b) SISTEMA DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO– No sistema do livre convencimento


motivado ou persuasão racional, todas as provas possuem o mesmo valor. O juiz estará livre para formar o
seu convencimento com todas as provas dos autos produzidas em contraditório judicial (art. 155 CPP), é o
sistema adotado no ordenamento jurídico brasileiro atualmente.

B1) Íntima Confissão – No tribunal do júri, os jurados estão livres para formar a sua convicção com todas
as provas dos autos que possuem o mesmo valor. Porém, os jurados não irão fundamentar a Decisão
tomada.
11 – INTECEPTAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES

1 - Introdução – O sigilo das comunicações tem previsão no art. 5º, XII da CBRB/88. A doutrina diverge
com relação ao âmbito de espécies de comunicação que podem ter o sigilo violado, por ordem judicial para
fins penais. Alguns autores entendem que somente as comunicações telefônicas poderiam ter o sigilo
quebrado em razão do termo “SALVO EM ÚLTIMO CASO”. Entretanto, o STF já se manifestou entendendo
pela possibilidade da quebra do sigilo de qualquer espécie de comunicação, tendo interpretado o termo
“SALVO EM ÚLTIMO CASO” como sendo “SALVO EM ÚLTIMA HIÓTESE”, ou seja, quando não houver outro
meio de provar.

2 – INTERCEPTAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS

A quebra do sigilo de comunicações telefônicas e de dados possui regulamentação na Lei 9.296/96 e


apresenta alguns requisitos, são eles:

1 – Ordem judicial do juízo com competência para julgar a ação principal, conforme art. 1º da Lei 9.296/96.
Além deste requisito, existem outros, conforme se observa da análise a contrário sensu do art. 2º da Lei
9.296/96, são eles:

- existência de indícios razoáveis de autoria ou participação;

- a prova não pode ser obtida por outro meio;

- o crime tem de ser apenado com reclusão;

2 – Momento e Prazo – A interceptação Telefônica pode ser realizada, tanto no momento do inquérito
como na fase do processo, art. 1º da Lei 9.296/96. O prazo para a interceptação será de 15 dias
prorrogáveis por mais 15 dias, art. 5º da Lei 9.296/96.

3 – Legitimidade–A interceptação telefônica pode ser ordenada de ofício pelo juiz, a requerimento do MP
ou do delegado. A doutrina diverge se caberia interceptação telefônica nas ações penais privadas porque a
Lei não dá legitimidade ao querelante. Entretanto, predomina o entendimento de que é possível haver
interceptação telefônica nas ações penais privadas se houver requerimento do delegado.

4 – Contraditório –O art. 8º da Lei 9.296/96estabelece o sigilo das diligências de interceptação telefônica. O


contraditório irá ocorrer depois de realizada as diligências.

5 – Fato Típico –Fazer interceptação telefônica sem ordem judicial ou quebrar o segredo de justiça é crime,
conforme art. 10 da Lei 9.296/96.

12 – GRAVAÇÃO AMBIENTAL E GRAVAÇÃO CLANDESTINA

Gravação ambiental é aquela realizada em um ambiente em que uma determinada relação social se
desenvolve. Ela poderá ser de áudio, de vídeo ou de vídeo e áudio. Para ser uma prova licita, a pessoa que
está sendo gravada tem que ter ciência, caso contrário a gravação é clandestina, sendo considerada prova
ilícita.

13 – DIFERENCIAÇÃO

a) Interceptação Telefônica – Na interceptação telefônica existe teres figuras: os dois interlocutores e


a pessoa que está interceptando. Para ser prova licita exige ordem judicial porque é um Ato de Reserva da
Jurisdição.
b) Escuta Telefônica – Na escuta telefônica, um dos interlocutores faz a gravação. Para ser prova
licita deve haver ordem judicial ou a pessoa que está gravando tem que informar a outra da gravação.

c) Quebra do Sigilo Telefônico – Na quebra do sigilo, a operadora do sistema informa os números que
entraram em contato com determinado telefone. Não é um ato de reserva da jurisdição, podendo ser
requerida por CPI.

II - INTERROGATÓRIO

CONCEITO – O interrogatório é o ato procedimental em que o réu pode dar a sua versão sobre os fatos
contra eles imputada.

NATUREZA JURÍDICA –O interrogatório é um meio de prova e uma forma de defesa, a chamada autodefesa.

DIREITO AO SILÊNCIO – A CFRB/88 no art. 5º, LXIII e o art. 186 CPP dão aos acusados o direito de
permanecer calado.

Obs.: No processo penal quem nada fala nada diz. O silêncio não poderá ser interpretado em
prejuízo do réu (art. 186, parágrafo único do CPP).

a) Interrogatório Extorquido – é o interrogatório feito negando-se ao réu o direito de permanecer


calado. PROVA ILÍCITA.

CONFISSÃO – Confissão é o reconhecimento das verdades dos fatos. Não necessariamente do direito.

RETRATAÇÃO E DIVISIBILIDADE – A confissão é retratável porque o réu pode ser desdizer, e divisível
porque o réu pode confessar os fatos no todo ou em partes (art. 200 CPP).

MOMENTO DO INTERROGATÓRIO – O interrogatório pode ocorrer durante o Inquérito e deve ocorrer


durante o processo. O interrogatório é o ultimo ato da instrução criminal. Ele deverá ocorrer antes das
alegações finais.

O procedimento do JURI é um procedimento escalonado que se desenvolve em duas fases:

1ª) JUDICIUM ACCUSATIONIS

2ª) JUDICIUM CAUSAE

Haverá um interrogatório no final de cada fase, porque ao final de cada fase ocorrerá uma AIJ.

NECESSIDADE – O acusado tem o direito de ser interrogado num momento em que aparecer nos autos, sob
pena de nulidade (art. 564, III, e CPP).

CONTEÚDO – o interrogatório deve ser realizado em duas partes, conforme se observa do art. 187 CPP. Na
primeira fase serão formuladas perguntas da pessoa do acusado, art. 187, §1º CPP. Na segunda fase serão
formuladas perguntas sobre o fato delituoso, art. 187 §2º CPP.

06 de março de 2014.

a) DIREITO AO SILÊNCIO NAS PARTES DO INTERROGATÓRIO – A doutrina diverge com relação ao


direito do silêncio das partes no interrogatório. Alguns autores sustentam que o acusado tem o direito de
permanecer calado nas duas partes do interrogatório porque o art. 5º, LXIII da CRFB/88 e o art. 186 CPP
não o diferenciam. Entretanto, predomina o entendimento de que o direito ao silêncio ocorre só na segunda
fase do interrogatório porque é nesta que poderá haver a autoincriminação, vedada no art. 8º, nº 2, letra G
do DEC. 78/92 (PACTO DE SÃO JOSÉ DA SILVA).

8 – FORMA DE REALIZAÇÃO DO INTERROGATÓRIO

O interrogatório, preferencialmente, deverá ser realizado na sala de audiências, no Fórum art. 185, caput
CPP. Nas hipóteses em que o réu estiver preso é possível que o Juiz, o Promotor e o Defensor se dirijam ao
estabelecimento prisional para fazer o interrogatório art. 185, §1º do CPP. Excepcionalmente, o Juiz em
decisão fundamentada poderá determinar o interrogatório por vídeo conferência, desde que presente uma
das hipóteses do art.185, § 2º do CPP.

9 – CHAMADA DE CORRÉU

Consiste em o acusado apontar outras pessoas que concorreram para infração art.190 CPP.

III – DECLARAÇÕES DO OFENDIDO

Trata-se das informações que a vitima presta em juízo,conforme art. 201 CPP. Alguns autores entendem
que o juiz deveria ouvir a vitima com reservas porque ela teria interesse na condenação do réu,entretanto,
as declarações do ofendido consistem em um meio de prova com o mesmo valor das demais.

IV – ACARIAÇÕES

As acareações ocorrem para dirimir dúvida sobre fato ou circunstância relevante ocorrida nos depoimentos
orais art. 229 CPP.

As acareações, via de regra, são feitas colocando-se as pessoas frente a frente. Entretanto, caso seja
necessário, a acareação poderá der feita por Carta Precatória art. 230 CPP.

V – PROVA DOCUMENTAL

A prova documental tem previsão no art. 231 e ss CPP.

Documentos são escritos públicos ou particulares, instrumentos, papéis públicos ou particulares que
demonstram a veracidade ou não dos fatos analisados em juízo.

Documento, em sentido estrito, seriam somente os papéis escritos.

Documento, em sentido amplo, é o papel escrito, a fotografia, o filme e etc.

VI – PROVA PERICIAL

1 – CONCEITO: Perícia é espécie de prova realizada por meio de exames elaborados por pessoas com
conhecimento técnico/cientifico relacionado a uma determinada área de conhecimento.

2 – REGRAS GERAIS

A) PERITO OFICIAL –são pessoas concursadas, ou seja, servidores públicos que realizam as perícias.
Atualmente, basta um perito oficial para que a perícia seja válida art. 159 CPP. Eventualmente, tratando-se
de perícia complexa, poderão atuar outros peritos art. 159, §7º CPP.
B) PERITO NÃO OFICIAL (EXTRAOFICIAL) – nas comarcas onde não existirem peritos oficiais, o Juiz
irá nomear duas (02) pessoas portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente relacionado com
a natureza do exame art. 159, § 1º do CPP.

Obs.: O perito não oficial (extraoficial) deverá prestar o compromisso antes de cada perícia de atuar de
forma correta art. 159, § 2º do CPP.
Os peritos oficiais prestam compromisso ao tomarem posse, em qualquer caso se falsear, negar ou
calar a verdade responderão pelo crime de falsa perícia art. 342 CP.

C) ASSISTENTES TÉCNICOS – os assistentes técnicos são profissionais com conhecimento


técnico/científico, que são contratados pelas partes para apreciarem os laudos elaborados pelos peritos art.
159, § § 3º e 4º CPP.

3 – CORPO DE DELITO – trata-se dos vestígios deixados por um crime.

A) Exame de corpo de delito – é a perícia realizada nos vestígios deixados por um crime. O exame de
corpo de delito direto e indireto é um ato obrigatório sob pena de nulidade art. 564, III, b CPP, não podendo
supri-lo a confissão do acusado art. 158 CPP.

Obs.: No JECRIM, o exame de corpo de delito poderá ser dispensado se houver a presença nos autos do
BAM (Boletim de Atendimento Médico art. 77, § 1º da Lei 9.099/95).

A-1) ESPÉCIES DE EXAME DE CORPO DE DELITO

A-1. 1) Exame de corpo de delito direto – é a perícia realizada diretamente nos vestígios deixados pelo
crime.

A-1.2) Exame de corpo de delito indireto – nas hipóteses de haverem desaparecido os vestígios de um
crime, a prova testemunhal poderá suprir art. 167 CPP. (PROVA TESTEMUNHAL)
13 de março de 2014.

4 – EXAME COMPLEMENTAR–Nas hipóteses em que o primeiro exame tiver sido incompleto poderá ser feito
novo exame para complementar. Entretanto, para o crime de lesões corporais de natureza grave por
incapacidade para atividades habituais por mais de 30 dias (art. 129, § 1º, I CP). O exame complementar
será obrigatório para comprovar o lapso temporal, conforme art. 168 CPP.

5 – NOVA PERÍCIA –Nas hipóteses em que houver divergência entre os peritos, o Juiz nomeará um terceiro
perito para dirimira a dúvida, se estes divergir dos outros dois será feita uma nova perícia (art. 180 CPP).

6 – VINCULAÇÃO DO JUIZ AO LAUDO – o Juiz não está vinculado ao laudo pericial, podendo aceitá-lo ou
rejeitá-lo (art. 182 CPP).

VII – PROVA INDICIÁRIA – O termo INDICIU significa INDICAR, APONTAR, assim sendo, indícios são
circunstancias conhecidas e provadas que indicam outras circunstâncias (art. 239 CPP). Os indícios junto
com outras provas possibilitam a condenação do réu, porém, ele não poderá condenado exclusivamente
com base em prova indiciária.

VIII – RECONHECIMENTO DE PESSOAS OU COISAS – A prova tem previsão no art. 226 e ss do CPP e ela
deve ser realizada colocando-se lado a lado pessoas ou coisas similares.
OBS.: O reconhecimento por álbum de fotografias é perfeitamente válido.

IX – PROVA TESTEMUNHAL

1–CONCEITO – Testemunhas são pessoas diversas dos sujeitos processuais que prestam declarações sobre
os fatos analisados em juízo.

2 – CLASSIFICACÃO DAS TESTEMUNHAS:

A) Testemunha direta é aquela que viu ou ouviu diretamente o fato.


B) Testemunhas indiretas são as que ouviram falar do fato.
C) Testemunha compromissária ou numerária são as testemunhas que prestam o compromisso
de falar a verdade. Elas irão integrar um número máximo de testemunhas que cada parte pode arrolar.
D) Testemunha proibida são as pessoas que tomam ciência do fato em razão de oficio, profissão
ou ministério de confissão religiosa. Elas estão proibidas de depor, salvo se a parte interessada as
desobrigar (art. 207 CPP).

OBS.: Há uma posição doutrinaria que entende que o depoimento dos policiais que efetuaram a prisão não
poderia ser levado em consideração porque o policial teria interesse em demonstrar a legalidade do seu ato,
porém, atualmente, predomina o entendimento que o depoimento dos policiais é perfeitamente valido
porque eles prestam compromisso.

E) Testemunha informante é aquela que não prestam compromisso de falar a verdade, conforme
art. 208 CPP.
F) Testemunha do Juízo é aquela pessoa que o Juiz intima além das testemunhas arroladas pelas
partes (art. 209 CPP).
G) Testemunhas referidas são aquelas mencionadas em outros depoimentos orais (art. 209, § 1º
CPP).

3 – ORALIDADE – O depoimento das testemunhas, via de regra, serão feitos de forma verbal. A Lei autoriza
as testemunhas fazerem consultas a breves apontamentos (art. 204, par. único CPP).
4 – DEVER DE DEPOR – Ser testemunha não é facultativo. Todos têm o dever de depor (art. 206 CPP). “Não
comparecendo, será conduzida debaixo de vara”, ou seja, será conduzida pelo oficial d justiça (art. 218
CPP). Além disso, o Juiz poderá impor uma multa sem prejuízo do crime de desobediência (art. 219 CPP).

5 – ADVERTÊNCIA E COMPROMISSO – o Juiz deverá advertir a testemunha das penas do falso testemunho
(art. 210 CPP) e tomar o compromisso de que ela irá dizer a verdade (art. 203 CPP).

6– FALSO TESTEMUNHO E PROVIDÊNCIA – O art. 342 CP tipifica a conduta de falsear, negar ou calar a
verdade como testemunha. Entretanto, o art. 342, § 2º CP estabelece com causa excludente da punibilidade
o fato da testemunha se retratar antes de ser prolatada a Sentença no processo que ela foi testemunha.

O Juiz diante do falso testemunho deve aguardar a prolação da Sentença para só então extrair cópias dos
auto, afins de que se investigue o crime de falso testemunho (art. 211 CPP).

O art. 211 CPP estabelece que o Juiz irá extrair copias dos autos e remeter a autoridade policial para a
instauração do IP. Entretanto, atualmente predomina o entendimento de que somente o MP pode requisitar
a instauração do IP, por força do art. 129, VIII CFRB/88. Assim sendo, ao prolatar a Sentença, o Juiz deverá
extrair cópias e remeter ao MP para que este requisite a instauração do IP.
7– RETIRADA DO ACUSADO – Todas as vezes que a presença do acusado causar algum temor à
testemunha, ela deverá ser ouvida por vídeo conferência. Não havendo esta tecnologia disponível, o Juiz
fará retirar o acusado da sala de audiências, devendo entretanto, permanecer o seu defensor.

8 – NÚMERO LEGAL DE TESTEMUNHAS -

*Rito ordinário – máxima 8 testemunhas art 401 cpp

*Rito sumário – máximo 5 testemunhas art 532 do cpp

1º fase – máximo 8 testemunhas art 406, parágrafos 2º e 3º

*Rito tribunal do júri -

2º fase- máximo 5 testemunhas art 422 do cpp

Momento do arrolamento – as partes devem arrolar testemunhas na primeira vezque se manifesta nos
autos, a acusação deve arrolar na denuncia ou queixa e a defesa na resposta preliminar.

Obs: as testemunhas não são da acusação nem da defesa, elas são do processo arroladas pela acusação e
pela defesa em razão disso o réu pode ser absolvido combas no depoimento das testemunhas arroladas
pela acusação, ou condenado com base no depoimento das testemunhas por ele arroladas.

10- contradita:

A contradita consiste em arguira parcialidade das testemunhas ela devera ser feita após a qualificação da
testemunha e antes do inicio do seu depoimento art 214 cpp.

Atos dos juízes

I- Introdução - Atos Ordinatórios - despachos

Decisões interlocutórias - terminativa

II- Atos dos juízes = decisões interlocutórias e/ou não terminativa

Decisões:
condenatória
Sentença própria

Absolutória
Imprópria

Decisão terminativa de mérito

20 de março de 2014.
I – Atos Ordinatórios - esses atos não possuem conteúdo decisório, eles objetivam impulsionar o
procedimento. São denominados Despachos. Via de regra, eles são irrecorríveis.

II – Atos Decisórios -O Juiz, nos atos decisórios, soluciona as questões do processo.

1 – Decisão Interlocutória Simples – A decisão interlocutória simples possui uma carga ordinatória e
uma carga decisória. Ela via de regra são irrecorríveis, podendo ser rebatida pela via da ação autônoma de
impugnação. Ex.: decisão que recebe a denuncia ou queixa.

2 – Decisão Interlocutória Mista - É uma espécie de ato onde predomina o conteúdo decisório. Razão
pela qual, ela poderá ser impugnada pela via recursal. Elas são divididas em duas espécies:

a) Decisão Interlocutória Terminativa – nesse ato, extingue o procedimento sem resolução do mérito.

Ex.: Decisão que rejeita a denuncia ou queixa.


Decisão de impronuncia.

b) Decisão Interlocutória Mista não Terminativa –Essa decisão encerra uma fase do procedimento
sem encerrar o procedimento como um todo.

Ex.: Decisão de Pronúncia.

3 – Sentença –É o ato pelo qual o Juiz encerra a atividade de jurisdição no 1º grau, com a analise do
mérito condenando ou absolvendo o réu.

As sentenças podem ser:

a) Condenatórias – Na sentença condenatória o Juiz reconhece a existência de um crime e que o réu


foi o seu autor. O Juiz irá aplicar a sanção penal de forma individualizada por meio da dosimetria da pena
que é feita com base no sistema trifásico da pena.
b) Absolutório – A sentença absolutória pode apresentar-se em duas espécies:

B1 – Própria – Na sentença penal absolutória própria o Juiz reconhece a existência de uma das hipóteses
previstas no art. 386 CPP.

B2 – Imprópria – Na sentença penal absolutória imprópria o Juiz reconhece que o réu era inimputável, por
doença mental, ao tempo do crime. O juiz irá aplicar medida de segurança.

4 – Decisão Terminativa de Mérito ou Definitiva em Sentido Estrito – O Juiz nessa Decisão analisa o
mérito, mas não condena nem absolve o acusado.
Ex.: Extinção da Punibilidade.

III – SENTENÇA –
1 - Classificação:

a) Sentença Simples – É aquela proferida por um órgão monocrático.


b) Sentença Plúrima – A sentença subjetivamente plúrima é aquela proferida por um órgão colegiado
homogêneo.
Ex.: Câmara Criminal, Turma Recursal.

Obs.: As Sentenças formalmente unas e materialmente plúrimas são as prolatadas nos casos de conexão.

c) Sentença Complexa - É a sentença prolatada por um órgão heterogêneo.


EX.: Tribunal do Júri.

2 – Princípio da Adstrição ou Congruência – As Sentenças via de regra são compostas por três partes:

1) Relatório, onde o Juiz faz um resumo do processo.


2) Fundamentação, onde o Juiz faz um raciocínio lógico silogístico para verificar se o fato se
enquadra na norma.
3) Dispositivo, é o local onde o Juiz decide aplicando a sanção penal por meio da dosimetria da
pena.

Obs.: No JECRIM o relatório está dispensado, conforme se observa do art. 81, §3º da Lei 9.099/95.

No principio da adstrição ou congruência o Juiz na sentença está vinculado à causa de pedir, na


fundamentação e ao pedido no dispositivo. Caso ele não observe esse principio, a Sentença será extra, ultra
ou sitrapetita. Entretanto, no processo penal, o principio da adstrição ganha nuances próprios:

a) EMENDATIO LIBELLI – Na emendatio libelii o Juiz sem alterar os fatos narrados na denuncia ou
queixa, promove a correção no artigo de lei. Isso é possível porque JURIA NOVIT CURIA (o Juiz conhece o
direito), conforme art. 383 CPP.

No processo penal o réu se defende dos fatos contra ele imputados e não do artigo de lei. Em razão disso, o
Juiz pode fazer a emendatio libelii sem necessitar abrir vista para o aditamento da denuncia ou queixa (MP).

b) MUTATIO LIBELLI –Na mutatio libelli o Juiz após a instrução nominal percebe que os fatos são
diferentes daqueles narrados na denuncia ou queixa. Como o réu se defende dos fatos contra ele
imputados, nessa hipótese o Juiz terá que abrir vista para a acusação aditar a denuncia ou queixa, ouvir a
defesa e só então sentenciar, conforme art. 384 CPP. O Juiz, nessa hipótese se não abrir vista para a
acusação, a sentença será nula.
IV – Coisa Julgada –É a qualidade de uma decisão que a torna imutável.

1- ESPÉCIES DE COISA JULGADA

a) Coisa julgada formal – A qualidade de uma Decisão que a torna imutável dentro do processo.
b) Coisa julgada material – É a qualidade de uma Decisão que a torna imutável produzindo efeitos
para fora do processo, com a vinculação do demais órgãos jurisdicionais.

27 de março de 2014
ATOS COMUNICATORIOS

1 Citação

Conceito: E o ato que comunica uma pessoa que em face dela foi proposta uma ação em juízo, permitindo
uma defesa.

II – Espécie de citação:

Real = por oficial de justiça(no processo penal sempre que possível a citaçãoserá feita por OJA, tendo
em vista que ela irá cumprir o mandado, ei que a liberdade é um bem indisponível)ou pelo correio (em se
tratando do JECRIM)
O mandado de citação possui requisitos intrínsecos, ou seja, com relação a forma, art. 352 CPP, e requisitos
extrínsecos, ou seja, com relação ao modo de cumprimento do mandado, art. 357 CPP.

OBS: a citação do militar deverá ser feita por intermédio do superior hierárquico 358 CPP, e a citação do réu
preso devera se pessoal art. 360 CPP.

Ficta = por hora certa (será feita quando o OJA verificar que o réu está se ocultando, ele deverá observar
o procedimento previsto nos arts. 227 a 229 do CPC, conforme artigo 362 do CPPou por edital(que será
feita nas hipóteses que que o réu está em lugar incerto e não sabido, caso ela não compareça nem constitua
advogado o Juiz deverá mandar suspender o processo e o corso do prazo prescricional, art. 366CPP).

Para que o processo e o prazo prescricional sejam suspensos, é necessário os três quesitos:

REU CITADO POR EDITAL


+
NÃO COMPARACIMENTO DO REU
+
NÃO CONSTITUIÇAO DE ADVOGADO

Para prova trazer a aula 2 para entrega, estudar as aulas 1,2 e 3 os casos.

PRAZO PARA SUSPENÇAO

Nas hipóteses do art.366 do CPP, o processo e o prazo ficam suspensos, no entanto a doutrina divergem
quanto ao tempo da suspenção.

1) 1º posição: O art. 366 do CPP não estabelece prazo, no entanto o processo e o prazo
prescricional ficariam suspensos até que o réu fosse encontrados;

2) 2º posição: Nas hipóteses do art. 366 do CPP a aplicação da primeira posição transforma todos
os crimes em imprescritíveis, violando a CF. Apesar de o processo ficar suspenso, a prescrição se
suplementará em 20 anos, prazo máximo do art.109 CP.

3) 3ª posição:Suspenso o processo no prazo prescricional, na forma do art. 366 do CPP, a prescrição


ira se implementar no dobro do art. 109 do CP, porque, ela fica suspensa pelo prazo do art. 109, torna a
corre por igual período, tendo no entanto como limite máximo 20anos.

Art. 155CP = 1 a 4 anos – Prescrição = 8 anos( ou seja, o dobro da pena máxima)

PRESCRIÇAO------------ 8 ANOS __________________

PROCESSO ------------- ----------------------------

Art. 366 CP

INTIMAÇAO: Tecnicamente serve para a comunicação de atos que já ocorreram.


NOTIFICAÇAO: Serve para comunicar atos futuros.

PROCESSO

INTRODUÇAO

E uma relação jurídica processual que se desenvolve em procedimento contraditório

PROCEDIMENTO

É o conjunto (sequencia) de atos encadeados e ordenados logicamente, tendentes a uma finalidade.

PROCEDIMENTO ORDINARIO

I - CABIMENTO

O procedimento no rito sumario tem cabimento nos crimes com pena máxima em abstrato igual ou superior
a 4 anos.

III- Previsão legal – 396 a 405 do CPP

RESPOSTAS DOS CASOS CONCRETOS

CASO 01 – AULA 01

R – O juiz deverá valorar a prova para absolver o réu, tendo em vista que a liberdade é um
bem em especial relevância e deverá fundamentar sua Decisão no princípio da
proporcionalidade e no estado de necessidade do réu.

CASO – AULA 02

R – Não há que se falar em nulidade porque o art. 159 CPP permite a realização da pericia por
um único perito, não se aplicando mais a sumula 361 STF.

CASO – AULA 03

R – Trata-se de MUTATIO LIBELLI porque houve alteração nos fatos imputados ao réu. No
processo penal o réu se defende dos fatos contra eles imputados. O Juiz ao não abrir vista para
a acusação, conforme determina o art. 384 CPP, comprometeu a defesa do réu violando os
princípios do contraditório e da ampla defesa, razão pela qual a sentença é nula.

Objetiva –D

CASO AULA 04

R- Não, porque, atualmente o réu é citado pra apresentar a resposta preliminar, art. 396 CPP.

O interrogatório atualmente e feito na AIJ, consistindo no último ato da instrução criminal, art.
400 CPP.
10 de Abril de 2014.

AV2

3 – ATOS DO PROCEDIMENTO:

1) Oferecimento da Denú ncia ou Queixa (art. 396 CPP) – Denú ncia é o nome da petiçã o inicial que
deflagra a açã o penal pú blica. Queixa crime é o nome da petiçã o inicial que deflagra a açã o penal
privada. O endereçamento, ou seja, o ó rgã o jurisdicional para o qual a petiçã o será encaminhada,
apó s o espaço de 10 a 12 linhas, para a Decisã o inicial (Despacho inicial) deverá ser feita a
qualificaçã o das partes. A seguir, deverá ser feita a descriçã o dos fatos depois deverá ser
abordado o direito, em seguida deverá ser formulado os Pedidos e feito o fechamento. Nã o
poderá , faltar sob pena preclusã o consumativa, o rol de testemunhas.

2) Recebimento da Denú ncia ou Queixa (art. 396 CPP)–recebimento e rejeiçã o da Denú ncia ou
Queixa:

a) Rejeiçã o da Denú ncia ou Queixa – trata-se de uma Decisã o Interlocutó ria Mista Terminativa
devendo estar fundamentada, sob pena de nulidade. A parte inconformada poderá interpor
recurso em sentido estrito – art. 581, I CPP.
b) Recebimento da Denú ncia ou Queixa – trata-se de uma Decisã o Interlocutó ria Simples que
deverá estar fundamentada, sob pena de nulidade. Essa Decisã o é irrecorrível, podendo ser
combatida por meio de ação autônoma de impugnação, o HC para trancara a açã o penal.

OBS.: As causas que ensejam a rejeiçã o da Denú ncia ou Queixa estã o previstas no art. 395
CPP.

3) Citaçã o (art. 396 CPP)–

4) Resposta Preliminar (art. 396 e 396-A CPP) – Resposta à acusaçã o ou Resposta preliminar. É a
primeira vez que a defesa se manifesta no processo. Ela deverá argü ir as nulidades e matérias
objetivando à absolviçã o sumá ria. Nã o poderá faltar, sob pena de preclusão consumativa, o rol
de testemunhas.

No momento da resposta preliminar deverã o ser apresentadas as exceçõ es processuais – art.


396-A, §1º CPP.

OBS.: A resposta preliminar é um ato obrigató rio quando o réu for citado pessoalmente, se ele
nã o comparecer ou nã o constituir advogado o Juiz deverá nomear defensor dativoart. 396-A,
§2º CPP.

5) Absolviçã o Sumá ria (art. 397 CPP)–Trata-se de uma sentença penalabsolutória própria que o
Juiz deverá proferir quando estiver presente uma das hipó teses do art. 397 CPP. A parte
inconformada poderá interpor recurso de apelaçã o – art. 593, I CPP.
6) AIJ:art. 400 e SS CPP
Oitiva da vítima;
Oitiva das testemunhas arroladas pela acusaçã o;
Oitiva das testemunhas arroladas pela defesa;
Esclarecimentos dos peritos;
Acareaçõ es;
Interrogató rio;
Alegaçõ es Finais;
Sentença;

7) ARTIGO 399 CPP – A doutrina diverge com relaçã o ao momento do recebimento da Denú ncia ou
Queixa. A maior parte da doutrina entende que o recebimento ocorre antes da citaçã o, na forma
do art. 396 do CPP porque o Juiz, antes de mandar formar a relaçã o jurídica de direito processual,
deverá verificar os requisitos de admissibilidade da açã o penal. (MAJORITÁ RIA)

Outros autores entendem que o recebimento da Denú ncia ou Queixa deverá ocorrer na forma
do art. 399 CPP porque o legislador da reforma do CPP observou a evoluçã o legislativa que exige
a manifestaçã o da defesa antes do recebimento da Denú ncia ou Queixa, conforme ocorre na Lei
9.099/95.

8) AIJ – A audiência de instruçã o e julgamento deverá ocorrer no prazo de 60 dias, conforme art.
400 CPP e nela serã o praticados os seguintes atos:

a) Oitiva da Vítima – trata-se das declaraçõ es do ofendido.


III – DECLARAÇÕES DO OFENDIDO
Trata-se das informações que a vitima presta em juízo, conforme art. 201 CPP.
Alguns autores entendem que o juiz deveria ouvir a vitima com reservas porque ela
teria interesse na condenação do réu, entretanto, as declarações do ofendido
consistem em um meio de prova com o mesmo valor das demais.

b) Oitiva das Testemunhas – Na AIJ, primeiro serã o ouvidas as testemunhas arroladas pela
acusaçã o e depois as testemunhas arroladas pela defesa. Em no má ximo 08 (oito)
testemunhas para cada parte – art. 401 CPP.

OBS.: A inversão na ordem da oitiva das testemunhas se trouxer prejuízo importará em


nulidade.
“PAS DE NULLITÉ SANS GRIEF”

c) Esclarecimento dos peritos –


d) Acareaçõ es –
e) Reconhecimento de Pessoas ou Coisas –

OBS.: Os esclarecimentos dos peritos, as acareaçõ es e o reconhecimento de pessoas ou coisas


poderã o ocorrer ou nã o antes da AIJ dependendo da necessidade e nã o necessariamente na
ordem do art. 400 CPP.
f) Interrogató rio –
g) Alegaçõ es Finais – As alegaçõ es finais, pela regra, sã o feitas de forma oral. Primeiro fala a
acusaçã o por 20 (vinte) minutos, prorrogá veis por mais 10 (dez) e depois fala a defesa por 20
(vinte) minutos, prorrogá veis por mais 10 (dez).

Nas hipó teses em que o processo for de grande complexidade, tiver um grande numero de acusados
ou quando for necessá ria a realizaçã o de alguma diligência durante a AIJ, o Juiz irá determinar que as
partes apresentem alegaçõ es finais por MEMORIAIS (por escrito), concedendo primeiro para
acusaçã o um prazo de 05 (cinco) dias e depois para a defesa o mesmo prazo – artigo 403 § 3º e artigo
404 CPP.

h) Sentença –

PROCEDIMENTO SUMÁ RIO

1) Cabimento – o procedimento sumá rio tem cabimento para julgamento dos crimes com pena
má xima em abstrato inferior a 04 anos – art. 394, § 1º, II CPP.
2) Previsã o legal – art. 531 até 540 CPP.
3) Atos do Procedimento – os atos sã o idênticos aos atos do procedimento ordiná rio. A diferença
está no prazo para a realizaçã o da AIJ que será de 30 dias – art. 531 CPP e no nú mero má ximo de
testemunhas que cada parte poderá arrolar, que será de 05 – art. 532 CPP.

PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JURI

1) Cabimento – tem cabimento para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, tentados ou
consumados, qualquer que seja a pena – art. 5º, XXXVIII, “d” CRFB/88, art. 74, § 1º e art. 394, § 3º,
ambos do CPP.
2) Previsã o Legal – art. 406 até 497 CPP.
3) Forma Procedimental – o rito do tribunal do jú ri possui uma particularidade, ele é um
procedimento escalonado que se desenvolve em duas fases:
1ª – JUDICIUM ACCUSATIONIS
2ª – JUDICIUM CAUSAL

24 de abril de 2014
ATOS DO PROCEDIMENTO

1ª FASE (JUDICIUM ACCUSATIONIS)

A primeira fase do rito do jú ri é quase idêntica, nos atos processuais, ao rito ordiná rio, inclusive no
nú mero má ximo de testemunhas para cada parte é de 08, conforme art. 406, §§ 2º e 3º CPP. A diferença está
no final da primeira fase, em que o juiz poderá tomar 04 decisõ es: pronú ncia, impronú ncia, absolviçã o
sumaria e desclassificaçã o.
1 – Oferecimento da Denú ncia ou Queixa
2 – Recebimentos da Denú ncia ou Queixa
3 – Citaçã o
4 – Resposta Preliminar
5 – AIJ:
Oitiva da vítima (se possível)
Oitiva das testemunhas da acusaçã o
Oitiva das testemunhas da defesa
Esclarecimento dos peritos
Acareaçõ es
Reconhecimento de pessoas ou coisas
Interrogató rio
Alegaçõ es Finais

6 – Fases de Pronú ncia: DECISÕ ES

Pronúncia – trata-se de uma decisã o interlocutó ria mista nã o terminativa que o Juiz irá proferir,
quando estiver convencido da materialidade do fato e de indícios suficientes de autoria, conforme art. 413
CPP. A parte inconformada poderá interpor recurso em sentido estrito – art. 581, IV CPP.
A decisã o de pronú ncia é um juízo de admissibilidade, que possibilita o inicio da segunda fase do rito
do jú ri.

Impronúncia – trata-se de uma decisã o interlocutó ria mista terminativa que o Juiz irá proferir
quando nã o estiver convencido da materialidade dos fatos ou da existência de indícios suficientes de autoria
– art. 414 CPP. A parte inconformada poderá interpor recurso de apelaçã o, conforme art. 416 CPP. A
apelação tem seu fundamento no art. 593 CPP.
A decisã o de impronú ncia faz somente coisa julgada formal porque, caso surjam novas provas, será
possível se propor uma nova açã o – art. 414, pará grafo ú nico CPP.
Usa-se o principio do IN DUBIO PRO REO. Na impronú ncia faz-se coisa julgada formal, nã o
vinculando os outros ó rgã os jurisdicionais quando de fatos novos ao delito, onde se pode abrir nova
denú ncia para julgar a materialidade do delito.

OBS.: Na fase de pronú ncia predomina o princípio do IN DUBIO PRO REO porque na dú vida o Juiz
deverá impronunciar o acusado.
Absolvição Sumária – trata-se de uma sentença penal absolutó ria pró pria, o Juiz irá prolatar quando
verificar a ocorrência de uma das hipó teses art. 415 CPP. A parte inconformada poderá interpor recurso de
apelaçã o, conforme art. 416 CPP.
Usa-se da certeza para absolver; as provas sã o contundentes para esse ato.

Desclassificação–Ocorre em razã o de uma atipicidade relativa, que ocorre quando há uma alteraçã o
na capitulaçã o penal (alteraçã o do artigo de lei). A desclassificaçã o, no final da primeira fase do rito do jú ri,
pode apresentar-se de duas maneiras:
1 – PRÓPRIA – nesta o Juiz reconhece a inexistência de ANIMUS NECANDI, ou seja, dolo de matar,
afastando a competência do tribunal do jú ri e remetendo o procedimento para o ó rgã o com competência
originá ria. A parte inconformada poderá interpor recurso em sentido estrito – art. 581, II CPP.

2 – IMPRÓPRIA–nesta o Juiz desclassifica um crime doloso contra a vida para outro crime também
doloso contra a vida, mantendo a competência do tribunal do jú ri. Na realidade, o Juiz irá pronunciar o
acusado por um crime doloso contra a vida diverso do descrito na denú ncia. (MUTATIO OU EMENDATIO) A
parte inconformada poderá interpor recurso em sentido estrito – art. 581, IV CPP.

DESPRONÚNCIA– Nã o consiste em uma das decisõ es da fase de pronú ncia. A despronú ncia importa
reforma da decisã o de pronú ncia em grau de recurso.

OBS.: A primeira fase do rito do jú ri se encerra, dando início a segunda fase, com a preclusã o PRO
JUDICATO da decisã o de pronú ncia. Ou seja, a decisã o em trâ nsito em julgado.

08 de Maio de 2014.

2ª FASE (JUDICIUM CAUSAE)


1 – As partes arrolam testemunhas, requerem diligências e juntam documentos.
2 – Diligências
3 – SESSÃ O PLENÁ RIA (AIJ):
Oitiva da vítima
Prova da acusaçã o
Prova da defesa
Esclarecimentos dos peritos
Acareaçõ es
Reconhecimento de pessoas ou coisas
Interrogató rio
Debates orais
Quesitaçã o
Votaçã o
Sentença

A segunda fase do rito do jú ri se inicia com as partes juntando documentos, requerendo diligência e
arrolando testemunhas (no má ximo 05 para cada parte – art.422 CPP).
OBS.: Diligências sã o atos praticados fora do fó rum. Ex.: Busca e apreensã o, perícias, reconstituiçã o dos fatos.

1. Preparaçã o para o julgamento:

a) Alistamento – anualmente, o presidente do tribunal do jú ri irá requisitar em associaçõ es de


classe, instituiçõ es de ensino, repartiçõ es pú blicas e etc, a indicaçã o do nome de pessoas com
condiçõ es de exercer funçã o de jurado – art. 436 CPP, até preencher o nú mero descrito no art.
425 CPP.

2. Sorteio - com as portas abertas ça do representante da sala de audiência e com a presença do


representante do MP, da DPGE e da OAB, ira sortear os jurados que irã o participar das audiências por
um período de sessã o.

Ver art. 447 CPP. FORMAÇAO DO TRIBUNAL DO JURI

É COMPOSTO POR UM JUIZ TOGADO (PRESIDENTE) E 25 JURADOS, DOS QUAIS 7 SERAO


SORTEADOS PARA COMPOR O CONSELHO DE SENTEÇA.
OBS: NO NOVO CPP, SERÃ O 8 JURADOS.

C. Convocaçã o –Irá convocar os 25 jurados sorteados pelos correios e fara afixar na porta de
audiências a relaçã o de jurados convocados, art. 435 e 435 CPP.

2.2 Início da sessã o plená rias – no dia e hora marcada, deverã o estar presente, o juiz o MP, o
Defensor e os 25 jurados, a sessã o plená ria nã o poderá se iniciar se nã o estiverem presente no
mínimo 15 jurados, art. 463 CPP, sob pena de nulidade art. 564, ins. 3 alínea I.

Nesse momento poderá ocorrer: recusas motivadas, motivadamente, por impedimento ou


suspençã o, poderã o ser recusados até os 25 jurados, art. 106 CPP.
2.3 Desaforamento – nas hipó teses em que haja dú vida sobre a imparcialidade dos jurados ou risco
para a segurança pessoal do acusado, antes de iniciada a sessã o plená ria, as partes poderã o
requerer o desaforamento, ou seja, a mudança do julgamento de uma comarca para outra.
O desaforamento será decidido pelo tribunal de justiça, devendo obrigatoriamente se ouvida a
defesa sobre pena de nulidade, sumula 712 STF.

D. Recusa imotivada ou peremptó rias – na medida em que o juiz vai sorteando o nome dos
jurados cada parte pode recusar imotivadamente até 3 jurados, art 468 CPP.
Nas hipó teses em que há mais de um Réu, cada um poderá recusar ate 3 jurados, se ao final das
recusas nã o sobrarem 7 jurados haverá separaçã o do julgamento, conforme art. 469 CPP.
Obs: os jurados que participarã o de 1 julgamento, nã o poderã o participar de outro julgamento do
mesmo processo, art 449. Ins 1 CPP, sob pena de nulidade
3. A sessã o plená ria, formado o conselho de sentença o juiz irá levantar se e com ele todos os presentes
para que seja tomado o compromisso dos jurados, art 472 cpp.
a) Da oitiva da vítimas - Ira ocorrer nos crimes tentados e nos conexos.
b) Prova da acusaçã o e prova da defesa – trata se da oitiva das testemunhas, no má ximo 5 para cada
parte.
c) Esclarecimento dos peritos
d) Acareaçõ es
e) Reconhecimento de pessoas ou coisa
f) Interrogató rio
g) Debates orais

Obs: os prazos estabelecidos no art 477 cpp sã o absolutos, pq, se houver assistente de acusaçã o o
MP devera dividir o tempo com ele, assim como se houver mais de um reu com mais de um
advogado o tempo do art 477 devera ser dividido entre os advogados.
Nã o e aconselhá vel guardar argumento para trepica, pq, se o MP abrir mao da replida, nã o haverá
treplica.

Quesitaçao

Obs: COPIAR O ESQUEMA DAS FOTOS

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