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NULIDADES
NULIDADES – ARTS. 564/573 CPP
• Sanção aplicada pelo ordenamento jurídico ao ato praticado em
desrespeito às formalidades legais..
• O ato deve estar adequado à forma prevista em lei (princípio de
legalidade dos atos processuais).
• A observância das regras é uma garantia às partes, permitindo que
possam saber com antecedência como um ato será praticado.
• De nada aproveita indicar a forma se o desrespeito não gerar
consequências.
• Por tal razão o ato viciado será nulo.
nulo
SISTEMAS
Conjunto de elementos que interagindo com teorias e normas
determina como se deva aplicar um instituto.
• Certeza legal
• Instrumentalidade das formas
• Misto
• Certeza legal: a lei estabelece em quais casos haverá nulidade. O juiz
não tem margem de discricionariedade – Art. 564 CPP.
• Irregularidade: defeito de pequena monta que não traz prejuízo ao processo. Pode ser:
• Sem consequência jurídica. Ex. denúncia fora do prazo.
prazo
• Com consequência extraprocessual: ato válido no feito, com consequência à parte. Ex. perícia fora do prazo,
multa pelo atraso – Art. 277 CPP.
• Ato inexistente: é a sanção mais grave que pode ser cominada a um ato processual. Trata-se de
ato processual atípico por não se enquadrar no modelo legal e, pois, não produz efeitos,
independentemente de declaração judicial.
NULIDADES
ABSOLUTA:
• Interesse privado.
• Demonstração prejuízo.
• Gerará preclusão – art. 571 CPP.
• Juiz em primeiro grau pode reconhecer de ofício.
• Tribunal: restrições. Parte deve recorrer deste ponto.
• Momento: tempo oportuno sob pena de preclusão.
PRINCÍPIOS
• Tipicidade: os atos processuais possuem no ordenamento jurídico
uma fórmula de como serão praticados.
praticados
• Instrumentalidade das formas: não se declara a nulidade do ato que
não influiu na apuração da verdade e na decisão da causa (art. 566
CPP) ou quando realizado de forma diversa atingiu sua finalidade (art.
572,II, CPP).
• Prejuízo: não haverá nulidade se não houver prejuízo (art. 563 CPP).
Demonstração prejuízo tanto para nulidade absoluta como para
relativa (STJ/STF).
• Interesse: nenhuma parte poderá alegar nulidade a que tenha dado
causa ou que só interessa à parte contrária. Veda-se o abuso de
direito – art. 656 CPP.
• Eficácia: enquanto não declarado inválido continua a gerar efeitos.
• Causalidade: a nulidade de um ato, uma vez declarado, causará a dos
atos que dele diretamente dependam ou seja conseqüência (art. 573,
§ 1º, CPP). Juiz deve indicar os atos que foram contaminados.
Regra: nulidade de atos postulatórios anulam os atos posteriores.
• Conservação: não contaminação dos atos que não dependam do ato
viciado.
Regra: vício na fase instrutória só anula o ato, aproveitando-se os
demais realizados.
• Convalidação: possibilidade do ato imperfeito não ser declarado
inválido caso surja evento de caráter sanatório.
Hipóteses de convalidação:
1. Preclusão: quando a parte perde a oportunidade de alegar o vício.
Aplicável as nulidades relativas – STJ.
STJ
• Ex: réu processado é procurado em um dos seus endereços, mas não é encontrado. Ao
invés de procurá-lo nos demais endereços, o juiz ordena a citação por edital. No dia do
interrogatório, o réu comparece para argüir a nulidade da citação. Convalesce o vício,
abre-se novo prazo para apresentação da defesa. Deve o juiz, no entanto, ordenar a
suspensão ou adiamento do ato se verificar que a irregularidade pode prejudicar direito
da parte (espécie de nulidade absoluta que comporta convalidação).
7. Quando o ato atingir o seu fim (art. 572, II, CPP).