Você está na página 1de 41

DIREITOS HUMANOS

DIREITOS HUMANOS:
• Conceito, Características,
• Relação entre os Direitos Humanos e o Estado: Evolução
histórica,
• A Declaração Universal dos Direitos Humanos,
• A Constituição Brasileira e os Direitos Humanos,
• A aplicação da Lei nos Estados Democráticos,
• Conduta Ética e Legal na aplicação da Lei,
• Treze Reflexões sobre Polícia e Direitos Humanos e
• Lei nº 10.826/2003.
Aplicação da Lei
nos Estados
Democráticos
• O artigo 25 do Pacto Internacional sobre os Direitos
Civis e Políticos (PIDCP):
• Todo cidadão tem o direito e a possibilidade:
a) de tomar parte na condução dos assuntos
públicos, diretamente ou por intermédio de
representantes livremente eleitos;
b) de votar e ser eleito, em eleições periódicas e
legítimas, por sufrágio universal e igualitário,
realizadas por voto secreto, assegurando a livre
expressão da vontade dos eleitores;
c) de ter acesso, em condições gerais de igualdade,
às funções públicas do seu país.
A Função de Aplicação da Lei
• A mudança gradual, partindo de um sistema fechado
para um sistema mais aberto na área da aplicação da
lei, é bem recente.
• O policiamento comunitário tornou-se
um slogan reconhecido com ênfase na
descentralização da organização, no
desmantelamento das funções específicas de
aplicação da lei e na extinção da abundância de
níveis funcionais em sua estrutura.
• O objetivo mútuo do policiamento comunitário é o
de (re)criar uma proximidade e entendimento entre
a população e a organização, partindo da premissa
fundamental de que a responsabilidade pela
aplicação da lei não é só da organização, mas
compartilhada entre o Estado e seus cidadãos.
• As palavras chaves na aplicação da lei democrática,
como no próprio regime democrático,
são antecipação e reação,
representação e responsabilidade.
• As funções das organizações de aplicação da lei,
independente de suas origens, estrutura ou
vinculação, estão geralmente relacionadas a:
* manutenção da ordem pública;
* prestação de auxílio e assistência em todos os tipos
de emergência; e
* prevenção e detecção do crime.
• Além dos poderes de captura, de detenção e o emprego de
força, os encarregados da aplicação da lei são investidos de
vários outros poderes para o cumprimento eficaz de seus
deveres e funções.
• Alguns desses poderes estão relacionados à prevenção e
detecção do crime, incluindo poderes para busca e
apreensão: entrada em lugares, localidades e casas onde
crimes foram cometidos ou vestígios destes foram deixados;
busca de provas e seu confiscamento para a promotoria; e a
captura de pessoas e/ou apreensão de objetos relativos a
um crime cometido ou a ser cometido.
A Aplicação da Lei e o Direito
Internacional
• O direito internacional dos direitos humanos pode
ser dividido em: instrumentos com força legal (por
exemplo, direito dos tratados) e
instrumentos sem força legal (diretrizes, princípios,
códigos de conduta, etc.)
• O direito internacional humanitário consiste, em
termos gerais, de dois tipos de direito: o Direito de
Genebra (que trata da proteção das vítimas de
conflitos armados) e o Direito de Haia (que trata da
conduta de hostilidades)
• Sempre que os encarregados da aplicação da lei
exercerem seu poder e autoridade, devem respeitar e
proteger os direitos e liberdades de todas as pessoas -
estejam estes expressos no direito internacional de
direitos humanos ou no direito internacional
humanitário.
• O fato de que um Estado se encontra em uma situação
de conflito armado, distúrbios e tensões internos ou em
estado declarado de emergência, não o livra da
obrigação de assegurar os direitos e liberdades
fundamentais, nem tal situação pode servir como
justificativa para não os assegurar.
Resumindo
* A lei, a ordem, a paz e a estabilidade são responsabilidades do
Estado.
* Não há uma definição de democracia aceita universalmente. No
entanto, as democracias autênticas possuem as mesmas
características, tal como um governo eleito democraticamente,
respeito pelo estado de direito e respeito pelos direitos
humanos.
* A vontade do povo deve ser a base da autoridade de um
governo.
* Todas as pessoas são iguais perante a lei e têm o direito, sem
discriminação, de proteção igual da lei.
* Todos têm o direito de participarem da condução dos assuntos
públicos, de forma direta ou por intermédio de representantes
escolhidos livremente.
* Todos têm o direito de votarem e serem eleitos em eleições
periódicas e legítimas, por sufrágio universal e igual, realizadas por
escrutínio secreto, assegurando a livre expressão da vontade dos
eleitores.
* Todos têm direito ao acesso, nos termos gerais de igualdade, ao
serviço público de seu país.
* A origem das organizações de aplicação da lei provém da
necessidade nítida da aplicação das leis nacionais.
* As tarefas e os deveres das organizações de aplicação da lei estão
ligadas à manutenção da ordem pública, à prevenção e detecção do
crime e ao auxílio e assistência em casos de emergência.
* É concedida aos encarregados da aplicação da lei uma série de
poderes e autoridade para possibilitá-los a cumprir eficazmente as
suas funções e deveres.
* Os poderes e autoridade na aplicação da lei são relativos à captura,
detenção, o emprego de força e armas de fogo, assim como áreas
específicas (por exemplo, prevenção e detecção do crime que incluem
poderes de busca e apreensão).
* As principais questões relativas ao exercício correto do poder e
autoridade são a legalidade, necessidade e proporcionalidade. As
ações policiais devem ser fundamentadas na legislação nacional.
Devem também ser necessárias em determinada circunstância e
proporcionais quando comparadas à gravidade do delito e o objetivo
legítimo a ser alcançado.
* O direito internacional de direitos humanos e o direito internacional
humanitário têm importância direta para a prática de aplicação da lei.
* As práticas de aplicação da lei devem ser vistas como práticas do
Estado, estando, dessa forma, de total acordo com as obrigações de
um Estado perante o direito internacional.
* A promoção e a proteção das liberdades e direitos humanos são de
responsabilidade tanto coletiva quanto individual no que diz respeito à
aplicação da lei.
* Os encarregados da aplicação da lei devem tomar consciência
de sua capacidade individual de influenciar a imagem de sua
corporação como um todo.
* O respeito pelas liberdades e direitos humanos depende de seu
conhecimento adequado e de sua aplicação apropriada nas
atividades operacionais de aplicação da lei.
* A instrução e treinamento permanente são indispensáveis para
a aquisição de conhecimento, atitudes, habilidades e
comportamento que obedeçam às exigências do direito
internacional dos direitos humanos e do direito internacional
humanitário.
Conduta Ética e Legal na
Aplicação da Lei
• * A aplicação da lei é um serviço público, criado por lei, com a
finalidade de manter a ordem pública, aplicar as leis nacionais e
prestar auxílio e assistência em emergências.
* A Ética trata do que é certo e errado e o que é dever e obrigação
moral.
* A Ética é o estudo da natureza geral da moral e das escolhas
morais específicas.
* A Ética são as regras ou padrões que governam a conduta dos
praticantes de uma profissão.
* A Ética Pessoal refere-se ao conjunto de crenças sobre certo e
errado, bem ou mal, moral e deveres que se originam do indivíduo.
* A Ética de Grupo refere-se ao conjunto de crenças sobre certo e
errado, bom ou mal, moral e deveres que se originam de um grupo
de indivíduos.
* A Ética Profissional refere-se aos padrões e regras que governam a
conduta de todos os praticantes de uma profissão específica.
* O Código de Conduta para os encarregados da aplicação da lei
tem por objetivo proporcionar diretrizes relativas aos princípios
éticos e legais relevantes para a profissão dos encarregados da
aplicação da lei - e como tal deve ser considerado como um
código de ética profissional.
* O cumprimento fiel e o respeito pela lei por parte dos
encarregados da aplicação da lei é fundamental à boa prática da
aplicação da lei.
* A Declaração sobre a Polícia, do Conselho da Europa, fornece
maiores detalhes e em maior profundidade, sobre as questões
relacionadas à ética na aplicação da lei do que o CCEAL. Também
introduz várias disposições que não estão incluídas no CCEAL.
* Há vários outros instrumentos jurídicos que enfatizam a
responsabilidade dos encarregados da aplicação da lei por seus
atos e omissões.
* Nem circunstâncias excepcionais nem ordens superiores
podem ser utilizadas, pelos encarregados da aplicação da lei,
como justificativa por comportamento ilegítimo.
Código de Conduta para os Encarregados da
Aplicação da Lei (CCEAL)
• O artigo 1.º estipula que os encarregados da aplicação da lei
devem sempre cumprir o dever que a lei lhes impõe, ... No
comentário do artigo, o termo encarregados da aplicação da
lei é definido de maneira a incluir todos os agentes da lei, quer
nomeados, quer eleitos, que exerçam poderes policiais,
especialmente poderes de prisão ou detenção.
• O artigo 2º. requer que os encarregados da aplicação da lei,
no cumprimento do dever, respeitem e protejam a dignidade
humana, mantenham e defendam os direitos humanos de
todas as pessoas.
• O artigo 3º. limita o emprego da força pelos encarregados da
aplicação da lei a situações em que seja estritamente
necessária e na medida exigida para o cumprimento de seu
dever.
• O artigo 4º. estipula que os assuntos de natureza confidencial
em poder dos encarregados da aplicação da lei devem ser
mantidos confidenciais, a não ser que o cumprimento do
dever ou a necessidade de justiça exijam estritamente o
contrário.
• Em relação a esse artigo, é importante reconhecer o fato de
que, devido à natureza de suas funções, os encarregados da
aplicação da lei se vêem em uma posição na qual podem obter
informações relacionadas à vida particular de outras pessoas,
que podem ser prejudiciais aos interesses ou reputação
destas. A divulgação dessas informações, com outro fim além
do que suprir as necessidades da justiça ou o cumprimento do
dever, é imprópria e os encarregados da aplicação da lei
devem abster-se de fazê-lo.
• O artigo 5º. reitera a proibição da tortura ou
outro tratamento ou pena cruel, desumano ou
degradante.
• O artigo 6º. diz respeito ao dever de cuidar e
proteger a saúde das pessoas privadas de sua
liberdade.
• O artigo 7º. proíbe os encarregados da aplicação
da lei de cometer qualquer ato de corrupção.
Também devem opor-se e combater
rigorosamente esses atos.
O artigo 8º. trata da disposição final exortando os
encarregados da aplicação da lei (mais uma vez) a
respeitar a lei (e a este Código). Os encarregados da
aplicação da lei são incitados a prevenir e se opor a
quaisquer violações da lei e do código. Em casos onde
a violação do código é (ou está para ser) cometida,
devem comunicar o fato a seus superiores e, se
necessário, a outras autoridades apropriadas ou
organismos com poderes de revisão ou reparação.
Declaração sobre a Polícia,
do Conselho da Europa
• A Parte A, Ética, abrange, em maior profundidade do que o
CCEAL, as obrigações morais e legais dos encarregados da
aplicação da lei. As explicações utilizadas para expressar as
tarefas, deveres e responsabilidades pessoais encontram-se
mais detalhadas do que no CCEAL. Além disso, a D.P. contém
várias disposições que não estão incluídas no CCEAL, como a
obrigação de não cumprir ordens ilegais (artigo 3); ou o não
cumprimento de ordens relacionadas à tortura, execuções
sumárias, ou tratamento ou pena desumana ou degradante
(artigo 4); a responsabilidade pessoal de agentes policiais por
ações ilegais ou omissões (artigo 9); orientação sobre o uso de
armas (artigo 13); e a proibição de ações contra indivíduos por
causa de sua raça, religião ou convicção política (artigo 8).
• A Parte B, Situação Profissional, trata da organização das
forças policiais e os direitos pessoais e profissionais dos
agentes policiais.
• A Parte C, Guerra e outras situações de emergência -
Ocupação por uma potência estrangeira, está ligada a
disposições do direito internacional humanitário que regem a
posição, tarefas e deveres dos agentes policiais em situações
de conflito armado. Maiores informações sobre este tópico
podem ser encontradas no capítulo Manutenção da Ordem
Pública.
* Os governos são exortados a incluir questões relativas à ética e
direitos humanos nos currículos da formação dos seus agentes
encarregados da aplicação da lei.
* A questão de comportamento correto, legítimo e ético dos
encarregados da aplicação da lei possui implicações diretas aos
agentes com responsabilidades de comando, gerenciamento
e/ou supervisão.
* As situações de comportamento ilegítimo e/ou antiético
(supostamente) requerem uma investigação imediata, total e
imparcial.
* As situações de comportamento ilegítimo e/ou antiético
(supostamente), apesar de atribuídas ao indivíduo encarregado
da aplicação da lei, possuem um efeito potencialmente
prejudicial e refletem negativamente em toda a corporação.
“Direitos Humanos: Coisa de Polícia”
As “Treze reflexões sobre polícia e direitos
humanos”
• Nos remonta, inicialmente, à Ditadura Militar, que
pelas circunstâncias da época, de 1964 a 1984,
colocou a Segurança Pública representada pela
polícia totalmente contra os Direitos Humanos.
• Para vencermos essa barreira, devemos ambos os
lados, polícia e representantes dos Direitos
Humanos (ONG’s), “dar o braço a torcer” e
aproximarmo-nos uns dos outros.
• Cidadania, Dimensão Primeira –Balestreri tenta por
um fim no antagonismo cultivado pela sociedade
brasileira de que exista uma “sociedade civil” e outra
“sociedade policial”, ou ainda, uma “sociedade civil”
e outra “sociedade militar”.
• Antes de qualquer coisa, o policial, seja ele civil ou
militar, é um cidadão oriundo da sociedade a que
serve, ou seja, nós enquanto policiais somos
“produtos” do próprio meio, não havendo lógica
alguma em pensarmos como inimigos ou grupos
distintos e esparsos da sociedade.
• Policial: Cidadão Qualificado – O policial, sendo um
cidadão, não pode ser visto como um cidadão
comum, pois não o é. E sim um cidadão
“qualificado”, pois é o representante do Estado mais
próximo da sociedade, e ainda por ter a permissão
para o uso da força e de armas.
• Sendo assim, o policial deve ser encarado de
maneira especial, principalmente quanto à sua
preparação para lidar com o monopólio do uso da
força e da arma de fogo, e ainda ser o primeiro
contato entre Povo e Estado, pois suas ações
representam consequências diretas na vida e
desenvolvimento dessa população, seja positiva ou
negativamente.
• Policial: Pedagogo da Cidadania Antes mesmo de
nossa própria especialidade como policiais, agentes
encarregados pela aplicação da lei, somos
pedagogos sociais. Responsáveis pelo aprendizado
social, não como nas escolas do ensino regular, mas
com objetivo de ensinar o cidadão a exercer sua
cidadania, e não tão somente reprimi-lo por
determinada ação delituosa.
• Importância da autoestima, Pessoal e Institucional
– O policial deve então se reconhecer como tal. A
autoestima é importantíssima para que o
profissional assuma de fato esse posicionamento
como “pedagogo social”. O reconhecimento por
parte de si mesmo eleva o nível de
comprometimento e responsabilidade do policial
para com a sociedade, elevando sua relação além da
simples ação policial repressora.
• Polícia e ‘superego’ social – Apesar desse
importante papel social do policial, enquanto
cidadão qualificado e pedagogo social, a polícia
jamais pode deixar de agir tecnicamente nos
assuntos que lhe competem. Sempre haverá a
necessidade de um limitador social de condutas,
possibilitando o bem comum e a harmonia social,
seria este o papel de ‘superego’ social da polícia.
• Rigor versus Violência – É muito importante ainda
que o policial saiba diferenciar o uso da força da
violência ou truculência. A própria rotina policial ou
ausência de preparo levam a confusão entre os
limites do uso da força. Portanto é de extrema
necessidade que o policial tenha bem claro seus
limites legais, morais, éticos e técnicos quanto ao
uso da força, que deve ser legitimo levando-se em
conta esses quesitos.
• Policial versus Criminoso: Metodologias
Antagônicas – O Policial deve ser totalmente
diferente do criminoso quanto à metodologia de
trabalho. Não se aceita mais enfrentar a violência
com violência, dessa maneira estaria o policial se
igualando ao infrator da lei. Portanto, devemos
pautar nossas ações, mesmo frente ao pior cidadão
possível e ao crime mais bárbaro e hediondo
possível, de maneira imparcial e impessoal,
aplicando a lei, e respeitando seus limites.
• A ‘Visibilidade Moral’ da Polícia: Importância do
Exemplo – O policial, por sua atividade profissional,
deixa “marcas” nas pessoas com muita facilidade, ou
seja, aquilo que o policial faz fica registrado para a
pessoa pela vida toda, ou por um bom tempo, e
influencia em seu desenvolvimento enquanto
cidadão. Isso tudo se deve principalmente porque os
momentos que o cidadão tem contato com a polícia
normalmente são em situações de risco ou grande
emoção/comoção, portanto a responsabilidade dos
atos do policial frente a esse cidadão é muito
grande.
• “Ética” Corporativa versus Ética Cidadã – A “ética”
corporativa trazida pelo autor na verdade não é
ética, mas sim corporativismo. O corporativismo
negativo deve ser deixado de lado uma vez por
todas, pois aquele que realmente gosta de sua
instituição não deve acobertar as irregularidades de
outros policiais. Já a Ética Cidadã é aquela voltada a
atribuição da polícia, tanto no campo técnico quanto
no campo social.
• Critérios de seleção, Permanência e
Acompanhamento – Profissões como a de policial
são altamente atrativas aos psicopatas, pois
exprimem poder e ampliam suas possibilidades de
ação. Portanto são de extrema importância à
seleção e o acompanhamento daqueles que
pretendem e entram nas instituições policiais.
• Direitos Humanos dos Policiais: Humilhação versus
Hierarquia – A cultura de formação para guerra
oriunda das Forças Armadas, ainda forte
principalmente nas Polícias Militares, são
responsáveis pela violação dos direitos humanos dos
policiais por próprios policias hierarquicamente
superiores. Isso, é claro, resulta na deformidade da
formação do policial, que formado à base do
desrespeito e violação de seus direitos humanos, irá
reproduzir o mesmo com o cidadão nas ruas
enquanto “serve” à sociedade.
• A Formação dos Policiais – Devemos, pois, vencer
essa etapa, ultrapassar essa barreira cultural na
formação do policial enquanto “guerreiro”, buscando
a formação do policial cidadão, com base na
legalidade e com foco na garantia dos direitos
humanos seus, de seus companheiros e do cidadão
em geral.
1. De acordo com o texto “Treze reflexões sobre Polícia e
Direitos Humanos”, é INCORRETO afirmar que:
a) O policial é, antes de tudo um cidadão, e na cidadania deve
nutrir sua razão de ser. Irmana-se, assim, a todos os membros
da comunidade em direitos e deveres.
b) O uso legítimo da força se confunde com truculência.
c) Polícia não funciona sem hierarquia. Há, contudo, clara
distinção entre hierarquia e humilhação, entre ordem e
perversidade.
d) A polícia é, portanto, uma espécie de superego social
indispensável em culturas urbanas, complexas e de interesses
conflitantes, contenedora do óbvio caos a que estaríamos
expostos na absurda hipótese de sua inexistência.
2. De acordo com as Treze reflexões sobre polícia e direitos
humanos: Um verdadeiro policial, ciente de seu valor social,
será o primeiro interessado no (a):

(A) Bem estar da população e da instituição, sendo indiferente


aos problemas internos da corporação
(B) Expurgo dos maus profissionais, dos corruptos
(C) Na prisão de criminosos de menor potencial ofensivo e de
manifestantes
(D) Integração a um partido político, exercendo influência em
benefício da instituição
3. Acobertamento de práticas espúrias demonstra,
ao contrário do que muitas vezes parece:
(A) A unificação dos integrantes de uma instituição
policial
(B) O mais absoluto desprezo pelas instituições e à
sociedade
(C) O preparo moral e ético no cargo ao qual exerce
numa instituição policial
(D) A falta de um treinamento tático específico
voltado para as instituições policiais
4. O policial é, antes de tudo um cidadão, e na cidadania deve
nutrir sua razão de ser. Marque a opção que corresponda
perfeitamente ao texto.

(A) Um policial que, quando vê um assalto, efetua a prisão do


meliante
(B) Um policial que, sabendo de desvios de conduta de alguns
policias, fica em silêncio para não prejudicar os demais
(C) Um policial que, sabendo de corrupção envolvendo policiais,
denuncia-os à justiça
(D) Um policial que, quando vê uma parturiente preste a dar à
luz, não lhe presta o socorro imediato
• 5. De acordo com o texto “Treze reflexões sobre Polícia e Direitos
Humanos”, analise as afirmativas abaixo:
• I - Em termos de inconsciente coletivo, o policial exerce função
educativa arquetípica: deve ser “o mocinho”, com procedimentos e
atitudes coerentes com a “firmeza moralmente reta”, oposta
radicalmente aos desvios perversos do outro arquétipo que se lhe
contrapõe: o bandido.
• II - O policial, pela natural autoridade moral que porta, tem o
potencial de ser o mais marcante promotor dos Direitos Humanos,
revertendo o quadro de descrédito social e qualificando-se como
um personagem central da democracia.
• III - O zelo pelo respeito e a decência dos quadros policiais não
cabe apenas ao Estado mas aos próprios policiais, os maiores
interessados em participarem de instituições livres de vícios,
valorizadas socialmente e detentoras de credibilidade histórica.

• Estão CORRETAS:

• A Apenas as afirmativas I e II.


• B Apenas as afirmativas II e III.
• C Apenas as afirmativas I e III.
• D Todas as afirmativas estão corretas.

Você também pode gostar