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Sistema de Segurança

Major QOPM Ramalho


ST PM RR Vantuil (Slides)
1º Sgt PM Luiz Carlos
2º Sgt PM Janildo
Sistema de Segurança Pública
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Sistemas de segurança pública nas sociedades democráticas;
Atribuições das instituições de segurança pública;
Abordagem sistêmica da segurança pública;
Controle interno e externo das instituições de segurança pública;
Conceitos de circunscrição, região e área de abrangência de outras instituições;
Políticas públicas: formulação, implantação, avaliação e acompanhamento;
Planos de segurança pública (instâncias: federal, distrital e estadual);
Análise de cenários e perspectivas da segurança global e local;
Relação entre o sistema de segurança pública e o sistema de justiça criminal.
Sistema de Segurança Pública

SISTEMAS DE SEGURANÇA PÚBLICA NAS


SOCIEDADES DEMOCRÁTICAS.
O surgimento da Polícia A estruturação dos
sistemas policiais modernos, baseados no
profissionalismo, na administração burocrática e sob
o controle do Estado, é a expressão mais marcante do
processo histórico de institucionali­zação da noção de
segurança pública.
Sistema de Segurança Pública

A França tornou-se a principal referência de formação de


sistema policial profissionalizado, confor­me análise de
MONET (2001). Ela tinha dois pilares: a Maréchaussée (O
marechaussee é o antepassado da gendarmeria francesa.
Cavaleiro da Marechaussee em 1786 Em 1720, o marechal foi
colocado simbolicamente sob a autoridade administrativa da
gendarmeria da França, o que explica por que em 1791 foi
renomeado como "Gendarmerie nationale". Disponível em: <
https://educalingo.com/pt/dic-fr/marechaussee>. Acesso em
28 dez 2018), nas áreas rurais e a Tenência de polícia, em
Paris.
Sistema de Segurança Pública

BRASIL
O sistema policial brasileiro, por sua vez, se
estruturou no século XIX. E a matriz foi a dualidade
poli­cial francesa. Com a chegada da Coroa
Portuguesa em 1808 no Rio de Janeiro, foi criada a
Intendência Geral de Polícia, com atribuições de
controle do crime, de urbanização, saneamento,
saúde pública e iluminação pública seguindo o
modelo policial que vigorava em Portugal desde o
século XVIII.
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INGLATERRA
A Inglaterra, a despeito de sua tradição de gestão
descentralizada, também assistiu a intervenção do
governo central na questão policial. Em 1829 o
Parlamento assume a responsabilidade pelo
policiamento de Londres. É criada uma organização
policial profissionalizada, trabalhando full-time e
concebida em ter­mos civis, diferenciando-se do
modelo francês da gendarmerie. É criada a Polícia
Metropolitana de Londres.
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2. ATRIBUIÇÕES DAS INSTITUIÇÕES DE


SEGURANÇA PÚBLICA.
Sistema de Segurança Pública
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Sistema de Segurança Pública
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Polícia Federal
Polícia Federal
Polícia Federal
Polícia Federal
Polícia Federal
Polícia Federal
Polícia Federal
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Pacto Federativo.
Um dos principais desafios brasileiros é a
segurança pública. As autoridades estão mais
atentas aos problemas e elegem o combate à
violência como uma das prioridades em seus
programas. A segurança pública caminha cada
vez mais para a integração e articulação entre
as forças diversas presentes no território.
Sistema de Segurança Pública

.
Sistema de Segurança Pública
O ciclo de polícia, que inicia o ciclo de persecução criminal, é
composto por:
1ª fase: Situação normal de paz social. Refere-se ao trabalho
ostensivo realizado pela polícia, de caráter preventivo, em prol da
preservação da ordem pública. Quando ocorre a quebra da ordem
pública, são efetuadas as demais fases do ciclo policial.
2ª fase: Restauração da paz social. Consiste no primeiro contato da
polícia com a prática criminal, competindo-lhe exercer as primeiras
providências de polícia administrativa e judiciária, como realizar
prisão em flagrante, identificar testemunhas, levantar informações
sobre o modo como o crime ocorreu, socorrer vítimas, dentre outras
verificações possíveis que se apresentarem necessárias de imediato.
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3ª fase: Investigativa. É exercida pela polícia judiciária,


através da escuta do relato das testemu­nhas arroladas,
realização de perícias, cumprimento de prisões processuais,
exercidas por meio da instaura­ção do Inquérito Policial.
4ª fase: Processual. A partir dessa sequência de
procedimentos ocorre a fase processual, que é de
competência do Ministério Público e Poder Judiciário,
sendo a última etapa do ciclo de persecução criminal a fase
de aplicação das penas, responsabilidade do Poder
Judiciário e do Sistema Prisional (LAZZARINI, 1996).
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O desenho institucional da segurança pública no Brasil, em


suma, provocou a emergência e consoli­dação de
organizações policiais que, a despeito do caráter
complementar de suas atividades, são dotadas de culturas
distintas, com definições muito particulares do interesse
coletivo e, além disso, têm suas inter-rela­ções pautadas pelo
conflito e competição intermitentes. Como consequência
inevitável dessa realidade, temos a baixa capacidade do
subsistema policial brasileiro de produzir resultados
consistentes, em termos de redução dos índices de
criminalidade. (SAPORI, 2006, p. 769 - 770)
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A Constituição de 1988, no âmbito da segurança


pública, confere aos municípios apenas a com­
petência para constituírem guardas municipais
destinadas à proteção de seus bens, serviços e
instalações. Entretanto, isso não impede que os
municípios extrapolem as ações de proteção
patrimonial e adotem ativi­dades suplementares
de prevenção à violência e à criminalidade.
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Saiba mais:
A redemocratização do país marcou um
novo momento do arranjo federativo
brasileiro.
A valorização dos municípios pode ser
percebida pelo reconhecimento desta
instância, pela primeira vez na história,
como um ente federativo.
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Tipos de prevenção:
Prevenção primária: A prevenção não é percebida como de
competência exclusiva das agências de segurança pública,
mas também de famílias, escolas e sociedade civil.
Prevenção secundária: Esse tipo de prevenção está
fundamentado na noção de risco e proteção.
Prevenção terciária: Atua quando já houve vitimização,
procurando evitar a reincidência do autor e promover a
reabilitação individual e social da vítima.
Um município que desejar aderir ao PRONASCI deve
obrigatoriamente criar um Gabinete de Gestão integrada
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3. ABORDAGEM SISTÊMICA DA SEGURANÇA PÚBLICA.


Toda vez que se fala em polícia no Brasil idealiza-se a
instituição. Tratam-na como se, de repente, vivêssemos num país
onde tudo é maravilhoso e apenas a polícia destoa desta regra.
Age-se como se o policial seja um alienígena brutalizado e
incapaz que acabou de cair em um mundo perfeito onde ninguém
comete erros. Só ele os cometem. Caídos neste mundo perfeito, os
policiais e suas atitudes passam a ser questionados pelos idealistas
do sistema, que não entendem que razões levam a polícia a, em
alguns casos, tratar com violência determinada pessoa. É como se
a violência não existisse e a polícia fosse a responsável por trazê-la
ao mundo, fosse causa dela e não sua consequência.
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(…) Trata-se o Brasil como se o país fosse o único no mundo a ter


uma polícia adjetivada de militar. Desconhece-se que na Itália ainda
existem os Carabinieri, a Espanha ainda conte com a sua Guardia Civil (que
apesar da adjetivação, é militar), a França ainda disponha da
Gendarmerie, o Chile possua uma das polícias mais respeitadas da
América Latina, os Carabineros, e a Holanda mantenha a Rijkspolitie, todas
elas organizações militares voltadas à atividade policial como o é a
Polícia Militar brasileira.
Uma polícia democrática, independente da adjetivação de civil ou de
militar, precisa deixar de ser conservadora, de centralizar-se em
conceitos e comandos apegados a tradições que fundamentaram sua
criação e abdicar de manter-se destoante das necessidades sociais como
se a polícia não fizesse parte da mesma sociedade que jura defender.
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(…) Não é preciso, portanto, macromudanças


nas instituições policiais para que elas sejam
democráticas. Basta que se mudem alguns
comportamentos relacionados com o trabalho
e que o policial interprete que o crime e o
criminoso são coisas excepcionais e não a regra
com que devem ser tratados os cidadãos.
CAMARGO, Alberto Afonso Landa. Uma
visão sistêmica da segurança pública.
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O que seria polícia?


A ação de policiamento e a
definição funcional não permitem
distinguir claramente o que é
polícia.
O conceito moderno de polícia
compreende três dimensões:
Sistema de Segurança Pública

1) Caráter público.
A organização policial é
uma agência pública,
formada, paga e
controlada pelo governo.
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2)Especialização
O policiamento é
direcionado,
principalmente, à
aplicação da força física.
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3)Profissionalização
Preparação explícita para a realização de
funções exclusivas da atividade policial. A
profissionalização envolve recrutamento por
mérito, treinamento formal, evolução na
carreira estruturada, disciplina sistemática e
trabalho em tempo integral.
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A partir dessas três dimensões, é possível


definir Polícia como uma instituição
especializada e profissional, autorizada pelo
Estado para manutenção da ordem social
através da aplicação da força física, cujo
monopólio pertence ao Estado.
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Para Bayley, o termo Polícia se refere a


pessoas autorizadas por um grupo para
regular as relações interpessoais dentro deste
grupo através da aplicação de força física.
(BAYLEY,2001:20).
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Tal definição contém necessariamente três


elementos definidores para a existência da
polícia:
1)Força física;
2) Uso interno da Força
3)Autorização coletiva
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3.1 A estrutura do sistema de


policiamento brasileiro.
Sistema de policiamento. O Estado
Nacional Brasileiro apresenta um
Sistema de policiamento
moderadamente descentralizado e
multiplamente descoordenado.
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SISTEMA DESCENTRALIZADO
Dentre os direitos sociais e individuais
assegurados a todos os cidadãos
brasileiros pela Constituição de 1988 (*),
destaca-se a preservação da ordem
pública e a defesa das pessoas e do
patrimônio.
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SISTEMA DESCENTRALIZADO
A preservação destes direitos é dever do Estado,
exercida a partir das esferas Federal e Estadual. O
controle sobre o policiamento público é, portanto,
exercido independentemente por cada unidade
federativa sobre suas respectivas forças
policiais ,com competência prevista na
Constituição Federal, Constituição Estadual e Leis
Orgânicas Estaduais, enquanto que a união possui
força policial própria (Polícia Federal) com
competência prevista na Constituição.
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SISTEMA DESCENTRALIZADO
Constituição de1988(*)
Art. 144. A segurança pública, dever do
Estado, direito e responsabilidade de
todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
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I – polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV- polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros
militares.
A direção operacional das forças policiais não
parte de um único comando centralizado, uma vez
que a constituição de 1988 subordinou a polícia
civil, polícia militar e o corpo de bombeiros aos
Governadores dos Estados e do Distrito Federal.
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I – polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
III - polícia ferroviária federal;
IV- polícias civis;
V - polícias militares e corpos de bombeiros
militares.
A direção operacional das forças policiais não
parte de um único comando centralizado, uma vez
que a constituição de 1988 subordinou a polícia
civil, polícia militar e o corpo de bombeiros aos
Governadores dos Estados e do Distrito Federal.
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Dessa forma, o exercício da segurança


pública nacional é realizado por
intermédio dos seguintes órgãos:
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Polícia Federal - É instituída por lei como


órgão permanente, estruturado em carreira
e destinado a apurar infrações penais
contra a ordem política e social ou em
detrimento de bens e serviços de interesse
da União ou de suas entidades autárquicas e
empresas públicas, assim como outras
infrações cuja prática tenha repercussão
interestadual ou internacional e (...)
Sistema de Segurança Pública

(…) exija a repressão uniforme. Também é


sua função prevenir e reprimir o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, o contrabando
e o descaminho, sem prejuízo da ação
fazendária e de outros órgãos públicos nas
respectivas áreas de competência. Tem ainda
como incumbência, exercer as funções de
polícia marítima, aérea e de fronteiras, além de
exercer, com exclusividade, as funções de
polícia judiciária da União.
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Polícia Rodoviária Federal - Destina-se


ao patrulhamento ostensivo das rodovias
federais.
Polícia Ferroviária Federal -Destina-se
ao patrulhamento ostensivo das ferrovias.
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Polícias Civis - Dirigidas por delegados


de polícia de carreira, devem exercer,
ressalvada a competência da União, a
apuração das infrações penais, investigando
os crimes para identificar as bases legais
para a acusação de um suspeito, exceto dos
militares; além das funções de polícia
judiciária, que auxili ao Ministério Público
no processo de construção da culpa legal.
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Polícias Militares e Corpos de Bombeiros


Militares - As polícias militares são responsáveis
pela polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública. Atuando uniformizada, é responsável pelo
policiamento nas ruas, agindo em situações de
conflito e de assistência emergencial. Os corpos de
bombeiros militares têm como atribuições a
atuação em casos de emergências, prevenção e
combate a incêndios, afogamentos, resgate, além
da execução das atividades de defesa civil.
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Polícias Militares e Corpos de Bombeiros


Militares - As polícias militares são responsáveis
pela polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública. Atuando uniformizada, é responsável pelo
policiamento nas ruas, agindo em situações de
conflito e de assistência emergencial. Os corpos de
bombeiros militares têm como atribuições a
atuação em casos de emergências, prevenção e
combate a incêndios, afogamentos, resgate, além
da execução das atividades de defesa civil.
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SISTEMA MULTIPLAMENTE
DESCOORDENADO
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O sistema brasileiro de policiamento


caracteriza-se pela existência de forças
múltiplas e descoordenadas entre si. Um
sistema é multiplamente descoordenado
“quando mais de uma força tem autoridade
sobre a mesma área” (Bayley, 2001: 71),
gerando na maioria das vezes um processo
de “concorrência” e “sobreposição” entre
forças policiais distintas.
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Esse processo de “concorrência” e


“sobreposição” de poderes foi marcante na
configuração das forças policiais nos
primórdios da República. Conforme
demonstrou BRETÃS no início do século XX,
transitavam pelas ruas do Rio de Janeiro
policiais civis e militares, guardas nacionais e
noturnos além de militares do exército e da
armada, todos eles dotados de autoridade
sobre a população.
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3.2. Permanências e mudanças do sistema


brasileiro de policiamento
A estruturado sistema de policiamento
brasileiro, multiplamente descoordenado e
moderadamente descentralizado, não se
alterou ao longo do tempo. Atualmente no
Brasil há duas polícias por estado, três
polícias da União, mais uma série de Guardas
Municipais (ou civis metropolitanas).
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De acordo com Medeiros, o processo de isomorfismo


pode ocorrer por:
Força mimética (mimetismo): consiste na imitação
organizacional, ou seja, na adoção – intencional ou não,
de uma organização preexistente como modelo para a
criação de uma nova.
Força coercitiva: é o exercício direto – formal ou
informal – de controle de uma organização sobre outra.
Força normativa: é aquela do padrão profissional –
membros de diferentes organizações, oriundos da
mesma “profissão”, tendem a reivindicar os mesmos
direitos e rotinas.
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CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS PARA


O CAMPO INSTITUCIONAL POLICIAL:
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Dificuldade na troca de pessoal entre as


organizações, visto que os policiais têm
“profissões” diferentes (força normativa);
Reforço das relações isomórficas entre a
Polícia Civil e Justiça e entre a Polícia Militar
e Exército;
A estrutura militar não é vista como adequada
às tarefas civis e vice-versa;
Descentralização de comando;
e pouca troca de recursos técnicos e
institucionais entre as duas polícias.
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A relação isomórfica realça alguns mitos


institucionais das duas corporações policiais
que apesar de ineficientes ainda permeiam o
imaginário policial e fundamentam as
práticas policiais.
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VEJA OS MITOS INSTITUCIONAIS


RELACIONADOS ÀS POLICIAS
CIVIL E MILITAR:
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Segurança Pública (Polícia Civil)

“Ordem Pública” (Polícia Militar)


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Polícia “de ordem” - Polícia Militar


X Polícia “de criminalidade” - Polícia Civil
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TENDÊNCIAS
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3.3 - POLÍCIA E CONTROLE SOCIAL:


O DILEMA ENTRE A LEI E A ORDEM
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O DILEMA ENTRE A LEI E A ORDEM


Sistema de Segurança Pública

ÉMILE DURKHEIM
Segundo o controle social e a partir das noções
de “consciência coletiva, crime e anomia” de
Durkheim, um ato é criminoso quando este é
condenado pela sociedade e fere os elementos da
consciência coletiva. Na perspectiva o monopólio
estatal da violência é elemento fundamental para
o exercício do controle social, portanto,a violência
privada é vista como uma forma de rompimento
do controle social.
Sistema de Segurança Pública

THOMAS HOBBES
Para este pensador a violência faz parte do
estado de natureza do homem, caracterizado pela
ausência da autoridade política. O “homem é o
lobo do homem”, e para evitar a “guerra de todos
contra todos” é necessário impor mecanismos de
controle externos à ação humana. Somente por
meio de um Estado-Leviatã4seria possível a
realização deste controle externo, que também
pode ser chamado de coercitivo.
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NORBERT ELIAS
Aponta para a necessidade da realização
de um controle interno caracterizado pelas
mudanças psicológicas ocorridas ao longo
do processo civilizador. O surgimento de
um tipo específico de autocontrole,
chamado “civilizado”, não pode ser
dissociado do processo de construção do
Estado.
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Controle Social
O que seria?
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Controle social é “a capacidade de


uma sociedade de se autorregular de
acordo com princípios e valores
desejados” (COSTA, 2004:38)
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3.3 - Polícia e sistema democrático:


por um novo paradigma
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3.3 - Polícia e sistema


democrático: por um novo
paradigma
Direitos Civis:
Direitos Políticos
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4. Controle interno e externo das instituições de segurança pública;


Segundo o dicionário Aurélio, “controle” é uma verificação
administrativa e quem controla supervisiona e orienta de forma
fiscalizadora . “Interno” significa aquilo que está dentro. Sendo
assim, controle interno da atividade policial significa uma
verificação administrativa e fiscalizadora da própria polícia sobre
seus atos.
Controlar a atividade policial na verdade é controlar os atos
praticados pelos servidores policiais, sua conformidade com as
normas, com o interesse público, enfim com a razão da existência
da Polícia.
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4. Controle interno e externo das instituições de segurança pública;


O controle interno é exercido através dos poderes hierárquico e
disciplinar que são poderes administrativos inerentes a
administração pública.
Sistema de Segurança Pública

Quanto ao poder hierárquico se manifesta Hely Lopes


Meirelles, em lições do direito administrativo, afirmando que
poder hierárquico é o de que dispõe o Executivo para distribuir
e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação
de seus agentes, estabelecendo relação de subordinação entre
servidores do seu quadro de pessoal. Ainda, segundo o mesmo
jurista, o poder hierárquico tem por objetivo ordenar,
coordenar, controlar e corrigir atividades administrativas. Ele
controla velando pelo cumprimento da lei e das instruções
acompanhando a conduta e o rendimento de cada servidor e
corrige os erros administrativos pela ação revisora dos
superiores sobre os atos de seus inferiores e subordinados.
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O controle externo da atividade policial pelo Ministério Público


foi instituído pela Constituição Federal de 1988, porém dependia
de regulamentação. Com a Lei Complementar 75 de 1993 houve
sua primeira regulamentação para o âmbito do Ministério
Público da União. Já no âmbito dos Estados, a Lei 8625 de 1993
em seu art. 80 possibilitou a aplicação subsidiária da Lei
Orgânica do MPU. O Controle Externo realizado pelo Ministério
Público refere-se à atividade policial. Este controle visa evitar
irregularidades e abusos por parte dos policiais, os quais têm a
missão de garantir a segurança pública. Contudo, muitas vezes
acabam cometendo crimes, ilegalidades, desmandos, abusos de
poder, torturas e distorções na aplicação do direito
Sistema de Segurança Pública

5. Conceitos de circunscrição, região e área de abrangência de


outras instituições;
Circunscrição. Substantivo feminino
O que limita a extensão de um corpo. Divisão
administrativa, militar ou religiosa de um território:
circunscrição eleitoral. Matemática Ação de circunscrever
uma figura a outra.
Região. Substantivo feminino. Vasta extensão de terreno.
Grande extensão do território de um país, de um continente
etc., que se distingue das demais por suas características
físicas, administrativas, econômicas, políticas.
Sistema de Segurança Pública

Abrangência. Substantivo feminino. Característica


do que é abrangente; próprio do que abarca,
compreende, inclui ou incorpora: empresa vai
aumentar a abrangência do uso do celular. Capaz de
abranger, de conter em si: relator quer ampliar a
abrangência do processo.
Sistema de Segurança Pública

6.Políticas públicas: formulação,


implantação, avaliação e
acompanhamento;
6.1. Políticas públicas: formulação,
implantação, avaliação e
acompanhamento
POLÍTICAS PÚBLICAS NA ÁREA
DE SEGURANÇA
Sistema de Segurança Pública
Sistema de Segurança Pública
Sistema de Segurança Pública
Definição de Políticas Públicas
É muito difícil responder a esta pergunta simples,
porque Política Pública é um conceito abstrato, que
se materializa por meio de instrumentos diversos.
Esses instrumentos podem ser programas, projetos,
leis, rotinas administrativas, etc.
No caso das Políticas Públicas de Segurança, a
instalação de uma unidade policial, a construção e
gestão de uma unidade prisional e o desenvolvimento
de oficinas culturais podem ser percebidas como
formas de operacionalização de uma Política Pública.
Sistema de Segurança Pública
Políticas regulatórias: Estabelecem padrões
de comportamento, serviço ou produto, para atores
públicos e privados. Exemplos desse tipo de políticas
são: os códigos de trânsito, as regras de tráfego
aéreo, a proibição de fumo em locais fechados, a
proibição de venda e consumo de bebidas alcoólicas,
e as regras para publicidade de certos produtos.
Sistema de Segurança Pública
Políticas distributivas: Geram benefícios
concentrados para alguns grupos de atores e custos
di­fusos para toda a coletividade/contribuintes.
Exemplos desse tipo de política pública são: os
subsídios, a gratuidade de taxa para certos usuários
de serviços públicos, incentivos ou renúncias fiscais,
etc.
Sistema de Segurança Pública
Políticas redistributivas: Concedem benefícios
concentrados a algumas categorias de atores e im­
plicam custos concentrados sobre outras categorias
de atores. Exemplos clássicos são: as cotas raciais
para universidade, políticas de benefícios sociais ao
trabalhador e os programas de reforma agrária.
Sistema de Segurança Pública
Políticas constitutivas: São “regras sobre os
poderes” e “regras sobre as regras”, ou seja, são
aque­las políticas que definem as competências,
jurisdições, regras de disputa política e da própria
elaboração de políticas públicas. Podemos citar como
exemplos: as regras do sistema político-eleitoral; a
distribuição de competências entre poderes, esferas e
instituições; as regras das relações
intergovernamentais e as regras da participação da
sociedade civil em decisões públicas.
Sistema de Segurança Pública
O Plano Nacional de 2003 enfatizava uma postura
proativa por parte da SENASP, na medida em que o
governo federal deixava claro que tinha diretrizes e
objetivos próprios no âmbito da segurança públi­ca, e
que os recursos do FNSP passariam a ser distribuídos
mediante o atendimento desses critérios. Isso se
traduz numa cobrança mais rígida junto aos estados
no sentido da construção de políticas assentadas nas
diretrizes do Plano Nacional (SAPORI, 2006).
Sistema de Segurança Pública
Além disto, esta nova versão do PNSP inovou ao assumir a
gestão de arranjos institucionais existen­tes como principal
desafio para implementação de políticas de Segurança Pública
(SAPORI e ANDRADE, 200, p. 205). A normatização do
Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) se apresentava
como o fio condutor dessa nova versão do PNSP. A criação do
SUSP em 2003 buscou intensificar a articulação e cooperação
de atores institucionais envolvidos na arena de política de
Segurança Pública, inspirando-se na experiência do Sistema
Único de Saúde (SUS).
Sistema de Segurança Pública
Entre as ações propostas, destacam-se a
criação de:
- academias policiais unificadas
- órgãos de informação e inteligência
unificados
- corregedorias de polícia únicas
- ouvidorias de polícia autônomas e
independentes
Sistema de Segurança Pública
Administração pública é o conjunto de
órgãos e seus agentes que exercem a função
administrativa;
Administração pública é um conceito da
área do direito que descreve o conjunto de
agentes, serviços e órgãos instituídos pelo
Estado com o objetivo de fazer a gestão de
certas áreas de uma sociedade, como
Educação, Saúde, Cultura, etc.
Sistema de Segurança Pública
Além de nem sempre ser eficaz na tarefa de
promover a convivência pacífica, muitas vezes o
Estado é um promotor da violência da sensação
de insegurança;
O Sistema Único de Segurança Pública (SUSP)
preconiza que “ações concretas para a prevenção
e redução da violência nos estados serão
prioritárias”. Com estratégia para alcançar este
objetivo o SUSP propõe a consolidação da Polícia
Comunitária nas instituições policiais;
Sistema de Segurança Pública
7. Planos de segurança pública (instâncias:
federal, distrital e estadual);
Sistema de Segurança Pública
Texto fixa duração de dez anos para Plano Nacional de
Segurança Pública e Defesa Social
O Projeto de Lei 3734/12, aprovado nesta quarta-feira (11)
pelo Plenário da Câmara dos Deputados, prevê a criação do
Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social para
promover a melhora da qualidade da gestão das políticas do
setor e priorizar ações preventivas e fiscalizatórias de
segurança interna, nas divisas, fronteiras, portos e
aeroportos.
Sistema de Segurança Pública
8.ANÁLISE DE CENÁRIOS E PERSPECTIVAS DA
SEGURANÇA GLOBAL E LOCAL;
Sistema de Segurança Pública
8.1. - Entre os países mais violentos do mundo.
Referenciando-se em parâmetros internacionais,
pode-se afirmar que a taxa de homicídios no Brasil é
bastante elevada. Cerca de 40% dos países no mundo
têm taxas inferiores a 3 homicídios por 100 mil
habitantes, ao passo que 17% dos países manifestam
taxas superiores a 20 homicídios por 100 mil habi­tantes,
identificando-se alguns que alcançam taxas acima de 50
por 100 mil habitantes.
Sistema de Segurança Pública
8.2. - Violência em queda
É equivocado afirmar que há uma onda de
violência assolando as diversas sociedades ocidentais.
A incidência de homicídios nos países da Europa
ocidental, por exemplo, está em queda. Nos seis
principais países da Europa ocidental, o número
absoluto de homicídios está se reduzindo desde 2003,
com destaque para a Inglaterra, França e Alemanha.
Sistema de Segurança Pública
8.3 - Incidência de roubos
A violência urbana no Brasil não se limita aos
homicídios. Os crimes contra o patrimônio, em
especial os roubos, também devem ser considerados
na análise. Nesse quesito, nosso país revela números
preocupantes.
Sistema de Segurança Pública
Relação entre o sistema de segurança
pública e o sistema de justiça criminal.
OBSERVATÓRIO CONSTITUCIONAL
Segurança Pública e Justiça Criminal -
Por Gilmar Ferreira Mendes 04 de abril de
2015)
Janildo da Silva Arantes
Contatos:
E-mail: ajanildo2@gmail.com
WhatsApp: +55 84 99429166
Janildo da Silva Arantes
Desejo-vos bons estudos e, por
conseguinte, boas notas.

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