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ESCOLA SECUNDÁRIA SÁ DA BANDEIRA

Disciplina de Biologia | Ano letivo 2019/2020

12 de maio de 2020

Análise Comparativa de Rótulos

NESTUM MEL

Trabalho realizado por:

ANA MARTA RODRIGUES JOÃO DUARTE LEONOR REIS


12.º B | N.º 2 12.º B | N.º 15 12.º B | N.º 18
ÍNDICE
ÍNDICE...................................................................................................................................................... 2

ÍNDICE ICONOGRÁFICO ........................................................................................................................... 3

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4

PROCESSO DE FABRICO – NESTUM ......................................................................................................... 5

ANÁLISES ................................................................................................................................................. 6

Análise Comparativa de Ingredientes ................................................................................................. 6

Tabelas Nutricionais Nestlé e Continente ........................................................................................... 7

Análise Comparativa dos Valores Nutricionais ................................................................................... 8

Tabelas de Vitaminas Nestlé e Continente ......................................................................................... 9

Análise Comparativa das Vitaminas .................................................................................................. 10

ADITIVOS ............................................................................................................................................... 11

ALERGÉNIOS .......................................................................................................................................... 12

GLOSSÁRIO NUTRICIONAL..................................................................................................................... 13

CONCLUSÃO .......................................................................................................................................... 14

WEB GRAFIA .......................................................................................................................................... 16

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ÍNDICE ICONOGRÁFICO

1.

https://www.google.com/search?q=nestum&sxsrf=ALeKk01WKhue8amchkfF5HfaMJ6MmN_3HQ:15
88765783915&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiiw7nhlZ_pAhULmxQKHTxjB0MQ_AUoA
XoECAwQAw&biw=1536&bih=722#imgrc=sTxZBpvlUusgNM (Nestum Nestlé)
2.

https://www.google.com/search?q=Flocos+de+Cereais+com+Mel+continente&sxsrf=ALeKk02kft_pE
BGvipipXZHhnEfI33oRng:1588766389262&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwj15oyCmJ_p
AhUJ5uAKHZQVCEoQ_AUoAXoECAwQAw&biw=1536&bih=674 (Nestum Continente)
3.

https://observador.pt/2018/08/18/nestum-a-papa-portuguesa-faz-60-anos/ (Ricos em Proteínas –


Nestum 1958)

4.

https://www.google.com/search?q=decodificador+de+rotulos+dgs&rlz=1C1CHZL_pt-
PTPT759PT759&sxsrf=ALeKk03I259MZx-
p9P6rlmcvaz29cw4Mqg:1589449850125&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwjSu9GNirPpA
hX9SBUIHY_5BsoQ_AUoAXoECAwQAw&biw=1366&bih=663#imgrc=0WKwBbbwlntA7M
(Descodificador de Rótulos)

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INTRODUÇÃO

Um estilo de vida saudável e equilibrado requer, além de uma boa alimentação e a prática constante
de exercício físico, a inclusão e manutenção de bons hábitos. A leitura dos rótulos dos alimentos é um
deles e é o que nos permite fazer boas escolhas, já que o mesmo é uma importante fonte de
informação sobre o que ingerimos. É nele que encontramos os ingredientes, data de validade e
informação nutricional de um determinado alimento.

Um dos produtos que acompanha muitas pessoas desde a infância é o Nestum, por isso consideramos
interessante analisar e comparar o Nestum da marca Nestlé com o Nestum da marca Continente para
perceber a sua influência no nosso organismo.

Por uma questão de curiosidade, considerámos relevante deixar uma breve história da evolução do
Nestum da Nestlé:

Por iniciativa da Nestlé, a marca Nestum nasce em Portugal no ano de 1958 com o lançamento da
variedade “Ricos em Proteínas”. E, desde então, registou um crescimento constante com sucessivos
desenvolvimentos de produtos.

O sucesso da Nestum foi devido, em primeiro lugar, o seu posicionamento como o primeiro produto
indicado para o pequeno-almoço e em segundo lugar, a apresentação do produto sob a forma de flocos
de cereais (dado que, até então, a oferta que existia no mercado era em pó).

Em 1971, é lançada no nosso mercado a variedade que revolucionou por completo o famoso “Nestum
Mel”, onde se juntaram dois dos ingredientes preferidos de então: Mel e Cereais.

Sabemos então que o Nestum é um clássico no nosso país, mas será o mais saudável? É essa pergunta
que nos traz cá, investigar se realmente o consumo de Nestum é ou não aconselhável.

Figura 1: Nestum - "Ricos em Proteínas" lançado em 1958

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PROCESSO DE FABRICO – NESTUM

Decidimos analisar o processo de fabrico deste produto, e tudo começa na colheita de cerca de 500 e
mil toneladas de trigo por ano.

O fabrico do Nestum engloba três etapas: o fabrico de base, o “Dry Mix” e o enchimento. O fabrico de
base consiste em receber dois tipos de matérias-primas em granel, farinhas de trigo em sacos e açúcar.
Depois há outros ingredientes como farinha de soja, farinha de milho, farinha de arroz, farinha de
alfarroba, farinha de aveia ou farinha de trigo integral. Estas matérias rececionadas passam todas por
um íman para reter e retirar qualquer material ferroso e outros elementos como pedras, que podem
gerar problemas de saúde. Depois, misturam-se vários materiais, com um sistema de doseamento
automático, controlado por um autómato (robô) e a receita vai para um misturador. Numa fase
seguinte, vai para um outro misturador.

O primeiro misturador só mistura os cereais. O segundo já mistura elementos líquidos, que podem ser
mel, enzimas, cacau, corantes. A seguir, ocorre a fase de hidrólise enzimática dos cereais, onde se
processa o desdobramento da farinha de trigo, de cada amido, nos seus elementos constituintes mais
básicos, com especial destaque para a glucose e a maltose.

“Isto é necessário porque o organismo humano não assimila cadeias longas de amido. Na prática, a
hidrólise é uma quebra das cadeias de hidrogénio. Este processo permite uma maior facilidade da
digestão e a redução funcional do açúcar. Também melhora a hidratação da papa, que assim se torna
mais macia, mais suave” – citação de um diretor técnico da fábrica.

Ocorre depois a pasteurização, uma das fases mais importantes. Este processo tem como objetivo
assegurar a segurança alimentar, destruindo possíveis microrganismos existentes no produto. Numa
fase posterior, decorre a secagem.

A papa (mistura cereal e líquidos) do Nestum é secada e desidratada, garantindo a granulometria que
se pretende, em forma de flocos.

Neste momento, o Nestum está quase pronto para embalar e passa para a fase de enchimento que
consiste na junção de saquetas de 300 gramas (Nestum) e/ou 350 gramas (Nestum Mel Clássico). Ainda
assim, cada saqueta volta a passar por um detetor de metais e raio X para rejeitar potenciais corpos
estranhos. Finalmente está pronto para chegar aos consumidores.

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ANÁLISES

Análise Comparativa de Ingredientes

MARCAS
Ingredientes (por ordem
Nestlé Continente
decrescente de gramagem)
Farinha de Trigo ✓ ✓
Farinha de Trigo hidrolisada  ✓
Farinha de trigo integral  ✓
Sacarose ✓ ✓
Mel ✓ ✓
Inulina ✓ 
Reguladora acidez ✓ ✓
Minerais ✓ ✓
Vitaminas ✓ ✓
Ferro reduzido ✓ 
Aromatizante ✓ ✓
*pode conter leite ✓ ✓
*contem glúten ✓ ✓

Acima encontra-se uma tabela que inclui os ingredientes que constituem os dois tipos de Nestum, por
ordem decrescente de gramagem. Como primeiro ingrediente tem-se, em ambos o Nestum, a farinha
de trigo e farinha de trigo parcialmente hidrolisada existe em maior quantidade no Nestum da Nestlé
com 76,1% e 57% no do Continente.

Logo de seguida, percebemos que a sacarose existe em grande quantidade em ambos, o que seria
expectável devido ao elevado nível de hidratos de carbono, dos quais açúcares. Além disto existe, em
ambos, existe 6% de mel.

A maior parte dos ingredientes são comuns a ambas as marcas, no entanto, são notórias algumas
diferenças nos ingredientes que constam nos dois produtos respetivamente: a ausência de farinha de
trigo integral no Nestum Nestlé e a falta de inulina e ferro induzido no Nestum do Continente. Podemos
considerar que ainda assim, em termos de ingredientes as diferenças são mínimas, mas apesar de
poucas tornam imediatamente um produto diferente do outro.

É importante salientar que nesta tabela as vitaminas não estão especificadas quanto ao tipo e
gramagem. Ambos os produtos contêm vitaminas, contudo existem diferenças na quantidade que
cada um possui como veremos mais à frente.

De acrescentar que, podemos constatar com a presença/vestígios de leite e glúten em ambas as


marcas.

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Abaixo encontra-se uma breve descrição sobre os ingredientes em maior quantidade:

• Farinha de Trigo - É produzida a partir da moagem do trigo. Entre os grãos, a farinha de trigo
tem uma grande capacidade de produzir glúten. O teor de glúten na farinha depende se esta
é feita de trigo duro ou trigo comum (trigo mole). Os trigos duros são mais ricos em proteínas
do que os trigos moles e assim produzem mais glúten. A maior parte das farinhas de trigo é
uma mistura de trigo duro e mole.

• Farinha de Trigo Hidrolisada: Tem na base a hidrólise enzimática dos cereais, onde se processa
o desdobramento da farinha de trigo, de cada amido, nos seus elementos constituintes mais
básicos, com especial destaque para a glucose e a maltose. Este processo permite uma maior
facilidade da digestão e a redução funcional do açúcar.

• Farinha de Trigo Integral: É obtida por meio da moagem dos grãos inteiros do trigo e mantém
a estrutura do farelo e do gérmen, que são as principais fontes nutritivas do grão.

• Sacarose e Mel: A Sacarose popularmente conhecida como açúcar é um produto natural,


dissacarídeo composto por uma molécula de glicose e uma de frutose, unidas entre si por uma
ligação glicosídica. Podemos encontrar sacarose nas canas de açúcar e por exemplo na fruta.
Já o mel é produzido pelas abelhas a partir do néctar recolhido de flores e processado pelas
enzimas digestivas desses insetos.

Tabelas Nutricionais Nestlé e Continente

Nestlé
POR 100g POR 1 refeição 30g + 160ml
Valor Nutricional (de Nestum de leite meio gordo
Mel) (de Nestum mel)
% DR*
Energia 1588 kJ 792 kJ
9.0 %
375 kcal 187 kcal
Lípidos 1.3 g 3.0 g 4%
dos quais saturados 0.2g 1.5 g 8%
Hidratos de carbono 80.0 g 31.6 g 12 %
dos quais açucares 29.0 g 16.0 g 18 %
Fibra 5.0 g 1.5 g
Proteínas 8.2 g 7.8 g 16 %
Sal 0.02 g 0.19 g 3%
* DR = Dose de referência para um adulto médio (8400 kJ / 2000 kcal)

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Continente
POR 100g POR 1 refeição 30g
Valor Nutricional (de Flocos de Trigo (de Flocos de Trigo e Mel
e Mel Continente) Continente)
% DR*
1669 kJ 501 kJ
Energia 6.0 %
394 kcal 118 kcal
Lípidos 1.6g 0.5 g 1%
dos quais saturados 0.4g 0.1 g 1%
Hidratos de carbono 84g 25 g 10 %
dos quais açucares 33g 10 g 11 %
Fibra 5.0g 1g
Proteínas 9.2g 2.8 g 6%
Sal 0.03g 0.01 g <1
* DR = Dose de referência para um adulto médio (8400 kJ / 2000 kcal)

Análise Comparativa dos Valores Nutricionais

Podemos detetar diferenças significativas pela análise comparativa dos dois rótulos. Tendo em conta
a energia, observam-se diferenças: o Nestum da Nestlé oferece menos energia (1588 KJ) do que o do
Continente que oferece 1669 KJ ou 375 kcal.

Quanto ao nível de ácidos gordos saturados, por 100 g o Nestum do Continente possui 0.4 g e o da
Nestlé 0,2 g. Para além disso se nos focarmos na gordura (lípidos) também encontramos diferenças:
no caso do Continente, possui 1,6 g e, no caso da Nestlé, 1,3g.

Em relação aos hidratos de carbono por 100g o Nestum do Continente possui 84g, 4g de diferença do
Nestum da Nestlé que possui 80 g. Destes hidratos, existem os açúcares que, no caso do Continente,
existem 33g e, no caso da Nestlé, existem 29 g, logo, menos açucares comparativamente ao anterior.

Tendo em conta o nível proteico, entende-se que o da Nestlé apresenta 8,2 g e o do Continente 9,2 g.

Quando ao nível de sal, o Nestum do Continente apresenta 0,03g e o da Nestlé 0,02g, concluindo-se
que a este nível têm uma diferença mínima.

Finalmente, focando nos níveis de fibra, o Nestum da Nestlé oferece 5g e o do Continente 3,2g, uma
diferença ainda bastante acentuada.

Primeiramente, o nosso objetivo consistia em relacionar o nível de nutrientes por 100g com a dose
diária recomendada. Mas, chegámos à conclusão de que não seria possível, uma vez que as doses
diárias dos dois produtos são diferentes e, por isso, incompatíveis. Repare-se que a dose diária
recomendada do Nestum da Nestlé inclui 30g de Nestum mais 160ml de leite meio gordo, enquanto
que no Nestum do Continente apenas são referidas as 30g de Nestum. Esta comparação levar-nos ia a
erro e a resultados não credíveis.

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Figura 2: Descodificador de Rótulos - DGS

Apresentamos um descodificador de rótulos que nos ajuda a entender corretamente se as quantidades


de gordura, açucares e sal são vantajosas para a nossa saúde.

A nível de gordura (lípidos) percebemos que no caso do Nestum do Continente o nível é médio e, no
caso da Nestlé, o nível é baixo.

A nível de gordura saturada e sal, o nível é baixo para ambos.

A nível de açúcares é alto nas duas marcas, o que não o torna o cereal mais apropriado para um
pequeno-almoço, ou lanche.

Tabelas de Vitaminas Nestlé e Continente

Nestlé
POR 100g POR 1 refeição 30g + 160ml
Vitaminas e Minerais (de Nestum de leite meio gordo
Mel) (de Nestum mel)
% VRN ** % VRN**
Vitamina C 75.0 mg 94 % 25.2 mg 32 %
Tiamina (B1) 1.2 mg 109 % 0.4 mg 38 %
Riboflavina (B2) 1.4 mg 100 % 0.7 mg 51 %
Niacina (B3) 15.3 mg 96 % 4.7 mg 30 %
Vitamina (B6) 1.7 mg 121 % 0.6 mg 42 %
Ácido fólico (B9) 130 µg 65 % 39 µg 20 %
Vitamina B12 1.5 µg 60 % 1.1 µg 45 %
Ác. Pantoténico (B5) 5.1 mg 85 % 2.1 mg 35 %
Cálcio 135 mg 17 % 229 mg 29 %
Ferro 15 mg 107 % 4.6 mg 33 %
** VRN – Valores de Referência do Nutriente

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Continente
POR 100g
Vitaminas e Minerais %VRN **
(de Nestum Mel)
Cálcio 149 mg 19 %
Ferro 15 mg 107 %
Iodo 45 µg 30 %
Vitamina A 220 µg 28 %
Vitamina D 44 µg 880 %
Vitamina E 3.8 mg 32 %
Vitamina C 55 mg 69 %
Vitamina K 14 µg 19 %
Tiamina (B1) 0.7 mg 64 %
Niacina (B3) 10 mg 63 %
Vitamina B6 0.8 mg 57 %
Ácido Fólico (B9) 72 µg 36 %
Vitamina B12 1 µg 20 %
Biotina (B8) 13µg 26 %
Ác. Pantoténico (B5) 2.9 mg 48 %
** VRN – Valores de Referência do Nutriente

Análise Comparativa das Vitaminas

Pela análise das tabelas de vitaminas e minerais de ambos os Nestum, podemos logo perceber que
existe uma diferença significativa quanto ao número de vitaminas de um e outro produto: o Nestum
da Nestlé possui 8 vitaminas, enquanto que o Continente possuí 12. Em termos quantitativos
chegamos á conclusão que o Nestum da Nestlé possui mais vitamina C com uma diferença de 20 mg
comparativamente ao do Continente.

Quanto às vitaminas hidrossolúveis, as vitaminas B, podemos observar que o Nestum da marca Nestlé
possui todas elas em maior gramagem, com diferenças significativas em relação ao Continente. A
vitamina com uma diferença maior é a vitamina B9 (ácido fólico), o Nestum da marca Continente só
possui 72 µg enquanto que o da Nestlé possui 130 µg. Trata-se de uma vitamina essencial para a
produção de DNA e tem um papel importante no metabolismo dos aminoácidos (os constituintes das
proteínas). A vitamina B3 (Niacina), essencial para o metabolismo dos hidratos de carbono, proteínas,
gorduras e indispensável para a síntese das hormonas sexuais, também existe em quantidades
diferentes em ambos, no Nestum da Nestlé existe em 15,3mg e no da marca Continente existe com 10
mg. A vitamina B6 (piridoxina), que contribui para o normal metabolismo produtor de energia
reduzindo o cansaço e a fadiga, existe em maior quantidade no Nestum da Nestlé do que no do
Continente, com uma diferença de 9 mg.

Quanto a minerais, o cálcio é o mineral que existe em maior quantidade no da Nestlé, com 135 mg,
mais 14 mg do que no do Continente. O ferro existe em igual quantidade em ambos e o iodo não existe
no Nestum da Nestlé.

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ADITIVOS

Um aditivo alimentar é uma substância de origem natural ou sintética, com ou sem valor nutritivo,
adicionada intencionalmente durante o fabrico, transformação, preparação, tratamento,
acondicionamento, transporte ou armazenamento de um produto alimentar. Tem como objetivo
conservar, intensificar ou modificar as propriedades dos alimentos, desde que não diminuam o seu
valor nutritivo para melhorarem determinadas características, como a cor, o sabor, a durabilidade ou
a consistência. Nos rótulos, podem ser referenciados pelo código “E” ou pelo nome da substância. Os
aditivos que são utilizados em Portugal são cerca de 312 e dividem-se em 26 categorias consoante a
sua função. É comum um determinado aditivo ter mais do que uma função e enquadrar-se em mais
do que uma destas categorias.

São conhecidos os seguintes grupos de aditivos:

• Corantes (E100-199):

• Conservantes (E200-299);

• Antioxidantes e Reguladores de Acidez (E300-399);

• Emulsionantes, Estabilizantes, Espessantes e gelificantes (E400-499);

• Reguladores de Ph e Anti aglomerantes (E500-599);

• Intensificador de Sabor (E600-699);

• Agentes de Revestimento (E900-999)

Nestum Nestlé

Neste produto, podemos identificar os seguintes aditivos:

• Regulador de Acidez / Conservante / Autiumectante – Carbonato de Cálcio: Utilizado para


alterar e controlar a acidez ou alcalinidade de um nível específico importante para o
processamento, sabor e segurança alimentar. Impede alterações em alimentos causadas por
microrganismos ou enzimas. O controlo inadequado do pH pode resultar no crescimento de
bactérias indesejáveis no produto que poderia ser um perigo potencial à saúde. Também é
capaz de diminuir a tendência de adesão, das partículas individuais.

• Aromatizante – Vanilina: Utilizada para realçar o sabor e aroma dos alimentos.

Continente Nestum

Finalmente neste produto identificamos os seguintes aditivos:

• Emulsionante – Difosfato Férrico (E-450): Têm utilizações como emulsionante, gelificante e


melhorador da cor e da textura; não têm efeitos adversos.

• Regulador de Acidez / Conservante / Autiumectante – Carbonato de Cálcio: Utilizado para


alterar e controlar a acidez ou alcalinidade de um nível específico importante para o

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processamento, sabor e segurança alimentar; proteção contra eventuais alterações causadas
por microrganismos e ajuda na estabilização de produtos que necessitam de estar secos, é
capaz de diminuir a tendência de adesão, das partículas individuais (os flocos).

• Aromatizante – Vanilina: Utilizada para realçar o sabor e aroma dos alimentos.

ALERGÉNIOS

Alérgenos ou alergénios são substâncias de origem natural (ambientais ou alimentares), que podem
induzir uma reação de hipersensibilidade (reação alérgica) em pessoas suscetíveis, que entraram
previamente em contacto com o alergénio. Esta reação de hipersensibilidade envolve o
reconhecimento do alergénio como uma substância “estranha” e alheia ao organismo no primeiro
contacto. Na exposição posterior, o sistema imunológico reage a uma exposição excessiva, com a
libertação de substâncias que alteram a homeostase do organismo, resultando em sintomas de alergia.
Os principais alergénios identificados são de natureza proteica. Muitas destas proteínas podem conter
múltiplos alergénios. Dentro dos principais alergénios alimentares encontra-se o glúten e o leite. Pela
análise dos rótulos e da tabela de ingredientes conclui-se que ambas as marcas de Nestum (Nestlé e
Continente) contêm vestígios de leite e glúten.

• GLUTÉN

O glúten é a principal proteína presente no trigo, aveia, centeio, no geral em cereais amplamente
utilizados na composição de alimentos, medicamentos, bebidas industrializadas, assim como
cosméticos e outros produtos não ingeríveis. Quando se fala em pessoas intolerantes ao glúten é
preciso ter cuidado uma vez que esta proteína agride e danifica as vilosidades do intestino delgado e
prejudica a absorção dos alimentos. O prejudicial e tóxico ao intestino são as “partes do glúten” que
recebem nomes diferentes para cada cereal: no trigo é a gliadina, na cevada é a hordeína, na aveia é
a avenina, e no centeio é a secalina. No caso do Nestum, como a sua constituição é à base de trigo
podemos encontrar “parte do glúten” denominada por gliadina. A intolerância permanente ao glúten
causa a doença celíaca, uma condição considerada crónica e autoimune uma vez que o organismo se
ataca a si mesmo.

• LEITE

Nas proteínas do leite existem mais de 30 sítios alergénicos que podem causar problemas. O que
ocorre na alergia é a produção de grandes quantidades de imunoglobulinas contra os sítios
alergénicos, causando as mais diversas reações. No caso da alergia, é muito difícil mudar os sítios ativos
das proteínas, tornando-os inativos. A melhor forma para contornar esta situação é eliminar da
alimentação essas mesmas proteínas. Por outro lado, também ao leite está associada a intolerância à
lactose. Intolerância e alergia são problemas distintos. Não existe alergia à lactose, pois, sendo um
açúcar, a lactose não apresenta riscos de alergia. Ao contrário da alergia às proteínas do leite, a
intolerância à lactose não envolve o sistema imunológico. Apenas causa problemas a nível digestivo.

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Devido a todos estes fatores, riscos que pessoas intolerantes ao leite, glúten ou outros alergénicos
podem sofrer, os produtos alimentares devem tomar todas as medidas para que o cliente possa saber
efetivamente o que está a comprar. De modo a prevenir contaminações as embalagens tendem e
devem conter por escrito todos os ingredientes que o produto contém. Mesmo que sejam apenas
vestígios, é bastante fulcral essa informação, nada se deve omitir. Pela observação das embalagens de
Nestum das diferentes marcas, concluímos que o risco de contaminação é salvaguardado uma vez que
se encontra escrito a negrito: “Pode conter vestígios de leite/glúten e outros alergénios”

GLOSSÁRIO NUTRICIONAL

Hidratos de Carbono: Os hidratos de carbono, ou glúcidos ou açúcares são um macronutriente (tal


como as gorduras e as proteínas) que podemos encontrar nos alimentos sob a forma de três tipos
principais: açúcar simples, amido e fibra. São imprescindíveis ao bom funcionamento do nosso
organismo e constituem a nossa principal fonte de energia diária. Existem hidratos de carbono simples
e complexos. Os simples são rapidamente absorvidos e digeridos pelo organismo. De facto, são a pior
opção, uma vez que fornecem ao nosso organismo as chamadas "calorias vazias", pois apresentam
falta de vitaminas, minerais e fibras. É o caso por exemplo dos alimentos refinados (açúcar). Por outro
lado, os hidratos de carbono complexo são absorvidos e digeridos lentamente pelo nosso organismo,
sendo assim mais saudáveis, fazendo-nos sentir saciados mais rapidamente. É o caso da batata, arroz,
cereais, leguminosas. É importante incluir os hidratos na nossa dieta, mas sempre com moderação.

Proteínas: As proteínas são moléculas orgânicas compostas de aminoácidos responsáveis pelo


crescimento e pela reparação de tecidos. Também ajudam na produção de enzimas, hormônios,
neurotransmissores e anticorpos, na reposição do gasto energético das células e no transporte de
substâncias para o corpo. Atuam no metabolismo celular e na contração muscular. É essencial manter
uma dieta que inclua as proteínas, de modo a proporcionar o nosso bem-estar, uma vez que quando a
alimentação não proporciona aminoácidos em quantidade e diversidade suficiente, o corpo atrasa ou
interrompe a síntese das proteínas, o que traz uma série de prejuízos ao organismo.

Lípidos: Os lipídios desempenham importantes funções no organismo. São substâncias orgânicas


formadas a partir da associação entre os ácidos graxos e o álcool. Apresentam diversas funções
importantes ao organismo como por exemplo: são uma eficiente reserva energética; atuam como
isolante térmico (principalmente nos períodos mais frios do ano); são responsáveis pela proteção dos
órgãos; são os principais componentes das membranas celulares, fornecem fluidez facilitando os
transportes passivos. Também são fundamentais para o desenvolvimento cerebral. É mais que óbvio
que devemos incluir os lípidos ou gorduras na nossa alimentação, no entanto sempre com uma
limitação uma vez que sendo gorduras, em excesso podem ser prejudiciais contribuindo por exemplo
para o colesterol.

Vitaminas: As vitaminas são nutrientes indispensáveis ao crescimento e à manutenção da vida. Como


o nosso organismo não tem a capacidade de as sintetizar, temos que assegurar a sua ingestão através
da alimentação. São ativas em quantidades muito pequenas e estão envolvidas em vários processos
relacionados com a transferência e armazenamento de energia. As vitaminas não fornecem energia
(calorias), mas como estão envolvidas em diversos processos metabólicos são essenciais para a nossa

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vitalidade, vigor e energia diária. Tradicionalmente as vitaminas agrupam-se de acordo com um critério
de solubilidade em hidrossolúveis (se forem solúveis em água) e lipossolúveis (solúveis em gordura e
que têm de ser veiculadas através de gorduras alimentares). O consumo excessivo de vitaminas
lipossolúveis pode conduzir à sua acumulação nos depósitos de gordura, o que tem poucas vantagens
funcionais, podendo mesmo assumir proporções de toxicidade no caso de um consumo excessivo
prolongado. No grupo das lipossolúveis incluem-se as vitaminas A, D, E, K; todas as restantes vitaminas
fazem parte do grupo de vitaminas hidrossolúveis.

Fibras: Como referido anteriormente as fibras são um tipo de hidrato de carbono e são bastante
difíceis de digerir. São um conjunto de substâncias derivadas de vegetais que são resistentes à digestão
e absorção no intestino delgado humano, com fermentação completa ou parcial no intestino grosso.
As fibras alimentares podem ser classificadas em dois grupos: as solúveis e as insolúveis. De uma
maneira simplificada, podemos dizer que as fibras solúveis se dissolvem em água, e as insolúveis não
possuem essa capacidade. As fibras são essenciais para o funcionamento adequado do intestino,
prevenindo doenças nesse órgão, como o cancro, garantindo a integridade da mucosa intestinal.
Também estão relacionadas com a diminuição do risco de doenças cardiovasculares e diabetes, uma
vez que controlam a glicemia e a pressão arterial. Diminuem as concentrações de colesterol e
proporcionam melhorias no sistema imunológico.

CONCLUSÃO

Começámos este trabalho com um produto em mente, o leite condensado. No entanto, depois de
diversas pesquisas concluímos que não seria apropriado trabalhar com esse tipo de produto, uma vez
que as marcas que íamos apresentar eram bastante parecidas em termos nutricionais. Não existiam
diferenças significativas para fazer uma boa análise comparativa.

Assim, considerámos que devíamos mudar produto para o Nestum, a fim de termos um trabalho mais
consistente a todos os níveis pois temos mais diferenças e conteúdo de comparação. Podemos ter em
conta, no final deste trabalho de análise aspetos a favor e contra o consumo de Nestum.

Consideramos alguns aspetos contra o consumo de Nestum:

• Excesso de calorias que possui. A maior parte do excesso de energia é armazenada sob a
forma de gordura. Outra parte é armazenada como carboidratos, geralmente no fígado e
nos músculos. Como resultado, ganha-se peso corporal e outro tipo de problemas;

• Níveis elevados de hidratos carbono dos quais açúcares. Sendo o açúcar o motor das nossas
células, e tendo estas uma capacidade incrível de se produzirem e vascularizarem em seu redor
para receber o seu alimento “preferido”, deve-se ter cautela ao ingerir estes produtos;

• O facto de existir apenas 6% de mel. Sendo um Nestum de Mel, o elemento principal para
adoçar o produto deveria ser o mel. Sendo um tipo de açúcar natural era muito mais saudável
do que a utilização excessiva de sacarose, que é altamente prejudicial à saúde em quantidades
elevadas;

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• Quantidade disponível de vitaminas no produto. Pela análise dos rótulos conclui-se que as
duas marcas tem elevado nível de vitaminas (Continente tem maior quantidade do que
Nestlé). Tal como já explicado no glossário nutricional, especificamente as vitaminas A, D, E, K
(presentes no Nestum) são vitaminas lipossolúveis e são armazenadas no nosso organismo, no
fígado e na gordura pelo que não necessitamos de as ingerir diariamente: a toma continua
destas vitaminas em quantidades excessivas pode tornar-se tóxica; assim não se deve
consumir Nestum com muita regularidade.

No entanto, existem aspetos positivos:

• Processo de fabrico e conservação. Pela informação adquirida consideramos que é bastante


seguro, complexo e acompanhado desde a colheita ao mercado/consumidor;

• Complexidade do rótulo. O rótulo é bastante informativo em termos nutricionais e confiável,


uma vez que especificam os aditivos e possíveis alergénicos presentes. Deste modo, os
consumidores sabem efetivamente o que estão a consumir e a hipótese de contaminação é
salvaguardada.

Por comparação ainda se pode concluir que o Nestum do Continente possui um maior nível proteico o
que é um aspeto positivo, pois permite ao corpo continuar a sintetizar proteínas para o crescimento e
regeneração de tecidos. No entanto, possui um elevado nível de hidratos de carbono, dos quais
açucares e, como já referimos, estes são de absorção rápida o que tem um efeito nocivo no nosso
organismo.

Repare-se que, embora o Nestum do Continente seja mais barato (2,39 euros) do que o Nestum da
Nestlé (5,99 euros), não devemos ser influenciados pela diferença de preço, pois um gasto mais baixo
pode não compensar em termos nutricionais.

Obtivemos aconselhamento de nutricionistas e concluímos que há alternativas ao consumo do


Nestum. Existem vários tipos de cereais, como o milhete, aveia, o centeio, a cevada. O que se pretende
é o consumo dos grãos inteiros, para que haja uma ingestão de toda a energia proveniente desse grão,
vitaminas, proteínas, minerais e fibra. E, o que é facto é que quando consumimos Nestum não estamos
a ingerir todos os nutrientes do grão, pois a maior parte deles está armazenada na parte mais externa
do grão, que é descartada neste tipo de alimentos. Assim não consideramos de todo, o Nestum uma
escolha saudável e recomendamos o consumo natural de cereais que eventualmente poderão ser
consumidos como uma “papa” semelhante ao Nestum.

Concluímos que um rótulo é a principal ferramenta para a escolha de um produto. Se antes não
analisávamos adequadamente os rótulos dos produtos, agora devemos fazê-lo, pois é uma atitude
simples que pode, todos os dias, levar-nos a tomar escolhas mais saudáveis, que consequentemente
contribuirão para a nossa saúde e bem-estar.

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WEB GRAFIA

1. https://traulitadas.blogs.sapo.pt/12248.html (29/04/2020)

2. https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/nestum-saiba-como-e-feita-uma-das-papas-
favoritas-dos-portugueses-228826 (03/05/2020)

3. https://www.cuf.pt/mais-saude/os-hidratos-de-carbono-sao-bons-ou-maus (03/05/2020)

4. https://www.deco.proteste.pt/alimentacao/produtos-alimentares/noticias/rotulo-dos-
alimentos-guia-para-escolher-bem# (04/05/2020)

5. https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/alergias-alimentares-jpg.aspx (04/05/2020)

6. https://www.asae.gov.pt/seguranca-alimentar/aditivos-alimentares/aditivos-alimentares-
mais-relevantes.aspx (06/05/2020)

7. https://www.farmaciasportuguesas.pt/menu-principal/bem-estar/vida-ativa/nutricao-e-
actividade-fisica/em-que-alimentos-pode-encontrar-as-diferentes-vitaminas.html
(08/05/2020)

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