Você está na página 1de 6

RESUMO PARA PROVA

FUNDAMENTOS JURÍDICOS
AULA 01

Classificação dos Ramos do Direito:

Prova “O direito é uno, indivisível, indecomponível.”

Direito Público x Direito Privado:

Direito Público: normas e atuações nas quais o estado ou entidades públicas se


acham presentes como tais - exercendo seu poder - ações dentro de um mesmo país,
Prova ou as relações do país com indivíduos.
Direito Privado: normas que regulam as relações entre pessoas - as ações em que o
estado entra como particular, sem usar sua condição de poder.

A superação da rígida dicotomia entre o público e o privado, fica mais evidente diante
da tendência de descodificação do direito civil, evoluindo da concentração das
Prova
relações privadas na codificação civil para o surgimento de vários microssistemas,
como o Código de Defesa do Consumidor, o ECA, a Lei de Direito Autoral, etc.

AULA 02

O Direito não é o único instrumento responsável pela harmonia da vida social


A Moral, Religião e Cultura (regras de trato social): são outros processos
normativos que condicionam a vivência do homem na sociedade
A Moral autônoma: corresponde à noção de bem particular a cada consciência - sua
própria conduta.
A Moral social: constitui um conjunto predominante de princípios e de critérios - cada
sociedade e em cada época, orienta a conduta dos indivíduos.
A cultura: são padrões de conduta social, elaboradas pela sociedade - visam a tornar
o ambiente social mais ameno.
A ordem hierárquica das leis possui três diferentes níveis, sendo:

 O nível fundamental: no topo da pirâmide, conta com a Carta Magna, a


Constituição do país
 O nível jurídico: localizado no meio da pirâmide (mas que pode conter vários
subdivisões), é composto do conjunto de leis ordinárias, complementares,
medidas provisórias (entre outras),
 O nível da base da pirâmide: é o mais amplo, pois contém os julgamentos
dos órgãos jurídicos, costumes e normas infralegais.
Conceitos Básicos:
A Polícia de um Estado: abrange todo o sistema de regulamentação interna, pelo
qual o Estado procura não só preservar a ordem pública e prevenir delitos contra o
Estado
Ordem Pública: o conjunto de regras formais que emanam do ordenamento jurídico
da Nação - fiscalizado pelo Poder de Polícia, e constituindo uma situação ou condição
que conduza ao bem comum.

Prova Poder de Polícia: é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos


direitos individuais em benefício do interesse público.
Segurança Pública: dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Poder de Polícia de acordo com o CTN:


art. 78 do Código Tributário Nacional - Considera-se poder de
polícia atividade da administração pública - regula a prática de ato ou abstenção de
Prova fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público à
tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou
coletivos

Fundada Suspeita:
O Código de Processo Penal (CPP), em seu artigo 240, § 2º, ao
tratar da “busca pessoal”, determina que:
“Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém
oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do
parágrafo anterior”.
Fundada Suspeita: é requisito essencial e indispensável para a realização da busca
Prova pessoal - é mais concreto e seguro – e não simples desconfiança ou suposição -
necessitando, ainda, de algo mais palpável, como a denúncia feita por terceiro de que
a pessoa porta o instrumento usado para o cometimento do delito, bem como pode ele
mesmo visualizar uma saliência sob a blusa do sujeito, dando nítida impressão de se
tratar de um revólver
Fundada suspeita, segundo o Supremo Tribunal Federal – STF:
- A 'fundada suspeita', prevista no art. 244 do CPP. : não pode fundar-se em
parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que indiquem a
necessidade da revista, em face do constrangimento que causa. Ausência, no caso,
de elementos dessa natureza, que não se pode ter por configurados na alegação de
que trajava, o paciente, um" blusão "suscetível de esconder uma arma, sob risco de
referendo a condutas arbitrárias ofensivas a direitos e garantias individuais e
caracterizadoras de abuso de poder. Habeas corpus deferido para determinar-se o
arquivamento do Termo
O QUE É CONSEDERADO UM FLAGRANTE?
é o exato momento em que o agente está cometendo o crime, ou, quando após sua
Prova
prática, os vestígios encontrados e a presença da pessoa no local do crime dão a
certeza deste ser o autor do delito, ou ainda, quando certeza deste ser o autor do
delito, ou ainda, quando o criminoso é perseguido após a execução do crime.

A Atividade Policial: divide-se administrativa e judiciária.


Prova
A Polícia Administrativa: (polícia preventiva, ou ostensiva) atua preventivamente,
evitando que o crime aconteça.
A Polícia Judiciária: (polícia de investigação) atua repressivamente, depois de
ocorrido o ilícito penal.
Polícia Administrativa (Preventiva ou Ostensiva) :

 FEDERAL: POLÍCIA FEDERAL; POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL


; POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL.
Prova  ESTADUAL: POLÍCIA MILITAR; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

Polícia Judiciária (investigação):

 FEDERAL: POLÍCIA FEDERAL.

 ESTADUAL: POLÍCIA CIVIL.

AULA 03
A Estrutura policial nas constituições e legislações brasileiras ao longo dos
anos:
Período da República: na Constituição Federal de 1891, sob o regime representativo,

o Estado brasileiro inseriu expressões como polícia; segurança interna. - a


Constituição de 1934, essa atribuição passa a ser privativa da União juntamente com a
organização da defesa externa, de fronteiras e a organização das forças armadas - A
Constituição da ditadura de Getúlio Vargas 1937 - Foi mantida a competência privativa
da União para legislar sobre os aspectos referentes à segurança, principalmente a
segurança interna e a defesa do Estado - Na redemocratização: a Constituição
Federal de 1946 - Das Forças Armadas”, as atribuições das polícias militares, as quais
são instituídas para a segurança interna e a manutenção da ordem nos Estados, nos
Territórios e no Distrito Federal e são consideradas forças auxiliares, reserva do
exército - Portanto, com a Constituição Federal de 1988, a Segurança Pública passa a
estar inserida no rol dos direitos sociais e é reconhecida como um direito fundamental.
Na atual Constituição Federal, os constituintes inseriram, no artigo 144, uma nova
figura na Segurança Pública: a Guarda Municipal. O parágrafo oitavo diz que “Os
Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei”.
Princípios norteadores da segurança pública enquanto Serviço Público:
PRINCÍPIO DA UNIVERSALIDADE: De fato, é a segurança pública um serviço
público uti universi, pois seus destinatários são indeterminados - é ele universal (PARA
TODOS SEM DISTINÇÃO)
Prova PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: ser prestados incessantemente, sem Interrupções -
não poderiam sofrer paralisações por greve.
PRINCÍPIO DA CORTESIA: a cortesia é um dos requisitos do serviço público e
traduz-se em bom tratamento para com o público - é obrigação do policial deferir um
bom atendimento ao cidadão usuário. O art. 37, § 3°, da Constituição Federal.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE OU JURIDICIDADE: É o princípio que determina que
os atos praticados pela administração pública somente serão considerados legais se a
lei expressamente dispuser acerca da possibilidade de sua prática - o que a lei
autoriza, e como autoriza.
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE: à ação de se abster da sua pessoa perante a
situação coletiva - sempre deverão atender à finalidade do interesse público, jamais
podendo, pois, buscar o atendimento do interesse pessoal ou de terceiros.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE: Também chamado de princípio da probidade. – atos
deverão seguir os parâmetros legais, morais, os bons costumes, as regras da boa
administração, os princípios da justiça e da equidade e a ideia comum de honestidade,
a fim de propor o que for mais útil e melhor para o interesse público.
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE: Informa que todos os atos da administração pública
devem ser publicados, com vistas a assegurar não só os efeitos externos dos atos,
mas também a propiciar o controle pelos administrados (controle interno implícito).
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: “É o mais moderno princípio da função administrativa,
que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo
resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das
necessidades da comunidade e de seus membros.”
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE: a razoabilidade é corolário do princípio da
proibição do excesso, segundo o qual as restrições de direitos impostas pelas polícias
devem ater-se aos fins em nome dos quais são estabelecidas ou permitidas, devendo
as mesmas apenas ser adotadas se esses fins não puderem ser alcançados por meio
de medidas menos gravosas.

PRINCÍPIOS REFERENTES À ATIVIDADE POLICIAL EM SENTIDO ESTRITO:


Poder de polícia é o instrumento jurídico - que autoriza a administração pública a
exercer os atos coercitivos necessários para fazer prevalecer o interesse público - Em
virtude de existir o poder de polícia, a Polícia pode exercer o seu poder visando
assegurar o bem-estar público - PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE
PÚBLICO; - PRINCÍPIO DA GARANTIA: - PRINCÍPIO DO RESPEITO AOS DIREITOS
HUMANOS: A Conferência Mundial de Direitos Humanos, realizada em Viena, em
1993, recomendou a criação de políticas nacionais para os Direitos Humanos, de
forma que, em 1996, o governo brasileiro lançou o seu primeiro Programa Nacional de

Direitos Humanos (PNDH), durante a celebração da Lei Áurea. - Especial atenção


deve ser dada, considerando nosso contexto, à finalidade protetiva dos Direitos
Humanos em face dos excessos de poder cometidos pelos órgãos estatais, neles
inseridos as instituições policiais.
Dentre as normas contidas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, todas de
suma importância, importa frisar algumas para a atividade policial:
“art. III – Todo homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.”
(...)
“art. V – Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel,
desumano ou degradante.”
(...)
“art. IX – Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.”
(...)
“art. XI, 1

 PRINCÍPIO DA OFICIOSIDADE:
 PRINCÍPIO DO RISCO:
 PRINCÍPIO DA REALIDADE:
 PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DO EXCESSO (OU DA
PROPORCIONALIDADE LATO SENSU);
 PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE DA ATUAÇÃO POLICIAL:
 PRINCÍPIO DA BOA-FÉ:
 PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA:
 PRINCÍPIO DA LIBERDADE:
 PRINCÍPIO DA JUSTIÇA:
 PRINCÍPIO DO USO LEGITIMADO E PROGRESSIVO DA FORÇA:

AULA 04
Súmula vinculante e atuação policial :
Outras questões comentadas no meio policial, são as que se referem ao emprego de
algemas e acesso aos autos do inquérito policial por advogado. As questões
chegaram a um nível de discussão, ao ponto de serem sumuladas pela Corte Máxima
Brasileira, o Supremo Tribunal Federal. E aí fica a indagação:

Emprego de algemas; Com especial atenção ao exercício dos procedimentos de


abordagem policial, em 13 de agosto de 2008 o STF aprovou no Plenário o enunciado
de Súmula Vinculante nº 11, que discorre sobre o uso de algemas: Só é lícito o uso
Prova de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à
integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a
excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere,
sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Outra questão que merece ser estudada é aquela que trata do acesso aos autos do
inquérito policial, conforme previsto na Súmula Vinculante nº 14, que diz respeito às
ações de repressão imediata e mediata no âmbito da polícia judiciária: É direito do
defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
esse direito é dirigido apenas ao defensor, advogado inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil.
Responsabilidade do agente público na prática de atos ilícitos :
Você sabe o que é Direito de Regresso? Trata-se de um conceito jurídico de extrema
relevância que envolve a possibilidade de reembolso ou compensação financeira por
danos e prejuízos causados a terceiros.
O art. 37, § 6º, da CF/88, garante o direito de regresso sobre o servidor público, ou
seja, se ele praticou ato ilícito de forma dolosa ou culposa, resultando na
responsabilidade civil do Poder Público, e esse venha a arcar com os prejuízos, o
Estado poderá buscar as medidas cabíveis para repassar esse encargo àquele que
deu causa, assegurando, assim, a justiça. - Por fim, é possível ainda que o servidor
público, além de responder diante de uma ação regressiva, de natureza cível, venha a
ser submetido a um processo por ato de improbidade, processo administrativo
disciplinar ou criminal, por ter excedido em suas atribuições, sem que isso importe em
dupla punição (bis in idem), a qual somente ocorre na mesma esfera.

Você também pode gostar