Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
880
Alienação particular. Dispõe o art. 880 que, não efetivada a
adjudicação dos bens penhorados, o exequente poderá requerer a
alienação por sua própria iniciativa ou por intermédio de corretor
ou leiloeiro público credenciado perante o órgão judiciário.
Verifica-se que a alienação por iniciativa particular constitui
faculdade do exequente, e somente ocorrerá mediante
requerimento deste, não havendo possibilidade de determinação do
juiz.
JURISPRUDÊNCIA SELECIONADA:
Enunciado 192 do FPPC: “Alienação por iniciativa particular
realizada por corretor ou leiloeiro não credenciado perante o órgão
judiciário não invalida o negócio jurídico, salvo se o executado
comprovar prejuízo”.
Art. 881:
Alienação judicial. A alienação em leilão judicial presencial ou
eletrônico é, por sua vez, meio subsidiário de satisfação da execução.
Nos termos do art. 881, essa forma de alienação somente será realizada
quando a adjudicação ou a alienação por iniciativa particular não tiver
sido efetivada.
Assim, frustrada a possibilidade de adjudicação e de alienação por
iniciativa particular, com a finalidade de converter os bens penhorados
em dinheiro, outro caminho não resta senão o leilão ou, dependendo das
circunstâncias, apropriação de frutos e rendimentos de empresa, de
estabelecimentos ou de outros bens.
No âmbito do processo executivo, a alienação judicial far-se-á por
leiloeiro público, com a finalidade de, por meio de arrematação,
proceder à conversão dos bens em dinheiro, para posterior pagamento
do credor. O leilão pode ser presencial ou eletrônico, mas a lei dá
preferência à segunda modalidade (art. 882). Em todo caso, o
procedimento desdobra-se em três fases: atos preparatórios, leilão e
assinatura do auto.