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02976EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E A DIVERSIDADE

1. Leia o trecho da obra de Paulo Freire:

A libertação, por isto, é um parto. E um parto doloroso. O homem que nasce deste parto é um homem novo que só
é viável na e pela superação da contradição opressores-oprimidos, que é a libertação de todos. A superação da
contradição é o parto que traz ao mundo este homem novo não mais opressor; não mais oprimido, mas homem
libertando-se. FREIRE, Paulo - Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra.

Avalie as asserções a seguir e suas relações partindo da leitura do texto.


I. Na percepção da diversidade, esse novo sujeito consegue se libertar.
Porque
II. Precisa superar a estrutura de opressão que limita o reconhecimento das subjetividades dos alunos da EJA.

A respeitos dessas asserções, marque a resposta correta.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, a número II não é uma justificativa correta da I.

A número II é uma proposição falsa, I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta.

As asserções I e II não são proposições verdadeiras, a número II é uma justificativa correta da I.

Não existem relações entre as asserções I e II.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, a número I não possui relação com a número II.

Explicação:

Falar de libertação é de extrema importância para o público-alvo da EJA. Nas duas asserções falamos da relação
desse movimento com o reconhecimento das subjetividades. O papel da diversidade é possibilitar um olhar
ampliado do educador, para que ele seja um parceiro desse movimento coletivo de libertar-se.

2. Ao dizer que estamos reafirmando as identidades dos alunos na EJA, oportunizamos:

Uma visão etnocêntrica.

Uma inclusão efetiva dos alunos na educação formal.

O reforço do corpo típico do aluno da EJA.

A procura de um padrão identitário.

Uma separação necessária na educação formal.

Explicação:

A EJA é uma educação reparadora e como tal deve pensar que esse movimento é necessário para manter os
alunos nos bancos escolares do ensino formal. A educação regular, o modelo seriado ou por anos de
escolaridades produziu modelos e tipos ideais de alunos da EJA e precisamos ser agentes constantes de uma
inclusão efetiva dos alunos em suas diversidades.

OS NOVOS RUMOS DA EJA NO BRASIL A PARTIR DOS ANOS 70

3. A Lei n. 4.024/1961 foi a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Assinale a alternativa que
apresenta uma das principais mudanças introduzida pela Lei n. 4.024/1961 em relação aos exames de conclusão
do curso ginasial.

Ampliação do acesso aos exames, permitindo que escolas privadas também os realizassem.

Eliminação da necessidade de estudos prévios para a prestação dos exames.

Abolição da nomenclatura classes especiais ou cursos supletivos.

Redução do número de estabelecimentos oficiais responsáveis pela aplicação dos exames.

Aumento da idade mínima para realização dos exames.


Explicação:

Anteriormente, apenas estabelecimentos oficiais eram responsáveis pela aplicação dos exames de conclusão do
curso ginasial para aqueles que não haviam seguido a seriação escolar. Com a Lei n. 4.024/1961, houve uma
ampliação do acesso, permitindo que escolas privadas autorizadas pelos conselhos e secretarias também
realizassem esses exames. Isso trouxe maior diversidade de locais onde os estudantes poderiam se submeter
aos exames, aumentando as opções disponíveis.

4. Com o final do Regime Militar, houve uma retomada nas visões educacionais anteriores. A Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/1996) marcou o início desta retomada e foi sancionada pela Constituição
Federal de 1988. A Lei de Diretrizes e Bases comporta:

Definir as classes especiais ou cursos supletivos.

Sistematizar os movimentos de educação de base.

Conjunto dos estudantes e das pessoas como um universo de referência, sem limitações.

Ações sociais em defesa da alfabetização.

Recolhimento de recursos destinados à educação.

Explicação:

A Lei 9.394/1996, conhecida como a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), representa um
marco significativo no cenário educacional brasileiro. Dentre os princípios que norteiam essa legislação, destaca-
se aquele que abriga o conjunto das pessoas e dos educandos como um universo de referência sem limitações.
Esse princípio ressalta a importância de uma educação inclusiva, que valoriza a diversidade e promove a
igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.

UMA VISÃO RETROSPECTIVA SOBRE A EJA NO BRASIL

5. (Prefeitura Municipal de Senador Eloi de Souza/2014) Segundo dados oficiais, os índices de distorção idade-série
nos anos finais do ensino fundamental no Rio Grande do Norte chegam a 41%, ou seja, em cada 100 alunos, 41
estão com atraso de dois anos ou mais. Diante desse fenômeno, a ação dos gestores tende a ser matricular esse
contingente de estudantes na Educação de Jovens e Adultos - EJA. Essa atitude dos gestores revela:

Um processo de falta de conhecimento sobre o EJA e sua História, afinal estamos em um momento de
ampliação da demanda desta modalidade.
Um equívoco decorrente da falta de conhecimento da legislação educacional brasileira, que aponta que
somente estudantes a partir de 21 anos deveriam ser matriculados na EJA.
Uma compreensão adequada da legislação educacional brasileira sobre a EJA, na medida em que protege
os educandos da exclusão, integrando-os ao sistema do Ensino Supletivo vigente.
Uma coerência com as determinações das Diretrizes Curriculares Nacionais, que orientam a que a EJA seja
o principal mecanismo de correção de fluxos da educação básica nesses casos.
Um equívoco profundo, pois classes de aceleração e educação de jovens e adultos são categorias distintas
na organização do trabalho pedagógico.

Explicação:

A resposta correta é: Um equívoco profundo, pois classes de aceleração e educação de jovens e adultos são
categorias distintas na organização do trabalho pedagógico.

6. No Parecer 11/2000, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, lê-se
que: "Não se pode considerar a EJA e o novo conceito que a orienta apenas como um processo inicial de
alfabetização. A EJA busca formar e incentivar o leitor de livros e das múltiplas linguagens visuais juntamente com
as dimensões do trabalho e da cidadania. Ora, isto requer algo mais desta modalidade que tem diante de si
pessoas maduras e talhadas por experiências mais longas de vida e de trabalho". Com base nessa afirmação, é
correto afirmar:

A função do EJA é preparar para que os adultos estejam aptos para retornar ao ensino regular.
A EJA deve priorizar os sujeitos excluídos da escola para serem alfabetizados e se prepararem para a
inserção no mercado de trabalho.
A EJA não se resume à alfabetização, mas se apresenta como modalidade que atravessa toda a educação
básica.
O novo conceito da EJA em vigor na educação brasileira a considera como modalidade voltada apenas à
alfabetização de jovens e adultos, para que cada um, após alfabetizado, possa se inserir em curso de
capacitação de mão de obra.
A alfabetização de jovens e adultos não é tarefa da escola, e sim de projetos que possibilitem a essas
pessoas se matricularem no ensino fundamental e trilharem seu percurso formativo escolar.

Explicação:

A resposta correta é: A EJA não se resume à alfabetização, mas se apresenta como modalidade que atravessa
toda a educação básica.

AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE

7. (Prefeitura de Ibirité - MG / 2016) Paulo Freire (1986), ao destacar a necessidade de uma reflexão crítica sobre a
prática educativa, para que a teoria não se transforme apenas em discurso, fala da esperança e do otimismo
necessários para mudanças e da necessidade de nunca se acomodar. Segundo o autor, "somos seres
condicionados, mas não determinados". Nessa perspectiva, assinale a seguir a alternativa CORRETA.

Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação.

Ensinar exige lidar com as condições econômicas e preparar o proletariado para a revolução.

Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural.

Ensinar exige a desmistificação das palavras pelo exemplo.

Ensinar exige transferência de conhecimentos.

Explicação:

A resposta correta é: Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação.

8. Paulo Freire afirma que: "O educador precisa partir do seu conhecimento de vida e do conhecimento de vida do
educando, caso contrário o educador falha". EDUCAÇÃO e mudança. Produção de Paulo Freire. São Paulo: BB-
Educar, 1994. 1 Videocassete (51 min.): VHS, Ntsc, son., color. Com narrativa. Didático.

A partir do exposto, analise as afirmativas:


I- Paulo Freire sugere que o educador valorize o universo cultural do educando.
II- Os conteúdos devem ser selecionados mediante análise da cultura do alunado.
III- O educador falha quando, não obstante, despreza o universo cultural do educando.
IV- Não existe contradição entre material didático e conteúdos selecionados na EJA

Estão corretas somente as afirmativas:

II, III e IV.

I, II e III.

III e IV.

I e III

II e IV.

Explicação:

Para Paulo Freire, todos os educandos, ao chegarem à escola, trazem algum tipo de conhecimento. Sejam
crianças, jovens ou adultos, todos trazem seus "saberes de experiência feitos" - aquilo que aprenderam em suas
vidas cotidianas - para dentro das escolas. Caberia, então, à escolarização produzir a ascensão dos educandos a
saberes escolares formais. Essa noção cria a impressão de que, para o autor, os conhecimentos formais e os
saberes de experiência feitos são opostos ou muito distintos, e que, de um ao outro o processo é de ascensão, o
que significaria uma compreensão de que existe uma hierarquia entre eles. Contudo, numa leitura mais atenta,
percebemos outras possibilidades de entendimento.
OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO

9. Apesar do esforço de vários segmentos da sociedade civil, no sentido de transformar as bases em que são
definidas as políticas no campo da EJA, esta modalidade de ensino ainda mantém muitas características das
iniciativas do passado que estabelece uma perspectiva compensatória, que visa repor o tempo de estudos perdido
e qualificar para o mercado de trabalho. Buscando superar essa concepção, o EJA possui, na visão
contemporânea, três funções. Assinale a alternativa que apresenta corretamente estas funções.

Preparatória, Equilizadora e Qualificadora

Reparadora, Compensatória e Qualificadora

Reparadora, Equilizadora e Lúdica

Excludente, Equilizadora e Qualificadora

Reparadora, Equilizadora e Qualificadora

Explicação: Gabarito: Reparadora, Equilizadora e Qualificadora

O estabelecimento das funções da EJA ultrapassa a concepção antiga de suplência e de compensação da


escolaridade não alcançada na idade considerada adequada pela legislação. Na visão contemporânea, isso vai
além, já que contribui significativamente para a organização do que se espera da modalidade e para o
estabelecimento de três funções da EJA: a reparadora, que indica a restauração do direito negado à educação
por meio do reconhecimento da necessária oferta de escolarização de qualidade social; a equilizadora, que se
refere à possibilidade de se assegurar melhores e maiores oportunidades de acesso à educação para as
pessoas jovens, adultas e idosas que interromperam, de forma forçada, seus estudos por situações de
repetência ou pela necessidade de deixarem a escola, o que muitas vezes é provocado pela ausência de
condições ou de oportunidades para eles permanecerem nela e a qualificadora ou permanente, reconhecida
como o sentido pleno da EJA por considerar a incompletude do ser humano, que tem um imenso potencial de
aprender sempre e, portanto, ao longo da vida.

10. O decreto de nº 5.475 de 22 de junho de 2005 em seu Artigo 2º institui:

A Comissão Nacional de Ensino Fundamental onde altera para nove anos a sua duração.
A Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, órgão colegiado de caráter
consultivo, com o objetivo de assessorar o Ministério da Educação na formulação e implementação das
políticas nacionais e na execução das ações de alfabetização e de educação de jovens e adultos.
A Comissão Nacional de Educação Infantil como parte integrante da Educação Básica.

A Comissão de Desenvolvimento da Educação Tecnológica parte integrante da Educação Básica.


A organização do EJA como uma modalidade específica de educação e a gestão por meio de um conselho
vinculado ao INEP.

Explicação:

A resposta correta é: A organização do EJA como uma modalidade específica de educação e a gestão por meio
de um conselho vinculado ao INEP.

UMA VISÃO RETROSPECTIVA SOBRE A EJA NO BRASIL

1. Pensando a Educação de Adultos, mesmo dentro da problemática do ensino elementar, nota-se que a partir dos
anos de 1920 ela começa a ter uma importância maior. Sobre isso, analise as afirmativas:

I. No início do governo Getúlio Vargas teremos a primeira manifestação em direção da separação da Educação
dos Adultos da Educação Elementar Comum.
II. O Censo de 1940 apresentou altos índices de analfabetismo e mais uma vez a problemática do analfabetismo
concentra atenções.
III. O tema passa a ter maior relevância e destacar-se como uma temática distinta daquela relacionada à difusão
do ensino elementar das crianças em idade escolar.
IV. Neste período os baixos índices de analfabetismo fizeram com que a Educação de Jovens e Adultos fosse
pensada para níveis superiores de instrução, elevando os investimentos como nunca visto.

É correto o que se afirma em:


I, II e III, apenas.

I, II, III e IV.

I e III, apenas.

II e IV, apenas.

I e II, apenas.

Explicação:

A Educação de Adultos desde os anos de 1920 passa a ter uma importância maior, embora ainda seja discutida
dentro da problemática do ensino elementar. No início do governo Getúlio Vargas teremos a primeira
manifestação em direção da separação da Educação dos Adultos da Educação Elementar Comum. A experiência
do Distrito Federal também chamou a atenção para a Educação de Adultos. O censo de 1940 mostrou que 55%
da população em idade economicamente ativa era analfabeta. Assim o tema passa a ter maior relevância e
destacar-se como uma temática distinta daquela relacionada à difusão do ensino elementar das crianças em
idade escolar.

2. O período entre 1959 e 1964 é tido por vários estudiosos como um momento de intensa busca de renovação
pedagógica no seio da Educação de Adultos no Brasil, dada a profusão de movimentos e iniciativas pedagógicas
organizadas a partir do paradigma da Educação Popular, cujo nome mais evidente e reconhecido é o do educador
Paulo Freire. Tendo como base o paradigma da Educação Popular, considere as afirmativas abaixo:

I. A Educação Popular é uma concepção que esteve presente nas primeiras experiências de Paulo Freire com o
MOBRAL.
II. O paradigma da Educação Popular tem seu nascimento associado a experiências de movimentos sociais
populares fora do sistema escolar.
III. A Educação Popular é uma concepção pedagógica que tem, atualmente, forte presença em iniciativas com
jovens e adultos não apenas na área de alfabetização, como também junto a experiências de organização sindical,
de associações comunitárias e de empreendimentos de economia solidária.
IV. O paradigma da Educação Popular encontra-se atualmente renovado em função da ativa produção do
educador Lourenço Filho que, ainda hoje, coordena vários projetos e iniciativas com base em seus escritos.

Em relação ao exposto, estão corretas somente as alternativas

I e IV.

I e III.

III e IV.

II e III.

I e II.

Explicação:

A resposta correta é: II e III.

3. O início dos anos 60 marca a emergência de novas ideias pedagógicas e a instauração de um novo paradigma
educativo para a área. Paulo Freire passa a relacionar a questão do analfabetismo a situação de miséria que
grande parte da população brasileira estava submetida. Por esse paradigma, educar é acima de tudo:

mais um fazer pedagógico que deve ser padronizado.

o ensino de conteúdos, somente.

um ato político que gera autonomia e cidadania.

uma ação cotidiana nas escolas que não deve ser alterada.

mais uma tarefa profissional que estimula a formação de professores.


Explicação:

Paulo Freire defende que a educação deve gerar autonomia dos sujeitos, dando mais capacidade de escolha
como fundamento. Cabe ao professor deve exercer a prática docente para que os alunos tenham autonomia para
aprender sendo a educação um instrumento para inclusão e a cidadania.

4. O segundo Congresso Nacional de Educação de Adultos, realizado no Rio de Janeiro, em 1958, torna-se o epicentro para o
país desse debate e dessa nova concepção para a educação de adultos. A delegação de Pernambuco, da qual fazia parte
Paulo Freire, defende, em seu relatório, que o problema do analfabetismo no Nordeste era um problema relacionado:

aos projetos políticos pedagógicos.

a falta de direitos políticos.

a situação de desigualdade social.

a ausência de um ensino filosófico.

a má formação de professores.

Explicação:

Uma das importantes fontes para esses movimentos foi a conclusão apresentada por Paulo Freire no 2º
Congresso Nacional de Educação de Adultos, em 1958, quando ele afirma que o problema do analfabetismo no
Brasil é a situação de desigualdade social em que vive a maior parte da população. Complementa dizendo que
não haverá sucesso na luta contra o analfabetismo sem encarar o problema da desigualdade e das más
condições de vida da população.

5. (Prefeitura Municipal de Senador Eloi de Souza/2014) Segundo dados oficiais, os índices de distorção idade-série
nos anos finais do ensino fundamental no Rio Grande do Norte chegam a 41%, ou seja, em cada 100 alunos, 41
estão com atraso de dois anos ou mais. Diante desse fenômeno, a ação dos gestores tende a ser matricular esse
contingente de estudantes na Educação de Jovens e Adultos - EJA. Essa atitude dos gestores revela:

Um equívoco decorrente da falta de conhecimento da legislação educacional brasileira, que aponta que
somente estudantes a partir de 21 anos deveriam ser matriculados na EJA.
Um equívoco profundo, pois classes de aceleração e educação de jovens e adultos são categorias distintas
na organização do trabalho pedagógico.
Um processo de falta de conhecimento sobre o EJA e sua História, afinal estamos em um momento de
ampliação da demanda desta modalidade.
Uma compreensão adequada da legislação educacional brasileira sobre a EJA, na medida em que protege
os educandos da exclusão, integrando-os ao sistema do Ensino Supletivo vigente.
Uma coerência com as determinações das Diretrizes Curriculares Nacionais, que orientam a que a EJA seja
o principal mecanismo de correção de fluxos da educação básica nesses casos.

Explicação:

A resposta correta é: Um equívoco profundo, pois classes de aceleração e educação de jovens e adultos são
categorias distintas na organização do trabalho pedagógico.

6. No Parecer 11/2000, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos, lê-se que: "Não
se pode considerar a EJA e o novo conceito que a orienta apenas como um processo inicial de alfabetização. A EJA busca
formar e incentivar o leitor de livros e das múltiplas linguagens visuais juntamente com as dimensões do trabalho e da
cidadania. Ora, isto requer algo mais desta modalidade que tem diante de si pessoas maduras e talhadas por experiências
mais longas de vida e de trabalho". Com base nessa afirmação, é correto afirmar:

O novo conceito da EJA em vigor na educação brasileira a considera como modalidade voltada apenas à
alfabetização de jovens e adultos, para que cada um, após alfabetizado, possa se inserir em curso de
capacitação de mão de obra.
A função do EJA é preparar para que os adultos estejam aptos para retornar ao ensino regular.
A EJA não se resume à alfabetização, mas se apresenta como modalidade que atravessa toda a educação
básica.
A alfabetização de jovens e adultos não é tarefa da escola, e sim de projetos que possibilitem a essas
pessoas se matricularem no ensino fundamental e trilharem seu percurso formativo escolar.
A EJA deve priorizar os sujeitos excluídos da escola para serem alfabetizados e se prepararem para a
inserção no mercado de trabalho.
Explicação:

A resposta correta é: A EJA não se resume à alfabetização, mas se apresenta como modalidade que atravessa
toda a educação básica.

7. A Educação de Jovens e Adultos abarca processos formativos diversos, cuja efetivação se dá a partir da interação
de uma variedade de atores. Por um lado, envolve o Estado, as organizações da sociedade civil e o setor privado,
entre outros, e, por outro, uma gama diversificada e extensa de sujeitos, representantes das camadas mais
empobrecidas da população. São trabalhadores e não trabalhadores, indivíduos das populações das regiões
metropolitanas e rurais, internos penitenciários, contingentes esses que, em sua maioria, são formados por jovens,
afrodescendentes, como também portadores de necessidades especiais. Nesse contexto, é correto afirmar que a
EJA:

Atualmente é formada por trabalhadores que esperam melhorar sua condição de emprego e renda com um
aumento da escolarização.
Começa como um estudo voltado a camponeses, mas depois se torna uma referência urbana.
Atualmente é formada, principalmente, por adultos analfabetos que não tiveram acesso à educação escolar
quando crianças e/ou adolescentes.
Conta com uma diversidade de sujeitos cujo elemento de homogeneidade é o pertencimento às classes
economicamente subalternas de nossa sociedade.
É um todo homogêneo de pessoas que atrasaram seus estudos e que pretendem retornar ao ensino regular
e concluí-lo em direção a uma universidade.

Explicação:

A resposta correta é: Conta com uma diversidade de sujeitos cujo elemento de homogeneidade é o
pertencimento às classes economicamente subalternas de nossa sociedade.

8. Dados oficiais e pesquisas recentes têm apontado que, diferentemente de tempos passados, a maior parte das
pessoas que busca no sistema educacional brasileiro oportunidades de estudos acelerados em horário noturno
não são adultos ou idosos analfabetos, mas, principalmente, adolescentes e jovens pobres que, após realizar uma
trajetória escolar descontínua, marcada por insucessos e desistências, retornam à escola em busca de credenciais
escolares e de espaços de aprendizagem, sociabilidade e expressão cultural. Esse processo é um fenômeno:

Que, segundo Paulo Freire, é resultante de um processo de opressão das classes populares do país.
Que se segue os direcionamentos dos educadores e pesquisadores da Educação quando tratam do Ensino
de Jovens e Adultos.
Que se deve à combinação de fatores ligados ao mercado de trabalho e ao sistema educativo,
potencializados pela redução da idade mínima para frequentar a EJA (LDB, 1996).
Que se constitui numa estratégia oficial para aproximar os estudantes jovens e os adultos analfabetos em
uma mesma turma.
Que está presente na educação de jovens e adultos desde os anos 1940, quando o governo brasileiro criou
o Ensino Supletivo.

Explicação:

A resposta correta é: Que se deve à combinação de fatores ligados ao mercado de trabalho e ao sistema
educativo, potencializados pela redução da idade mínima para frequentar a EJA (LDB, 1996).

9. Numa sociedade predominantemente grafocêntrica, onde o código escrito ocupa posição privilegiada, um problema
a ser enfrentado é o não acesso igualitário ao domínio da leitura e da escrita. As raízes da negação a esse direito
são de ordem histórico-social, na medida em que, no Brasil, o caráter subalterno atribuído pelas elites dirigentes à
educação escolar de negros escravizados, índios reduzidos, caboclos migrantes e trabalhadores braçais, entre
outros, impediu-os da plena cidadania, de modo que os descendentes desses grupos ainda hoje sofrem as
consequências dessa realidade histórica. Assim, de acordo com a maturação das estratégias do EJA como um
processo de cidadania podemos afirmar que o EJA tem uma função:

Econômica, para permitir uma melhoria da qualidade de vida e buscar empregos melhores.
Equalizadora, dado o seu papel de transformar os educandos dessa modalidade em sujeitos que possam
retornar ao ensino regular em condições de igualdade de aprendizagem com os demais sujeitos.
Reparadora, pela qual reconhece a dívida social histórica e se posiciona como mecanismo não só de
entrada dos sujeitos no circuito dos direitos civis pela restauração de um direito negado (o direito a uma
escola de qualidade), mas também como reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer
ser humano.
Social, que possibilita a inserção das pessoas a quem foram negados os direitos elementares de acesso à
educação básica.
Qualificadora, pela qual possibilita ao sujeito o aprendizado e a apropriação do código escrito: ferramenta
que o qualifica como trabalhador produtivo e inserido na sociedade.

Explicação:

A resposta correta é: Reparadora, pela qual reconhece a dívida social histórica e se posiciona como mecanismo
não só de entrada dos sujeitos no circuito dos direitos civis pela restauração de um direito negado (o direito a
uma escola de qualidade), mas também como reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer
ser humano.

10. Antes da Constituição de 1988, alunos com dificuldade eram separados para outras formas de ensino e alunos
com problemas de indisciplina ou eram punidos ou eram enviados para centros. Podemos indicar como exemplo
de um desses centros

FUNDAÇÃO CASA

FUNABEM

MOBRAL

PROJOVEM

EJA

Explicação:

A resposta correta é: FUNABEM

AS CONTRIBUIÇÕES DE PAULO FREIRE

1. Para Freire, a principal missão das instituições de ensino deve ser a de emancipar a autonomia e o espírito
protagonista do estudante, libertá-lo do estado de heteronomia imposto por um sistema opressor, neoliberal; tirar o
estudante de uma cultura do medo, da alienação, da subserviência, para um lugar de "fala", autônomo,
responsável pelo seu próprio percurso formativo, agindo com espírito crítico, maduro e tolerante no mundo ao seu
redor. Essa autonomia não tem data e hora marcadas, acontece durante toda a nossa vida, variando de acordo
com o contexto intrapessoal e social de cada indivíduo. FREITAS, T. C. DE; LACERDA, J. DE S. A "Pedagogia da
Autonomia" de Freire e a "Autocomunicação de Massa" de Castells no fortalecimento do protagonismo estudantil
na educação híbrida em tempos de pandemia. Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, v. 44, n.
3, p. 145-158, dez. 2021. Com adaptações.

Considerando as informações acima, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas

I. A ação pedagógica, contribui para a autorreflexão do próprio aluno sobre o seu processo de construção do
conhecimento.

PORQUE

II. Para Freire, os alunos devem ser estimulados a conhecer sua realidade e seus condicionantes histórico-sociais,
construindo alternativas de superação, enfrentamento e fortalecimento da cidadania negada.

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

As asserções I e II são proposições falsas.

A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.

A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.


Explicação:

A atuação pedagógica de Freire não dissociava os processos de aprendizagem da luta pela igualdade social e
pela garantia dos direitos cidadãos daqueles com quem trabalhava - as populações pobres do Brasil, do restante
da América Latina e da África. A educação estimula a autonomia, respeita os saberes trazidos pelos alunos e os
entende como parte fundamental do diálogo e das vivências.

2. ( IFRS / 2016 - Adaptada) Diversos pedagogos, ao discutir a postura do educador ante as demandas de mudança
social em uma sociedade em conflito, destacam os fazeres que competiriam ao que chamaram de novo educador.
Assinale a alternativa a seguir que traduz com maior exatidão essa questão:

Desescolarizar a educação, reinventá-la, problematizar as suas condições objetivas para que uma
educação realmente inovadora seja possível, criar uma alternativa pedagógica que contribua com a
formação de cidadãos, preocupados com a superação da competitividade.
Problematizar a educação, redirecioná-la, criar as condições objetivas para que uma educação profissional
realmente prática seja possível, criar uma alternativa pedagógica que contribua com a formação de sujeitos
ocupados com a superação do desemprego.
Refazer a educação, transformá-la, a partir de novas políticas educacionais para que uma educação
realmente prática seja possível, criar uma alternativa pedagógica que contribua com a formação de sujeitos
ativos, ocupados com a superação do tão atual passivismo.
Repensar a educação, modificá-la, desenvolvendo metodologias de ensino que promovam a participação
em sala de aula e contribuam com a formação de sujeitos participativos, preocupados com a superação do
silêncio provocado pelo mutismo pedagógico.
Refazer a educação, reinventá-la, criar as condições objetivas para que uma educação realmente
democrática seja possível, criar uma alternativa pedagógica que contribua com a formação de sujeitos
solidários, preocupados com a superação do individualismo.

Explicação:

A resposta correta é: Refazer a educação, reinventá-la, criar as condições objetivas para que uma educação
realmente democrática seja possível, criar uma alternativa pedagógica que contribua com a formação de sujeitos
solidários, preocupados com a superação do individualismo.

3. Nas últimas décadas, mais adultos buscaram o retorno aos bancos escolares, seja por necessidade de alfabetização, seja
com fins laborais. E, mais recentemente, a EJA também tem recebido muitos jovens que abandonaram as classes
regulares. Nesse sentido, é fundamental um referencial pedagógico que faça frente a esse desafio, já que a cidadania é
consolidada a partir de um "espaço de construção" que vai além dos muros da escola. Segundo Freire (1989, p. 6), a
liberdade é "a matriz que atribui sentido a uma prática educativa que só pode alcançar efetividade e eficácia na medida da
participação livre e crítica dos educados". Com base nesse pressuposto, a educação libertadora tem entre seus princípios a
dialogicidade, a problematização e a reflexão crítica. GONÇALVES, F. C. L.; DAL-FARRA, R. A. A educação libertadora de
Paulo Freire e o teatro na educação em saúde: experiências em uma escola pública no Brasil. Pro-Posições, v. 29, n. 3, p.
401-422, set. 2018. Com adaptações.

São princípios da educação libertadora:

I. Acreditar na igualdade fundamental entre os seres humanos.

II. Buscar a transformação social como meio de contribuir para a justiça social.

III. Organizar-se como um processo em que as pessoas sejam sujeitos de sua própria formação.

IV. A educação libertadora tem como princípio fundamental a educação bancária.

É correto o que se afirma em:

III e IV, apenas.

II e III, apenas.

I e II, apenas.

I, II e III.

II e IV, apenas.
Data Resp.: 30/11/2023 12:43:51
Explicação:

Para Freire, a dialogicidade do processo de alfabetização envolve uma dialética do concreto vivido ao abstrato,
que permitirá voltar ao concreto com a ampliação e estruturação consciente da compreensão dos significados
daquilo que se vivencia. É isso que o educador-educando, que percebe a função libertadora da educação e atua
nesse sentido, busca desenvolver. A educação libertadora é transformadora e igualitária, valorizando o aluno e
suas vivências, rejeitando os princípios da educação bancária.

Paulo Freire é a referência principal de um novo paradigma teórico e pedagógico para a EJA. A sua proposta de
alfabetização, teoricamente sustentada em uma outra visão socialmente compromissada, inspirará os programas
de alfabetização e educação popular realizados no país nesse início dos anos 1960.

4. (IFRS / 2016 - Adaptada) Considerando a trajetória histórica da EJA em nosso país, assinale a alternativa que tem maior
relação entre o texto e o contexto da proposta de Paulo Freire.

A EJA foi reconhecida e recebeu um tratamento particular, pela primeira vez, com o PNE, previsto pela
Constituição Federal de 1988.
Projetos como o de Paulo Freire mudam a metodologia do ensino de adultos, valorizando a autonomia e o
conhecimento dessas populações.
Com a LDB nº 9.394/96, a nomenclatura Ensino Supletivo passa para a EJA, e reduziu-se a idade para a
realização dos exames em relação à Lei nº 5.692/71.
Durante o período militar foram realizadas grandes campanhas nacionais, e com a Lei nº 5.379, de 15 de
dezembro de 1967, foi criado o MOBRAL, a primeira campanha da história para alfabetizar adultos.
A Constituição Federal de 1988 ampliou o direito de acesso à educação fundamental para todos os
cidadãos, independentemente da idade.

Explicação:

A resposta correta é: Projetos como o de Paulo Freire mudam a metodologia do ensino de adultos, valorizando a
autonomia e o conhecimento dessas populações.

5. Paulo Freire trouxe para a educação brasileira alguns conceitos que se tornaram referência para o Brasil e para outros
países. Dentre os pontos fundamentais apresentados em suas obras, podemos apontar:

I. Leitura de mundo.
II. Conscientização.
III. Feedback.
IV. Libertação.
V. Autonomia.

Estão corretos apenas os itens:

II, III, IV e V.

I, II e III.

II, III e IV.

I, II, IV e V.

III, IV e V.

Explicação:

A obra de Paulo Freire e o seu método são profundamente marcados pela vontade política de soerguer um novo
tipo de educação, capaz de dar autonomia às classes dominadas por meio do diálogo e de uma educação
emancipadora, capaz de contribuir para a transformação social. Em sua abordagem, Freire entende que o saber
de experiência feito traduz a leitura de mundo dos educandos e deve ser tomado como ponto de partida na
relação educador-educandos, e implica, portanto, o saber escutar por parte do educador, a fim de formar o
educando para a consciência crítica e para a libertação.
6. (Prefeitura de Ibirité - MG / 2016) Paulo Freire (1986), ao destacar a necessidade de uma reflexão crítica sobre a prática
educativa, para que a teoria não se transforme apenas em discurso, fala da esperança e do otimismo necessários para
mudanças e da necessidade de nunca se acomodar. Segundo o autor, "somos seres condicionados, mas não
determinados". Nessa perspectiva, assinale a seguir a alternativa CORRETA.

Ensinar exige lidar com as condições econômicas e preparar o proletariado para a revolução.

Ensinar exige a desmistificação das palavras pelo exemplo.

Ensinar exige transferência de conhecimentos.

Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação.

Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural.

Explicação:

A resposta correta é: Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação.

7. Paulo Freire afirma que: "O educador precisa partir do seu conhecimento de vida e do conhecimento de vida do
educando, caso contrário o educador falha". EDUCAÇÃO e mudança. Produção de Paulo Freire. São Paulo: BB-
Educar, 1994. 1 Videocassete (51 min.): VHS, Ntsc, son., color. Com narrativa. Didático.

A partir do exposto, analise as afirmativas:

I- Paulo Freire sugere que o educador valorize o universo cultural do educando.

II- Os conteúdos devem ser selecionados mediante análise da cultura do alunado.

III- O educador falha quando, não obstante, despreza o universo cultural do educando.

IV- Não existe contradição entre material didático e conteúdos selecionados na EJA

Estão corretas somente as afirmativas:

III e IV.

I, II e III.

II, III e IV.

II e IV.

I e III

Explicação:

Para Paulo Freire, todos os educandos, ao chegarem à escola, trazem algum tipo de conhecimento. Sejam
crianças, jovens ou adultos, todos trazem seus "saberes de experiência feitos" - aquilo que aprenderam em suas
vidas cotidianas - para dentro das escolas. Caberia, então, à escolarização produzir a ascensão dos educandos a
saberes escolares formais. Essa noção cria a impressão de que, para o autor, os conhecimentos formais e os
saberes de experiência feitos são opostos ou muito distintos, e que, de um ao outro o processo é de ascensão, o
que significaria uma compreensão de que existe uma hierarquia entre eles. Contudo, numa leitura mais atenta,
percebemos outras possibilidades de entendimento.

8. (SEDUC - AM / 2018) "Você, eu, um sem-número de educadores sabemos todos que a educação não é a chave
das transformações do mundo, mas sabemos também que as mudanças do mundo são um quefazer educativo em
si mesmas. Sabemos que a educação não pode tudo, mas pode alguma coisa. Sua força reside exatamente na
sua fraqueza. Cabe a nós pôr sua força a serviço de nossos sonhos" (FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São
Paulo: Cortez, 1991).

Assinale a alternativa a seguir que contenha um exemplo que demonstre o compromisso do professor em formar
alunos conscientes do seu papel social.

Estimular atividades físicas que incluam apenas alunos sem nenhum tipo de deficiência para formação de
times de competição.
Mobilizar os alunos em pesquisar quais as condições de coleta e tratamento do lixo em seu bairro.
Incitar os alunos a fazer manifestações reivindicando a merenda escolar na porta da secretaria de
educação.
Condicionar os alunos a atuarem segregando os colegas que possuem algum tipo de deficiência.
Apresentar os direitos da criança e do adolescente de forma que os alunos cobrem de seus pais um
tratamento igualitário.

Explicação:

A resposta correta é: Mobilizar os alunos em pesquisar quais as condições de coleta e tratamento do lixo em seu
bairro.

9. Onde está o conhecimento? Essa é uma grande provocação freiriana. Seu debate se estabelecia na pfemissa que, para
além de saberes hierarquizadas, aprisionados nas academias, existe um saber produzido, construído, marcado pelo bom
senso no cotidiano. Paulo Freire os apresenta como?

Saberes políticos sociais estruturados

Saberes libertadores

Sabedoria adaptada

Sabedoria popular

Saber de experiência feito

Explicação:

Gabarito: Saber de experiência feito

O termo saber de experiência feito foi cunhada para "desmistificar a ciência", longe de ser a única produtora de
saber. Essa noção foi formulada em defesa do que há de conhecimento no senso comum, associado a bom
senso.

10. "Mudar a cara da escola pública implica também ouvir meninos e meninas, sociedades de bairro, pais, mães. Diretoras,
delegados de ensino, professoras, supervisoras, comunidade científica, zeladores, merendeiras (...). É claro que não é fácil!
Há obstáculos de toda ordem retardando a ação transformadora. O amontoado de papéis tomando o nosso tempo, os
mecanismos administrativos emperrando a marcha dos projetos, os prazos para isto, para aquilo, um deus-nos-acuda" (...).
(FREIRE, Paulo. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1991 p.35).

Assinale a alternativa que corresponde, corretamente, ao pensamento defendido por Freire para transformar a educação.

Deve ser estimulada uma participação fictícia e heterônoma, atrelada à Educação Bancária.
É necessário garantir a dominação das elites e a utilização da racionalidade técnico-burocrática sejam mais
atuantes.
Devem ser determinados objetivos consensuais, mensuráveis e comparáveis presentes na administração
pública que busquem, essencialmente, resultados.
A organização burocrática e a defesa de uma racionalidade técnico-instrumental devem ser mais eficientes.
As práticas reflexivas e emancipatórias precisam ser adotadas numa perspectiva dialética de organização
educativa e cultural.
Data Resp.: 30/11/2023 12:44:28

Explicação:

Ao refletir sobre as políticas públicas de educação, Paulo Freire se diz convencido da importância, da urgência
da democratização da escola pública, da formação permanente de seus educadores e de suas educadoras.
Incluindo nessa fala os profissionais não docentes das escolas, ele mostra sua face de gestor. As escolas
públicas deveriam, portanto, ser inclusivas, transformadoras e emancipatórias.

OS NOVOS RUMOS DA EJA NO BRASIL A PARTIR DOS ANOS 70


1. Segundo a UNICEF, mais de um terço dos adultos do mundo não tem acesso ao conhecimento impresso, às novas
habilidades e tecnologias que poderiam melhorar a qualidade da vida. No Brasil, visando levar acesso à educação como um
bem social temos a Educação de Jovens e Adultos (EJA), podemos afirmar:

A EJA é voltada aos cidadãos que não puderam, ou tiveram acesso, ao processo escolar na idade
apropriada, seja ensino fundamental ou médio.
A EJA é voltada aos cidadãos que não puderam, ou tiveram acesso, ao processo escolar na idade
apropriada, apenas para o ensino médio.
A EJA é voltada para facilitar a finalização do ensino médio para estudantes já aprovados no vestibular.

A EJA é voltada para acabar com o analfabetismo e analfabetismo funcional nos cidadãos brasileiros.
A EJA é voltada aos cidadãos que não puderam, ou tiveram acesso, ao processo escolar na idade
apropriada, apenas para o ensino fundamental.

Explicação:

A Lei n. 9.394/1996, conhecida como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), representa um
marco legislativo importante no contexto educacional brasileiro. Dentre as diversas disposições abordadas nesta
lei, destaca-se a transformação da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em uma modalidade educacional
específica. O artigo 37 da LDB assegura que a EJA será destinada àqueles que, por diversos motivos, não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.

2. Após o Golpe de Militar, em 1964, os programas educacionais, como o Programa de Alfabetização do Paulo
Freire, foram imediatamente interrompidos. Em 1967, a Lei N⁰ 5.379 criou:

Garantia a destinação de 20% dos impostos municipais para classe de alfabetização.


A fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), com objetivo de acabar com o analfabetismo
e garantir a educação de Jovens e Adultos.
Obriga as empresas a manterem escolas de ensino infantil para seus colaboradores.

Descrevia a responsabilidade do Estado e Município para a educação de Jovens e Adultos.

Exames e cursos seriam organizados em uma base nacional.


Data Resp.: 30/11/2023 12:46:00

Explicação:

A Lei 5.379/1967 criou a fundação Movimento Brasileiro de Alfabetização, cujo objetivo era erradicar o
analfabetismo e propiciar a educação continuada de Jovens e Adultos, vários decretos decorreram desta lei,
como o Decreto 61.311/1967 para levantamento de recursos e o Decreto 61.314/1967 para campanhas cívicas
em prol da alfabetização.

3. No ano de 2017, foram aprovadas as Bases Nacionais Comuns Curriculares do ensino fundamental e no ano seguinte,
bases para o ensino médio. As novas Bases Nacionais:

Define a idade mínima para realização e inscrição em turmas EJA de ensino fundamental em 16 anos.

Reduzem a autonomia e flexibilização curricular.

Aumentam a autonomia e flexibilização curricular.

Define a idade mínima para realização e inscrição em turmas EJA de ensino médio em 16 anos.

Desconsidera os horários noturnos para turma EJA.

Explicação:

Com a aprovação das Bases Nacionais Comuns Curriculares do ensino fundamental, em 2017, e do ensino
médio, em 2018, apesar da redução da autonomia e, portanto, da possibilidade de flexibilização curricular na
elaboração de projetos pedagógicos destinados a EJA, a Resolução n. 1/2000 do CNE mantém sua atualidade,
já que em nenhum momento flexibiliza os conteúdos a serem ensinados, mas tão somente as formas de sua
abordagem.
4. Considerando a trajetória histórica da EJA em nosso país, assinale a alternativa que possui maior
relação com o contexto nacional da ditadura civil militar.

A Constituição Federal de 1988 ampliou o direito de acesso à educação fundamental para


todos os cidadãos, independente da idade.
Durante o período militar foram realizadas grandes campanhas nacionais e com a Lei 5379,
de 15 de dezembro de 1967 foi criado o MOBRAL, as primeiras da história para alfabetizar
adultos.
A educação de jovens e adultos foi reconhecida e recebeu um tratamento particular, pela
primeira vez, quando o Plano Nacional de Educação, previsto pela Constituição Federal de
1988.
Com a LDB 9394/96, a nomenclatura Ensino Supletivo passa para a EJA e reduziu-se a
idade para a realização dos exames em relação à Lei 5692/71.
Projetos como o de Paulo Freire mudam a metodologia do ensino de adultos, mas foram
abandonados por projetos, que foram chamados de projetos de formação
de cidadania como objetivo central do EJA, como o MOBRAL.

Explicação:A resposta correta é: A Constituição Federal de 1988 ampliou o direito de acesso à


educação fundamental para todos os cidadãos, independente da idade.

5. O analfabetismo era uma preocupação recorrente das políticas públicas e levou à criação de diversas iniciativas.
Qual foi a finalidade do Programa Nacional de Alfabetização de Adultos instituído em 1963?

Estabelecer diretrizes para o ensino médio no Brasil.

Combater o analfabetismo entre adultos e adolescentes.

Incentivar o acesso à educação universitária para adultos.

Promover a educação infantil em todo o país.

Coordenar os movimentos de educação de base para crianças e adolescentes.

Explicação:

O Programa Nacional de Alfabetização de Adultos instituído em 1963 tinha como objetivo principal combater o
analfabetismo entre adultos e adolescentes. Foi uma iniciativa coordenada pelo educador Paulo Freire e buscava
unificar os diversos movimentos de educação de base e alfabetização que estavam surgindo em todo o país
desde 1961. O programa visava proporcionar oportunidades de alfabetização e educação básica para aqueles
que não tiveram acesso adequado à educação durante a infância e adolescência.

6. Qual era o objetivo da convocação e utilização da cooperação de diversos setores pela Comissão do Programa
Nacional de Alfabetização, responsável pela implantação do Programa Nacional de Alfabetização de Adultos?

Mobilizar a sociedade como um todo para promover a alfabetização.

Garantir a adesão de organizações religiosas ao programa.

Estimular a participação de estudantes universitários no programa.

Promover a integração entre as associações patronais e o magistério.

Obter apoio financeiro de empresas privadas para o programa.

Explicação:

Segundo o decreto que instituiu o Programa Nacional de Alfabetização de Adultos, a Comissão responsável pela
sua implantação deveria convocar e utilizar a cooperação e os serviços de diversos setores da sociedade. Essa
convocação visava mobilizar a sociedade como um todo, incluindo agremiações estudantis e profissionais,
associações esportivas, sociedades de bairros, municipalidades, entidades religiosas, organizações
governamentais, civis e militares, associações patronais, empresas privadas, órgãos de difusão e do magistério,
bem como todos os setores mobilizáveis. O objetivo dessa mobilização era envolver e engajar todos os
segmentos da sociedade na promoção da alfabetização de adultos, criando uma ampla rede de colaboração para
alcançar o objetivo do programa.
7. A procura pela finalização dos estudos formais, é parte de um universo mais amplo, da participação da pessoa como
cidadão, buscando melhorias de vida, seja pessoal ou profissional. Ao trabalhar com turmas EJA deve levar em
consideração alguns comportamentos sociais. Nessa perspectiva, devem se considerar:

I. O tempo e forma de lazer dos estudantes.

II. A forma de comunicação dos estudantes, inclusive nos ambientes virtuais.

III. A cultura regional, muitas vezes o estudante é de outra região.

IV. Presença em sala de aula, turmas EJA devem ser mais rígidas na exigência da presença em sala de aula.

É correto o que se afirma em:

I e III, apenas.

I, II, III e IV.

I e II, apenas.

I, II e III, apenas.

II, III e IV, apenas.

Explicação:

A presença em sala de aulas não necessariamente deve ser rígida, portanto, essa afirmativa está incorreta. O
que não pode faltar é a atenção a outros aspectos que se relacionam com o perfil dos estudantes jovens e
adultos, como a flexibilidade curricular, o trabalho, o lazer e dentro dela a comunicação on-line, a cultura regional
do indivíduo, a imagem pessoal do estudante e a diferença de idade que pode haver em uma turma.

8. O aluno do ensino noturno, por estar de alguma forma inserido no mundo do trabalho, ter seu
tempo quase todo dedicado à luta pela sobrevivência, por ser responsável por si e, muitas vezes,
por uma família, traz para a sala de aula uma concepção de vida, valores incorporados e
necessidades concretas ligadas ao seu cotidiano e às suas expectativas de vida (...). Ao chegar à
noite à escola, se defronta, muitas vezes, com uma rotina que não valoriza e, portanto, não
aproveita os elementos que aprendem no decorrer do seu cotidiano de trabalho. Considerando
este contexto, constata-se a:

Preocupação do aluno do ensino noturno em relação à obtenção de um certificado para


apresentar em seu emprego.
Importância da aquisição de conhecimentos específicos voltados a seu mundo do trabalho.
Organização do ensino noturno por faixas de idade e a redução de carga horária para a
permanência do aluno na escola.
Necessidade de conhecimentos mais práticos e menos teóricos na organização curricular do
ensino voltado ao aluno trabalhador.
Distância entre a perspectiva e a necessidade de estudo para o aluno do ensino noturno e o
ensino que a escola proporciona.

Explicação:

A resposta correta é: Necessidade de conhecimentos mais práticos e menos teóricos na


organização curricular do ensino voltado ao aluno trabalhador.

9. Com o final do Regime Militar, houve uma retomada nas visões educacionais anteriores. A Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei 9.394/1996) marcou o início desta retomada e foi sancionada pela Constituição Federal de 1988. A
Lei de Diretrizes e Bases comporta:

Conjunto dos estudantes e das pessoas como um universo de referência, sem limitações.

Definir as classes especiais ou cursos supletivos.

Ações sociais em defesa da alfabetização.


Recolhimento de recursos destinados à educação.

Sistematizar os movimentos de educação de base.

Explicação:

A Lei 9.394/1996, conhecida como a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), representa um
marco significativo no cenário educacional brasileiro. Dentre os princípios que norteiam essa legislação, destaca-
se aquele que abriga o conjunto das pessoas e dos educandos como um universo de referência sem limitações.
Esse princípio ressalta a importância de uma educação inclusiva, que valoriza a diversidade e promove a
igualdade de oportunidades para todos os cidadãos.

10. A Lei n. 4.024/1961 foi a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Assinale a alternativa que
apresenta uma das principais mudanças introduzida pela Lei n. 4.024/1961 em relação aos exames de conclusão
do curso ginasial.

Eliminação da necessidade de estudos prévios para a prestação dos exames.

Redução do número de estabelecimentos oficiais responsáveis pela aplicação dos exames.

Ampliação do acesso aos exames, permitindo que escolas privadas também os realizassem.

Aumento da idade mínima para realização dos exames.

Abolição da nomenclatura classes especiais ou cursos supletivos.

Explicação:

Anteriormente, apenas estabelecimentos oficiais eram responsáveis pela aplicação dos exames de conclusão do
curso ginasial para aqueles que não haviam seguido a seriação escolar. Com a Lei n. 4.024/1961, houve uma
ampliação do acesso, permitindo que escolas privadas autorizadas pelos conselhos e secretarias também
realizassem esses exames. Isso trouxe maior diversidade de locais onde os estudantes poderiam se submeter
aos exames, aumentando as opções disponíveis.

OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO

1. De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação de jovens e adultos, essa modalidade da
educação básica deve desempenhar diversas funções, das quais é possível destacar:

I. Reparadora, que reconhece a igualdade antológica de todo ser humano de ter acesso a um bem real, social.
II. Equalizadora, correspondente á igualdade de oportunidades, que possibilite oferecer aos indivíduos novos
inserções no mundo do trabalho.
III. Qualificadora, baseada no caráter incompleto do ser humano, refere-se à educação permanente.
IV. Equitativa, que identifica e reconhece a alteridade própria dos jovens e adultos.

Analisando as afirmativas acima podemos concluir que:

Apenas I, II e III estão corretas.

I, II, III e IV estão corretas.

Apenas I e II estão corretas.

Apenas II, III e IV estão corretas.

Apenas III e IV estão corretas.

Explicação:

A resposta correta é: Apenas I e II estão corretas.


2. As turmas do Ensino de Jovens e Adultos (EJA) são plurais em suas composições, com indivíduos diversos juntos
para a conclusão dos estudos formais. Uma grande questão que se coloca é como a prática de ensino pode
aproximar e refletir os saberes de seus alunos. Sobre as maneiras de criar uma integração, analise as afirmações.

I. Considerar as diferenças entre os alunos e usar como tema para discussões e conversas em sala.

II. Desconsiderar os conhecimentos que os alunos possuem, pois estes não são formais.

III. Valorizar culturas e saberes, compartilhando como tema para as aulas.

VI. Valorizar práticas do dia a dia, compartilhando como tema para as aulas.

É correto o que se afirma em:

I, III e IV, apenas.

I e III, apenas.

I, II, III e IV.

I, apenas.

II e IV apenas.

Explicação:

É necessário haver o reconhecimento e a valorização das diferenças de saberes e de culturas que nos formam,
além da busca de uma educação para todos que, ancorada na perspectiva do direito, contemple essa pluralidade
a transitar na escola.

3. Dentro do conceito de letramento digital, que pode ser entendido como o processo de aprender a utilizar as
tecnologias, temos diferentes níveis de aprendizagem. A partir deste pressuposto, analise as afirmações.

I. Muitos estudantes jovens, por já nascerem em um mundo com a tecnologia, sabem utilizá-la e, portanto, não
precisam ser ensinados.

II. Os estudantes mais velhos não têm conhecimento nenhum sobre as novas tecnologias.

III. Não devemos considerar como conhecimento o fato dos alunos, jovens, adultos ou idosos, saberem utilizar as
redes sociais.

IV. Tantos estudantes jovens, que nasceram e cresceram com as tecnologias e quanto estudantes mais velhos
podem melhorar suas habilidades no uso de ferramentas digitais e tecnológicas.

É correto o que se afirma em:

II e III, apenas.

IV, apenas.

I, apenas.

I, II, III e IV.

I e III, apenas.

Explicação:

Diante da compreensão de que os seres humanos, enquanto seres inacabados e incompletos, aprendem ao
longo da vida e estão em constante processo de ensinar e aprender, podemos dizer que lidar com as tecnologias
configura uma nova forma de alfabetização e letramento definida como letramento digital. Para os jovens
estudantes da EJA, nativos digitais, este é um mundo conhecido ou relativamente conhecido conforme seus
níveis de alfabetismo. Já para os adultos e idosos estudantes da EJA, ele pode ser um mundo a ser desbravado -
e, para muitos, efetivamente é.
4. O Ensino de Jovens e Adultos (EJA) faz parte de uma luta nacional para cumprir as garantias de direito de
educação para todos, sendo reforçado pelo Parecer CNE/CEB nº 11/2000. A visão sobre a missão e função do
EJA foi sendo lapidada, deixando de ser apenas suprir uma necessidade, para atualmente ser considerada:

Equilizadora e qualificadora

Qualificadora e equilizadora

Qualificadora, reparadora e equilizadora.

Reparadora e qualificadora

Permanente e equilizadora.

Explicação:

Na visão contemporânea, as três funções da EJA são:

A reparadora - Indica a restauração do direito negado à educação por meio do reconhecimento da necessária
oferta de escolarização de qualidade social.

A equilizadora - Refere-se à possibilidade de se assegurar melhores e maiores oportunidades de acesso à


educação para as pessoas jovens, adultas e idosas que interromperam, de forma forçada, seus estudos por
situações de repetência ou pela necessidade de deixarem a escola, o que muitas vezes é provocado pela
ausência de condições ou de oportunidades para eles permanecerem nela.

A qualificadora ou permanente - É reconhecida como o sentido pleno da EJA por considerar a incompletude do
ser humano, que tem um imenso potencial de aprender sempre e, portanto, ao longo da vida.

5. O decreto de nº 5.475 de 22 de junho de 2005 em seu Artigo 2º institui:

A Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, órgão colegiado de caráter


consultivo, com o objetivo de assessorar o Ministério da Educação na formulação e implementação das
políticas nacionais e na execução das ações de alfabetização e de educação de jovens e adultos.
A Comissão de Desenvolvimento da Educação Tecnológica parte integrante da Educação Básica.

A Comissão Nacional de Ensino Fundamental onde altera para nove anos a sua duração.

A Comissão Nacional de Educação Infantil como parte integrante da Educação Básica.


A organização do EJA como uma modalidade específica de educação e a gestão por meio de um conselho
vinculado ao INEP.
Data Resp.: 30/11/2023 12:48:28

Explicação:

A resposta correta é: A organização do EJA como uma modalidade específica de educação e a gestão por meio
de um conselho vinculado ao INEP.

6. Apesar do esforço de vários segmentos da sociedade civil, no sentido de transformar as bases em que são definidas as
políticas no campo da EJA, esta modalidade de ensino ainda mantém muitas características das iniciativas do passado que
estabelece uma perspectiva compensatória, que visa repor o tempo de estudos perdido e qualificar para o mercado de
trabalho. Buscando superar essa concepção, o EJA possui, na visão contemporânea, três funções. Assinale a alternativa
que apresenta corretamente estas funções.

Reparadora, Equilizadora e Lúdica

Excludente, Equilizadora e Qualificadora

Preparatória, Equilizadora e Qualificadora

Reparadora, Equilizadora e Qualificadora

Reparadora, Compensatória e Qualificadora


Data Resp.: 30/11/2023 12:48:31
Explicação:

Gabarito: Reparadora, Equilizadora e Qualificadora

O estabelecimento das funções da EJA ultrapassa a concepção antiga de suplência e de compensação da


escolaridade não alcançada na idade considerada adequada pela legislação. Na visão contemporânea, isso vai
além, já que contribui significativamente para a organização do que se espera da modalidade e para o
estabelecimento de três funções da EJA: a reparadora, que indica a restauração do direito negado à educação
por meio do reconhecimento da necessária oferta de escolarização de qualidade social; a equilizadora, que se
refere à possibilidade de se assegurar melhores e maiores oportunidades de acesso à educação para as
pessoas jovens, adultas e idosas que interromperam, de forma forçada, seus estudos por situações de
repetência ou pela necessidade de deixarem a escola, o que muitas vezes é provocado pela ausência de
condições ou de oportunidades para eles permanecerem nela e a qualificadora ou permanente, reconhecida
como o sentido pleno da EJA por considerar a incompletude do ser humano, que tem um imenso potencial de
aprender sempre e, portanto, ao longo da vida.

7. Considerando a diversidade de idades, culturas, saberes, vivências, dos alunos da modalidade EJA, temos que
pensar em como potencializar a aprendizagem, principalmente no mundo moderno e pós-pandêmico. Aplicativos
de mensagens, redes sociais, e outros recursos podem ser utilizados para trazer assuntos de discussão em sala
de aula.

A edificação do conhecimento é facilitada quando temos três habilidades interligadas, são elas:

Sensorial, a organização da racionalidade e a material.

Emocional, material e sensorial.

Financeira, a organização da racionalidade e sensorial.

Organização da racionalidade, sensorial e emocional.

Material, a racional e a financeira.

Explicação:

A construção do conhecimento se torna mais fluida e mais interconectada quando estas habilidades são
consideradas; a sensorial, e emocional e a organização da racionalidade.

8. A Lei de Diretrizes e Base 9394/96, em seu Art. 37, diz que: "A Educação de Jovens e Adultos será destinada àqueles que
não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria." Como educadores
responsáveis pela formação dos indivíduos e, consequentemente, pela interferência nos fazeres cotidianos da vida em
comunidade, é uma prática dos professores da EJA incentivar os alunos para que estes compreendam que são sujeitos
transformadores e únicos. Nesse sentido, é preciso destacar que a relação professor/aluno é uma relação de troca de
conhecimentos, já que o universo dos educandos desse grupo é rico em conhecimentos de mundo. Cabe, portanto, à
escola:

Organizar este conhecimento, sistematizá-lo, valorizando-o e considerando os diferentes aspectos, formas


e as variadas aprendizagens.
Desenvolver o espírito crítico dos alunos, principalmente no que diz respeito à manipulação de políticos e
partidos.
Proporcionar um espaço permanente de debates com a comunidade sobre as expectativas do grupo.

Possibilitar o acesso às informações que são geradas cada vez mais rapidamente no mundo moderno.
Reconhecer a influência do mundo globalizado nos aspectos locais e culturais dos indivíduos
marginalizados.

Explicação:

A resposta correta é: Proporcionar um espaço permanente de debates com a comunidade sobre as expectativas
do grupo.
9. A pandemia de COVID-19 mostrou que ainda temos muito para melhorar no sentido de inclusão digital, seja para a
educação, como a modalidade EJA, seja no contexto da vida em sociedade.

Assinale a alternativa que define, corretamente Tecnologia da informação e da comunicação (TICs) e tecnologias digitais da
informação e comunicação.

Tecnologias digitais da informação e comunicação dizem respeito às redes sociais e trocas de informações
em aplicativos de mensagens, e, a tecnologia da informação e da comunicação refere-se aos meios de
comunicação convencionais.
Tecnologias digitais da informação e comunicação são todas as formas de comunicação utilizadas
atualmente e Tecnologia da informação e da comunicação é um termo em desuso.
Tecnologia da informação e da comunicação refere-se a diversos tipos de comunicação como; celulares,
computadores, notebooks; entre outros. Já tecnologias digitais da informação e comunicação relacionam-se
com rádios; jornal impresso; internet; entre outros.
Tecnologia da informação e da comunicação são apenas formas de comunicar nacionais, como a televisão
e os jornais, e tecnologias digitais da informação e comunicação são as formas de comunicação por
aplicativos.
Tecnologia da informação e da comunicação refere-se a diversos tipos de comunicação como: rádios; jornal
impresso ou digital; internet; entre outros. Já tecnologias digitais da informação e comunicação relacionam-
se com formas digitais de tecnologia, como; celulares, computadores, notebooks, entre outros.

Explicação: As TICs compreendem um amplo leque de tudo que pode ser usado para informar e comunicar por
intermédio da tecnologia e de suas ferramentas. Elas englobam, por exemplo, o jornal, o rádio, a televisão, o
telefone fixo, o Videocassete e a internet, utilizadas em vários setores da sociedade como meios de comunicação
e de circulação da informação, incluindo o campo educacional. Já as tecnologias digitais da informação e
comunicação reúnem diferentes mídias digitais que empregam a tecnologia, como, por exemplo, computadores,
notebooks, tablets e celulares, sendo, portanto, mais restritas que as TICs.

10. Paulo Freire trouxe para a educação brasileira alguns conceitos que se tornaram referência para o Brasil e para
outros países. Entende-se, então, que é possível educar por meio de:

I. Práticas orais
II. Leitura
III. Técnicas de escrita
IV. Feedback

Estão corretos apenas os itens:

I e III.

I, II e III.

II e IV.

I e IV.

II, III e IV

Explicação: Gabarito: I, II e III.

Verifica-se que é possível educar por meio de: Práticas orais, Leitura e Técnicas de escrita
Essas ações podem estar presentes no cotidiano da sala de aula e ser mais valorizadas pela escola. Se
compreendermos a educação como um ato político na sua ampla dimensão, como também destacou Paulo
Freire em vários momentos de sua vasta obra, poderemos, assim, entender a alfabetização.

02976 - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E A DIVERSIDADE


1. Ao dizer que estamos reafirmando as identidades dos alunos na EJA, oportunizamos:

O reforço do corpo típico do aluno da EJA.

A procura de um padrão identitário.

Uma visão etnocêntrica.

Uma separação necessária na educação formal.


Uma inclusão efetiva dos alunos na educação formal.
Explicação:

A EJA é uma educação reparadora e como tal deve pensar que esse movimento é necessário para manter os
alunos nos bancos escolares do ensino formal. A educação regular, o modelo seriado ou por anos de
escolaridades produziu modelos e tipos ideais de alunos da EJA e precisamos ser agentes constantes de uma
inclusão efetiva dos alunos em suas diversidades.

2. Leia a situação abaixo:

Com relação a BNCC e a EJA, é correto afirmar que

I. A BNCC ao integrar a educação formal com o mercado de trabalho intensifica as pressões por resultados.

II. As competências gerais estão intimamente relacionadas a EJA.

III. A proposta linear da BNCC, no modelo espiralado, exclui milhares de jovens.

IV. A BNCC é um texto sem defeitos e deve ser seguido na íntegra, mesmo sem citar a EJA.

Podemos dizer que esse exemplo possui uma relação com a ausência da EJA na BNCC?

Podemos dizer que as opções corretas são:

I e II

II e III

I e IV

I e III

II e IV

Explicação:

As duas opções corretas são a I e a III por tratar os aspectos centrais da BNCC, uma formação educativa
centrada na ocupação de uma função social, o trabalho. Ao delimitar o lugar da educação básica sobre esse
princípio, os currículos pautados pela Base fortalecerão os movimentos de exclusão. As opções II e IV estão
equivocadas por não compreenderem o silenciamento da EJA no texto da BNCC.

3. Com relação à coletividade na EJA, avalie as afirmações a seguir:

I. Podemos dizer que ela é reforçada pelo silenciamento da BNCC.

II. A BNCC não compreende o papel reparador da EJA.

III. A BNCC não faz uma leitura crítica dos processos de silenciamento da educação pelos pares no ensino
regular.

IV. O coletivo não é uma oportunidade de renovar a experiência educacional .

Podemos dizer que as opções corretas são:

I e III

I e II

II e IV

I e IV

II e III
Explicação: Na primeira alternativa, está incorreto dizer que a coletividade pode ser reforçada pelo silêncio da
EJA na BNCC. Ao negar a historicidade de milhares alunos, existe mais uma vez o apagamento das identidades
coletivas desses alunos. A segunda está correta por destacar os aspectos reparadores da EJA. A terceira
também está correta, por denunciar o silenciamento dos alunos da EJA em suas trajetórias pelo ensino regular.
Por fim, na última opção, o coletivo é sim um lugar de renovação das experiências coletivas e precisamos
destacar esse processo na EJA.

4. Leia as afirmações que abordam a relação das novas tecnologias na sala de aula na EJA.

I. Elas são mais uma ferramenta que pode ser utilizada na sala.
II. As novas tecnologias não podem ser utilizadas nas salas de aula da EJA.
III. Cada aluno possui uma relação diferente com as tecnologias.
IV. Pode ser mais um movimento de exclusão. Podemos dizer que as opções corretas são:

I e II

I, III e IV

II e IV

I, II e III

I, II e IV

Explicação: As alternativas corretas abordam os desafios de utilização das novas tecnologias em sala de aula. A
compreensão de que elas são apenas uma ferramenta, mais um instrumento pedagógico. Na percepção de uma
dimensão particular de cada aluno com as novas tecnologias, sem preconceitos e simples conclusões. E, por fim,
que se forem utilizadas de maneira equivocada, podem ser mais um instrumento de exclusão educativa.

5. Leia a afirmação sobre movimento de autoria na utilização das novas tecnologias e, em seguida, escolha a opção
que completa o texto.

As novas tecnologias precisam ser uma ferramenta de ___________ educacional, os alunos precisam ser os ___e
dos processos de utilização nas atividades cotidianas da sala de aula da EJA.

Inclusão, ouvintes e passivos

Diferenciação, incluídos e secundários

Avaliação, incluídos e protagonistas

Inclusão, autores e protagonistas

Separação, autores e secundários

Explicação: O movimento de autoria e de utilização produtiva por parte dos alunos das ferramentas tecnológicas
faz parte do processo de inclusão. Ao enxergarmos os alunos como autores, estamos percebendo o impacto
coletivo do protagonismo em nossa sala de aula da EJA.

6. Ao pensarmos na ausência da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na BNCC, avalie as asserções abaixo e
identifique as possíveis relações entre elas.

I - Essa exclusão não representa uma análise crítica dos fatores históricos que excluem milhares de jovens do
ensino regular.
porque
II - Ao ignorar a EJA e seus processos de construção de uma educação popular, reforçamos o silenciamento das
identidades e suas múltiplas relações com a educação.

As asserções I e II não são proposições verdadeiras, a número II não é uma justificativa correta da I.

A número II é uma proposição falsa

As asserções I e II são proposições verdadeiras, a número I não possui relação com a número II.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, a número II não é uma justificativa correta da I..

As asserções I e II são proposições verdadeiras, a número II é uma justificativa correta da I.


Explicação:

Ao falarmos do não lugar da EJA na BNCC estamos destacando um movimento coletivo de silenciamento de
milhares de histórias de vida. O fracasso escolar é associado às questões sociais dos alunos ou na
culpabilização dos docentes do ensino regular. As duas asserções são corretas ao abordar a ausência de uma
análise crítica por parte da BNCC. A justificativa presente na asserção II demonstra o quanto é danoso para os
alunos esse silenciamento.

7. Leia o trecho da obra de Paulo Freire:

A libertação, por isto, é um parto. E um parto doloroso. O homem que nasce deste parto é um homem novo que só
é viável na e pela superação da contradição opressores-oprimidos, que é a libertação de todos. A superação da
contradição é o parto que traz ao mundo este homem novo não mais opressor; não mais oprimido, mas homem
libertando-se.

FREIRE, Paulo - Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra.

Avalie as asserções a seguir e suas relações partindo da leitura do texto.

I. Na percepção da diversidade, esse novo sujeito consegue se libertar.

Porque

II. Precisa superar a estrutura de opressão que limita o reconhecimento das subjetividades dos alunos da EJA.

A respeitos dessas asserções, marque a resposta correta.

A número II é uma proposição falsa, I e II são proposições verdadeiras e a II é uma justificativa correta.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, a número I não possui relação com a número II.

As asserções I e II são proposições verdadeiras, a número II não é uma justificativa correta da I.

As asserções I e II não são proposições verdadeiras, a número II é uma justificativa correta da I.

Não existem relações entre as asserções I e II.

Explicação:

Falar de libertação é de extrema importância para o público-alvo da EJA. Nas duas asserções falamos da relação
desse movimento com o reconhecimento das subjetividades. O papel da diversidade é possibilitar um olhar
ampliado do educador, para que ele seja um parceiro desse movimento coletivo de libertar-se.

8. Leia o texto abaixo:

Expressar-se, expressando o mundo, implica o comunicar-se. A partir da intersubjetividade originária. poderíamos


dizer que a palavra, mais que instrumento, é origem da comunicação - a palavra é essencialmente diálogo. A
palavra abre a consciência para o mundo comum das consciências, em diálogo portanto. Nessa linha de
entendimento, a expressão do mundo consubstancia-se em elaboração do mundo e a comunicação em
colaboração. E o homem só se expressa convenientemente quando colabora com todos na construção do mundo
comum - só se humaniza no processo dialógico de humanização do abundo. A palavra, porque lugar do encontro
e do reconhecimento das consciências, também o é do reencontro e do reconhecimento de si mesmo. A palavra
pessoal, criadora, pois a palavra repetida é monólogo das consciências que perderam sua identidade, isoladas,
imersas na multidão anônima e submissas a um destino que lhes é imposto e que não são capazes de superar,
com a decisão de um projeto. FREIRE, Paulo - Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra.

Podemos dizer que o texto acima trata:

Dos alunos reprovados em nossas escolas.

Das competências gerais da BNCC.

Do movimento de educação popular vivenciado nas salas de aula da EJA.

Do ensino regular.

Da BNCC que insere eu seu texto a EJA.


Explicação:

A EJA é por essência um movimento coletivo, social e político. Por isso, ao compreender o lugar da palavra e dos
diálogos, estamos valorizando o encontro coletivo com as identidades. Os alunos reprovados nas escolas
regulares deixam de ser vistos por esses rótulos e são reconhecidos em suas consciências políticas. Nesse
processo, superamos os limites impostos pela BNCC.

9. Leia o trecho abaixo:

A juventude constitui um momento determinado, mas não se reduz a uma passagem; ela assume uma importância
em si mesma. Todo o processo é influenciado pelo meio social concreto no qual se desenvolve e pela qualidade
das trocas que este proporciona. DAYRELL, Juarez. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação,
n. 24, Rio de Janeiro, set./dez. 2003.

Com relação à presença do público jovem na EJA, é correto dizer:

A qualidade de trocas no ensino regular é limitada e não compreende a sua diversidade.

Todos são importantes, menos os jovens problemáticos.

Cada aluno é culpado por sua evasão.

Ocorreu uma inclusão de todos os alunos no ensino regular.

As diversidades atrapalham os alunos, por isso eles precisam ser nivelados e enquadrados.

Explicação:

Ao falarmos das experiências anteriores à modalidade EJA, muitos alunos relatam a ausência de uma escuta e
até uma certa ansiedade para que eles completassem quinze anos. O universo de trocar nesse espaço é limitado
e voltado para os alunos que correspondem às ambições institucionais.

10. Leia o esquema abaixo.

Ao pensar as avaliações sobre esse princípio, estamos

Reforçando a separação dos alunos que precisam ir logo para EJA.

Destacando as avalições e minimizando o impacto das diversidades.

Evitando novas exclusões e na percepção real dos papéis das avaliações na EJA.

Evidenciando os modelos padronizados do ensino regular.

Reforçando o papel central das avaliações externas.

Explicação:O esquema demostra um sistema complexo de avalição que precisa ser utilizado na EJA, no reforço
das inclusões por meio da avaliação. Pode ser engraçado, mas uma avaliação coletiva e que seja pautada não
apenas em dados instantâneos pode servir para emancipação e na valorização da diversidade. Assim, vamos
evitar novas exclusões e perceber o lugar da avalição na EJA.

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