UNIVERSIDADE SANTO AMARO – UNISA

SIMONE SILVA CARVALHO

UMA NOVA PERSPECTIVA DE FUTURO ATRAVÉS DA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

PRAIA GRANDE

2022
 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
2 MÉTODOS............................................................................................................ 5
3 A EVOLUÇÃO DA EJA ........................................................................................ 5
4 PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO HUMANIZADA ............................................. 6
5 DIÁLOGOS E PERSPECTIVAS ........................................................................... 7
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 8
7 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS........................................................................................................... 9
ANEXO A - AUTORIZAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO DE TRABALHOS
ACADÊMICOS .......................................................................................................... 10
 UMA NOVA PERSPECTIVA DE FUTURO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS

A NEW PERSPECTIVE FOR THE FUTURE THROUGH THE EDUCATION

OF YOUNG PEOPLE AND ADULTS

Simone Silva Carvalho 1

RESUMO

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) enfrentou muitas barreiras até aqui. É certo,
que nunca foi interessante para os políticos e privilegiados, terem uma sociedade
intelectual, crítica, consciente de seus direitos e de seu potencial. Mas foi chegada a
hora em que, o alto índice de analfabetismo passou a incomodar, porém a
preocupação era com o desenvolvimento do país e não com o analfabeto em si.
Atualmente, ainda há muito a ser feito, mas a educação tornou-se um direito
constitucional e ganhou destaque nas iniciativas políticas públicas. Muitas pessoas
que não tiveram acesso á escola na idade correta, hoje buscam através da educação,
o tão sonhado e esperado futuro melhor. Desde uma simples assinatura, promoção
na empresa atual ou acesso ao ensino superior, através da EJA, os alunos se veem
mais próximos desse novo amanhã. A esperançosa transformação através da
educação. É o que move a maioria dos alunos da EJA até a conclusão.
Palavras chaves: Educação de Jovens e Adultos. Sonhos. Futuro.

ABSTRACT

Youth and Adult Education has(EJA) faced many barrier so far. It is true that it was
never interesting for politicias and e privileged people to have an intellectual society,
critical and awawre of their rights and potential. But the time came when the high
illiteracy rate started to brother, but the concern was with the developmet of coutry and
not witch the illiterat itself. Currenthy, much remais to be done, but education hás
become a constitutional in public policy iniciatives. Many people Who did not have
acess to school at the right age, today seek through aducation, the much dreamed and
expected better future. From a simple subscription, promotion in the current company
or admission to higher education, though EJA, students are closer to this new
tomorrow. The hopeful transformation throwgh education. It is what moves most EJA
students to completion.
Keywords: Youth and Adult Education. Dreams. Future.

1
Discente do Curso de Pedagogia da Universidade Santo Amaro – Unisa, matriculada na disciplina de Trabalho de Conclusão,
sob a orientação da professora Me. Ieda Maria Silva Pinto Barbosa. Email: simoninhasik@gmail.com
Data de entrega: 30/09/2022

3
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo trata da questão social que envolve a Educação de Jovens e
Adultos, da quantidade de pessoas que não tiveram oportunidade de estudar, por
diversos motivos, na maioria dos casos, por ter que lutar pela sua subsistência.

Os analfabetos por muito tempo eram vistos como um problema social, quando
na verdade eram vítimas da desigualdade. Em 1920, mais e 70% da população
brasileira era formada por analfabetos, diante desse índice assustador, as autoridades
tiveram que se movimentar em prol da educação de jovens e adultos. Mas, só a partir
de 1940 políticas públicas inovadoras são implantadas.

O analfabetismo, afeta diretamente a autoestima do indivíduo. Além de travar

seu progresso profissional e financeiro. Para o analfabeto, a alfabetização é vista
como uma realização pessoal.

O objetivo deste estudo é demonstrar a importância da Educação de Jovens e

Adultos, para a formação do cidadão crítico, para a sociedade democrática em que
ele vive, para melhoria dos índices de escolarização, para o acesso ao ensino
superior, entre outros importantes fatores.

O conteúdo apresentado neste artigo tem o intuito de informar, motivar e

conscientizar a respeito da importância da educação, independente da idade, e das
consequências que sua falta faz na vida do cidadão.

Este artigo apresenta o conceito da EJA, mais conhecido como supletivo,

destacando a importância da educação na vida do cidadão e que nunca é tarde para
se ter acesso.

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica qualitativa, que visa informar sobre a

EJA, para que cada vez mais pessoas tenham acesso, mostrar a história de luta que
a envolve e a essencial colaboração de Paulo Freire, para a merecida valorização
dessa modalidade de ensino.

Aponta o significado da alfabetização e conclusão o ensino médio, tanto em

relação à sua afirmação como cidadão, como sua realização pessoal e sua motivação
na busca do futuro almejado.

4
2 MÉTODOS
Em relação à abordagem, trata-se de uma pesquisa qualitativa, pois seu intuito
é agregar conhecimentos e informar em relação ao tema.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, com base em livros e artigos, utilizados
como fonte de dados históricos e apoio para desenvolvimento.

3 A EVOLUÇÃO DA EJA
Durante anos o acesso à educação era apenas um sonho para a maior parte
da sociedade, pois apenas as crianças ricas eram alfabetizadas. Mas com o passar
dos anos, a educação tornou-se acessível a toda e qualquer criança, independente
de cor ou condição social.

Porém, a maioria dos adultos eram analfabetos, vistos pelos demais como
inferiores, não tinham nem mesmo direito ao voto. Eram oprimidos e excluídos, como
mostra a citação a seguir.

A libertação, por isto, é um parto. E um parto doloroso. O homem que nasce

desce parto é um homem novo que só é viável pelasuperação da contradição
opressores-oprimidos, que é a libertação de todos (FREIRE, 1987, p. 24).

Mas com o tempo, a população buscou por direitos através de movimentos que
chamaram a atenção para o número exorbitante de jovens e de adultos analfabetos.

De um movimento educacional, mas também social e político que vem

defender o direito de todos os indivíduos participarem, de uma forma
consciente e responsável, na sociedade de que fazem parte, e de serem
aceitos e respeitados aquilo que os diferencia dos outros (FREIRE 2008,
apud, MONTEIRO e AMORIM, 2020).

Então surgiu o MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização, e anos

depois surge a EJA – Educação de Jovens e Adultos. A EJA é uma modalidade de
ensino destinada aos que não tiveram a oportunidade de estudo na idade apropriada,
com idade mínima de 15 anos para o ensino fundamental e 18 anos para ensino
médio.

Quando a educação torna-se um direito constitucional, a EJA ganha grande

destaque.
5
 Art. 205. A educação, direito de todos e dever o Estado e da família, será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. (CONSTITUIÇÃO, 1988).

Mas infelizmente, até hoje ainda existem pessoas sem acesso à educação, mas
conseguimos grande progresso até aqui.

4 PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO HUMANIZADA

É de extrema importância que o educador entenda que o aluno da EJA é
diferente. Ele normalmente trabalha o dia todo, cuidou da casa ou dos filhos e está
cansado e impaciente, por isso, é preciso um olhar mais humano e solidário.

O conteúdo das aulas é mais enxuto e o período para conclusão mais curto
(cada série é concluída em seis meses), para que esse aluno não desista e chegue
até a conclusão do ensino médio.

O que quero dizer é que a incompetência profissional desqualifica a

autoridade do professor. Outra qualidade indispensável à autoridade em suas
relações com as liberdades é a generosidade. Não há nada que mais
inferiorize a tarefa formadora a autoridade do que a mesquinhez com que se
comporte (FREIRE, 1996, p. 03).

Hoje, a educação humanizada defendida por Paulo Freire, é tema

indispensável na formação em pedagogia, é impossível ter uma trajetória de sucesso
como educador, sem respeitar dificuldades e diferenças dos alunos. Cada ser humano
é único, com suas particularidades e defeitos, isso é que o torna especial e não deve
ser usado para diminuí-lo, mas sim, exaltar as qualidades e auxiliar no que for
necessário, com boa vontade e paciência.

Como ser educador, se não desenvolvo em mim a indispensável

amorosidade aos educandos com que me comprometo e ao próprio processo
formador de que sou parte? Não posso desgostar do que faço sob pena de
não fazê-lo bem. Desrespeitado como gente no desprezo a que é relegada a
prática pedagógica não tenho por que desamá-la e aos educandos. Não
tenho por que exercê-la mal (FREIRE, 1996, p. 75).

Que assim como fez Paulo Freire com os analfabetos, que se unam os
oprimidos. Mas ainda cruzamos com pessoas, que apesar de sua formação como
pedagogo, desconhecem a empatia, culpam a falta de valorização, esquecendo que
o educando é tão vitima do Governo quanto ele.

É que, enquanto a denominação, por sua mesma natureza, exige apenas um

polo dominador e um polo dominado, que se contradizem antagonicamente,
6
 a libertação revolucionária, que busca a superação desta contradição, implica
na existência desses polos e mais numa liderança que emerge no processo
desta busca (itálicos meus). Esta liderança que emerge, ou se identifica com
as massas populares, como oprimida ou não é revolucionária. (FREIRE,
1987, pp.129-130)

Freire deixa claro que a transformação da educação só é possível com a

educação humanizada, com a conscientização do educador como também oprimido,
se colocando no lugar do educando, para entender suas necessidades. Somos todos
iguais perante a lei, mas não perante os tolos!

5 DIÁLOGOS E PERSPECTIVAS
Quando o presente não é tão agradável e nem mesmo chega perto do que
desejamos, o que nos leva a diante?

Talvez a esperança, a fé, um exemplo, um filho ou sua automotivação, algo te

move. E para muitos, a EJA é a luz no fim do túnel.

Muitas pessoas se veem obrigadas a trabalhar com algo que não se identificam,
porque precisam garantir sua sobrevivência e de sua família. Mas estudam muito hoje,
para que amanhã consigam se dedicar ao que realmente amam fazer. E não se trata
de um sonho impossível, pois a educação realmente pode mudar vidas.

O tema da educação como afirmação da liberdade tem antigas ressonâncias,

anteriores mesmo ao pensamento liberal. Persistente desde os antigos
gregos como uma as ideias mais caras do humanismo ocidental e encontra-
se amplamente incorporado a várias correntes da pedagogia moderna. Não
obstante este guarda sua singularidade. Aqui a ideia a liberdade não aparece
apenas como conceito ou como aspiração humana, mas também interessa,
e fundamentalmente, em seu modo de instauração histórica. ...Trata-se,
como veremos, menos de um axioma pedagógico que de um desafio da
história presente (FREIRE, 1975, apud, COSTA, 2016).

É claro que é preciso, muita dedicação e persistência, mas essa consciência

crítica encoraja e impulsiona. De fato, a educação realmente liberta, quebrando
correntes que prenderam os que não a alcançaram, é uma transformação positiva. E
seres transformados, irão transformar sua realidade e seu mundo.

No famoso ´´mundo melhor``, que por diversas vezes aparece em reflexões e

discussões sobre a vida humana, não existe espaço para acomodação, mas terá
sempre espaços para a superação e o pensamento crítico, afim de uma evolução
social através da educação.

7
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise da história da EJA mostra que a dificuldade de acesso à educação

aos mais pobres não é de hoje. Assim como uma importante participação da EJA na
trajetória da educação humanizada.
É indiscutível a contribuição de Paulo Freire para a humanização da educação,
sendo ele um dos personagens principais na história. Assim como, o quanto a
educação influencia na criação da consciência crítica e a afirmação do ser, como
cidadão, dono de seu sonho e sua liberdade.

7 CONCLUSÃO

Paulo Freire foi um importante revolucionário na história da educação em geral,

inovando também a EJA, pois olhou para os menos favorecidos e fez com que fossem
notados.
A falta de acesso à educação interfere na formação do cidadão crítico. E mas
a consciência crítica é acionada independente do indivíduo acessa-la em idade
apropriada ou não. Sendo assim, a EJA se torna uma ferramenta de inclusão social.
Os jovens e adultos podem enxergar na EJA, a esperança de um futuro
promissor, correndo atrás do que lhe foi em algum momento tomado pelas
circunstâncias da vida.
A desigualdade social ainda é presente, mas cabe ao educador trabalhar de tal
forma, que ela não jamais seja lembrada na sala de aula, que sejam todos iguais. E
cabe aos educando, a busca pela informação, conhecimentos e fazer valer os seus
direitos.

8
 REFERÊNCIAS

CONSTITUIÇÃO da Republica Federativa do Brasil, Texto Constitucional, Brasília,

1988.

COSTA Bruno Botelho, Paulo Freire: educador-pensador da libertação, UNICAMP,

São Paulo, 2016. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0103-7307201607906.

FREIRE, Paulo, Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática

educativa, 20ª edição, São Paulo, Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo, Pedagogia do oprimido, 17ª edição, Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1987.

MONTEIRO, José Geraldino, AMORIM Wilma Regina de, Educação de Jovens e

Adultos: princípio educativo para construção do conhecimento, Revista Avanços
e Olhares, Mato Grosso, 2020. Disponível em: https://revista.institutoiesa.
com/arquivos/544.

9
ANEXO A - AUTORIZAÇÃO PARA DIVULGAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

10