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EXISTÊNCIA
Declarados de ofício pelo Juiz
1. Juiz: Jurisdição
2. Autor
3. Réu: precisa ter defesa técnica
4. Causa penal
VALIDADE
1. Originalidade da causa;
2. Capacidade objetiva do Juiz: Competência);
3. Capacidade Subjetiva do Juiz: Inexistência de impedimento ou suspeição);
4. Capacidade objetiva das partes;
5. Capacidade subjetiva do MP: não ter vínculo com o acusado, inexistência de
impedimento ou suspeição);
6. Acusação Formalmente Perfeita
7. Respeito ao contraditório: ciência dos atos processuais praticados por ambas as
partes
8. Respeito a ampla defesa: defesa técnica + autodefesa
Condições da ação
- Legitimidade
- Interesse de agir
- “Pedido”
FORMAÇÃO
Oferecimento de denúncia e recebimento da denúncia pelo Juiz;
Acusado: antes do recebimento da denúncia
Réu: depois do recebimento da denúncia
Resposta à acusação:
1. excludente da ilicitude do fato;
2. excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
3. não constitui crime; ou
4. extinta a punibilidade do agente
5. Absolvição sumária
EXTINÇÃO DO PROCESSO
Procedimento Comum:
- Absolvição sumária
- Absolvição
- Extinta a punibilidade
- Cumprimento da pena
Procedimento Júri:
- Absolvição sumária
- Impronúncia
- Extinta a punibilidade
- Cumprimento da pena
Ônus:
- Preclusão temporal
- Preclusão lógica
- Preclusão consumativa
- Preclusão Pro Judicato
ATOS DE COMUNICAÇÃO
Citação
Carta precatória
Carta por ordem: Juiz superior solicita a juiz inferior que cumpra algum ato necessário
Carta rogatória: cumprimento de ato no exterior
Citações fictícias:
- Por hora certa: oficial procura 3 vezes em residência + suspeita de estar se
ocultando. Íntima familiar ou vizinho que voltará no dia seguinte em determinado
horário. Manda ciência pro réu da citação e caso não comparecimento é constituído
defensor público
- Por edital: impossível localizar réu + procurou em todos os locais. Publicado na
imprensa, fixa prazo de 15 a 90 dias. Finalizado o prazo, abre 10 dias para resposta
à acusação.
Notificação: Dar ciência às partes que algum ato processual deve ser praticado ou que um
ato será praticado (futuro);
notificação e intimação se dão de diversas formas. Ex. vista nos autos, mandado,
publicação e etc.
Réu preso: sempre será notificado, intimado e citado em caráter pessoal (pessoalmente)
ATOS DE COLABORAÇÃO
- Carta precatória
- Carta rogatória
- Carta de ordem
- Auxílio direto: agilizar persecução penal de crimes com repercussão internacional
NULIDADES
nulidade cominada: lei descreve determinada forma que pode gerar nulidade
nulidade não cominada;
nulidade originária;
nulidade derivada: fruto da primeira nulidade
nulidade total
nulidade parcial
NULIDADE COMINADA
Nenhuma parte poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha
concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse
Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou
para a defesa
não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da
verdade substancial ou na decisão da causa
Convalidação e saneamento
Exemplo de convalidação: caso do não citado ou citado defeituosamente que comparece a
juízo
Sujeito ativo: define procedimento nos casos de foro por prerrogativa de função;
Infração Penal: Procedimento comum ou especial;
Pena: se procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo;
PROCEDIMENTO COMUM
Fase postulatória: Aqui se delimita a causa penal. denúncia na ação penal pública e
queixa-crime na ação penal privada
Denúncia: impulso oficial, Juiz pode condenar mesmo com o MP pedindo absolvição
Queixa crime: impulso do querelante, pode deixar de existir a queixa se o querelante
quiser, ocorrendo a perempção que extingue a punibilidade.
Fase crítica: fase de apresentação das alegações finais. Para JG, a fase crítica se inicia
durante o interrogatório do acusado. 5 dias para apresentar memorial, 10 dias pro Juiz.
+/= 4 anos
Nº testemunhas: 8
Prazo máximo para ocorrer a instrução e julgamento: 60 dias
De 2 a 4 anos
Nº testemunhas: 5
Prazo máximo para ocorrer a instrução e julgamento: 30 dias
Crime falimentar entra aqui
Não há necessidade de alegações finais
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
Júri
PROCEDIMENTOS INCIDENTAIS
questão conexa que precisa ser resolvida antes do caso principal, sendo tramitado
separadamente e se extingue quando a principal se resolve
Privativas de liberdade
Protetivas da liberdade
Restritivas de direito
Instrutórias
Patrimoniais
PRIVATIVAS DE LIBERDADE
Restringe liberdade ambulatória, mas não são derivadas de sentença condenatória, não são
prisão-pena;
Conta o tempo de prisão quando sair a pena condenatória;
A pena privativa de liberdade só pode ser emitida por juiz. Exceções: Flagrante delito,
prisão disciplinar militar;
Prisão em flagrante:
(I) quem está cometendo a infração penal (flagrância própria)
(II) quem acaba de cometê-la (flagrância própria)
(III) quem “é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer
pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração (flagrância imprópria)
(IV)quem “é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis
que façam presumir ser ele autor da infração (flagrância presumida)
Prisão Preventiva
Juiz não pode decretar de ofício, mas JG discorda e mete uma CF pra dizer que pode sim
Justificativa
- Garantir a ordem pública: convivência ordenada. Ex probabilidade do réu cometer
novos crimes
- Garantir a ordem econômica: comprometer o sistema financeiro nacional
- Conveniência da instrução criminal: Dificultar a investigação criminal . Ex intimidar
testemunhas
- Aplicação da Lei Penal: impedir a fuga do acusado
Prisão Temporária
Sequestro: bens sequestrados. atividade policial deve demonstrar a relação entre o crime,
seu produto e o acréscimo patrimonial do criminoso (proveitos).
Prova: elemento processual que realiza a reconstituição histórica dos fatos de que depende
a aplicação dos institutos do direito penal
Função moral: prova mais segura, que forneça a maior convicção possível sobre fatos
passados
Função política: abertura do processo penal à sociedade, dialética processual puramente
técnica (tribunal do júri; prova testemunhal); ou a outros setores do conhecimento humano
(prova técnica, cuja abertura se dá à ciência)
Teoria da prova:
Indício: circunstância conhecida, provada, relacionada com o fato, que leva a conclusão da
existência de outra ou outras circunstâncias. Não pode dizer respeito ao fato principal, mas
a um fato que tem relação com o fato principal, jamais pode criar certeza sobre o fato
principal.
Presunção e a regra de experiência: uma conclusão sobre um fato ainda não provado
baseado no conhecimento sobre certos fatos
Presunção legal: provados fatos secundários relacionados ao fato principal, pode concluir
o juiz sobre a ocorrência do fato principal. Mecanismo de economia processual.
Relativa: se desfaz se surgir prova em contrário sobre como se deu o fato principal
Absoluta: não admite prova em contrário, mesmo diante de comprovação de que as coisas
aconteceram de modo diferente
Objeto de prova:
Abstrato: afirmação sobre algo que deve ser demonstrado no processo. Afirmação sobre um
fato que, em tese, ocorreu. (fato a ser comprovado)
Concreto: é aquilo que, considerado um fato apresentado, seja pertinente e relevante, e
deva ser comprovado. (consequência a ser comprovada)
Jamais podem ser objetos de prova: fato incontroverso ou notório; axioma; direito federal
Finalidade da prova: formar a convicção dos juízes nas diversas etapas do processo
Classificação da prova:
Históricas: depoimento testemunhal; depoimento do ofendido; confissão; reconstituição
simulada dos fatos e; eventualmente, um documento.
Críticas: indícios; pegadas; vestígios.
Simples/casuais: encontradas pela polícia, pela autoridade policial ou por qualquer das
partes e vão para o processo em sua forma natural.
Pré-constituídas: previamente criadas com a finalidade probatória em futura demanda
hipotética
PROVA DOCUMENTAL:
Qualquer coisa que tenha eficácia representativa de um fato; escritos, instrumentos ou
papéis, públicos ou particulares. Fotos da polícia possuem a mesma eficácia do documento
para fins processuais penais
Escritos e papéis podem conter elementos documentais e não documentais. Porém, não
são produzidos com a finalidade de provarem algo. Instrumentos são utilizados já com
intenção de uso como prova documental.
PROVA ORAL:
Mais antiga, mais utilizada, mais importante das provas processuais penais. Depoimentos
diversos; confissão, total ou parcial, simples ou qualificada; do ofendido, de testemunhas,
de informantes, de peritos.
Imediação: autoridade judiciária colhe a prova oral sem intermediários diretamente do
depoente
Oralidade: suas próprias palavras pronunciadas diante da autoridade. Não é basta que
redija seu depoimento e o apresente à autoridade nem que leia um depoimento, podendo,
no máximo, consultar apontamentos
Retrospectividade: o depoimento sempre se refere a fatos passados. Não deve ser cobrado
considerações de fatos presentes, salvo quando relevantes para o processo.
EXCEÇÕES IMEDIAÇÃO E ORALIDADE: pessoas egrégias (presidente, vice, presidente
do Senado, da Câmara e do STF); mudos, surdos…
Confissão: admissão pelo imputado de práticas ilícitas; deve ser feita por pessoa capaz, de
forma livre, consciente, verossímil, clara, certa, persistente, coincidente, pessoal e
diretamente ao juiz; Pode ser expressa ou tácita; judicial ou extrajudicial; simples ou
qualificada. Pode se retratar.
Testemunha: colaboradora, compromisso com a verdade; não participou, nem auxiliou; não
podem ser menores de 14 anos, doentes e deficientes mentais; pode ser só informante ou
testemunha extranumerárias - vedadas pessoas que em razão do ofício tem que guardar
segredo
INSPEÇÃO JUDICIAL:
O próprio juiz precisa realizar o exame direto de coisas, pessoas ou lugares que tenham
relação com o fato criminoso. O Juiz não pode fazer a inspeção sozinho. Tudo o que o Juiz
vê, as partes também devem ver
SENTENÇA PENAL
Não há julgamento extra petita quando o juiz condena o acusado por um tipo penal diverso
daquele que fora mencionado pelo acusador na denúncia ou na queixa
Emendatio libeli: juiz desconhece fatos, mas conhece da lei - juiz tipifica conduta diferente
do que foi utilizado pelo acusador (não tem fato novo)
Mutatio libeli: Acrescentasse fatos/fatos novos, juiz deve dar vistas ao MP, com prazo de 5
dias para o aditamento da inicial/denúncia
Estrutura:
Relatório: descrição objetiva e detalhada das partes, da defesa, da acusação e tudo o que
ocorreu de relevante no processo; dispensado em infrações penais de menor potencial
ofensivo.
Fundamento: fatos e argumentos jurídicos e fundamentos legais que explicam a decisão;
motivos de fato e de direito em que se funda a decisão e a indicação dos artigos da lei
aplicados.
Dispositivo: contém a decisão do juiz, apontando se o acusado é culpado ou inocente e as
consequências da decisão.
Classificação sentença:
Sentença autofágica: juiz reconhece a culpabilidade do réu e o crime, mas julga extinta a
punibilidade; perdão judicial e prescrição retroativa pela pena em abstrato; (não pode ter
antecedente ou reincidente
Sentença suicida: contradição entre os fundamentos da sentença e a parte dispositiva; cabe
embargos de declaração
Prescrição da pretensão punitiva do estatal: não há prescrição com fundamento em pena
hipotética
Efeitos:
Declaratório: sempre ocorre, torna indiscutível um direito já existente, que era negado
Constitutivo: inova o ordenamento jurídico; constitui, desconstitui ou modifica um direito.
Condenatório: submete o acusado à sanção.
Mandamental: ordem dada pelo juiz e dirigida a uma autoridade
Hipóteses de Absolvição:
-estar provada a inexistência do fato
-não haver prova da existência do fato
-não constituir o fato infração pena
-estar provado que o réu não concorreu para a infração pena
-não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal
-existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena
-houver fundada dúvida sobre a ocorrência de circunstâncias que excluam o crime ou
isentem o réu de pena
-não existir prova suficiente para condenação
Sentença Condenatória:
COISA JULGADA
Não é efeito da sentença, mas característica a ela acrescentada, pelo que a coisa julgada
não é prejudicada pela lei.
Coisa julgada formal: não cabe mais recurso no processo em que foi proferido, gera CJM
Coisa julgada material: não se discute mais o mérito; imutabilidade da decisão em relação à
lei e outros processos futuros.
Coisa julgada material é total nas sentenças absolutórias, mas nunca nas condenatórias, há
possibilidade de revisão criminal, HC e juiz da execução.
RECURSOS
RESE: Combater decisões interlocutórias (ex decisão que/sobre: não receber a denúncia ou
a queixa; medida de segurança; pronúncia; incompetência; extinção da punibilidade; fiança;
prisão preventiva; liberdade provisória; relaxamento; conceder ou negar a ordem de habeas
corpus; etc)
RESE INCABÍVEL NO JECRIM > Apelação
LER QUESTÃO 16 e 17
Prazo: 5 dias (regra geral); 15 dias (a decisão que inclui ou exclui pessoas da lista de
jurados);
2 dias (contrarrazões)
APELAÇÃO: Combater questões definitivas, específicas e ligadas ao mérito; decisão
terminativa (ex: condenação ou absolvição por juiz singular) E ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA /
impronúncia
LER QUESTÃO 5
O que acontece?
1. Novo julgamento:a); d); decisões de mérito, fatos; contrariedade à prova dos autos
2. Retificação: b); c); contrariedade à lei expressa ou divergir do júri; erro de dosimetria;
CARTA TESTEMUNHÁVEL: Juízo nega seguimento à apelação > entra com RESE > nega
seguimento ao RESE > entra com carta testemunhável
PRECLUSÃO COM EFICÁCIA PRO JUDICATO: Não pode rever a decisão após a
sentença. ED, RESE, AI, permitem que ele mude a decisão. Enquanto existirem não se
opera essa preclusão.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
HABEAS CORPUS: Pessoa sofrendo ou na iminência de sofrer violência que restringe seu
direito de ir e vir. Deve conter a narrativa de um ato ilegal e autoritário e o indicio de prova
da existência. Qualquer pessoa pode impetrar e em qualquer base. Impetrado acima da
autoridade coatora.
O juiz pode deferir imediatamente uma liminar determinando a liberação da pessoa presa
ou uma ordem à autoridade que se abstenha de praticar qualquer ato de restrição de
liberdade.
REVISÃO CRIMINAL
Serve como ação rescisória para desconstituir a sentença; precisa juntar a sentença
impugnada; não inicia no 1º grau; qualquer tempo; o réu tem capacidade postulatória; MP
não pode ajuizar. Vedado prejuízo ao réu
Possível indenização cível se requerido (contra União ou Estado); indevido se o réu deu
causa ou em ação penal privada
Competência:
STF > STF
TJ/TRF 1º e 4º região > TRF
JECrim > turma recursal ou câmara recursal
Demais casos > STJ, TRF ou TJ