Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AudiÊncia Simulada - Sentença - Trabalho de Processo Civil II
AudiÊncia Simulada - Sentença - Trabalho de Processo Civil II
AudiÊncia Simulada - Sentença - Trabalho de Processo Civil II
I Relatrio
O Autor ingressou com o presente feito reivindicando indenizao
por grave acidente ocorrido no dia 04 de setembro de 2005, acidente este
que seria proveniente das ms condies de manuteno do porto de
ferro da garagem da empresa R. Consoante as alegaes dos danos
ocasionados pela parte requerida parte requerente, solicita-se na pea
postulatria a procedncia quanto aos pedidos de: a) indenizao por
danos materiais relativos ao tratamento mdico ao qual teve que se
submeter, na monta de R$ 5.000,00 (cinco mil reais); b) indenizao por
danos morais em valor a ser arbitrado; c) penso mensal at o fim da vida
em razo da incapacidade laborativa. Sendo que no ficou comprovada a
incapacidade laboral nos laudos.
II Fundamentao
A doutrina e a jurisprudncia j encontram-se apaziguadas quanto
a observncia da atuao da justia em matria que envolve a questo da
responsabilidade objetiva, matria esta que preceitua a descentralizao
da culpa ou dolo do agente para a ento valorizao do dano efetivo
ocasionado a vtima. Conforme nos informa o art. 927 do Cdigo Civil. No
entanto o que muito se discute ainda a problemtica que envolve o nexo
de causalidade entre o evento danoso e a ao do agente, o que
precisamos asseverar neste aspecto que no somente a ao se
configura como prticas passvel de anlise pelo judicirio, como a
omisso e a prpria negligncia, impercia ou imprudncia, so tambm
aes que credenciam a ativa atuao do Poder Pblico estatal, afim de
que se coibir prticas e mesmo a ausncia delas que possam vir a ferir
direito alheio e trazer como conseqncia prejuzos terceiros. J que a
funo social do contrato de qualquer pessoa fsica ou jurdica no
permitir que sua ao ou omisso lese os direitos de seus semelhantes,
dentre eles o direito segurana e integridade fsica e mental. Neste
raciocnio nasce uma nova modalidade de obrigao onde nem mesmo a
ocorrncia de caso fortuito ou de fora maior isenta o agente social de sua
obrigao, uma vez que a finalidade precpua dessa obrigao a
eliminao de um risco, o que trs em si a noo de um caso fortuito.
Conforme o entendimento dos dispositivos adiante citados:
DA OBRIGAO DE INDENIZAR
Art. 927, , do CC Haver obrigao de indenizar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em
lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo
autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para o
direito de outrem.
III Dispositivo
Posto isso, julgo parcialmente procedente o pedido, para o fim de
condenar a Empresa Vitria Ltda pagar ao Autor Juliano de Freitas, a
importncia de a) R$ 5.000,00 (cinco mil reais) referentes aos danos
materiais; b) R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) referentes aos danos
morais arbitrados pelo juzo. Totalizando o montante de R$ 55.000,00
(cinquenta e cinco mil reais) em indenizao, sendo observados os juros e
correes monetrias na forma da lei, ressalvadas as Smulas de n. 54 e
362 do STJ. Condeno ainda o Ru ao pagamento das custas e despesas
processuais, bem como, dos honorrios advocatcios, conforme o
dispositivo legal.
Registre-se, intimem-se.
Nada mais.
______________________________
Juza de Direito