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CONTRATOS EM GERAL
Livro Eletrônico
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DICLER FORESTIERI
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DIREITO CIVIL
Contratos em Geral
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Contratos – Parte Geral................................................................................5
Introdução.................................................................................................5
Princípios Contratuais...................................................................................6
Classificação dos Contratos......................................................................... 11
Formação e Lugar dos Contratos.................................................................. 19
Estipulação em Favor de Terceiro................................................................. 25
Promessa de Fato de Terceiro...................................................................... 25
Vícios Redibitórios..................................................................................... 26
Evicção.................................................................................................... 29
Contrato com Pessoa a Declarar.................................................................. 33
Extinção e Rescisão Contratual.................................................................... 34
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Contratos em Geral
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CONTRATOS – PARTE GERAL
Introdução
Hoje estudaremos a parte geral inerente aos contratos. Ou seja, as regras que
rança jurídica em seu equilíbrio social, ou seja, é um negócio jurídico bilateral ou
das pelo juiz, sem que o contrato inteiro seja invalidado. Trata-se da cláusula geral
rebus sic stantibus (ou revisão judicial dos contratos), que objetiva flexibilizar o
A expressão rebus sic stantibus pode ser traduzida como “estando assim as coisas”.
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Ou seja, você pode perceber que esta aula será cheia de novidades. Sendo assim,
pegue aquela sua disposição extra que estava escondida e vamos em frente.
Princípios Contratuais
1) Princípio da autonomia de vontade: representa a liberdade das partes
tal. Entretanto, veremos que tal princípio é limitado. Um exemplo de limite está no
A doutrina denomina “pacto de corvina” o contrato que tem como objeto a he-
rança de pessoa viva.
de vontade é relativa, pois está sujeita à lei e aos princípios da moral e da ordem
venção do Estado na vida contratual é tão intensa que pode ser facilmente notada
rem liberdade para contratar, devem observar as normas (ex: Código de Defesa
algum ato) e proibitivas (que vedam algum ato) impostas pelo Estado.
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Contratos em Geral
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duas exceções:
• nos contratos solenes ou formais, enquanto o ajuste não for reduzido a escri-
• nos contratos reais, que só se formam com a entrega da coisa, também não
a força vinculante das convenções feitas pelas partes contratantes. Já sabemos que
ninguém é obrigado a contratar, mas se o fizer deverá cumpri-lo. Tal princípio tem
dois fundamentos:
vicção de que o acordo faz lei entre as partes (pacta sunt servanda).
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expansão capitalista, possui uma função social que é promover a realização de uma
Art. 421. A liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social
do contrato.
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Contratos em Geral
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venire contra factum proprium” significa que ninguém pode se opor ao fato a
de que uma parte se comporte de forma contraditória aos seus próprios atos an-
teriores. Ou seja, não é lícito uma pessoa fazer valer um direito se contrapondo a
costumes e a boa-fé.
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Contratos em Geral
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I – O conceito de nemo potest venire contra factum proprium tem por essência o
II – O conceito de nemo potest venire contra factum proprium tem por essência o
III – O conceito de nemo potest venire contra factum proprium tem por essência o
IV – O conceito de nemo potest venire contra factum proprium tem por essência o
Assinale:
1
Letra b.
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Contratos em Geral
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Nos contratos unilaterais, existe obrigação para apenas uma das partes.
Pode ser exemplificado pela doação pura, pelo depósito e pelo comodato.
camente devedores e credores. Nesta espécie de contrato não pode um dos lados
usar o bem, e o locador entrega o que lhe pertence para receber o pagamento.
Nos contratos gratuitos, somente uma das partes obtém proveito, como
na doação pura.
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Contratos em Geral
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Art. 458. Se o contrato for aleatório, por dizer respeito a coisas ou fatos futuros, cujo
risco de não virem a existir um dos contratantes assuma, terá o outro direito de re-
ceber integralmente o que lhe foi prometido, desde que de sua parte não tenha havido
dolo ou culpa, ainda que nada do avençado venha a existir.
cadela). Trata-se de um contrato do tipo emptio spei. É um tipo de contrato ale-
Art. 459. Se for aleatório, por serem objeto dele coisas futuras, tomando o adquirente
a si o risco de virem a existir em qualquer quantidade, terá também direito o alie-
nante a todo o preço, desde que de sua parte não tiver concorrido culpa, ainda que a
coisa venha a existir em quantidade inferior à esperada.
Parágrafo único. Mas, se da coisa nada vier a existir, alienação não haverá, e o alienante
restituirá o preço recebido.
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tipo emptio rei speratae em que se não vier nada, ou se nada for produzido,
o preço não será devido. Desta forma, se a cadela não der cria, o preço pago deve
ser devolvido. Por outro lado, se for esperado que a cria tenha 4 filhotes e tivermos
Art. 460. Se for aleatório o contrato, por se referir a coisas existentes, mas expostas
a risco, assumido pelo adquirente, terá igualmente direito o alienante a todo o preço,
posto que a coisa já não existisse, em parte, ou de todo, no dia do contrato.
Art. 461. A alienação aleatória a que se refere o artigo antecedente poderá ser anulada
como dolosa pelo prejudicado, se provar que o outro contratante não ignorava a consu-
mação do risco, a que no contrato se considerava exposta a coisa.
perecimento ou depreciação.
Como exemplo temos o risco assumido quando se compra um produto com data
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regidos pelo Código Civil são: compra e venda, troca, doação, locação, empréstimo,
minados ou atípicos (art. 425 do CC) são contrários aos nominados, não neces-
sitando de uma ação legal, pois estes não estão definidos em lei, precisando
É muito comum o examinador afirmar nas questões de prova que não se pode
celebrar contratos atípicos, mas tal afirmativa está errada. Os contratos atípicos são
permitidos, desde que sejam observadas as regras gerais inerentes aos contratos.
após ser concordado por ambas as partes, dando a elas segurança e algumas formali-
para que este seja válido. Os contratos não solenes são aqueles que não precisam
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Contratos em Geral
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como acessório.
partes e aceitos pelas outras, sendo um pouco inflexíveis por excluir o debate
quando contrata uma operadora de telefone móvel. VIVO, OI, TIM, CLARO, dentre
Imagine que você vá a uma empresa de telefonia e assine com ela um contra-
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia
antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
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Imagine uma pessoa que vai ser fiador celebrando um contrato de fiança. Sabemos
devedor do contrato principal não pague a dívida, então o fiador poderá ser respon-
sabilizado por ela. Porém, na fiança existe um benefício de ordem, ou seja, a dívida
deve ser cobrada primeiro do devedor principal para, caso a obrigação não seja
Nos moldes desta situação, imagine que o contrato de fiança seja de adesão (sem pos-
sibilidade de discutir as cláusulas) e uma das cláusulas estipule que o fiador renuncia ao
Através do art. 424 do CC conclui-se que a cláusula ora mencionada é nula, pois está
Perceba que apenas a cláusula será nula, mas o restante do contrato será válido.
ser cumpridos.
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compra e venda de bem de bem imóvel de alto valor, por ser um contrato prelimi-
nar, pode ser utilizado um instrumento particular como forma, apesar da compra
e venda definitiva de bem imóvel de alto valor necessitar de uma escritura pública
Por meio do art. 464 do CC, é possível que um contrato preliminar adquira, atra-
Art. 466. Se a promessa de contrato for unilateral, o credor, sob pena de ficar a mesma
sem efeito, deverá manifestar-se no prazo nela previsto, ou, inexistindo este, no que lhe
for razoavelmente assinado pelo devedor.
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quiser. Dessa forma, a parte obrigada deve manifestar prazo para a outra parte se
a proposta (uma declaração receptícia – que precisa ser aceita) é a parte proponen-
Muita gente me pergunta como decorar isso. O método que eu uso é bem
ao passo que vogal (A) de aceitante, combina com vogal (O) de Oblato.
ao princípio do consensualismo.
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aceitação imediata, portanto trata-se de uma proposta entre presentes. Por outro
lado, a proposta feita por e-mail costuma ser considerada entre ausentes.
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proposta de contrato.
possível que este imagine que o contrato está celebrado e comece a realizar des-
proposta de compra por R$ 9.000,00. Pelo fato de haver uma modificação, a con-
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa,
ou o proponente a tiver dispensado, reputar-se-á concluído o contrato, não chegando a
tempo a recusa.
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uma aceitação tácita, ou seja, a aceitação deve ser expressa; entretanto, temos
duas exceções:
pressa.
pode se retratar da aceitação quando o contrato for celebrado entre ausentes, des-
mento do proponente?
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proponente. Subdivide-se em:
o aceitante ou oblato redige ou datilografa a sua resposta. Peca por ser ex-
o proponente recebe a resposta. Dispensa, como vimos, que leia a mesma. Tra-
ta-se de uma subteoria mais segura do que as demais, pois a sua comprovação é
menos dificultosa, podendo ser provada, por exemplo, por meio do A.R. (aviso de
Mas, afinal, qual seria a teoria adotada pelo nosso direito positivo?
subteoria da recepção.
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contrato como o local da proposta. Ou seja, se uma proposta foi feita em João Pes-
João Pessoa-PB.
Sei que você deve estar ansioso(a) pelas questões, então fique com uma só
Letra d.
Estudamos que a proposta possui força vinculante e, nos termos do art. 427 do CC,
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(beneficiário).
terminado ato. É o que ocorre com um empresário de um artista famoso que se
Se o show não se realizar, desde que não haja caso fortuito ou força maior, como
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Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos,
quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não existirá se o terceiro for o cônjuge do promi-
tente, dependendo da sua anuência o ato a ser praticado, e desde que, pelo regime do
casamento, a indenização, de algum modo, venha a recair sobre os seus bens.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este,
depois de se ter obrigado, faltar à prestação.
Vícios Redibitórios
São denominados vícios redibitórios os defeitos ocultos e de certa gravidade de
uma coisa que a tornem imprópria ao uso a que é destinada ou lhe diminuam o
Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por
vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe di-
minuam o valor.
Parágrafo único. É aplicável a disposição deste artigo às doações onerosas.
Através do art. 441 do CC, percebe-se que só pode haver vício redibitório quan-
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redibitório:
redibitório, é a má-fé em omitir o vício ou defeito oculto que acarreta a indenização
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Contratos em Geral
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sa, então deve ter um prazo menor para ingressar com ação contra o alienante.
Como exemplo, temos a pessoa que mora em um imóvel por comodato, sendo que
ciais deverão ser regulados por lei especial ou, na falta desta, pelos usos locais.
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Evicção
Consiste na perda, pelo adquirente (evicto), da posse ou propriedade da coisa
transferida, por força de uma sentença judicial ou ato administrativo que reconhe-
venda uma casa para B, sendo que o objeto da venda esteja sendo alvo de uma
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta
garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
contrato gratuito. Dessa forma, não há que se falar em evicção nos contratos de
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evicção subsiste ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública. Dessa
de seu direito) vier a ser demandada numa ação reivindicatória e sucumbir, então
Art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir a res-
ponsabilidade pela evicção.
perder para o real proprietário, então, via de regra, poderá cobrar indenização do
Art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se esta se der,
tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não soube do risco
da evicção, ou, dele informado, não o assumiu.
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia
ou litigiosa.
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Contratos em Geral
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O dispositivo cuida da evicção total sofrida pelo adquirente, que teve a perda ou
Art. 451. Subsiste para o alienante esta obrigação, ainda que a coisa alienada esteja
deteriorada, exceto havendo dolo do adquirente.
nante invocar a desvalorização da coisa evicta, para reduzir o preço a restituir e/ou
Art. 452. Se o adquirente tiver auferido vantagens das deteriorações, e não tiver sido
condenado a indenizá-las, o valor das vantagens será deduzido da quantia que lhe hou-
ver de dar o alienante.
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Desta forma, imagine no exemplo gráfico dado que antes de B sofrer a evicção
sobre A (alienante).
Art. 455. Se parcial, mas considerável, for a evicção, poderá o evicto optar entre a res-
cisão do contrato e a restituição da parte do preço correspondente ao desfalque sofrido.
Se não for considerável, caberá somente direito a indenização.
A evicção pode ser de dois tipos: total (perda de todo o bem) ou parcial (perda
de parte do bem).
do) temos duas possibilidades: a evicção parcial ser considerável ou não conside-
Direitos do evicto:
1. rescisão do contrato; ou
CONSIDERÁVEL
EVICÇÃO 2. restituição de parte do preço corres-
PARCIAL pondente ao desfalque sofrido.
Direito do evicto:
NÃO CONSIDERÁVEL
1. indenização.
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porém, que C poderá substituir A, por indicação deste, dentro de certo prazo, no
mesmo contrato.
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sido cumpridas.
são, resilição e resolução. A tabela a seguir mostra que a rescisão (que é o gênero)
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do devedor, podendo ser com culpa ou sem culpa) e resilição (dissolução por von-
RESCISÃO
RESILIÇÃO RESOLUÇÃO
A resilição pode ser de dois tipos: A resolução pode decorrer de uma cláusula
- BILATERAL: é o DISTRATO (art. 472 do CC), expressa ou tácita (art. 474 do CC).
que deve ser celebrado através da mesma forma - CLÁUSULA EXPRESSA: normalmente, os con-
do contrato original. tratos trazem uma cláusula resolutiva expressa
- UNILATERAL (art. 473 do CC): é a DENÚNCIA dizendo que se não for cumprido algo determi-
que deve ser notificada para a outra parte. nado o contrato se resolve. Ou seja, o descum-
Aplica-se, especialmente, a contratos de ativida- primento provocará uma resolução imediata.
des ou serviços por tempo indeterminado. - TÁCITA: sem a cláusula resolutiva, o inadim-
plemento demanda uma notificação para a reso-
lução.
Ex.: terminar um contrato de linha de celular ou Ex.: alugar um apartamento e não pagar as par-
de canal por assinatura. celas de aluguel.
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avença postular:
a) rescisão.
b) resolução.
c) resilição.
d) revisão.
e) revogação.
Letra c.
A questão apresenta nas suas alternativas conceitos que são bastante confusos e
silição. Perceba que, pelo enunciado, não mais interessa o vínculo contratual.
o que enseja retenções pelo promitente vendedor de parte das parcelas pagas para
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negócio jurídico, por iniciativa de uma das partes isoladamente. É o exemplo
o mandato e a doação.
não cumprido (exceptio non adimpleti contractus), que é um meio de defesa pelo
qual a parte demandada pela execução de um contrato pode arguir que deixou de
cumpri-lo pelo fato da outra ainda não ter satisfeito a prestação correspondente.
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua
obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Diante disso, imagine que você contrate um pintor para pintar a sua casa e que
ter cumprido com a sua parte, você, em sua defesa, para não pagar a 2a metade,
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes
diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação
pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que
aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la.
Caso o contrato seja celebrado, mas haja fundado receio de seu futuro des-
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Contratos em Geral
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daquele que, por força da relação obrigacional, deve cumprir a prestação antes da
vo, ou seja, de médio ou longo prazo, uma vez que se mostraria inútil nos de
consumação instantânea.
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gócio jurídico desde que se restabeleça o equilíbrio contratual perdido com o acon-
Art. 480. Se no contrato as obrigações couberem a apenas uma das partes, poderá ela
pleitear que a sua prestação seja reduzida, ou alterado o modo de executá-la, a fim de
evitar a onerosidade excessiva.
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