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Pressupostos processuais

EXISTÊNCIA
Declarados de ofício pelo Juiz

1. Juiz: Jurisdição
2. Autor
3. Réu: precisa ter defesa técnica
4. Causa penal

VALIDADE
1. Originalidade da causa;
2. Capacidade objetiva do Juiz: Competência);
3. Capacidade Subjetiva do Juiz: Inexistência de impedimento ou suspeição);
4. Capacidade objetiva das partes;
5. Capacidade subjetiva do MP: não ter vínculo com o acusado, inexistência de
impedimento ou suspeição);
6. Acusação Formalmente Perfeita
7. Respeito ao contraditório: ciência dos atos processuais praticados por ambas as
partes
8. Respeito a ampla defesa: defesa técnica + autodefesa

Momentos do processo penal

Condições da ação
- Legitimidade
- Interesse de agir
- “Pedido”

FORMAÇÃO
Oferecimento de denúncia e recebimento da denúncia pelo Juiz;
Acusado: antes do recebimento da denúncia
Réu: depois do recebimento da denúncia

Resposta à acusação:
1. excludente da ilicitude do fato;
2. excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
3. não constitui crime; ou
4. extinta a punibilidade do agente
5. Absolvição sumária

Não recebeu denúncia → cabe RESE


Absolvição Sumária → cabe APELAÇÃO

SUSPENSÃO DO PROCESSO FORMADO

1. Doença mental posterior ao fato;


2. Questão prejudicial que deva ser resolvida em esfera Civil;
3. Impedimento do Juiz, força maior ou obstáculo oposto pela parte contrária
4. Suspensão condicional do processo: cabe ao MP. (Ex. Proibição de ausentar-se da
Comarca ou laudo de dano causado quando crime ambiental)
5. Acusado, citado por edital, que não compareceu ao processo e não constitui
advogado

EXTINÇÃO DO PROCESSO

Procedimento Comum:
- Absolvição sumária
- Absolvição
- Extinta a punibilidade
- Cumprimento da pena

Procedimento Júri:
- Absolvição sumária
- Impronúncia
- Extinta a punibilidade
- Cumprimento da pena

Natureza Jurídica do Processo

Processo como categoria obrigacional;


Processo como instituição;
Processo como relação jurídica:
Oskar Bulow traz a ideia de processo como natureza pública com Juiz e partes

Características da relação jurídica:


- pública
- dinâmica
- unitária
- autônoma

Processo como situação jurídica:

Processo como conjunto de expectativas, possibilidade, ônus e dispensas de ônus de uma


parte;
Sentença é o que importa.

Processo como procedimento em contraditório

FATOS E ATOS PROCESSUAIS

Fatos: independe das partes


Atos: partes exercitam poderes e faculdades
Fato processual penal em sentido estrito: não depende da vontade humana
Ato processual penal: depende da atividade humana. Constitui, modifica ou extingue
direitos, no curso do processo penal.

Classificação dos Atos


- Sujeito processual: juiz, partes, testemunhas
- Conteúdo: Declarações e execuções (referente a servidores públicos)
- Número de pessoas que se envolvem em sua prática
- Defeitos

Ônus:
- Preclusão temporal
- Preclusão lógica
- Preclusão consumativa
- Preclusão Pro Judicato

FORMA E SUBSTANCIA DOS ATOS

Forma é garantia (IP → escrito)


Substância: essência finalista do ato. Apuração da verdade ou a própria decisão do meritum
causae

ATOS DE COMUNICAÇÃO

Citação, Notificação e Intimação

Citação

Citação: por mandado


- de réu preso: citação pessoal
- militar: por intermédio do seu chefe
- funcionário público: citação pessoal e avisar o chefe

citação pode ser feita em feriados ou fora de expediente, só se atentando ao horário


noturno da residência do cidadão

Carta precatória
Carta por ordem: Juiz superior solicita a juiz inferior que cumpra algum ato necessário
Carta rogatória: cumprimento de ato no exterior
Citações fictícias:
- Por hora certa: oficial procura 3 vezes em residência + suspeita de estar se
ocultando. Íntima familiar ou vizinho que voltará no dia seguinte em determinado
horário. Manda ciência pro réu da citação e caso não comparecimento é constituído
defensor público
- Por edital: impossível localizar réu + procurou em todos os locais. Publicado na
imprensa, fixa prazo de 15 a 90 dias. Finalizado o prazo, abre 10 dias para resposta
à acusação.
Notificação: Dar ciência às partes que algum ato processual deve ser praticado ou que um
ato será praticado (futuro);

Intimação: ciência de que um ato processual foi praticado (passado)

notificação e intimação se dão de diversas formas. Ex. vista nos autos, mandado,
publicação e etc.

Réu preso: sempre será notificado, intimado e citado em caráter pessoal (pessoalmente)

ATOS DE COLABORAÇÃO

- Carta precatória
- Carta rogatória
- Carta de ordem
- Auxílio direto: agilizar persecução penal de crimes com repercussão internacional

NULIDADES

Plano da validade: Ato jurídico nulo, anulável, irregular


Plano da existencia: Ato jurídico inexistente

Inválido (nulo): violação de alguma regra de ordem pública, depende de pronunciamento


judicial

nulidade cominada: lei descreve determinada forma que pode gerar nulidade
nulidade não cominada;
nulidade originária;
nulidade derivada: fruto da primeira nulidade
nulidade total
nulidade parcial

NULIDADE COMINADA

Incompetência do juízo (absoluta ou relativa)


- Absoluta: matéria, pessoa ou função (MPF)
- Relativa: territorio
Suspeição, impedimento e suborno do juízo (absoluta);
Nulidade por ilegitimidade das partes (absoluta): vítima não é o ofendido do delito;
Nulidade por falta de denúncia ou queixa (absoluta);
Nulidade por falta do exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígios (absoluta);
Nulidade por falta de nomeação de defensor ao réu presente que não o tiver ou ao réu
ausente (absoluta, mas JG se contradiz);
Nulidade por falta de intervenção do Ministério Público em todos os termos do processo
iniciado por denúncia: só MP pode arguir essa nulidade, MP tem que participar de todos os
atos do processo;
Nulidade por falta de intervenção do Ministério Público em todos os termos do processo
iniciado por queixa subsidiária (relativa): quando MP deveria ter oferecido ação penal
pública incondicionada e não o fez;
Nulidade por falta de citação do réu (absoluta pro mundo, relativa pro JG);
Nulidade por falta de interrogatório (relativa em alguns casos);
Nulidade por falta de concessão de prazos à acusação e à defesa (relativa);
Nulidades do procedimento especial do júri;
Nulidades por falta de sentença (absoluta);
Nulidade por falta do recurso de ofício (abosluta);
Nulidade por falta de intimação dos atos judiciais decisórios recorríveis;
Nulidade por falta de quorum legal nas turmas ou câmaras julgadoras dos tribunais
(absoluta);
Nulidade por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato;
Nulidade por falta de motivação dos atos judiciais decisórios recorríveis

NULIDADE NÃO COMINADA

Nulidade por vulneração do princípio da ampla defesa:


- Inépcia da denúncia: fatos não são descritos corretamente com todas as suas
circunstâncias
- Inexistência e deficiência da defesa técnica;
- Cerceamento de defesa (relativa)
- Julgamento ultra petita
- Ausência de recurso do defensor
- Inversão das alegações
- Nulidade por excesso de linguagem
Nulidade do processo por produção de prova ilícita

Regra do CPP sobre arguição de nulidade

Nenhuma parte poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha
concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse

O princípio “pas de nullité sans grief”

Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou
para a defesa

O princípio da relevância da nulidade

não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da
verdade substancial ou na decisão da causa

Omissões na denúncia, queixa ou representação

Pode ser sanada antes da sentença final

EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE NULIDADE


Generalidades
Juiz tem dizer quais atos dependentes são atingidos pela nulidade
Incompetência de juízo só anula atos decisórios

A chamada reformatio in pejus indireta


Anulada uma sentença a pena que ela aplicou passa a ser o limite máximo de pena
que poderá ser aplicado ao acusado na nova sentença.

Convalidação e saneamento
Exemplo de convalidação: caso do não citado ou citado defeituosamente que comparece a
juízo

PROCEDIMENTOS PROCESSUAIS PENAIS

Sujeito ativo: define procedimento nos casos de foro por prerrogativa de função;
Infração Penal: Procedimento comum ou especial;
Pena: se procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo;

PROCEDIMENTO COMUM

Fases: fase postulatória, fase instrutória, fase crítica e fase decisória

Fase postulatória: Aqui se delimita a causa penal. denúncia na ação penal pública e
queixa-crime na ação penal privada
Denúncia: impulso oficial, Juiz pode condenar mesmo com o MP pedindo absolvição
Queixa crime: impulso do querelante, pode deixar de existir a queixa se o querelante
quiser, ocorrendo a perempção que extingue a punibilidade.

Fase instrutória: Audiência de instrução e julgamento

Fase crítica: fase de apresentação das alegações finais. Para JG, a fase crítica se inicia
durante o interrogatório do acusado. 5 dias para apresentar memorial, 10 dias pro Juiz.

Fase decisória: Decisão do Juiz

PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO

+/= 4 anos
Nº testemunhas: 8
Prazo máximo para ocorrer a instrução e julgamento: 60 dias

PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO

De 2 a 4 anos
Nº testemunhas: 5
Prazo máximo para ocorrer a instrução e julgamento: 30 dias
Crime falimentar entra aqui
Não há necessidade de alegações finais

PROCEDIMENTO COMUM SUMARÍSSIMO (JECRIM)

infração penal de menor potencial ofensivo


Menor que 2 anos
não admite prisão em flagrante, salvo se autor se recusar a comparecer em juízo
procedimento tenta ao máximo evitar sentença
Oralidade, simplicidade e economia processual

Sentença não precisa de relatório;

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

Júri

Judicium accusationis/Fase preparatória: Aqui é totalmente judicial. Prova da materialidade


+ indícios mínimos de autoria/participação
- pronúncia
- impronúncia: sem indícios suficiente de autoria, pode ser revista a qualquer
momento
- absolvição sumária: fato não existe ou réu não é o autor, isenção de pena ou
exclusão do crime. Ex legítima defesa
- Desclassificação: crime não é doloso contra a vida

Judicium causæ/Fase definitiva: destina-se ao julgamento propriamente dito do acusado.


Jurados respondem aos quesitos formulados ao juiz (em segredo) e juiz oficializa a
sentença com a decisão dos jurados.

Procedimento especial dos crimes de responsabilidade dos funcionários público

Procedimento especial calúnia e injúria de competência de juiz singular


maioria por queixa-crime;
Juiz possibilita audiência de conciliação

Procedimento especial dos crimes contra a propriedade imaterial

Procedimento especial do Tráfico de drogas

Defesa prévia: ocorre antes do recebimento da denúncia;


Exige laudo de constatação que afirma que a droga é droga

Procedimento especial crimes de competência originária dos tribunais


crimes funcionais de prefeitos

Procedimento especial para apuração e julgamento dos crimes funcionais de prefeitos

Procedimento especial para apuração e julgamento dos crimes de “lavagem” ou ocultação


de bens, direitos ou valores

a inaplicabilidade da suspensão do processo se o denunciado, citado por edital, não


comparecer nem constituir advogado;
poderá o juiz decretar medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do imputado ou
existentes em nome de interpostas pessoas

PROCEDIMENTOS INCIDENTAIS

questão conexa que precisa ser resolvida antes do caso principal, sendo tramitado
separadamente e se extingue quando a principal se resolve

Incidente de restituição de coisas apreendidas


Incidente de falsidade documental
Incidente de exceção da verdade: oportunidade de provar que não cometeu calúnia
Incidente de exceção da notoriedade: ato ou fato atribuído, embora embaraçoso, era
conhecido de todos ao tempo da narrativa, não se pode dizer que a reputação do ofendido
restou atingida.
Incidente de insanidade mental do acusado: Incidente de insanidade mental visa identificar
se há falta na integridade mental do acusado, exame psiquiátrico em 45 dias

MEDIDAS DE URGÊNCIA NO PROCESSO PENAL

Privativas de liberdade
Protetivas da liberdade
Restritivas de direito
Instrutórias
Patrimoniais

PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Restringe liberdade ambulatória, mas não são derivadas de sentença condenatória, não são
prisão-pena;
Conta o tempo de prisão quando sair a pena condenatória;
A pena privativa de liberdade só pode ser emitida por juiz. Exceções: Flagrante delito,
prisão disciplinar militar;

Prisão em flagrante:
(I) quem está cometendo a infração penal (flagrância própria)
(II) quem acaba de cometê-la (flagrância própria)
(III) quem “é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração (flagrância imprópria)
(IV)quem “é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da infração (flagrância presumida)

Crimes que não pode prisão em flagrante


Crimes de ação penal privada ou ação penal pública condicionada à representação
(IMPO) Infrações de Menor Potencial Ofensivo
Homicídio e Lesão Culposa na Direção de Veículo Automotor
Flagrante preparado: armou pro crime acontecer
Membros do Congresso Nacional, salvo em flagrante de crime inafiançável

Fragrante preparada ≠ Flagrante esperado

Prisão Preventiva

Juiz não pode decretar de ofício, mas JG discorda e mete uma CF pra dizer que pode sim

Em quais casos pode acontecer:


- Crime doloso com pena máxima maior que 4 anos
- Condenado por crime crime doloso transitado em julgado (reincidência)
- Crime familiar
- Dúvida quanto a identidade civil
- Descumprimento de outras medidas cautelares

Justificativa
- Garantir a ordem pública: convivência ordenada. Ex probabilidade do réu cometer
novos crimes
- Garantir a ordem econômica: comprometer o sistema financeiro nacional
- Conveniência da instrução criminal: Dificultar a investigação criminal . Ex intimidar
testemunhas
- Aplicação da Lei Penal: impedir a fuga do acusado

Prisão Temporária

Imprescindível para investigação ou não tiver residência fixa;


Prorrogável;
Procedimento comum: 5 dias;
Crimes Hediondos: 30 dias
Internação provisória do acusado inimputável ou semi-imputável

Hipóteses de revogação das medidas protetivas

Se as hipóteses da prisão em flagrante não estiverem perfeitamente verificadas


Fiança
Habeas corpus

Medidas Restritivas de Direito

Sequestro: bens sequestrados. atividade policial deve demonstrar a relação entre o crime,
seu produto e o acréscimo patrimonial do criminoso (proveitos).

TEORIA DA PROVA PROCESSUAL PENAL (talvez isso não vá cair, no desespero,


pula)

Prova: elemento processual que realiza a reconstituição histórica dos fatos de que depende
a aplicação dos institutos do direito penal
Função moral: prova mais segura, que forneça a maior convicção possível sobre fatos
passados
Função política: abertura do processo penal à sociedade, dialética processual puramente
técnica (tribunal do júri; prova testemunhal); ou a outros setores do conhecimento humano
(prova técnica, cuja abertura se dá à ciência)

Teoria da prova:
Indício: circunstância conhecida, provada, relacionada com o fato, que leva a conclusão da
existência de outra ou outras circunstâncias. Não pode dizer respeito ao fato principal, mas
a um fato que tem relação com o fato principal, jamais pode criar certeza sobre o fato
principal.
Presunção e a regra de experiência: uma conclusão sobre um fato ainda não provado
baseado no conhecimento sobre certos fatos
Presunção legal: provados fatos secundários relacionados ao fato principal, pode concluir
o juiz sobre a ocorrência do fato principal. Mecanismo de economia processual.
Relativa: se desfaz se surgir prova em contrário sobre como se deu o fato principal
Absoluta: não admite prova em contrário, mesmo diante de comprovação de que as coisas
aconteceram de modo diferente

Objeto de prova:
Abstrato: afirmação sobre algo que deve ser demonstrado no processo. Afirmação sobre um
fato que, em tese, ocorreu. (fato a ser comprovado)
Concreto: é aquilo que, considerado um fato apresentado, seja pertinente e relevante, e
deva ser comprovado. (consequência a ser comprovada)
Jamais podem ser objetos de prova: fato incontroverso ou notório; axioma; direito federal

Finalidade da prova: formar a convicção dos juízes nas diversas etapas do processo

Classificação da prova:
Históricas: depoimento testemunhal; depoimento do ofendido; confissão; reconstituição
simulada dos fatos e; eventualmente, um documento.
Críticas: indícios; pegadas; vestígios.

Pessoais: originam da manifestação de vontade de uma pessoa.


Reais: originam da realidade física de uma coisa.
Problemas das provas pessoais: suspeição, impedimento, suborno, etc.

Simples/casuais: encontradas pela polícia, pela autoridade policial ou por qualquer das
partes e vão para o processo em sua forma natural.
Pré-constituídas: previamente criadas com a finalidade probatória em futura demanda
hipotética

Diretas: são aquelas destinadas a provar o próprio fato criminoso.


Indiretas: demonstram fatos secundários ou circunstanciais ligados ao fato principal.

TALVEZ CAIA, VER DEPOIS: (não vou ver)


Momentos da prova: requerimento ou propositura; deferimento; produção; valoração
Ônus da prova:
PROVAS PROCESSUAIS PENAIS EM ESPÉCIE

PROVA DOCUMENTAL:
Qualquer coisa que tenha eficácia representativa de um fato; escritos, instrumentos ou
papéis, públicos ou particulares. Fotos da polícia possuem a mesma eficácia do documento
para fins processuais penais

Escritos e papéis podem conter elementos documentais e não documentais. Porém, não
são produzidos com a finalidade de provarem algo. Instrumentos são utilizados já com
intenção de uso como prova documental.

Elemento comunicativo: é propriamente o fato que o documento representa


Elemento certificante: é a demonstração de que o fato representado está corretamente
descrito, que o autor nomeado no documento é realmente quem o elaborou e o autenticou,
através de sua assinatura, e que o documento é intrinsecamente verdadeiro.

Momento: antes da propositura ou deferimento; geralmente produzido fora do processo


penal condenatório, prova pré-constituída; proposta na fase postulatória (denúncia ou
queixa) ou na resposta à acusação. Pode ser proposta a qualquer tempo, exceto no
procedimento especial do júri (três dias antes do júri).

Juiz pode indeferir juntada se for prova ilícita ou obtida ilegalmente

PROVA ORAL:
Mais antiga, mais utilizada, mais importante das provas processuais penais. Depoimentos
diversos; confissão, total ou parcial, simples ou qualificada; do ofendido, de testemunhas,
de informantes, de peritos.
Imediação: autoridade judiciária colhe a prova oral sem intermediários diretamente do
depoente
Oralidade: suas próprias palavras pronunciadas diante da autoridade. Não é basta que
redija seu depoimento e o apresente à autoridade nem que leia um depoimento, podendo,
no máximo, consultar apontamentos
Retrospectividade: o depoimento sempre se refere a fatos passados. Não deve ser cobrado
considerações de fatos presentes, salvo quando relevantes para o processo.
EXCEÇÕES IMEDIAÇÃO E ORALIDADE: pessoas egrégias (presidente, vice, presidente
do Senado, da Câmara e do STF); mudos, surdos…

Confissão: admissão pelo imputado de práticas ilícitas; deve ser feita por pessoa capaz, de
forma livre, consciente, verossímil, clara, certa, persistente, coincidente, pessoal e
diretamente ao juiz; Pode ser expressa ou tácita; judicial ou extrajudicial; simples ou
qualificada. Pode se retratar.

Depoimento do ofendido: comparecimento obrigatório, não presta compromisso com a


verdade

Testemunha: colaboradora, compromisso com a verdade; não participou, nem auxiliou; não
podem ser menores de 14 anos, doentes e deficientes mentais; pode ser só informante ou
testemunha extranumerárias - vedadas pessoas que em razão do ofício tem que guardar
segredo

Acareação: confrontação de dois ou mais depoimento conflitantes

Reconhecimento de pessoas e coisas: formal, informal e fotográfico


PROVA PERICIAL:
Exame técnico, científico, artístico ou prático, feito por perito oficial portador de diploma
superior

Perícia perceptiva: perceber realidade e reproduzir com exatidão para o juiz


Perícia dedutiva: perceber realidade e dar opinião técnica ao juiz (laudo)
Exame de corpo de delito: obrigatório em crime que deixa vestígio, sob pena de nulidade
Perícia psiquiátrica: verifica insanidade mental do acusado

INSPEÇÃO JUDICIAL:
O próprio juiz precisa realizar o exame direto de coisas, pessoas ou lugares que tenham
relação com o fato criminoso. O Juiz não pode fazer a inspeção sozinho. Tudo o que o Juiz
vê, as partes também devem ver

SENTENÇA PENAL

Deve existir correspondência entre a queixa ou denúncia e a sentença, sendo proibidas


sentença ultra, extra ou citra petitas (que vão além do que foi pedido).
Citra petita: quando o juiz dá menos do que foi pedido (ignora fatos, juiz julga com base
num crime “menor” do que o que constava na denúnica/queixa etc).
Ultra petita: quando o juiz dá “mais” do que foi pedido (um fato atribuído, dois fatos julgados;
quando o juiz julga o acusado por um fato mais grave do que o que lhe fora atribuído na
denúncia ou na queixa)
Extra petita: quando o juiz julga por um fato diverso do que o que lhe fora atribuído na
denúncia/queixa. Quando usa elementos “a mais” (extra).

Não há julgamento extra petita quando o juiz condena o acusado por um tipo penal diverso
daquele que fora mencionado pelo acusador na denúncia ou na queixa

Emendatio libeli: juiz desconhece fatos, mas conhece da lei - juiz tipifica conduta diferente
do que foi utilizado pelo acusador (não tem fato novo)
Mutatio libeli: Acrescentasse fatos/fatos novos, juiz deve dar vistas ao MP, com prazo de 5
dias para o aditamento da inicial/denúncia

Estrutura:
Relatório: descrição objetiva e detalhada das partes, da defesa, da acusação e tudo o que
ocorreu de relevante no processo; dispensado em infrações penais de menor potencial
ofensivo.
Fundamento: fatos e argumentos jurídicos e fundamentos legais que explicam a decisão;
motivos de fato e de direito em que se funda a decisão e a indicação dos artigos da lei
aplicados.
Dispositivo: contém a decisão do juiz, apontando se o acusado é culpado ou inocente e as
consequências da decisão.

Passará a ter efeito, existência processual, quando for publicada.


Sentença proferida não pode ser alterada, salvo em duas situações.

Classificação sentença:
Sentença autofágica: juiz reconhece a culpabilidade do réu e o crime, mas julga extinta a
punibilidade; perdão judicial e prescrição retroativa pela pena em abstrato; (não pode ter
antecedente ou reincidente
Sentença suicida: contradição entre os fundamentos da sentença e a parte dispositiva; cabe
embargos de declaração
Prescrição da pretensão punitiva do estatal: não há prescrição com fundamento em pena
hipotética

Efeitos:
Declaratório: sempre ocorre, torna indiscutível um direito já existente, que era negado
Constitutivo: inova o ordenamento jurídico; constitui, desconstitui ou modifica um direito.
Condenatório: submete o acusado à sanção.
Mandamental: ordem dada pelo juiz e dirigida a uma autoridade

Hipóteses de Absolvição:
-estar provada a inexistência do fato
-não haver prova da existência do fato
-não constituir o fato infração pena
-estar provado que o réu não concorreu para a infração pena
-não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal
-existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena
-houver fundada dúvida sobre a ocorrência de circunstâncias que excluam o crime ou
isentem o réu de pena
-não existir prova suficiente para condenação

Absolvição: natureza declaratória negativa


Efeitos: soltura (se não preso por outro motivo); cessação das medidas cautelares e
provisoriamente aplicadas

Sentença Condenatória:

…. a continuar (não vou pois preguiça)

COISA JULGADA

Não é efeito da sentença, mas característica a ela acrescentada, pelo que a coisa julgada
não é prejudicada pela lei.

Coisa julgada formal: não cabe mais recurso no processo em que foi proferido, gera CJM
Coisa julgada material: não se discute mais o mérito; imutabilidade da decisão em relação à
lei e outros processos futuros.

Coisa julgada material é total nas sentenças absolutórias, mas nunca nas condenatórias, há
possibilidade de revisão criminal, HC e juiz da execução.

RECURSOS

PROPOR ações (casos iniciais)


OPOR embargos (mesmo juízo)
INTERPOR recurso (próximo grau)
IMPETRAR mandado de segurança; habeas (remédios)
APRESENTAR contestação (respostas)

RESE: Combater decisões interlocutórias (ex decisão que/sobre: não receber a denúncia ou
a queixa; medida de segurança; pronúncia; incompetência; extinção da punibilidade; fiança;
prisão preventiva; liberdade provisória; relaxamento; conceder ou negar a ordem de habeas
corpus; etc)
RESE INCABÍVEL NO JECRIM > Apelação
LER QUESTÃO 16 e 17

Prazo: 5 dias (regra geral); 15 dias (a decisão que inclui ou exclui pessoas da lista de
jurados);
2 dias (contrarrazões)
APELAÇÃO: Combater questões definitivas, específicas e ligadas ao mérito; decisão
terminativa (ex: condenação ou absolvição por juiz singular) E ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA /
impronúncia
LER QUESTÃO 5

Efeito devolutivo; suspensivo; extensivo

Prazos: 5 dias (regra geral); 10 dias (JECrim);


15 dias (ofendido não habilitado) contado do término do prazo do MP (sem efeito
suspensivo)
8 dias (contrarrazões); 3 dias (contrarrazões contravenção penal)

Contra decisões do Tribunal do Júri: a) nulidade posterior à pronúncia; b) contrária à lei


expressa ou à decisão dos jurados; c) erro ou injustiça na aplicação da pena ou medida de
segurança; d) decisão dos jurados contrária à prova dos autos

O que acontece?
1. Novo julgamento:a); d); decisões de mérito, fatos; contrariedade à prova dos autos
2. Retificação: b); c); contrariedade à lei expressa ou divergir do júri; erro de dosimetria;

Júri julga qualificadora, Juiz julga agravante

CARTA TESTEMUNHÁVEL: Juízo nega seguimento à apelação > entra com RESE > nega
seguimento ao RESE > entra com carta testemunhável

EMBARGOS DECLARATÓRIOS: omissão, ambiguidade, contradição, obscuridade; pode


ter efeito infringente; não tem sucumbência; suspende prazo de outros recursos mas não
eficácia da decisão.

PRECLUSÃO COM EFICÁCIA PRO JUDICATO: Não pode rever a decisão após a
sentença. ED, RESE, AI, permitem que ele mude a decisão. Enquanto existirem não se
opera essa preclusão.

RECURSO ESPECIAL: (STJ) função extraordinária de impugnar decisões em matéria de lei


federal. Não cabe contra decisão de turma recursal de juizados especiais. Precisa de
prequestionamento e relevância. 5 dias. Não analisa fatos.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO: (STF) impugnar decisões em matéria constitucional.


Precisa de repercussão geral e prequestionamento. 5 dias. Não analisa fatos.

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS

HABEAS CORPUS: Pessoa sofrendo ou na iminência de sofrer violência que restringe seu
direito de ir e vir. Deve conter a narrativa de um ato ilegal e autoritário e o indicio de prova
da existência. Qualquer pessoa pode impetrar e em qualquer base. Impetrado acima da
autoridade coatora.
O juiz pode deferir imediatamente uma liminar determinando a liberação da pessoa presa
ou uma ordem à autoridade que se abstenha de praticar qualquer ato de restrição de
liberdade.

REVISÃO CRIMINAL

Serve como ação rescisória para desconstituir a sentença; precisa juntar a sentença
impugnada; não inicia no 1º grau; qualquer tempo; o réu tem capacidade postulatória; MP
não pode ajuizar. Vedado prejuízo ao réu

Hipóteses: Sentença contrária à lei ou evidência; fundada em depoimentos, exames ou


docs comprovadamente falsos; novas provas da inocência ou de diminuição de pena;
Inclui: lei posterior mais benéfica; condenação por caso de erro do judiciário, erro in
procedendo ou in judicando.

Possível indenização cível se requerido (contra União ou Estado); indevido se o réu deu
causa ou em ação penal privada

Competência:
STF > STF
TJ/TRF 1º e 4º região > TRF
JECrim > turma recursal ou câmara recursal
Demais casos > STJ, TRF ou TJ

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