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FASE EXPROPRIATÓRIA

Aqui sim, podemos falar nos inícios do trabalhos, voltados para o pagamento.
Art. 825. A expropriação consiste em:

I - adjudicação;

II - alienação;

III - apropriação de frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens.

1.0 ADJUDICAÇÃO
Adjudicar nada mais é, do que você ficar com o bem penhorado, uma das formas de
satisfação de crédito:
Art. 904. A satisfação do crédito exequendo far-se-á:

II - pela adjudicação dos bens penhorados.

OBS. Bizu, você conecta que é possível a indicação de bens pelo exequente para esse
fim!
Tal adjudicação é feita com base no preço da avaliação!
- E se houver pluralidade de pessoas interessadas nesse bem?
§ 6º Se houver mais de um pretendente, proceder-se-á a licitação entre eles, tendo preferência, em caso
de igualdade de oferta, o cônjuge, o companheiro, o descendente ou o ascendente, nessa ordem.

Regra, fica quem der mais!


Caso haja igualdade de preços, vamos para lista de preferências, C / C / D / A.
OBS. Ou seja, caso haja igualdade de proposta entre o cônjuge e um credor, fica com o
cônjuge, e assim vai!
A liberação do bem, se dar por meio do auto de adjudicação:
Art. 877. Transcorrido o prazo de 5 (cinco) dias, contado da última intimação, e decididas eventuais
questões, o juiz ordenará a lavratura do auto de adjudicação.

§ 1º Considera-se perfeita e acabada a adjudicação com a lavratura e a assinatura do auto pelo juiz,
pelo adjudicatário, pelo escrivão ou chefe de secretaria, e, se estiver presente, pelo executado,
expedindo-se:

I - a carta de adjudicação e o mandado de imissão na posse, quando se tratar de bem imóvel;

II - a ordem de entrega ao adjudicatário, quando se tratar de bem móvel.

Ninguém quis ficar com o bem, vamos para a alienação.


Ainda assim, caso a alienação seja frustrada, é novamente questionado ao exequente se
ele tem interesse em ficar com o bem:
Art. 878. Frustradas as tentativas de alienação do bem, será reaberta oportunidade para requerimento
de adjudicação, caso em que também se poderá pleitear a realização de nova avaliação.

2.0 ALIENAÇÃO
Art. 879. A alienação far-se-á:

I - por iniciativa particular;

II - em leilão judicial eletrônico (preferêncial) ou presencial.

Art. 880. Não efetivada a adjudicação, o exequente poderá requerer a alienação por sua própria
iniciativa ou por intermédio de corretor ou leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário.

Leilão Judicial, como imaginamos sempre é uma pica, o CPC permite que o exequente
por sua iniciativa requeira a alienação!
Os critérios para a realização desse tipo de leilão:
§ 1º O juiz fixará o prazo em que a alienação deve ser efetivada, a forma de publicidade, o preço mínimo,
as condições de pagamento, as garantias e, se for o caso, a comissão de corretagem.

Beleza, não quero ter esse trabalho:


Art. 881. A alienação far-se-á em leilão judicial se não efetivada a adjudicação ou a alienação por
iniciativa particular.

OBS. Como Mozart bem bateu na tecla, toda a gradação: I – Adjudicação / II –


Alienação por Particular / III – Alienação Judicial
Art. 882. Não sendo possível a sua realização por meio eletrônico, o leilão será presencial.

Pessoas que não podem participar do leilão:


Art. 890. Pode oferecer lance quem estiver na livre administração de seus bens, com exceção:

I - dos tutores, dos curadores, dos testamenteiros, dos administradores ou dos liquidantes, quanto aos
bens confiados à sua guarda e à sua responsabilidade;

II - dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam encarregados;

III - do juiz, do membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, do escrivão, do chefe de secretaria
e dos demais servidores e auxiliares da justiça, em relação aos bens e direitos objeto de alienação na
localidade onde servirem ou a que se estender a sua autoridade;

Logo, um Juiz de PE, não pode participar de um leilão em PE!


IV - dos servidores públicos em geral, quanto aos bens ou aos direitos da pessoa jurídica a que servirem
ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;

V - dos leiloeiros e seus prepostos, quanto aos bens de cuja venda estejam encarregados;

VI - dos advogados de qualquer das partes.

- O que é preço vil?


Insignicante, irrisório.
Quando é determinado o leilão, o Juiz fixa um preço mínimo.
Art. 891. Não será aceito lance que ofereça preço vil.

Caso o Juiz não fixe:


Parágrafo único. Considera-se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz e constante do edital, e,
não tendo sido fixado preço mínimo, considera-se vil o preço inferior a cinquenta por cento do valor da
avaliação.

Ou seja, preço vil nem sempre vai ser o valor inferior a metade da avaliação, poderá
ser o valor inferior ao mínimo determinado pelo Juiz!!!!
OBS. No 1º leilão, não é possível vender abaixo da avaliação!
Possibilidade de Parcelamento:
Art. 895. O interessado em adquirir o bem penhorado em prestações poderá apresentar, por escrito:

I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não inferior ao da avaliação;

II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que não seja considerado vil.

§ 1º A proposta conterá, em qualquer hipótese, oferta de pagamento de pelo menos vinte e cinco por
cento do valor do lance à vista e o restante parcelado em até 30 (trinta) meses, garantido por caução
idônea, quando se tratar de móveis, e por hipoteca do próprio bem, quando se tratar de imóveis.

§ 4º No caso de atraso no pagamento de qualquer das prestações, incidirá multa de dez por cento sobre
a soma da parcela inadimplida com as parcelas vincendas.

§ 6º A apresentação da proposta prevista neste artigo não suspende o leilão.

§ 7º A proposta de pagamento do lance à vista sempre prevalecerá sobre as propostas de pagamento


parcelado.

Pluralidade de propostas de parcelamento:


§ 8º Havendo mais de uma proposta de pagamento parcelado:

I - em diferentes condições, o juiz decidirá pela mais vantajosa, assim compreendida, sempre, a de
maior valor;

II - em iguais condições, o juiz decidirá pela formulada em primeiro lugar.

Imóvel de Incapaz:
Art. 896. Quando o imóvel de incapaz não alcançar em leilão pelo menos oitenta por cento do valor da
avaliação, o juiz o confiará à guarda e à administração de depositário idôneo, adiando a alienação por
prazo não superior a 1 (um) ano.

3.0 APROPRIAÇÃO DE FRUTOS E RENDIMENTOS


Não adjudico, nem alieno, mas permito o uso do bem, como um carro para UBER um
galpão para manter depósitos e por ai vai.
É a última hipótese!

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