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Prescrição Intercorrente no Direito Civil

Publicado por Ariela Sznirer

Disponível em:
https://arielasznirer.jusbrasil.com.br/artigos/334800863/prescricao-
intercorrente-no-direito-civil

Conceito
A prescrição intercorrente consiste no arquivamento da uma execução, seja
de título judicial ou extrajudicial, nos casos em que o credor não der
andamento à ela. É a perda do direito do credor de agir em face da
paralização do processo criada por sua própria inércia. José Manoel Arruda
Alvim conceitua o instituto da seguinte forma:

“A chamada prescrição intercorrente é aquela relacionada com o


desaparecimento da proteção ativa, no curso do processo, ao possível direito
material postulado, expressado na pretensão deduzida; quer dizer, é aquela
que se verifica pela inércia continuada e ininterrupta no curso do processo por
seguimento temporal superior àquele em que ocorre a prescrição em dada
hipótese. (ALVIM, 2006, p. 34)”

É um instituto retirado do direito do trabalho, é uma construção doutrinária e


jurisprudencial utilizada na processo de execução do direito civil. O STF
editou duas súmulas fazendo referência à utilização da prescrição
intercorrente nos processos de execução, a súmulas 150[1] que faz referência
ao prazo da prescrição na execução, e a súmula 264[2] faz referência à
utilização da prescrição intercorrente na ação rescisória.

Finalidade
O instituto da prescrição intercorrente tem mais de uma finalidade. A primeira
é a segurança jurídica nos processos de execução no direito civil relacionada
ao Princípio da duração razoável do processo, dado que a partir do momento
em que uma execução é paralisada (seja pela inércia do credor ou por outro
motivo alheio a vontade do devedor), chegará um momento em que tal
processo paralisado não poderá mais existir por ferir tal princípio. A outra
finalidade de tal instituto, ainda ligada à preservação da duração razoável do
processo, é evitar que ocorra a inércia por parte do titular da execução.
Divergências quanto a sua existência
A jurisprudência supriu a omissão do Código de Processo Civil vigente
(“CPC/73”) no que concerne à prescrição intercorrente, concluindo por sua
existência como uma decorrência dos princípios e regras vigentes atualmente.
Questão esta não mais alvo de divergência no Novo Código de Processo
Civil (“NCPC”), o qual possui previsão expressa quanto ao tema.

Sua aceitação pela jurisprudência foi pacificada em razão de sua importância,


uma vez que a inércia injustificada do autor/credor no curso da demanda não
pode resultar em um processo paralisado se perpetuando no tempo sem que
haja qualquer limite, tal questão iria contra diversos princípios processuais,
dentre os quais, o da duração razoável do processo. Restando pacificada a
questão da existência de prescrição intercorrente em ações condenatórias e
executórias.

Tendo em vista que a prescrição é matéria de ordem pública, esta pode ser
constatada pelo juiz de ofício, ou arguida através de objeção de não
executividade ou exceção de pré-executividade, tanto em cumprimento de
sentença quanto em execução, vide art. 219, § 5º[3] e art. 269, IV[4], ambos
do CPC/73, e Súmula 393 do STJ[5], a qual deve ser interpretada de modo a
englobar seu cabimento às execuções em geral e ao cumprimento de
sentença. Além disso, tal matéria também pode ser objeto de impugnação,
conforme previsão do art. 475-L, VI, CPC/73[6].

No entanto, há uma parte da doutrina que discorda desse posicionamento,


afirmando não ser coerente a prescrição intercorrente após o ajuizamento da
ação e citação do réu, uma vez que isso já bastaria para a interrupção da
prescrição, não se podendo alegar inércia do autor nessas condições. No que
concerne à execução fiscal também há os que suscitam que estaria se
fazendo uma confusão de processo com ação, uma vez que o objeto da
prescrição seria o direito de ação do fisco, e não o processo de execução
fiscal, de modo que a ação se consumaria pelo ajuizamento da demanda, não
se podendo falar em prescrição depois disso.

Contudo, deve-se ter em mente que a prescrição visa trazer segurança e


estabilidade às relações jurídicas, de modo que a excessiva e injustificada
duração do processo provocaria instabilidade no Ordenamento Jurídico.

Já no campo do Direito do Trabalho essa questão já não é tão pacífica, uma


vez que o STF editou a Súmula 327[7] quando ainda era competente para
questões laborais, e nesta afirmava ser cabível a prescrição intercorrente.
Todavia, posteriormente o Tribunal Superior do Trabalho editou a Súmula
114[8], a qual afirma exatamente o oposto. Em função desta contradição entre
as súmulas, na prática é possível verificar decisões baseando-se em ambos
os posicionamento.
Fluência do prazo
Quanto à fluência do prazo para se verificar a prescrição intercorrente, firmou-
se o entendimento jurisprudencial de que o prazo prescricional para
cumprimento da sentença será o mesmo que o de prescrição da ação, vide
Súmula 150 do STF[9]. Aplicando-se o mesmo no caso da execução, de
modo que por silogismo, a prescrição intercorrente se dará no mesmo prazo
que seria aquele para o ajuizamento da execução, seja o título judicial ou
extrajudicial, havendo previsão expressa para esta questão no âmbito
tributário, vide Súmula 314 do STJ[10]. Cabendo ressaltar que não há
previsão de prescrição intercorrente quanto à fase de conhecimento. Assim,
verifica-se que o prazo para consumação da prescrição intercorrente está
disposto no direito material, variando de acordo com a natureza da pretensão
a ser satisfeita.

Desta forma, se for verificada a paralisação do processo por inércia da parte


autora por prazo superior ao da prescrição da pretensão, a prescrição se
consumará e o interessado poderá alega-la em qualquer grau de jurisdição,
exceto nos Tribunais Superiores em razão da necessidade de
prequestionamento.

Devendo-se atentar aos casos dos arts. 791, III[11] e 793[12], referente aos
quais a jurisprudência firmou o entendimento de que não há contagem de
prazo prescricional, uma vez que um dos requisitos da prescrição é a inércia
de modo negligente por parte do credor, sendo que neste caso a inércia do
autor decorre de imposição legal, de modo que a prescrição intercorrente
apenas deve ser aplicada quando o credor não cumprir com as diligências
necessárias para o devido andamento processual.

Já no NCPC a questão da fluência do prazo é prevista expressamente no


art. 921[13], o qual estabelece que a execução será suspensa pelo prazo de
um ano quando o executado não possuir bens penhoráveis, começando a fluir
o prazo para prescrição caso o exequente não se manifeste depois de
decorrido o prazo de suspensão. E em caso de se verificar a prescrição
intercorrente, a execução é extinta (art. 924, NCPC[14]).

Termo inicial
O prazo para a prescrição intercorrente na execução é previsto no NCPC, o
qual começa a ser contado após um ano de suspensão, em casos que o
executado não possuía bens penhoráveis e o credor não se manifestou ao
final deste prazo, conforme previsão do art. 921. E por mais que as regras
acerca da prescrição intercorrente tenham ficado restritas ao Livro II, o qual
versa sobre processo de execução, estas regras também são aplicáveis ao
cumprimento de sentença, como consequência da previsão de
subsidiariedade prevista no art. 513[15].
Já no CPC/73 não há qualquer previsão expressa quanto à prescrição
intercorrente, de modo que é possível tomar como base o parágrafo único do
art. 202 do Código Civil, cujo fundamento para a sua aplicação é: “A
prescrição interrompida recomeça a correr da data do ato que a interrompeu,
ou do último ato do processo para a interromper”. De modo que esta irá se
verificar sempre que o autor propuser a demanda e permanecer inerte pelo
mesmo prazo previsto para prescrição da ação.

Também há a hipótese do art. 475-J, § 5, CPC/73[16], de acordo com o qual o


exequente terá o prazo de seis meses para dar início à execução, contando-
se a partir do primeiro dia útil subsequente ao fim do prazo de quinze dias que
tem o devedor de cumprir voluntariamente a obrigação. No caso de o credor
não cumprir com os ônus processuais que lhe competiam nestes seis meses,
o processo será arquivado. Assim, após a determinação de arquivamento
decorrente da inércia do credor, inicia-se o transcurso do prazo da prescrição
intercorrente.

Todavia, cabe salientar que parte da doutrina sustenta que a contagem de


prazo de prescrição intercorrente se inicia com o fim do prazo que o devedor
tem para o adimplemento voluntário, e não da decisão que determinou o
arquivamento dos autos.

Todavia, é mais apropriado o entendimento de que o início da contagem do


prazo da prescrição intercorrente será, em regra, o dia da decisão que
ordenar o arquivamento do processo por falta de bens penhoráveis. E em
caso de omissão do juiz em determiná-lo, contar-se-á da data que deveria tê-
lo determinado, já que a suspensão decorre de imposição legal.

Jurisprudência elucidando a questão:

“APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO NOS TERMOS DO
ART. 269, IV DO CPC. DESÍDIA DO CREDOR. INOCORRÊNCIA. CARTA
PRECATÓRIA EXPEDIDA QUE NUNCA RETORNOU AOS AUTOS. VÁRIAS
PETIÇÕES DO APELANTE PELA NORMALIZAÇÃO DO FEITO, SEM
SUCESSO. FEITO CONCLUSO ENTRE 2003 E 2007. INTIMAÇÃO DO
EXEQUENTE PARA DAR PROSSEGUIMENTO AO FEITO E INFORMAR
INTERESSE. RESPOSTA PELO INTERESSE E PEDIDO DE REALIZAÇÃO
DE NOVA PENHORA SEGUIDO DA SENTENÇA DE EXTINÇÃO.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NÃO CONFIGURADA. SENTENÇA
ANULADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1 - O âmago da questão
aventada reside na configuração, ou não, da prescrição intercorrente
proveniente da paralisação do feito por longo período. 2 - A prescrição
intercorrente pressupõe sempre diligência a ser cumprida pelo autor, ou seja,
a prática de atos indispensáveis ao prosseguimento do feito. Destarte,
somente se deve cogitar a superveniência de prescrição nos casos em que,
verificando-se a possibilidade de se dar prosseguimento ao feito, a parte, a
quem este aproveita, não toma as medidas necessárias. 3 - Depreende-se, da
análise dos autos, que o ora apelante ajuizou ação de execução por título
executivo extrajudicial em face do apelado em 29/11/1984, sendo que em
10/12/1984 foi expedida CARTA PRECATÓRIA de fls. 11, pelo juízo da vara
cível da comarca de Guanambi/BA, ENTRETANTO NÃO HÁ NOS AUTOS
NOTÍCIA DO RETORNO DA REFERIDA CARTA PRECATÓRIA BEM ASSIM
SE HOUVE OU NÃO SEU CUMPRIMENTO, seguindo-se de várias petições
do apelante requerendo informações sobre a carta precatória, e ofícios ao
Juízo deprecado, todos infrutíferos. Depreende-se portanto que o executado
não foi sequer citado. Eis que, em que pese a ausência da prestação
jurisdicional, no sentido de providenciar citação do executado, o juízo intimou
exequente sobre interesse no prosseguimento do feito, fls. 22, tendo o mesmo
se pronunciado, no prazo legal, fls. 29, pelo prosseguimento do feito, tendo
inclusive requerida a expedição de nova carta precatória, razão esta que
afasta a alegação de inércia da parte apelante, visto que, no caso dos autos,
o prazo da prescrição intercorrente somente se iniciaria após a devida
intimação do autor da ação de execução sem o seu pronunciamento. -
RECURSO CONHECIDO E PROVIDO, para anular a sentença, afastando o
reconhecimento da prescrição intercorrente, devendo ocorrer o retorno dos
autos ao juízo de origem para que o processo executivo siga o seu regular
trâmite.” (TJ-BA, Ap n. 00002085520078050088, Rel. Daisy Lago Ribeiro
Coelho, Data de Julgamento: 14/08/2012, Terceira Câmara Cível, Data de
Publicação: 17/11/2012)

Prazo da Prescrição
A ausência de legislação processual sobre o tema criou a necessidade de
debate jurisprudencial, por via dos quais se tem que o prazo prescricional
para o cumprimento de sentença será o mesmo que prazo para o ajuizamento
das ações ordinárias, de acordo com a Sumula 150 do STF “Prescreve a
execução no mesmo prazo de prescrição da ação”, assim, por exemplo, se a
ação monitória pautada em cheque prescreve em cinco anos, nesse mesmo
prazo prescreverá o cumprimento de sentença.

Necessidade de Intimação do Credor


De acordo com a Jurisprudência e do entendimento do STJ é necessária a
intimação pessoal do credor para o reconhecimento da prescrição
intercorrente pelo julgado. Portanto a ausência da intimação pessoal do
credor impossibilita o reconhecimento da prescrição intercorrente.

Prescrição intercorrente na execução fiscal


Execução Fiscal é uma Ação Judicial por meio da qual a Fazenda Pública
busca o crédito que lhe é devido por contribuintes inadimplentes, e encontra
previsão na Lei 6.830 de 22 de setembro 1980 - a Lei de Execuções Fiscais.
Esse processo baseia-se na existência de um título executivo extrajudicial,
correspondente à Certidão de Dívida Ativa (CDA), que goza de presunção de
certeza e liquidez e servirá de fundamento para a cobrança da dívida.

Nesse m ito, poderá ser verificada a prescrição intercorrente, que é


resultante de construção doutrinária e jurisprudencial para punir a negligencia
do titular de direito e também para prestigiar o princípio da segurança jurídica,
que não se coaduna com a eternização de pendências administrativas ou
judiciais. Assim, quando determinado processo administrativo ou judicial fica
paralisado por um tempo longo, por desídia da Fazenda Pública, embora
interrompido ou suspenso o prazo prescricional, este começa a fluir
novamente. (HARADA, 2007, p. 1).

Ou seja, a prescrição intercorrente no processo de Execução Fiscal é a


situação em que a prescrição anteriormente interrompida, geralmente pela
citação, volta a correr no curso do processo diante do sobrestamento dos
autos, (Ernesto José Toniolo (2010, p. 102). Esse instituto se verifica quando
a Fazenda Pública permanece inerte face a uma execução frustrada, que é
quando o devedor não é localizado ou quando não são encontrados bens
passíveis de penhora.

Nessa hipótese, de acordo com a Súmula 314 do Superior Tribunal de Justiça


(STJ Súmula nº 314 - 12/12/2005 - DJ 08.02.2006. Execução Fiscal - Não
Localizados Bens Penhoráveis - Suspensão do Processo - Prazo da
Prescrição Quinquenal Intercorrente. Em execução fiscal, não localizados
bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia
o prazo da prescrição quinquenal intercorrente.), o marco inicial para a
contagem do prazo quinquenal se verifica de acordo com o previsto no caput
do artigo 40 da LEF, qual seja, após a suspensão do curso da execução pelo
juiz pelo período máximo de um ano.)

Portanto, o titular da ação deverá promover o andamento do processo e fará


isso realizando atos que visem localizar o devedor e ens pass veis de
penhora. Não havendo ens nem localizado o devedor, a ação será suspensa
por um ano. Após esse prazo, não sendo localizados, ainda, bens
penhoráveis ou o devedor, a ação será arquivada pelo magistrado,
observadas as regras do art. 40 da LEF.

Durante o tempo em que o processo ficará suspenso, o exequente deverá


atuar, diligentemente, a fim de encontrar o devedor ou ens penhoráveis,
como a expedição de of cios aos cart rios judiciais e extrajudiciais, por
exemplo, de sorte que, nada sendo requerido, ocorrerá o disposto na parte
final do § 2o do art. 40, ou seja, o juiz determinará o arquivamento provis rio
da ação (SANDER; BARANDAS, 2012).
Por se tratar de matéria de ordem pública, a prescrição intercorrente poderá
ser alegada por qualquer das partes em qualquer fase processual, ser
conhecida de ofício pelo juiz ou, até mesmo, ser alegada por meio de exceção
de pré-executividade, independentemente da garantia do juízo e pagamento
de custas e despesas processuais, ao contrário do que ocorre com a defesa
de praxe em execuções que são feitas por meio de ação autônoma de
embargos a execução (ou embargos do devedor), que nos processos fiscais
dependem da garantia do juízo (art. 16 LEF), motivo pelo qual é uma das
principais matérias de defesa nesse tipo de Ação.

Bibliografia
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE NO DIREITO CIVIL: EXTINÇÃO DA

EXECUÇÃO POR INÉRCIA DO CREDOR, Antonio Celso Minhoto

http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,da-prescrição-intercorrente-no-
processo-civil,53292.html
http://jus.com.br/artigos/23725/da-necessidade-de-revisitacao-da-prescrição-
intercorrente-no-processo-civil
http://www.conjur.com.br/2015-jun-19/cpc-estipula-incicio-contagem-
prescrição-intercorrente
http://jus.com.br/artigos/26041/o-fenomeno-da-prescrição-intercorrente-sob-
as-diversas-perspectivas-do-processo-de-execução/2#ixzz3qL2ahnJF

[1] “Súmula 150 STF: Prescreve a execução no mesmo prazo da prescrição


da ação”

[2] “Súmula 264 STF: Verifica-se a prescrição intercorrente pela paralisação


da ação rescis ria por mais de 5 anos”

[3] “Art.2199.§ 5ºº O juiz pronunciará, de of cio, a prescrição.”

[4] “Art. 269. Haverá resolução de mérito: (...)

IV - quando o juiz pronunciar a decadência ou a prescrição;”


[5] Súmula3933/STJ: “A exceção de pré-executividade é admissível na
execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não
demandem dilação pro at ria.”

[6] “Art.475-LL. A impugnação somente poderá versar sobre: (...)

VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como


pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que
superveniente à sentença.”

[7] Súmula3277/STF: “O direito tra alhista admite a prescrição intercorrente.”

[8] Súmula1144/TST: “É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição


intercorrente.”

[9] Súmula1500/STF: “Prescreve a execução no mesmo prazo de prescrição


da ação.”

[10] Súmula3144/STJ: “Em execução fiscal, não localizados ens


penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o
prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente.”

[11] “Art. 791. Suspende-se a execução: (...)

III - quando o devedor não possuir ens penhoráveis.”

[12] “Art. 793. Suspensa a execução, é defeso praticar quaisquer atos


processuais. O juiz poderá, entretanto, ordenar providências cautelares
urgentes.”

[13] “Art. 921. Suspende-se a execução:(...)

III - quando o executado não possuir bens penhoráveis; (...)

§ 1o Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1


(um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.

§ 2o Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o


executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o
arquivamento dos autos.
§ 3o Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a
qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis.

§ 4o Decorrido o prazo de que trata o § 1o sem manifestação do exequente,


começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.

§ 5o O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias,


poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4o e extinguir o
processo.”

[14] “Art. 924. Extingue-se a execução quando:(...)

V - ocorrer a prescrição intercorrente.”

[15] “Art. 513. O cumprimento da sentença será feito segundo as regras deste
Título, observando-se, no que couber e conforme a natureza da obrigação, o
disposto no Livro II da Parte Especial deste C digo. (...)”

[16] “Art.475-JJ. Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa


ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante
da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a
requerimento do credor e observado o disposto no art.6144, inciso II, desta
Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação. (...)

§ 5o Não sendo requerida a execução no prazo de seis meses, o juiz


mandará arquivar os autos, sem prejuízo de seu desarquivamento a pedido
da parte.”

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