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PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL PENAL

1.0 EXPRESSOS
1.1 PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA OU NÃO CULPABILIDADE
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

Por conta desse princípio, temos alguns desdobramentos, entre eles:


Regra probatória, por conta dela recai sobre a acusação o ônus de comprovar a
culpabilidade do agente e não ele a sua inocência. E em casos de dúvida, pende-se para
o réu, ou seja in dubio pro reo, com a sua absolvição. Agora, SOMENTE incide ATÉ
o TRÂNSITO EM JULGADO. Por conta dessa ideia, no momento em que temos a
revisão criminal, ante uma sentença transitada em julgado que condena, recai sobre o
condenado o ônus de provar os motivos para desconstituição daquela sentença.
Tratamento, outras situações, são a prisão cautelar deve ser utilizada de forma
excepcional, regra é a resposta do processo em LIBERDADE. Outro ponto, uso de
algemas, acerca dela, temos a importante súmula vinculante:
SV 11 - Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade
por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do
Estado.

Concluímos que para uso de algemas, PRF – perigo, resistência ou fuga – sendo
devidamente justificada por escrito, sob pena de responsabilidade civil e administrativa
do agente/autoridade. Sempre bom dar uma olhada na parte referente ao livro de
súmulas pag 484.
Por fim, CABOU A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA!
1.2 CONTRADITÓRIO
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Muito bom esclarecer que é DAS PARTES, trata-se da obrigação de ser assegurados à
eles, o direito a ciência e a reação.
Ante a importância dessa ciência e a possibilidade de se contrapor aos argumentos das
partes, que as formas de comunicação como citação, intimação são importantíssimas.
Por isso, a confecção da súmula 707 STF – Constitui nulidade a falta de intimação do
denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia,
não suprindo a nomeação de defensor dativo.
Tal princípio passou por intensas mudanças, não sendo suficiente tão somente a
possibilidade de reação formal, é necessário que ela seja EFETIVA!
NÃO PRECISA SER OBSERVADA NA FASE INVESTIGATÓRIA!
Contraditório: PARA a prova (real) X SOBRE a prova (diferido ou postergado):
quando falamos daquele estamos diante de uma prova em que as partes atuam na sua
confecção, intervindo o tempo inteiro de forma simultânea; nesta o nome é
autoexplicativo, a atuação do contraditório ocorre após, muito comum em relação as
provas produzidas no IPL, vejamos, numa interceptação telefônica não tem sentido a
intimação da parte acerca dela, o qual terá a oportunidade de reação em momento
processual.
Podemos dizer que o contraditório PARA a prova é mais importante, visto que o CPP
no art.155, impede que o Magistrado forme sua convicção APENAS nos elementos
colhidos na fase investigativa (salvo as cautelares, não repetíveis e antecipada), visto
que tais provas não foram abraçadas pelo contraditório.
OBS. O contraditório "sobre a prova", também chamado contraditório diferido ou
postergado, possibilita que o contraditório seja realizado após a produção da prova, sem
a necessidade da presença do juiz ou das partes/terceiros. Exemplo: interceptação
telefônica.
1.3 AMPLA DEFESA
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Trata-se da forma pela qual, o contraditório se manifesta.


ATENÇÃO! Não podemos confundi-los, a ampla defesa como o nome diz, está ligada
a defesa. Contraditório é a ciência e a possibilidade de reação, a qual deve estar presente
para ambas as partes.
Por meio dela podemos conferir ao acusado diversos benefícios, o qual acaba o tratando
de forma desigual em relação a acusação, como: recursos privativos; proibição da
reforma in pejus; in dubio pro reo; revisão criminal pro reo...
No processo penal, a ampla defesa se desdobra em 2 grandes pilares:
a) Defesa Técnica (processual ou específica)
Tal atributo é exercida por um profissional habilitado, seja ele um advogado
(devidamente inscrito na OAB) ou defensor público. A sua presença é
IMPRESCINDÍVEL nenhum réu, poderá ser processado sem a presença de uma
defesa técnica.
Por isso, ela é IRRENUNCIÁVEL e INDISPONÍVEL!
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.

Caso se prossiga sem a presença dela=NULIDADE ABSOLUTA!


Ante a afronta ao CPP (Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos: III - por
falta das fórmulas ou dos termos seguintes: c) a nomeação de defensor ao réu presente,
que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos.)
No mesmo sentido S 708 STF - é nulo o julgamento da apelação se, após a
manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente
intimado para constituir outro.
A escolha do advogado por óbvio é o do réu, a atuação do Juiz na escolha, somente nos
casos em que ocorrer o abandono pelo único advogado, e intimado o réu, ele manteve-se
inerte.
Nesse sentido, é que passa a ideia a S 707 STF - constitui nulidade a falta de intimação
do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da
denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
Além da presença da defesa, precisamos que ela seja PLENA e EFETIVA. Por conta
disso, temos o acréscimo no art.261 do parágrafo único que impôs o seguinte: A defesa
técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através
de manifestação fundamentada.
Recai sobre o MP/Juiz que a atuação desse defensor obedeça a todas as regras, e não
fique adstrita a tão somente a presença física, sem efetivamente ele atuar no processo.
Importante S 523 STF - no processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta,
mas a sua deficiência só o anulará se houver prejuízo para o réu.
Ou seja, mesmo que a defesa seja cagada, para que ela seja anulada, preciso
demonstrar preju.
Por fim, o patrocínio de um advogado com pluralidade de réus num mesmo processo, é
possível se as teses de defesa não forem antagônicas.
b) Autodefesa (material ou genérica)
Exercida pelo próprio acusado, seu ponto diferencial da superior é a sua
DISPONIBILIDADE.
Normalmente no processo penal, por conta desse princípio, temos a citação pessoal do
acusado, edital é coisa excepcionalíssimo, é tanto que S 351 STF – é nula a citação por
edital de réu preso na mesma unidade da federação em que o Juiz exerce a sua
jurisdição.
Eventual ofensa a tal direito=nulidade absoluta.
Agora, iremos analisar as formas de manifestação da autodefesa:
I – Direito de Audiência
Materializasse por meio do interrogatório, momento em que o réu tem contato com o
Juiz e vai trazer a sua versão do caso. Atualmente entende-se como tal ato, um meio de
defesa.
II – Direito de Presença
Autoexplicativo, e faz sentido quando analisamos a regra da intimação ser também feita
para o acusado. Pois é direito do acusado acompanhar a prática dos atos processuais, até
porque em tese, ele que acompanhou todo o fato e pode apontar possíveis incoerências
para o seu defensor reagir de forma adequada.
Como é um desdobramento da autodefesa e é disponível, em tese, ele não o dever de
está presente em todos os atos. Salvo, em situações específicas, como o reconhecimento
que pode abrir uma condução coercitiva, não protegido pelo direito da não auto
incriminação. (Acredito que essa afirmativa esteja incorreta)
Outro ponto que demonstra a contínua não absolutismo dos princípios é a possibilidade
de retirada do réu, em casos que possa por exemplo atrapalhar um testemunho.
Por fim, um ponto de divergência é a presença do réu preso, em interrogatório realizado
por meio de carta precatória em outro ente da federação.
STF tem posicionamentos pela nulidade absoluta, sendo um direito dele o
comparecimento.
III – Capacidade Postulatória AUTÔNOMA do acusado
Como lido, em alguns casos é conferido ao acusado uma capacidade postulatória
independente do advogado, manifestado pela possibilidade de interposição de recursos;
HC; revisão criminal bem como pedidos relativos à execução da pena.
Agora, iremos nos ater a ampla defesa na execução penal.
Como sabemos na esfera administrativa, a falta de defesa técnica no PAD NÃO ofende
a CRFB (SV.5). Ocorre que tal súmula NÃO SE APLICA A EXECUÇÃO PENAL!!
Logo, a regra é que processos administrativos na esfera penal, como uma regressão de
regime, precisam ser acompanhados por um advogado!
S 533 STJ – para o reconhecimento da prática de uma falta disciplinar no âmbito da execução penal, é
imprescindível a instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional,
assegurado o direito de defesa, a ser realizado por advogado constituído ou defensor público nomeado.

Como dito é a regra, a jurisprudência possui uma exceção:


S 639 STJ – Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem ouvida prévia da defesa,
determine a transferência ou permanência de custodiado em estabelecimento penitenciário federal. Tal
fato é excepcional, e visa evitar problemas causados na unidade prisional.

1.4 PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE


Art.5

LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o
interesse social o exigirem;

Art.93

IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à
intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;

Como sabemos, a regra é pela publicidade, a restrição é exceção.


OBS. Normas de publicidade no processo é de competência privativa da União para
legislar.
Em caso de determinação de segredo de justiça, apenas a autoridade que determinou
pode afastar. Logo, pedido como por exemplo de CPI para afastar não cabe.
1.5 Princípio da Inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos
Art.5; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”.

Referido princípio será abordado com mais propriedade no capítulo pertinente às


provas.
Juntamente com o Princípio do Juiz Natural, brasileiro diz que vai abordar em capítulo
próprio.
1.6 PRINCÍPIO DO NEMO TENETUR SE DETEGERE
Art.5

LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado.

O artigo acima, trata-se de um desdobramento do nemo tenetur se detegere, nada


mais é do que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. Ou seja, no
âmbito penal eu não posso pressionar o acusado com fim de obter uma confissão, muito
menos obriga-lo.
Em relação ao seu titular, doutrina mais aceita, estende para qualquer um, seja preso;
em liberdade; investigado.. que esteja sendo imputado a prática de um ilícito.
Interessante situação é da testemunha, apesar do seu compromisso com a verdade, STF
tem aceito que ela não comete crime de falso testemunho, quando mente em relação a
fatos que possa lhe incriminar.
Quanto a ciência do seu direito, Brasileiro informa que é imprescindível sob pena de
ilicitude das provas posteriormente obtidas, que o preso seja cientificado dos seus
direitos de permanecer em silêncio. Situação interessante que ele traz, é em relação as
famosas entrevistas feitas para repórteres, em que o preso fala tudo e posteriormente é
utilizado como prova, 2 Turma do STF, manifestou-se acerca de uma situação dessa e
disse que tal ciência é adstrita ao Poder Público, logo, não está maculado de ilicitude o
cara que escancarou em reportagem.
Agora, iremos analisar os desdobramentos do direito a não autoincriminação:
a) Direito ao Silêncio – refere-se ao artigo mencionado acima, é um direito do acusado
não responder as perguntas formuladas, sem gerar qualquer tipo de consequência;
b) Direito de não ser constrangido a confessar a prática de ilícito penal – oriundo do
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e a Convenção Americana sobre
Direitos Humanos.
c) Inexigibilidade de Dizer a Verdade – muito se discute acerca disso, parte da
doutrina chegou a levantar ser a possibilidade de mentir um direito, o qual Brasileiro
repudia. Para ele, existe mais uma situação de mentira tolerada, pois não existe
qualquer tipo de consequência para o acusado, quando mente em situação de não
autoincriminação. Logo, não constitui qualquer tipo de crime o fato dele negar as
acusações, ainda que falsamente. Cuidado deve ter, para o que ele chama de mentiras
agressivas, em que é imputado falsamente a terceiro inocente a prática de um delito,
podendo cair numa denunciação caluniosa. Outro ponto, célebre é a impossibilidade de
falsear a sua identificação. Tanto no STF, quanto STJ
Súmula STJ nº 522: “A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda
que em situação de alegada autodefesa”;

d) Direito de Não praticar qualquer tipo de comportamento ATIVO que possa


incriminá-lo – segundo o desdobramento do princípio, não podemos exigir um
comportamento ATIVO do acusado na produção de provas, como uma perícia;
acareação e etc. Exigiu comportamento ativo, é imprescindível que ele aceite participar,
sendo proibida qualquer tipo de condução coercitiva, muito menos caracterizando crime
de desobediência. Tem vários julgados do STF interessantes acerca da matéria:
d.1) o acusado não está obrigado a fornecer padrões vocais necessários a subsidiar
prova pericial de verificação de interlocutor;
d.2) o acusado não está obrigado a fornecer material para exame grafotécnico: no exame
para o reconhecimento de escritos. Podemos intima-lo a participar, daí pra frente é
opção dele. Uma alternativa ante a recusa, é a apreensão de papeis escritos pelo
acusado.
d.3) nos casos em que ele tão somente TOLERA uma situação, como ocorre no
reconhecimento, podemos exigir a sua participação. Sem falar em violação ao
mencionado princípio.
d.4) quanto ao bafômetro, Brasileiro aduz que a parte pode se recusar, não sendo
prejudicial para ela, pelo menos no âmbito criminal.
OBS. Em recente decisão o STF validou a norma do CTB que a recusa para realização
do bafômetro pode gerar a aplicação de multa, retenção da CNH por um ano.
e) Direito de não produzir nenhuma prova incriminadora invasiva – ou seja, sendo
a prova invasiva aquela que entra no corpo humano, pode o acusado se recursar, por
base o mencionado princípio. Devemos ter em mente que as não invasivas, como pegar
a saliva por meio de uma bituca de cigarro jogada no chão, em nada ele pode fazer.
Outro ponto, como prosseguir, segundo atual entendimento, caso o acusado se recuse a
responder as perguntas, o interrogatório deverá ser imediatamente interrompido, de
acordo com a Lei de Abuso de Autoridade:
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício
ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo:

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório:

I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou

II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a presença de
seu patrono.
1.7 DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e
os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

Existem duas teorias:


Prazo Fixo
Não Prazo – a qual foi ADOTADA pelo Brasil.
1.8 JUIZ NATURAL
Art. 5º, XXXVII – não haverá juízo ou tribunal de exceção;

LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.

Temos na pessoa de Beccaria um dos principais expoentes desse princípio, de que é


necessário que o acusado saiba previamente quem será o juízo competente que irá
julga-lo.
Assim, é vedado o chamado Tribunal de Exceção, que é criado após o fato, sendo
necessário que as regras de competências sejam previamente estabelecidas.
Como desdobramento desse princípio, temos o princípio da Imparcialidade do
Juiz, ou seja, além de ser necessário o julgamento por um cara pré-definido, é
necessário que ele seja imparcial.
Muito cuidado, quando perguntando acerca de criação de novas Varas, me parece que a
resposta mais correta seria pela possibilidade e que não fere tal princípio.
OBS. Tem toda uma polêmica acerca do promotor natural, a princípio vamos marcar
que sim nas provas e vê a medida se é tida como correta e incorreta.

2.0 PROCESSUAIS PENAIS


2.1 PRINCÍPIO DA VERDADE REAL OU MATERIAL
No âmbito processual penal, segundo Brasileiro vigorava a o princípio da verdade real
ou substancial. Como era um processo em que se estava diante de um direito
indisponível o Magistrado teria amplos poderes probatórios para que se chegasse à
verdade material, o que segundo ele causava diversas arbitrariedades.
Ainda, de acordo com o autor, não existe, mas tal dicotomia entre verdade formal (cível,
em que o Juiz não podia atuar buscando provas) x material. Segundo ele, é impossível
se chegar a uma verdade absoluta, você no máximo vai chegar numa maior ou menor
certeza.
Mas vi em questões que ainda sim, é aceito no CPP tal princípio, logo, o Juiz é dotado
de amplos poderes probatórios.
2.2 INICIATIVA DAS PARTES/DA AÇÃO/DA DEMANDA E A
CONSEQUÊNCIA DA CORRELAÇÃO ENTRE FATO E SENTENÇA
Em relação a iniciativa da parte, refere-se a impossibilidade de atuação ex officio do
Juiz.
Quanto a correlação entre fato e sentença, é a impossibilidade do Juiz julgar: extra
(fora); ultra (além); infra (aquém), do disposto na peça acusatória.
Atos de ofício = referentes a liberdade no geral, como HC, relaxamento de prisão;
NÃO PODE SER DECRETADO EX OFFICIO PRISÃO TEMPORÁRIA.
2.3 ORALIDADE – CONCENTRAÇÃO; IMEDIATIDADE E IDENTIDADE
FÍSICA DO JUIZ
Na concentração, a colheita de provas deverá ser feita numa única audiência;
Imediatidade, o contado DIRETO do Magistrado com a prova, sem intermediários;
Identidade Física, o Juiz que realiza a instrução e julgamento, DEVE proferir a
sentença, salvo, convocado, licenciado, afastado, promovido ou aposentado (art.399,
§2).
2.4 COMUNHÃO OU AQUISIÇÃO DE PROVAS
A prova pertence ao Juízo, logo, poderá após a sua produção, ser utilizada por quaisquer
das partes.
2.5 PERSUASÃO RACIONAL OU LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO
Vigora no CPP o princípio de que o Juiz em relação a QUALQUER PROVA pode
afastar/aceitar, ele valora da forma que achar melhor, DESDE QUE
FUNDAMENTADA.
Sempre lembrar da possibilidade do Juiz afastar até uma perícia!
2.6 PROPORCIONALIDADE
Trata-se de um limitador da atuação estatal.
Dividido em:
I – Adequação: vamos ver se o meio escolhido é adequado;
II – Necessidade: escolha do meio menos gravoso;
III – Proporcionalidade em sentido estrito: vamos ver o ônus imposto x benefício
trazido.

JURISPRUDÊNCIA
Livro de Súmulas – 506

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