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Justiça Criminal
SISTEMA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA E SISTEMA DE JUSTIÇA
CRIMINAL.
Com vistas à sua proteção, o Brasil possui um arcabouço jurídico vasto, que regula
a convivência social pacífica e equilibrada. A própria Constituição Federal cita a
ordem pública cinco vezes no escopo do seu texto.
Para a sua efetividade e garantia, dois sistemas entram em ação para a preservação
da prevalência dessas normas sobre o comportamento social que são o Sistema
Nacional de Segurança Pública, representado pelo SUSP - Sistema Único de
Segurança Pública (instituído pela LEI Nº 13.675, DE 11 DE JUNHO DE 2018), e o
Sistema de Justiça Criminal.
O segundo tem o papel de cuidar das ações corretivas, quando ocorrerem ações
delituosas, buscando dar tratamento adequado aos infratores através de um
processo legal, com amplo direito de defesa, que deve culminar com uma sentença,
em busca da ressocialização do envolvido.
I - polícia federal;
III – (VETADO);
IV - polícias civis;
V - polícias militares;
IX - (VETADO);
XV - agentes de trânsito;
O próprio Clemente (2013) afirma que, sem dúvida, os serviços policiais constituem
o principal ator das políticas públicas de segurança urbana, especialmente no
avatar de patrulhamento da via pública, vulgarmente conhecidos como rondas.
A quebra da ordem é qualquer evento que venha a ferir a paz pública e o equilíbrio
entre os coabitantes.
Assevera Clemente (2013) que nenhuma sociedade civil cumpre todas as regras: ao
longo do dia, “a ordem é sempre ameaçada de desordem”. Por certo, a vida social
admite um mínimo de desordem, logo a ordem pública representa o ponto de
equilíbrio entre a desordem suportável e a ordem indispensável.
Ressalta Lisot (2012) que num momento histórico, em que as organizações estão
passando por grandes e constantes mudanças, a Administração Pública, com mais
dificuldade, segue lutando contra antigas estruturas burocráticas, transpondo e
criando novos paradigmas. Dentro dessa lógica, vocábulos como governança e
governança pública começam a receber especial destaque, tornando-se importante
estabelecer conceitos apropriados, a fim de orientar os pressupostos relacionados à
governança corporativa no setor público.
Entram em ação dois sistemas policiais, conforme nos descreve Nazareno (2011):
Findo o processamento, vem a remessa aos autos para o Ministério Público, que
representa o Estado na aplicação das leis, e vai analisá-los. Se oferecer denúncia, vai
encaminhar ao juízo competente para que o infrator passe pelas fases processual e
das penas.
O gestor público deve manter viva essa missão em sua mente na condução dos
seus processos de administração do órgão ou unidade sob sua responsabilidade.
O medo contribui para a geração de cautela, que, por sua vez, serve como
segurança e proteção. Quando extrapolado em certo limite, o mesmo medo
deteriora a qualidade de vida das pessoas (DANTAS (2002), apud Santos Júnior et
al (2007).
É justamente o cenário que o gestor público não quer: ver deteriorar as relações
sociais positivas e a qualidade de vida das comunidades atendidas por sua
circunscrição.
Santos Júnior et al (2007) trazem, ainda, outras questões alarmantes, pois apontam
que na agenda dos administradores públicos dos países mais desenvolvidos,
diversas ações têm sido envidadas para se medir o medo do crime e
operacionalizar medidas para tranquilizar o público, reduzindo esse medo, porém
tal tema, no Brasil, requer, ainda, um tratamento mais amadurecido, pois,
lamentavelmente, mesmo com a envergadura dos problemas constantes do
sistema penal, a temática ordem pública não se encaixa como meta prioritária para
a promoção da qualidade de vida.
E ainda, conforme os autores, que essa forte preocupação social, por sua vez, tem
despertado na sociedade e no Estado (setores de saúde, educação, urbanização,
trabalho etc.) novas ações que contribuem para a melhora da situação ao atuar na
prevenção da violência e do crime. No entanto, embora alguns estudos venham
questionando a ideia de prisão de criminosos como forma de intimidar o crime e
assegurar a ressocialização, a responsabilidade mais específica sobre o problema,
atribuída pela mídia e pelos atores políticos de maneira geral, continua sendo do
sistema de justiça criminal.
Vê-se a integração e responsabilidade dos dois sistemas. Não basta que os órgãos
de segurança pública atuem bem, é necessário a complementação do ciclo dentro
do sistema de justiça criminal.
Então, caro cursista, à sua visão, como gestor, já havia penetrado esse olhar
diferenciado sobre o tema?