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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

AUTORIDADES

Governador do Estado do Rio de Janeiro

Exmº Sr Wilson Witzel

Secretário de Estado de Polícia Militar

Exmº Sr Coronel PM Rogério Figueredo de Lacerda

Subsecretário de Estado de Polícia Militar

Ilmº Sr Coronel PM Márcio Pereira Basílio

Diretor-Geral de Ensino e Instrução

Ilmº Sr Coronel PM Rogério Quemento Lobasso

Comandante do CFAP 31 de Voluntários

Ilmº Sr Tenente-Coronel PM Marcelo Andre Teixeira da Silva

Comandante do Centro de Educação a Distância da Polícia Militar

Ilmº Sr Tenente-Coronel PM Alexandra Ferraz de Oliveira

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

APRESENTAÇÃO

Estamos vivendo a era da tecnologia, na qual a informação está cada


dia mais latente e veloz em nossa rotina diária.
Este curso tem por objetivo , formar e especializar os Cabos da Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro. Para tal, o Curso ocorrerá na modalidade
semipresencial, pois as disciplinas ocorrerão na modalidade EaD no ambiente
virtual de aprendizagem, por intermédio da Escola Virtual, no Centro de
Educação a Distância Cel Carlos Magno Nazaré Cerqueira (CEADPM) e as
avaliações de forma presencial no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de
Praças ( CFAP 31 Vol.).
É fundamental o seu empenho no curso, pois você terá na parte EaD
autonomia de estudos e de horários, mas também é necessário disciplina e
dedicação para o êxito dessa jornada, pois alcançar o sucesso depende do
esforço coletivo e também individual, objetivando que nossos policiais sejam
cada vez mais qualificados, bem treinados e especializados, para cumprirmos
nossa missão, buscando cada vez mais a excelência de nossas ações.
O bom treinamento envolve aspectos físicos e cognitivos, na era da
informação e da tecnologia, precisamos nos aprimorar cada vez mais a fim de
garantir uma tropa consciente, respeitosa, pautada em valores morais e
institucionais, garantindo assim o cumprimento de suas funções com dignidade
e excelência.
Esperamos que você aproveite ao máximo os conhecimentos
adquiridos através deste curso e busque uma reflexão acerca de suas funções
perante a sociedade e seus companheiros de profissão. Que seja um momento
de repensar as práticas e fortalecer seu vínculo profissional, ampliando cada vez
mais seus conhecimentos para lidar com as particularidades de ser um Policial
Militar no Estado do Rio de Janeiro.

Desejamos a todos bons estudos!

Rogério Quemento Lobasso – Coronel PM


Diretor-Geral de Ensino e Instrução

Marcelo André Teixeira da Silva –Ten Cel PM


Comandante do CFAP

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Desenvolvedores

Supervisão Geral EAD


CAP PM Ped Vania Pereira Matos da Silva
Equipe Técnica
SUBTEN PM Wilian Jardim de Souza
3º SGT PM Marco Antônio José Ribeiro Júnior
Conteudista
1º TEN PM Augustinho Salvador

Revisor Ortográfico
CAP PM PED Patrícia Kalife
SGT PM Elaine Xavier de Oliveira Alves de Lima
CB PM Juliana Pereira de Carvalho
Revisor Ortográfico
CAP PM Ped. Patrícia Kalife
2º SGT PM Elaine Xavier de Oliveira Alves de Lima
CB PM Juliana Pereira de Carvalho
Diagramação
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes
3º SGT PM Ronie Camargo dos Santos
CB PM Michele Pereira da Silva de Oliveira
CB PM Alecsara Tognoc da Costa Abreu
CB PM Thiago Silva Amaral
Diagramação Interativa
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes
SD PM Leonardo da Silva Ramos
Design Instrucional
CAP PM Ped Vania Pereira Matos da Silva
CB PM Michele Pereira da Silva de Oliveira
Vídeo e Animação
CB PM Joyce Gaspar de Almeida
Designer Gráfico
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes
SD PM Leonardo da Silva Ramos
Suporte ao aluno
2º SGT PM Anderson Inacio de Oliveira
2º SGT PM Wallace Reis Fernandes

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................... 6
POLICIAMENTO OSTENSIVO ORDINÁRIO – FORMAS E MODALIDADES .... 7
O POLICIAMENTO OSTENSIVO ORDINÁRIO (POO) .................................. 7
FORMAS DE POLICIAMENTO .................................................................... 9
MODALIDADES DE POLICIAMENTO ........................................................ 11
CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO
COMPLEMENTAR .................................................................................... 20
POLICIAMENTO OSTENSIVO COMPLEMENTAR ....................................... 20
CONCEITOS DOUTRINÁRIOS ................................................................. 21
POLICIAMENTO OSTENSIVO COMPLEMENTAR - AS OPERAÇÕES
POLICIAIS MILITARES. ......................................................................... 28
POLICIAMENTO OSTENSIVO COMPLEMENTAR (POC) ............................. 28
OPERAÇÃO DE AÇÃO PREVENTIVA – A PREV.......................................... 28
OPERAÇÕES DE AÇÃO REPRESSIVA – A REP .......................................... 29
OPERAÇÕES DE FISCALIZAÇÃO DE CONDUTORES E VEÍCULOS (OPFISC)
.............................................................................................................. 34
COMANDO DE POLICIAMENTO AMBIENTAL ............................................ 35
COMANDO DE POLICIAMENTO AMBIENTAL – CPAM ............................... 35
COMANDO DE POLICIAMENTO ESPECIALIZADO – CPE ........................... 37
UNIDADES DO COMANDO DE POLICIAMENTO ESPECIALIZADO CPE ...... 37
ACIONAMENTO DAS UNIDADES SUBORDINADAS AO CPE ...................... 44
COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS E O POLICIAMENTO OSTENSIVO
EXTRAORDINÁRIO ................................................................................. 45
COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS – COE ......................................... 45
ACIONAMENTO DAS UNIDADES SUBORDINADAS AO COE ...................... 52
POLICIAMENTO OSTENSIVO EXTRAORDINÁRIO - POE .......................... 52
PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS QUANDO DA EXECUÇÃO DA
ESCOLTA – CONDUÇÃO - DE PRESOS CIVIS E MILITARES ...................... 54
OS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS NO DESENVOLVIMENTO DO
POLICIAMENTO OSTENSIVO .................................................................. 60
AS MODALIDADES DE CONTROLE DA ATIVIDADE POLICIAL .................. 68
O DECÁLOGO DO POLICIAMENTO OSTENSIVO ....................................... 75
CONCLUSÃO ........................................................................................... 79
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA................................................................ 81

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INTRODUÇÃO

Olá Companheiro! Antes de iniciarmos


nossas aulas, gostaria que prestasse muita
atenção nas palavras abaixo.

As atitudes do graduado vão determinar o resultado do


serviço. As suas funções vão interferir no comportamento e até nas
prerrogativas e direitos dos subordinados, e de outras pessoas.
Conforme você progride na carreira, suas responsabilidades
também vão aumentando. Você tem uma função pública muito
importante e que demanda de grandes responsabilidades e de
habilidades especiais. Você vai atuar nos conflitos sociais e lidar
com os direitos dos concidadãos. Se proceder corretamente, suas
atitudes irão ajudar muitas pessoas. Muitos constrangimentos não
ocorrerão. Muitos delitos deixarão de ser praticados. Muitas vidas
serão poupadas. No entanto, devo lembrar que nossa profissão é
perigosa e poderá ficar mais complicada cada vez que violar as
normas ou cometer erros. As atitudes do graduado vão determinar
o resultado do serviço.
Tenha em mente que num ambiente organizado e seguro,
os policiais serão os mais beneficiados pela ausência de
comportamentos violentos. Esse ambiente propicia a atuação de
órgãos de diversos setores da administração pública e privada pois
é um ambiente propício para o desenvolvimento econômico e
social,
É necessário valorizar os procedimentos operacionais
como expressão da competência, da ética e de segurança. É a
observância das normas e a capacidade técnica que irão te manter
em segurança e longe de problemas administrativos e/ou judiciais
de toda ordem. Valorize também suas relações interpessoais. Será
mais fácil trabalhar com a cooperação de outras pessoas.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO ORDINÁRIO – FORMAS E


MODALIDADES

O POLICIAMENTO OSTENSIVO ORDINÁRIO (POO)

Tipo de Policiamento regular destinado ao cumprimento da


missão precípua da PMERJ. Caracteriza-se pelo emprego do
policiamento implantado no terreno de
forma duradoura e contínua.

É o policiamento que
diariamente a população observa nos
logradouros públicos.

As Condições Gerais Para a Execução do Policiamento


Ostensivo Ordinário (POO) São as Seguintes:
Cada UOp dividirá, mediante planejamento, a sua Área de
policiamento em Subárea de Policiamento e estas em Setores de
Patrulhamento (St Ptr).

Para cada St Ptr serão planejados pela UOp PM de três a cinco


Roteiros de Patrulhamento (Rot Ptr), que deverão abranger, em
conjunto, todos os pontos extremos e todos os quarteirões do setor.

Os pontos sensíveis ou críticos existentes no St Ptr serão


relacionados por Rot Ptr, dos quais farão parte integrante, para
observação mais apurada.

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Para melhor caracterização, os St Ptr são identificados por letras


maiúsculas do alfabeto, a partir de A; os Rot Ptr, por um código
formado pela correspondente ao St Ptr, acrescido de um algarismo, na
ordem crescente, a partir de 1, sendo o Rot 1 que estiver localizado
mais próximo da UOp PM e assim sucessivamente.

Quanto ao Modo de Atuação do Policiamento Ostensivo


Ordinário (POO) Deverá ser Observado o Seguinte:
Os policiais militares deverão, por iniciativa própria, intervir nas
ocorrências policiais encontradas, devendo, em qualquer caso, ser
comunicado o fato ao CECOPOM da Corporação, imediatamente, para
a abertura da ocorrência e orientação.

Toda viatura informará ao


CECOPOM sua saída, todos os
deslocamentos: a assunção, o
encaminhamento e a resolução
de ocorrências e o regresso,
bem como, ao término do
serviço, participará, se houver
as alterações do serviço

As ocorrências, seja de qual for a modalidade de policiamento,


serão registradas em Boletim de Ocorrências Policiais Militares
(BOPM).

Você sabia que as ocorrências


policiais deverão ser resolvidas na DP? E que
para solução “NO LOCAL”, deverá ser
solicitada permissão ao Centro de Operações?

A Guarnição Policial Militar, ao atender ocorrência que importe


em interdição do local e a espera da perícia, rabecão, etc, deverá

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informar a situação ao CCC ou SALA DE OPERAÇÕES que avaliará a


possibilidade da substituição da guarnição, caso seja necessário.

Os policiais militares deverão estar de posse dos documentos


necessários ao serviço definidos pelo Comandante da UOp/E.

Em serviço, os policiais militares deverão estar sempre atentos


aos dados técnicos da profissão para bem atuar e proteger a si e ao
(s) companheiro (s).

No policiamento ostensivo ordinário, podem ser empregados


todas as formas de policiamento, ressalvando-se as missões
específicas próprias das unidades de operações especiais e de unidades
especializadas.

FORMAS DE POLICIAMENTO

Vamos estudar as Formas de Policiamento?

A Pé
É a ação do patrulhamento a
pé, isolado, em duplas ou em
patrulhas, comandados,
diretamente ou não, em locais
preestabelecidos, ou percorrendo
determinados itinerários, dentro
dos subsetores de patrulhamento,
em área urbana, suburbana ou
urbanizada.

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De Bicicleta
É a ação do patrulhamento
utilizando-se bicicleta, isolado, em
duplas, em locais
preestabelecidos, ou percorrendo
determinados itinerários, dentro
dos subsetores de patrulhamento,
em área urbana, suburbana ou
urbanizada, com intuito de ampliar a ostensividade e agilizar os
deslocamentos de policiais militares em distâncias curtas.

Motorizado
É a ação do patrulhamento por
meio de veículos motorizadas, de
qualquer porte, com vistas à ampliar
a ostensividade, a dinamização e,
quando em viaturas de maior porte,
a capacidade de deslocamento de
maiores efetivos.

Montado
É o policiamento executado por
patrulha montada no âmbito de um ou mais
subsetores de patrulhamento de maneira
ostensiva, destinada à prevenção e/ou
repressão a todos os tipos de infração, pela
aplicação de características e propriedades
ao emprego montado.

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Aéreo
É o policiamento realizado com
os helicópteros, incrementado com
ferramentas de inteligência policial,
com o objetivo de apoiar ações
terrestres e/ou proporcionar o
aumento da sensação de segurança para a população.

Por Embarcações
É o policiamento realizado utilizando-se embarcações,
incrementado com ferramentas de
inteligência policial, com o
objetivo de apoiar ações
terrestres e/ou coibir a atividade
criminosa em localidades em que
tal forma se mostrar mais
adequada.

Em Patrulha
Policiamento caracterizado pela formação de grupos de policiais,
viaturas, aeronaves ou embarcações, caracterizado pela das equipes.

MODALIDADES DE POLICIAMENTO

Caro policial, você seria capaz de definir as


modalidades de policiamento?

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Policiamento Ostensivo Geral (POG)


É a ação de
policiamento na qual o
policial militar atua isolado
ou em duplas, postado em
determinados locais
escolhidos ou percorrendo
itinerários em área urbana, podendo ser estendido à área rural, com
vistas ao cumprimento da missão precípua da Corporação.

O POG é normalmente executado nos postos de policiamento ou


nos subsetores de patrulhamento (Sst Ptr), completando o
patrulhamento motorizado.

O homem empenhado no POG deverá conhecer as técnicas de


patrulhamento a pé, devendo ser conscientizado do que ocorrer no seu
subsetor de patrulhamento é da sua responsabilidade.

Deverá ainda ser conscientizado de que faz parte de um sistema,


e que para apoio, como para qualquer esclarecimento, poderá
comunicar-se com o Centro de Operações, com a supervisão, ou com
a própria UOp.

Na ação do patrulhamento à pé, no desenvolvimento do POG, o


PM empenhado tem maior contato com as pessoas do que os demais
tipos de policiamento, tendo, ainda, a vantagem de proporcionar maior
integração com a comunidade. As pessoas percebem a presença
policial e ficam mais tranquilas. É uma excelente oportunidade da
PMERJ realizar uma atividade de relações públicas.

Radiopatrulha (RP)

Ação de policiamento ostensivo em viaturas policiais militares


(Motocicletas ou Automóveis), em permanente ligação com os Centros
de Comunicações da Corporação e sob seu controle. Exerce ação

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preventiva de presença e repressiva por ordem dos centros ou em


atendimento a pedido de socorro público. Aliado ao POG, se configura
o policiamento básico da Corporação. Quando utilizado com
motocicleta é denominado motopatrulha. (Bol PM 015 de 01 de
novembro de 2016, página 62/63.

Quando a RP estiver
estacionada no PB, será
obrigatória a permanência de
um policial militar da guarnição
fora da viatura, atento todos os
deslocamentos e providências
relevantes do policiamento motorizado deverão ser informados
previamente via rádio ao CCC, caso não seja possível dada a urgência
da ação, cessado o impedimento a comunicação será imediata. Ex:
“RP tal na DP”, “RP tal no HSA”, A RP tal abordou dois suspeitos na Rua
Jacó e procedeu a revista ...etc.

O serviço de radiopatrulhamento é o modelo básico de


policiamento da Corporação, em torno do qual todos os demais
gravitam, seja pelo fato das VTR de estarem em constante
patrulhamento e no atendimento das ocorrências, apoiando o
policiamento instalado em cabinas, o POG e outras RP; sempre que
necessário acionam o apoio necessário para o cumprimento da missão.

A guarnição, normalmente, constituída de dois patrulheiros,


tendo 1 (um) patrulheiro
comandante e 1 (um) patrulheiro
motorista, obrigatoriamente.
Poderá ser empregado guarnições
com 3 patrulheiros.

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Moto Patrulha
É um uma modalidade específica de Patrulhamento Motorizado
executado em vias urbanas, nos logradouros de grande densidade
populacional tais como zonas comerciais, bancárias e residenciais,
onde haja um intenso volume de
tráfego que rotineiramente
dificulte a circulação rápida dos
outros serviços de Patrulhamento
Motorizado, principalmente em
atendimento de ocorrências.

A Guarnição, em duplas, de forma idêntica ao serviço de RP,


dentro dos setores, cumprindo roteiros, baseando em PB, atendendo
ocorrências e realizando todos os procedimentos semelhantes ao
serviço de RP.

As equipes deverão conhecer previamente os Roteiros a serem


patrulhados e a programação da UOp/E relativa às missões peculiares;

As equipes deverão zelar pela pasta contendo a documentação


de interesse do serviço;

As RP e as motopatrulhas deverão ter um cuidado especial com


as comunicações, devendo transmitir ao CECOPOM ou ao
COBAT/UOp/E:

a) Início do Patrulhamento,
indicando o Rot a ser
patrulhado e a marcação
do odômetro referente à
chegada ao primeiro PB,
somente;

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b) Chegadas e saídas de cada PB;


c) Qualquer afastamento, indicando a marcação do odômetro
(por exemplo: saída para local de manutenção, chegada
ao local de manutenção, chegada e saída à DP, chegada
e saída do local de ocorrência, etc.);
d) Chegada ao PB após qualquer afastamento, indicando
odômetro;
e) Regresso à UOp/E por término de patrulhamento, indicando
odômetro;
f) A mudança de RotPtr, quando houver, indicando o novo
roteiro a ser patrulhado, informando odômetro;
g) Os assuntos da rotina do patrulhamento, observando as
normas de comunicação e a fraseologia correta; e
h) A designação dos PB, sem acrescentar a palavra "BARRA"

Patrulhamento Motorizado Especíal (ESPECÍFICO - PAMESP)


Complementar a ação da RP e PATAMO, de modo a intensificar
o patrulhamento, com vistas a problemas que afetem a rede escolar,
bancária, o problema de menores ou quaisquer outros setores de
atividades que, pela sua importância, requeiram atenção especial.

Modo de atuação - As ações do


PAMESP serão desenvolvidas de
acordo com o planejamento da UOp
PM.

Viatura - Poderá ser utilizado


qualquer tipo de viatura operacional,
respeitadas as características do serviço.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Patrulhamento Tático Motorizado (PATAMO)


Complementa o policiamento ostensivo das UOp PM com a
formação de grupos treinados e selecionados para ações policiais
especiais, em diversas situações. Atua sobre concentrações de
delinquentes e/ou
nitidamente caracterizadas
por forte incidência criminal
e contravencional.
Executado dentro de toda
área de atuação da UOp PM,
as atividades são
desenvolvidas conforme
planejamento estabelecido,
para ações diárias,
semanais ou mensais. É controlado pela UOp PM, sendo empenhado
pelo Centro de Operações em caso de apoio às RP.

Modo de atuação - A saturação de uma área restrita em um


momento determinado será o principal método de emprego do
PATAMO.

Os PATAMO serão empregados pelo CCC em apoio às RP.

Em determinadas situações e/ou áreas, as viaturas e PATAMO


podem e devem fazer patrulhamento a pé, utilizando o veículo como
estação móvel e de comando.

Os PATAMO cumprirão missões especificas. É o meio de que


dispõe o Cmt da UOp PM para fazer face a problemas especiais, a seu
critério. Seus roteiros e horários de serviço obedecerão ao
planejamento da UOp PM, devendo cobrir as 24 horas do dia, com
ênfase nos horários críticos.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Viaturas - As viaturas destinadas


ao PATAMO, são dotadas de xadrez,
para transporte de presos e devem ser
amplas o suficiente para transportar
cinco policiais militares e o equipamento
próprio do serviço.

O Grupamento de Ações Táticas (GAT)


O GAT, não tem seu emprego regulado por normas específicas.

Nas UOp, é empregado usando como base o efetivo das


unidades, treinado pelo Batalhão
de Operações Policiais Especiais
(BOPE), nos Estágios de
Aplicações Táticas observando
como prioritários o
aperfeiçoamento e treinamento
continuados do policial militar, em
técnicas de abordagem e incursões, bem como, as instruções de tiro,
objetivando minimizar o número de vítimas, que não tenham relação
com o delito reprimido.

A instrução dos integrantes do GAT deverá ser uma prioridade a


ser observada pelas UOP, que deverá treinar um grupo de reservas
para cobrir possíveis afastamentos.

Objetivos do GAT:

a) Dinamizar o Policiamento Ostensivo Ordinário, através de


ações qualificadas a serem desenvolvidas pelos GAT durante
a realização de operações de caráter preventivo e repressivo.
b) Manter a disposição dos Comandos Intermediários, em cada
UOp subordinada, uma força de pronto emprego, treinada e
preparada, para atuação em situações onde seja configurada
a perturbação da ordem pública.
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Composição dos GAT (efetivo e viaturas)

a) 01 (um) Sub Ten ou SGT (Comandante); 09 (nove) Cb/Sd;


b) 03 (três) viaturas do tipo PATAMO.

Você sabia que a velocidade do


patrulhamento motorizado, deve permitir
uma observação apurada do itinerário
percorrido, no máximo 40k/h?

Nos deslocamentos, inclusive atendimento de ocorrência, as


viaturas, em princípio, não deverão ultrapassar os limites de velocidade
estabelecidos para os logradouros públicos. As VTR jamais deverão
transitar, em velocidades ou realizar manobras que afetem a
segurança no trânsito.

Policiamento de Cabinas
Modalidade aplicada em áreas tipicamente urbanas, em
logradouros com população constante ou eventual.

Tem por finalidade proporcionar a população sensação de


segurança através da certeza da presença do policial no local.

A cabina coloca o PM numa posição privilegiada, acima do nível


da rua. O PM que estiver no interior da Cabina terá um raio de visão
mais amplo, o que lhe
permitirá observar mais
facilmente o que ocorre a
distâncias maiores. Para
melhor aproveitamento
dessa facilidade ele deverá

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

manter-se de pé durante todo o tempo, sempre atento no que possa


ocorrer ao seu redor, e acionar ou orientar o restante do policiamento
sobre toda movimentação ao seu redor, especialmente nas
movimentações suspeitas que perceber.

Portuário
Policiamento ostensivo no interior das instalações portuárias
estaduais. Não deve ser confundido com o policiamento marítimo,
missão da Polícia Federal prevista na Constituição.

Atualmente o policiamento ostensivo em áreas portuárias e


outras instalações de transportes marítimos, sob administração
estadual ou municipal, está sendo realizada pelas UOP que possuem
portos dentro de suas respectivas áreas.

De Guarda
Policiamento ostensivo
visando à guarda e a segurança
de estabelecimentos públicos e
das sedes dos poderes
estaduais.

A 1ª Companhia
Independente de Policia Militar é uma Unidade destinada a Segurança
das instalações do Poder Executivo Estadual.

Em Unidade Hospitalar
Policiamento responsável pela segurança à integridade física dos
pacientes, custodiados ou não, bem como das equipes médica e de
apoio no desempenho de suas funções.

Os policiais militares escalados para este serviço, devem


reconhecer as dependências da unidade hospitalar; identificar o
acautelado, buscando saber sobre sua periculosidade, estado de saúde

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

etc. Qualquer situação suspeita deve ser analisada, solicitar apoio se


necessário, manter contato com a supervisão ou com a UOP.

Patrulhamento Transportado em Ônibus Urbano (PTOU)


Objetiva aumentar a
segurança da população que
trafega pelas vias expressas e
coibir a incidência de roubos de
rua, sobretudo dos delitos de
roubos no interior de coletivos e
roubos a transeuntes.

CONCEITOS DOUTRINÁRIOS DO POLICIAMENTO OSTENSIVO


COMPLEMENTAR

POLICIAMENTO OSTENSIVO COMPLEMENTAR

Vamos estudar o policiamento ostensivo


complementar?

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Tipo de policiamento que tem por finalidade a dinamização do


Policiamento Ostensivo Ordinário (POO) e a realização de missões
específicas, que excedam o policiamento normal. Responde às
situações imprevistas criadas pela ação da criminalidade. O
planejamento abarca
diferentes tipos de
operações de aspecto
preventivo e repressivo,
visando a identificar e
prender os agentes da
criminalidade. É
executado com efetivos adequados à extensão da área considerada,
através de operações policiais militares, entendendo-se por operação
policial-militar a ação de caráter preventivo-repressivo, planejada e
comandada, que tem objetivo definido e que obedece a táticas e
técnicas pertinentes. O POC é constituído de operações policiais
militares dos tipos Ação Preventiva e Ação Repressiva.

CONCEITOS DOUTRINÁRIOS

Estão contidos nos documentos norteadores das atividades da


Polícia Militar: Manual do Policial Militar (M4), Notas de Instrução (NI),
Diretrizes, Instruções Normativas (IN), em especial as Normas Gerais
de Policiamento e Operações da PMERJ (NGPO).

Operação Policial-Militar - É a ação de caráter


preventivo-repressivo, planejada e comandada, que
tem objetivo definido e que obedece a tática e técnicas
pertinentes.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Plano de Operações Policiais Militares (POPM) - As


operações do POC, devem ser consolidadas em planejamento
pormenorizado, reformulado periodicamente, onde serão estabelecidos
os tipos de operações a serem desenvolvidas na A Pol no Plano de
Operações Policiais Militares. O POPM será constituído de tantos Planos
de Operações (POp) específicos, quanto os tipos de operações a serem
desenvolvidas na A Pol,
relacionando os possíveis
locais a serem objeto das
respectivas operações,
levando-se em consideração
os dias e horários, de maior
incidência dos delitos que se pretende prevenir/reprimir.

Equipe - É a reunião de dois ou mais homens (elementos) com


missão definida dentro da operação.

Elemento - Componente da fração, atuando isoladamente e com


missão definida. Aplica-se também o termo a cada um dos
componentes das equipes.

Equipe de Observação – Pré-seleção - É a que se situa em


local privilegiado dentro da área da operação e tem a missão de
observar o desenvolvimento das ações, comunicando ao Cmt da
mesma quaisquer irregularidades ou atitudes suspeitas que requeiram
pronta intervenção. Nestas equipes são aplicados agentes da seção de
inteligência os quais deverão se manter o mais discreto possível para
o cumprimento de suas missões. Devendo estar providos de rádio
portátil, ligados a equipe de seleção.

As equipes de observação podem utilizar helicópteros como


plataforma de observação.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Equipe de Bloqueio de Trânsito - Tem


a missão de controlar e/ou bloquear o trânsito,
facilitando o trabalho das outras equipes.

Durante as operações policiais o trânsito


não deve ser retido mais do que o suficiente
para as diligências policiais, sob pena de causar
transtornos e uma opinião pública contrária a
ação policial.

Equipe de Seleção - Seleciona os veículos e/ou pessoas,


segundo condições preestabelecidas, que deverão ser abordadas.

Equipe de Revista - É a equipe que aborda veículos e/ou


pessoas em atitudes
suspeitas e procede revista
meticulosa à procura de
armas e outros materiais
utilizados para a prática de
crime ou contravenção.

Equipe de Fiscalização - É a encarregada de abordar veículos


e/ou pessoas com a finalidade de identificá-los e/ou fiscalizar a sua
documentação.

Equipe de Apoio de Fogo - É a que se ocupa do apoio à equipe


que faz a revista ou fiscalização de veículos e/ou pessoas ou à que faz
incursão a edificações.

Apoio de fogo fornece segurança, tática, aos companheiros que


estão em situação de vulnerabilidade, pois podem estar com as mãos
ocupadas transportando materiais ou por estarem com a atenção
voltada para a diligência em coisa ou direção diferente dos suspeitos.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Equipe de Segurança - É a que faz a segurança de toda a área


de operação, garantindo a integridade física de todos os elementos da
fração empenhada.

É responsável também pela integridade de todas as pessoas que


se encontram na área sob intervenção policial.

Equipe de Perseguição e Captura -


É a encarregada de perseguir e capturar
veículos e/ou pessoas que tentem fugir à
abordagem.

Lembrando que não é permitida a


perseguição em velocidades que coloque em
risco a segurança no trânsito. Esta perseguição é técnica e tática,
usando o rádio transceptor para relatar o itinerário de fuga e indicar a
direção tomada pelos suspeitos possibilitando o cerco pelas demais
guarnições do policiamento distribuído. 13. Equipe de Custódia.

Em muitas ocorrências uma perfeita observação e


recolhimento de informações terá melhor produtividade do que
uma desastrosa perseguição que coloca todos (o público e
policiais) em risco.

Equipe de Custódia - Encarrega-se da


guarda de pessoas detidas e do material
apreendido durante a operação.

Esta equipe somente é empregada nas


operações de grande envergadura, e o
procedimento de custódia dura apenas o
necessário para realizar o levantamento das
coisas apreendidas, as anotações e o acionamento do transporte até a
DP, pois geralmente as equipes não têm viatura própria, dependem de
apoio para o encaminhamento de pessoas e coisas.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Equipe de Cerco - É a que tem a missão de cercar todo o local


da operação para impedir a fuga de pessoas e/ou veículos. É
empregada também para cobrir a fuga de criminosos por vias de
entrada e saída de determinada área.

Equipe de Interceptação Forçada - É a que se encarrega de


interceptar, utilizando artifícios e obstáculos físicos, os veículos que
tentarem evadir-se da abordagem.

Ponto de Interceptação (P Int)

Ponto da via de trânsito adredemente (previamente) escolhido,


em que se faz a interceptação de veículos a serem revistados ou
fiscalizados.

Pode-se chamar também os locais onde serão instaladas as


equipes de cerco.

Ponto de Reunião - Local previsto no planejamento para a


reunião ou reorganização dos meios.

Briefing - Reunião que deve ser realizada antes do início de


operação Policial Militar. Na hora do briefing, todos os Policiais Militares
já deverão saber suas funções
dentro das respectivas
equipes, cabendo apenas aos
comandantes de frações
adaptar as funções de seus
subordinados conforme as
particularidades do terreno e da missão.

Assuntos que, entre outros, poderão ser esclarecidos no


Briefing:

A missão (finalidade da Operação);

Documentação (Ordens Judiciais, Disque Denúncia);

25
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Endereço, fotos ou descrições dos delinquentes procurados, pessoas


que possam dificultar a ação policial, possíveis formas de resistência,
armamento utilizado pela quadrilha;

Descrição do terreno: apresentação de mapas e/ou apresentando a


situação topográfica, vias de acesso e saída;

Itinerários a serem utilizados;

Atitudes em casos de feridos;

Pontos e horários de reunião e


debriefing;

Locais onde ficarão estacionadas as


viaturas;

Missão de cada equipe;

Sistema de comunicação;

Equipamentos diversos que serão


empregados;

Acerto de relógios;

Desligar as campainhas dos celulares e rádios;

Senhas e Contra Senhas.

Ao final do serviço será realizado o debreafing, que é a avaliação das


ações realizadas, bem como dos resultados
obtidos.

Debriefing - É um dos momentos mais


importantes da operação. É quando se analisa
e demonstra os resultados obtidos, são
colhidos os dados para a confecção dos
documentos competentes (relatório de operação, BOPM, etc.), são

26
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

destacadas as atitudes e iniciativas relevantes, bem como as falhas


observadas, de modo que as condutas possam ser analisadas e
criticadas de forma que sejam ajustadas a fim de se evitar o
cometimento de erros em operações futuras.

Ordem de Operação (O Op)


- É expedida com base nos
Crise - é um evento ou situação
Planos de Operações (POp),
crítica, que exige uma resposta especial
são elementos elaborados
da polícia, a fim de assegurar a
para pormenorizar as ações no
combate à criminalidade ou preservação de vidas humanas e a
em casos de perturbação da aplicação da lei.
ordem pública. Na Ordem de
Operação deverá sempre estar
definida a data da Operação,
onde, como e quem irá
desempenhar a missão
preconizada, deve prescrever
os pormenores ou métodos de
execução necessários para
assegurar que as ações das
unidades subordinadas
estejam de acordo com o
plano de operações que lhe
Equipe de gerenciamento de
deu origem, tais como seu
dimensionamento, efetivo, crises - é o grupo de indivíduos com as
viatura, armamento, qualificações técnicas e a disciplina
equipamento, comunicações, profissional para responder a uma crise,
“croquis”, uniforme,
sendo responsável pela avaliação da
alimentação, apoio, etc.
ameaça e, dentro dos parâmetros
Dependendo da ação a ser
desencadeada poderá receber legais, pelo direcionamento de todas as
a classificação de atividades de gerenciamento.
“RESERVADO”.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

POLICIAMENTO OSTENSIVO COMPLEMENTAR - AS OPERAÇÕES


POLICIAIS MILITARES.

POLICIAMENTO OSTENSIVO COMPLEMENTAR (POC)

O POC é o tipo de policiamento que dinamiza o POO através da


realização das operações policiais militares dos seguintes tipos:

a) Operação de Ação Preventiva


b) Operações de Ações Repressivas – A REP.
c) Operações de Fiscalização de Condutores
e Veículos (OPFISC)

OPERAÇÃO DE AÇÃO PREVENTIVA – A PREV

Realizada em locais, horários e dias pré-determinados, utilizando


patrulhas a pé e/ou a cavalo e/ou motorizadas com o objetivo de, não
somente, desestimular a
prática de delitos pela
presença da PM, como
também infundir,
psicologicamente, uma
sensação de segurança na
população. Se caracteriza
pela fixação da patrulha por um determinado período em um mesmo
local.

28
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

É empregada quando se identifica o sentimento de insegurança


na população da área considerada, ou se verifica a necessidade
estratégica de operação de visibilidade do policiamento.
Não é recomendável em locais de alto índice de criminalidade ou
em horas “mortas”.
Pode ser empregado qualquer modalidade de policiamento.
Seu objetivo é não somente desestimular a prática de delitos pela
presença da Polícia Militar, como também infundir psicologicamente
uma sensação de segurança na população.

OPERAÇÕES DE AÇÃO REPRESSIVA – A REP

A Rep 1 - Vasculhamento
É caracterizada pelo desenvolvimento de ações de caráter
genérico, visando a repressão de todas as formas de crime ou
contravenção, pelo vasculhamento da área considerada.
É empregada em áreas de grande
concentração populacional, quando se
constata acentuada elevação dos índices de
criminalidade em determinada área.
No planejamento e no desenvolvimento
das ações sempre vai existir uma
preocupação com os moradores.
Normalmente emprega grandes
efetivos, e pode envolver mais de uma Unidade Policial Militar.
As ações poderão ser previstas ou inopinadas. Serão sempre
comandadas pelo oficial mais antigo presente devendo todo efetivo
empenhado atentar para as condutas de segurança e as defensivas,
observando que:

29
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

As viaturas deverão ficar em local seguro, sob a guarda dos


motoristas e prontas para partir;
A tropa será dividida
em patrulhas – cada uma
preferencialmente formada
por oito patrulheiros, as
quais serão comandadas
por sargentos e utilizar-se-
ão das técnicas de patrulha.
Manter a área cercada
e isolada, as equipes de cerco atuarão de forma semelhante a A Rep
4;
Efetuar deslocamentos rápidos, abrigados (emprego de técnicas
de patrulha);
Utilizar equipamentos de comunicação entre as patrulhas;
Utilizar coletes, capacetes e escudos balísticos;
O pessoal atuará repressivamente, revistando pessoas, veículos
e locais suspeitos, sob comando do comandante da fração considerada,
e nunca o homem atuará isoladamente.

A Rep 2 – Busca e Captura


Desenvolvimento de ações com
o objetivo específico de reprimir
determinada espécie de crime ou
contravenção, visando à busca e
detenção de delinquentes envolvidos e
a apreensão de materiais utilizados
para a prática do delito considerado.

É empregada quando se constata a incidência de determinado


tipo de crime ou contravenção na área considerada, ou a atuação
particular de criminosos ou bando.

30
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Este tipo de operação normalmente é desenvolvida, em áreas


restritas, as equipes empenhadas podem estar de posse de ordens
judiciais, diligenciando nos endereços usados pelos delinquentes.

Este tipo de operação pode ser desenvolvida:


Em ações integradas com outras forças policiais, PCERJ,
PRF, ou PF.
Pode ser desenvolvida simultaneamente com outros
tipos de operações, por exemplo: A Rep 1 ou A Rep 4.
Pode ser empregada contra uma quadrilha que pratica
mais de uma modalidade de delituosa.
O emprego do pessoal será precedido de levantamento
minucioso dos locais a sofrerem diligências, vias de acessos, bem
como das características dos criminosos ou contraventores e seu modo
de atuação, dados esses fornecidos pela Seção de Informações da UOp
PM.
Em situações especiais poderão ser utilizados recursos tais como:
cães, helicópteros, lanchas, etc.

A Rep 3 – Abordagem em Veículos


Desenvolvimento de ações inopinadas em locais estratégicos e
em horários especiais, revistando veículos particulares e coletivos, com
a finalidade de apreender
armas, tóxicos ou quaisquer
outros materiais utilizados para
a prática de crimes,
identificando e revistando seus
ocupantes e passageiros. É
também utilizada para
repressão ao roubo e ao furto de automóveis.

O pessoal deverá atuar repressivamente, e a operação


desenvolver-se-á seletivamente, isto é, revistando-se apenas os

31
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

veículos suspeitos, que serão detectados mediante o emprego de


técnicas apropriadas.

Atuando-se seletivamente, procurar-se-á evitar o


congestionamento de veículos no local da operação e o ressentimento
dos usuários. Os veículos não deverão permanecer no local de
operação por tempo superior ao necessário a fiscalização.
Os critérios para a seleção dos veículos devem ser estabelecidos
com antecedência, de acordo com o objetivo específico de cada
operação.
A operação de revista deve ser realizada inopinadamente, em
horários e locais alternados.
A alternância de local e de horários tem o objetivo de surpreender
os marginais em flagrante delito.
Os pontos de interceptação deverão ser instalados em locais
onde, seja possível abordar com segurança para os policiais, sem
colocar em risco outras pessoas e que causem o menor prejuízo
possível ao tráfego.
Recomenda-se que os pontos de interceptação sejam
cuidadosamente estabelecidos, evitando-se: curvas ou
entroncamentos, pontes, aclives ou declives acentuados também
devem ser evitados pontos da via onde haja forte trafego de
transeuntes.
A Rep 4 – Cerco
Desenvolvimento simultâneo de operações repressivas de
revista, mediante planejamento
prévio, com efetivos e meios
flexíveis visando a coibir a fuga de
criminosos por vias de entrada e
saída da área considerada,
subdividindo-se de acordo com a
referida área em:

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Operação de Cerco Amplo - Desenvolvida em área que exceda


a capacidade operacional de uma UOp;
Operação de Cerco Restrito – Desenvolvida em área de uma
UOp, dentro da capacidade operacional da própria unidade, que poderá
ter mais de uma subárea de cerco restrito.
Nas A Rep 4 - Cerco
Amplo, o planejamento
deverá envolver não só o
dispositivo da OPM, como
também, das demais OPM
vizinhas e outros órgãos,
no sentido de “cercar” toda
a área, como um todo ou
progressivamente. É parte integrante do planejamento operacional de
todas as UOp.
É empregada normalmente quando se verifica a ocorrência de
assaltos ou grandes investidas criminosas na área considerada,
perpetradas por bandos motorizados.
Em área de uma UOp, dentro da capacidade operacional da própria
UOp, que poderá ter mais de uma subárea de cerco restrito.
Ao ser acionando o dispositivo, todas as equipes se dirigem aos
seus locais de atuação e passam a proceder segundo as instruções do
Centro de Operações ou do Posto de Comando (PC), que transmitirá as
características do (s) veículo (s) em fuga e outros dados importantes.
Nos locais de cerco, o procedimento das equipes será o mesmo da
Operação Revista.

Em casos excepcionais, um
ponto de cerco poderá ser
coberto por uma única equipe,
motorizada.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Cerco Tático Preventivo

Atuar de maneira preventiva/repressiva através do


desenvolvimento de ações inopinadas, em locais estratégicos e
horários especiais levantados mediante avaliações estatísticas,
utilizando-se o Cerco Tático Preventivo como mecanismo na redução
dos registros de assaltos e sequestros, transmitindo a população do
Estado do Rio de Janeiro sensação de segurança.
Serão desenvolvidas Operações Cerco Tático Preventivo,
englobando os modelos de A Rep 3 –Revista e /A Rep 4 – Cerco,
conforme regula a Instrução Normativa nº 12 do CG.

O Comandante da operação deverá ter o


controle absoluto das ações, determinando os
procedimentos e fiscalizando a realização das
tarefas. Cabendo aos subordinado apresentar ao
mesmo qualquer alteração observada.

OPERAÇÕES DE FISCALIZAÇÃO DE CONDUTORES E VEÍCULOS


(OPFISC)

Desenvolvida contra
quaisquer tipos de veículos, de
caráter geral ou seletivo, ou contra
determinadas classes de
condutores com a finalidade de
fazer cumprir as normas de
trânsito, no que tange ao veículo e
ao condutor. Possui caráter repressivo, também visa coibir práticas

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

perigosas e delituosas, tais como excesso de velocidade, embriaguez,


corridas não autorizadas, direção perigosa, dentre outras.

COMANDO DE POLICIAMENTO AMBIENTAL

AO FINAL DESTA AULA, VOCÊ DEVERÁ:

 Identificar as características do Policiamento Ambiental.


 Conhecer as características das Unidades de POLICIAMENTO
AMBIENTAL.

COMANDO DE POLICIAMENTO AMBIENTAL – CPAM

O Comando de Polícia Ambiental (CPAm) tem a missão de


executar o policiamento ambiental, proteger os demais recursos
naturais e preservar o meio
ambiente no território do
Estado do Rio de Janeiro
através de suas Unidades de
Polícia Ambiental (UPAm) e
possibilita a otimização da
prevenção e combate aos
crimes ambientais, da preservação do meio ambiente, bem como das
atividades de conscientização e educação ambiental.

Atividades do Comando de Policiamento Ambiental


Atuam no policiamento ostensivo ambiental, no combate à caça
e à pesca predatórias, desmatamento, assoreamento de rios, areais e
carvoarias irregulares entre outros tipos de empreendimentos que
podem ser agressivos ao meio ambiente.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Unidades de Policiamento Ambiental

1ª UPAM- Parque Estadual da As UPAM são destinadas a


Pedra Branca; execução de ações concernentes à

2ª UPAm - Unidade Móvel; preservação do meio ambiente e


da ordem pública, bem como a
3ª UPAm - Parque Estadual do
propagação da filosofia de polícia
Desengano;
ambiental nas áreas designadas
4ª UPAm - Reserva Ecológica para sua atuação.
de Juatinga;
Decreto 43.641, “Art. 2°-
5ª UPAm - Parque Estadual
De forma a permitir que as UPAm
dos Três Picos;
possam cobrir todo território do
6ª UPAm – Parque Estadual da Estado do Rio de Janeiro, elas
Serra da Tiririca; serão instaladas nas unidades de

7ª UPAm – Realiza o conservação de proteção integral

patrulhamento ambiental nas estaduais ou em sua zona de


lagoas da capital e na Bahia amortecimento.
de Guanabara.

§ 1°- A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro poderá atuar,


por meio das UPAm, em unidades de conservação federais e
municipais, verificada previamente a conveniência estratégica desta
decisão e a disponibilidade de pessoal, cuja formalização se dará
mediante convênio celebrado entre as partes.

§ 3°- São objetivos das UPAm:

a) aprimorar o controle, a vigilância e a fiscalização estatal sobre


as unidades de conservação de proteção integral do Estado
do Rio de Janeiro, fortalecendo a preservação ambiental por
meio da presença ambiental e de ações de polícia ostensiva;

36
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

b) aumentar a eficiência da polícia ambiental quanto aos crimes


dessa natureza em outros pontos do Estado;
c) atuar com policiamento ostensivo ambiental no combate aos
crimes contra o meio ambiente.”

Policiamento Fluvial e Lacustre


Modalidade de policiamento realizada pelo CPAM -7ª UPAM.
Policiamento ostensivo utilizando embarcações motorizadas, realizadas
nos lagos, lagoas, baías, enseadas e rios, mediante entendimento
prévio com as autoridades do Ministério da Marinha.

COMANDO DE POLICIAMENTO ESPECIALIZADO – CPE

O CPE, é composto de unidades que


realizam atividades específicas, complementando
ou apoiando as demais UOP. Estas Unidades, de
forma semelhante as UOP também estão
subordinadas aos seus respectivos comandos
intermediários, e estes estão subordinados ao
EMG Operacional. Estas Unidades se caracterizam
por não cobrirem área de policiamento e realizam
atividades especializadas. Podem ter suas ações limitadas a capital ou
atuar em todo Estado complementando e/ou apoiando as UOP.

UNIDADES DO COMANDO DE POLICIAMENTO ESPECIALIZADO


CPE

 Batalhão de Polícia Rodoviária- BPRv


 Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas - BPTur
 Regimento Coronel Enyr Cony dos Santos – RCECS
 Grupamento de Polícia Ferroviária – GPFer
 Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios - BEPE
 Batalhão de Policiamento de Vias Expressas- BPVE

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Batalhão de Policia Rodoviária - Batalhão de Polícia Rodoviária


Coronel Marcos Fázio Corrêa (bprv)
Policiamento Rodoviário
Policiamento ostensivo visando a disciplinar o público no
cumprimento e respeito às regras e normas de tráfego rodoviário
estabelecidas pelos Órgãos Nacional e Estadual de Estradas de
Rodagem e de acordo
com o Código de
Trânsito Brasileiro. É
exercida nas rodovias
estaduais (sob
jurisdição da Fundação
Departamento de
Estradas de Rodagem
do Estado do Rio de Janeiro – DER) e, eventualmente, mediante
convênio com o DNER, nas federais.
A PMERJ tem uma Unidade especializada em trânsito o Batalhão
de Polícia Rodoviária Coronel Marcos Fázio
Corrêa (BPRv), que tem por finalidade
executar o policiamento ostensivo de trânsito
rodoviário nas rodovias sob jurisdição da
Fundação Departamento de Estradas de
Rodagem do Estado do Rio de Janeiro – DER.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur)


O policiamento em áreas turísticas é uma modalidade de
policiamento executado pelo BPTur que é uma unidade operacional
especializada da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, sendo o
único batalhão voltado exclusivamente para o Policiamento Ostensivo
em áreas de grande fluxo turístico na capital fluminense.
Sua sede situa-se no bairro
de Copacabana, no Rio de Janeiro
e, em princípio, tem como área
de policiamento todo e qualquer
local de importância turística no
Estado do Rio de Janeiro.

Tem atuação nos locais de importância turística em todo Estado


do Rio de Janeiro.
O BPTUR executa diversas formas de patrulhamento em locais de
interesse turístico da Cidade do Rio de Janeiro, destaque para o
CICLOPATRULHAMENTO (policiamento sobre bicicletas), nas suas
áreas de atuação.

Regimento Coronel Enyr Cony dos Santos – RCECS

Patrulhamento Montado (Ptr Mont)


O emprego do cavalo nas ações de policiamento tem como
principais vantagens: o impacto psicológico causado pelo porte do
animal, é uma boa base de observação e possui exelente mobilidade
em qualquer terreno.

Realizado através do conjunto policial militar e cavalo, aplicado


nos seguintes tipos de policiamento:

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Atuação no Policiamento Ostensivo Ordinário (POO)

Caracterizado pelo Policiamento


Ordinário Geral Montado -
POGMont diário, previsto e
habitual executado conforme
escalas e planejamentos
previamente elaborados pela OPM.

Atuação no Policiamento Ostensivo Extraordinário (POE)


É o emprego da tropa hipomóvel, em eventos programados, tais
como jogos esportivos de qualquer espécie, visitas de dignitários,
desfiles cívicos, carnavalescos e outras festas populares. Pode ser
desenvolvido também em
situações de emergência,
catástrofes e inundações,
devendo, nos casos de
calamidade pública, atuar em
coordenação com a Defesa
Civil;

Atuação no Policiamento Ostensivo Complementar (POC)


O POC é constituído de operações policiais militares dos tipos
Ação Preventiva e Ação Repressiva. O emprego do RPMont será sempre
precedido de planejamento junto as UOP/E interessadas.

Patrulhamento Montado, pode ser Empregado Ainda em Outras


Modalidades de Policiamento:

Aproximação preventiva a égide da doutrina de Polícia de


proximidade; ou seja, tomando a iniciativa de reestabelecer contatos
e vínculos de confiança com a comunidade onde se realiza o

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

policiamento. Tem como foco principal o policiamento de áreas em


processo de pacificação, após a retomada de território.

Força de pacificação - é um policiamento Especializado, onde


o grupamento policial atuará em localidades em processo de
pacificação e/ou já pacificadas. É realizado por pessoal especializado,
em frações variáveis conforme a missão. Tem como objetivo principal
a interação com a comunidade local, notadamente por meio da
aproximação do público
infanto-juvenil, através de
diversas atividades, tais como:
projetos sociais e desportivos,
cursos de capacitação voltados
para as atividades eqüestres,
equoterapia e outros de
natureza semelhante. Assim, além dos jovens, seus familiares estarão
mais próximos da Polícia Militar e os laços de confiança serão
reestabelecidos e reforçados.

Força de dissuação (Choque) - ação pontual de Controle de


Distúrbios, coordenada pelo RPMont, nos ca-sos de acionamento para
eventos onde haja a necessidade de gestão de multidões. A atuação
do RPMont no Controle de Distúrbios, deverá a todo tempo, interagir
com outras Unidades do
Comando de Operações
Especi-ais (COE) e UOp da área
afetada, visando a atuação
racional e contida dos meios,
utilizando do emprego de
Tropa especializada em ações
para de restabelecimento da ordem pública, controle de distúrbios,
bloqueios e contenção de pessoas a espaços restritos, varreduras,
desobstrução de vias, rebeliões em Unidades Prisionais e agindo na

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

prevenção de distúrbios em praças desportivas em alinhamento


operacional com o BEPE.

Cinturão de Intervenção Hipomóvel (Cintur)


Consiste nas operações de uma Força de Policiamento Montado
que atua objetivando, especificamente, reduzir os índices criminais na
área de determinada UOp.

Policiamento Montado em Grandes Eventos


Policiamento de natureza extraordinária, voltado para grandes
eventos. Ocorrerá com emprego de efetivos variáveis conforme o
evento, podendo ser implementado aos moldes de POGMont, Grupo de
Choque Montado ou Escolta a Cavalo, de forma isolada ou combinada.

Grupamento de Polícia Ferroviária – GPFer

Policiamento Ferroviário
Policiamento ostensivo na malha
ferroviária estadual e seu entorno.
Eventualmente transportado em
composições ferroviárias dos trens de
passageiros de pequeno percurso.
Atualmente esta modalidade de
policiamento está sob responsabilidade
do GPFER, que é vinculado
administrativamente ao Batalhão
Especial de Policiamento em Estádios –
BEPE (CPE), conforme publicação no
Bol da PM nº 134 de 24 de Julho 2019.
Considerando a mudança de
Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios – BEPE.

Policiamento em Praças Desportivas


Policiamento realizado efetivo especializado no contato com
multidões, torcedores em geral e o controle das torcidas organizadas,
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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

empregado na segurança de torcedores, atletas, comissões técnicas


e demais pessoas que utilizam ou circulam nas proximidades de praças
esportivas (estádios, ginásios, arenas, velódromos, parques aquáticos,
autódromos, dentre outros).

O efetivo do BEPE
cumpre regime especial de
trabalho, sendo empregado
nos dias e horários de
realização dos eventos
esportivos.

Batalhão de Policiamento de Vias Expressas- BPVE

Policiamento de Vias Expressas


BPVE é uma unidade
operacional especial voltada para o
policiamento ostensivo e de trânsito
urbano nesse estado, responsável
pelo policiamento ostensivo nas vias
especiais na capital.

OUTRAS MODALIDADES DE POLICIAMENTO ESPECIALIZADO

Policiamento em Bicicletas –Ciclopatrulhamento


O Ciclopatrulhamento
constitui o Policiamento Ostensivo
Geral com Bicicletas (POG Ciclo)
sendo uma forma alternativa de
policiamento em locais onde seja
propício e oportuno seu emprego.
Trata-se de uma forma de
policiamento ostensivo que atua próximo ao público, porém não se dilui

43
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

em meio à aglomeração de pessoas. Possui maiores agilidade,


velocidade e área de atuação quando comparado ao policiamento à pé,
agregando visibilidade, fomentando maior sensação de segurança à
população, bem como, causando impacto positivo, traduzindo-se em
modelo diferenciado de policiamento.

Execução e Emprego
O POG Ciclo será executado no Subsetor de Patrulhamento
em Bicicletas, por policial militar habilitado no Curso Básico de
Ciclopatrulha ou equivalente.

O ciclopatrulhamento deverá ser


empregado preferencialmente objetivando o
aspecto preventivo de acordo com as
necessidades do policiamento em questão.

O Policiamento Ostensivo com


Bicicletas pode, ainda, ser empregado nas
imediações de escolas, especialmente nos horários de grande fluxo de
estudantes (início e término das aulas), devido à possibilidade de ação
de infratores, usuários e traficantes de drogas, dentre outras
modalidades delituosas, bem como no policiamento de trânsito, em
parques e ciclovias.

ACIONAMENTO DAS UNIDADES SUBORDINADAS AO CPE

O Policial Militar que vislumbrar a necessidade de acionamento


de uma Unidade Especial ou Especializada, deverá fazer contato
imediato com o Supervisor, este deverá comparecer no local e fazer
uma avaliação da situação, constatada a necessidade o mesmo
acionará os canais previstos, conforme IN nº10, publicada no Bol da
PM nº 015, de 27Jan15.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS E O POLICIAMENTO


OSTENSIVO EXTRAORDINÁRIO

COMANDO DE OPERAÇÕES ESPECIAIS – COE

Formado por Unidades


Operacionais com características
específicas, que possuem
responsabilidade sob uma área de
atuação específica ou especial.

a) Batalhão de Operações Policiais Especiais - BOPE


b) Batalhão de Polícia de Choque - BPCHOQUE
c) Batalhão de Ações com Cães - BAC
d) Grupamento Aero Marítimo –GAM

Operações Especiais
Esta modalidade é empregada em situações que extrapolem a
capacidade operacional do POO, através de intervenções realizadas
pelo Batalhão de Operações
Policiais Especiais (BOPE)
que é uma força de
intervenção responsável por
atuar em situações críticas,
sendo a reserva tática de pronto emprego da Corporação.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

O efetivo do BOPE é voluntariado. O policial militar deve ter pelo


menos dois anos, de efetivo serviço, ser aprovado nas avaliações física,
médica e psicológica. São oferecidas duas modalidades de curso, para
o ingresso na Unidade:

Curso de Operações Especiais (COEsp), com duração de quatro


meses, visando preparar o policial para intervenções em áreas de
conflito e ao resgate de reféns;

Curso de Ações Táticas (CAT), com duração de cinco semanas,


que é uma síntese do curso de operações especiais.

Tem o objetivo de atuar em situações que extrapolem a


capacidade do POO.

Algumas das atividades realizadas pelo BOPE:

a) Atua em situações
de Crise (do tipo
ocorrências com
reféns);

b) Ações de resgate e salvamento;


c) Atua em ambientes conflagrados e outras ações policiais de
risco;
d) Realiza serviço social junto a comunidades próximas da sede;
e) Atua em operações policias de grande vulto integrado com
outras forças estaduais e federais.

O BOPE, pela necessidade de agir nas comunidades de


construções irregulares, ruas estreitas das comunidades da cidade do
Rio de Janeiro, desenvolveu uma técnica de progressão em ambientes
crítico., Hoje esta técnica é um modelo tático de abordagens em áreas

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

críticas utilizada pela PMERJ e diversas outras forças policiais, policiais


militares e militares.

Visite: http://www.bopeoficial.com/

Polícia de Choque
Atividade de polícia administrativa, realizada pelo
BATALHÃO DE POLÍCIA DE CHOQUE - BPChq.

O BPChq foi criado tendo como missão precípua o controle de


distúrbios civis, em áreas abertas e fechadas.

É uma reserva operacional do Comando Geral da Corporação.

O BPChq encontra-se subordinado operacionalmente ao


Comando de Operações Especiais (COE), sendo composto por
quatro Cias:

Primeira Cia Unidade de


Controle de Distúrbios,
responsável por operações
e controle de distúrbios;

Segunda Cia GTAR,


responsável por operações
e patrulhamento urbano;

Terceira Cia Grupamento Tático de Motociclistas (GTM)


responsável por escoltas e patrulhamento tético em motos;

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Cia de Guardas, responsável, pela guarda do BPCh e QG;


O Grupo Tático de Intervenção de Choque (GTIC), em fase de
implentação.

No controle de distúrbios civis, podem


ser empregadas Operações de Choque
Montado (RPMOnt) e Cães de Controle de
distúrbio Civil (BAC).

O Grupamento Tático de Motociclistas (GTM) do Batalhão de


Choque, executa o motopatrulhamento na capital, um pouco diferente
da forma prevista para as UOP, como força tática, com pessoal
especializado empregando três policiais em duas motocicletas. As VTR
tipo motocicletas são utilizadas
também no policiamento de vias
expressas, escolta e áreas
específicas, onde a incidência de
alguns crimes requer
deslocamento mais ágil dos PM.

Patrulhamento Aéreo
O Grupamento Aeromóvel (GAM) completa o ciclo de PTR
integrando os setores terrestres, marítimos e aéreos, através de ações
preventivas e repressivas,
fornecendo apoio às UOP,
aumentando a eficiência no
combate e a prevenção da
criminalidade.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Realiza ações integradas com a PCERJ, CBMERJ, Defesa Civil/RJ,


Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e outros
órgãos e instituições governamentais.

Algumas das atividades realizadas pelo GAM:

Radiopatrulhamento aéreo preventivo e de apoio e coordenação


às unidades em terra:

Apoio à outras Unidades e órgãos;

Transporte de tropa;

Realiza transporte aeromédico entre hospitais públicos;

Atua em missões de resgate e salvamento.

Batalhão de Ações com Cães


O Batalhão de Ações com Cães (BAC), é a única unidade
voltada para o emprego de cães na atividade policial, está subordinado
ao Comando de Operações Especiais (COE).

Possibilidades Operacionais e Modalidades de Empregodo do


BAC
Equipe de Faro.
Equipe formada pelo
mínimo 05 (cinco) policiais
militares habilitados para
conduzir cães farejadores
apropriados para
inspeções/buscas a fim de
localizar armas, munições,
drogas e explosivos emissões
pré-definidas ,sendo em edificações, estádios, veículos (terrestres,
aéreos e marítimos) e objetos. No caso da necessidade de realizar

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

buscas em áreas de risco o emprego da equipe de faro ocorrerá por


meio de no mínimo 01(uma) patrulha de operações com cães.

Núcleo Cinófilo da Unidade de Intervenção


Tática(NuCin/UIT).
O NuCin/UIT, comandado por Oficial possuidor de CACEP (Curso
de Adestradores de Cães para Emprego Policial), é formado por, no
mínimo, 04 (quatro) policiais militares e 02 (dois) cães prontos para
missões de intervenções táticas –localização e neutralização do
provocador do evento crítico – com ou sem reféns, sendo o mesmo
integrado, durante as crises, ao Grupo de Resgate e Retomada (GRR)
da Unidade de Intervenção Tática. O acionamento do NuCin/UIT
seguirá a rotina estabelecida na IN PMERJ nº 008, do EMG-PM/3.

Patrulha de Operações com Cães.


Uma Patrulha de Operações com Cães é composta por 09 (nove)
policiais militares e 02 (dois) cães
adestrados para realizar missões
designadas nas quais seja possível o
emprego da ferramenta cão, sendo
operações de faro para localização de
armas, drogas, munições, explosivos,
pessoas (mortas ou vivas), de neutralização de sujeitos homiziados.
Tem capacidade de atuar em área urbana e/ou rural (ARep I e II)
provendo a própria segurança e executando as missões mais
específicas de maneira completa, podendo atuar em apoio às UOp/E,
bem como isoladamente.

Cães de Intervenção Tática.


O BAC integrará a Unidade de
Intervenção Tática (UIT) do BOPE com
efetivo e cães especializados do
NuCin/UIT para atender ocorrências

50
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

classificadas como crise, devendo participar do planejamento e de seus


desdobramentos.

Cães de Controle de Distúrbio Civil.


As peculiaridades e
características/natureza dos cães
de choque, surtem efeito combativo
e/ou preventivo/psicológico para o
controle eficaz de distúrbios civis.

Outros empregos para cães policiais.


O BAC pode ser empregado ainda em Cães de Atividades e
Terapias assistidas com cunho terapêutico e Cães de Demonstração de
Adestramento. Estes se apresentam em eventos civis e militares com
cunho social.

Situações de Acionamento do BAC


Alguns procedimentos devem ser observados antes do
acionamento do BAC:

No caso de buscas numa efetiva ameaça de bomba.


O local deverá ser isolado e não poderá
realizar nenhum tipo de aproximação com o
artefato.

No caso de pessoas feridas ou não.


Os acessos a área deverá ser isolado, se
possível colher roupas ou materiais utilizados
pelos perdidos, tomando o cuidado de
manipular (tocar) o mínimo neste material.

No caso de busca a cadáveres ou restos mortais.


A área de buscas deve ser isolada evitando a contaminação de
trilhas e alteração dos odores no ambiente operacional.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Situações de captura de pessoas


homiziadas.
O local deverá ser isolado somente permitida a
entrada do pessoal especializado.

O policial que vislumbrar a necessidade


de acionamento do BAC

ACIONAMENTO DAS UNIDADES SUBORDINADAS AO COE

Deverá acionar o supervisor que


irá proceder de acordo com a IN
010/2015.

O Policial Militar que vislumbrar a necessidade de acionamento


de uma Unidade Espécial ou Especializada, deverá fazer contato
imediato com o Supervisor, este deverá comparecer no local e fazer
uma avaliação da situação, caso seja confirmada a necessidade o
mesmo acionará os canais previstos, conforme IN nº10, publicada no
Bol da PM nº 015, de 27Jan15.

POLICIAMENTO OSTENSIVO EXTRAORDINÁRIO - POE

É o desenvolvimento de atividades de policiamento em eventos


programados, tais como: jogos desportivos ou qualquer espécie, visita
de dignitários, eleições, desfiles cívicos e carnavalescos ou outras
festas populares.

Pode ser desenvolvido também em situações de emergência em


presídios, catástrofes e inundações. Neste último caso, em

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

coordenação com medidas de Defesa Civil, desenvolvidas pelo órgão


estadual competente.

O POE é amplamente empregado e tem como principais


objetivos:

a) possibilitar condições para que a concentração de pessoas


nos logradouros, prejudiquem a realização dos eventos acima
mencionados.
b) assegurar clima de tranquilidade e de ordem aos
participantes e assistência e reestabelecer a ordem nos casos de
incidentes.

No POE, podem ser


empregados todos os
tipos de policiamento
ostensivo, com o objetivo
de complementar o
policiamento ostensivo
por ocasião do evento
motivador.

Algumas Organizações Policiais Militares,


administrativas, como Órgãos de Apoio e de Ensino,
Órgãos de Saúde não têm responsabilidade sobre áreas
operacionais, os efetivos destas organizações
administrativas formam os Batalhões de Policiais
Burocráticos (BPB), que podem ser empregados para
complementar o POO das UOP, através do POE, sempre
que necessário.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Ex. O 3º Batalhão de Policiais Burocratas, que é formado


pelo Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP – 31 de
Voluntários), Academia de Polícia Militar (APM), Centro de
Recrutamento e Seleção de Praças (CRSP), Centro de Manutenção de
Armamento (CMARM), Policlínica São João de Meriti (PPM SJM);
Policlínica Cascadura (PPM CASC), Centro de Instrução Especializado
em Armamento e Tiro (CIEAT), e outras sete OPM, normalmente é
acionado para apoiar,
durante o Carnaval o
Batalhão de Polícia de
Choque ou outras Unidades,
bem como apoiar os BPM da
orla marítima durante o
verão e o 19º BPM no
Reveillon.

PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS QUANDO DA EXECUÇÃO


DA ESCOLTA – CONDUÇÃO - DE PRESOS CIVIS E MILITARES

AO FINAL DESTA AULA, VOCÊ DEVERÁ:

 Conhecer as normas e os procedimentos operacionais previstos para os


serviços de escolta.
 Realizar o serviço de escolta.

Das Escoltas ou Condução de Presos a Pé


Sempre que possível, deverá ser evitada a escolta - condução -
de preso a pé. Ela somente será admissível se o local para onde for
conduzido o preso, não for distante e não houver viatura para
transporte.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Normalmente ocorre o deslocamento de presos em flagrante


delito, ou em virtude de ordem judicial, do local da prisão até a viatura.
Para uso de algemas deve
ser observado o Art. 234 do
CPPM: “O emprego da força só é
permitido quando indispensável,
no caso de desobediência,
resistência ou tentativa de fuga.
Se houver resistência da parte
de terceiro poderão ser usados
os meios necessários para vencê-la ou para defesa do executor.”
- § 1º do Art. 234: “O emprego de algemas deve ser evitado desde
que não haja perigo de fuga ou de agressão da parte do preso, e de
modo algum será permitido, nos presos a que se refere o Art. 242, os
quais tem direito à prisão especial.”
O uso de algemas está regulado na súmula vinculante 11 do STF. Você
aprenderá com mais profundidade em Legislação Processual Penal
Comum.

Caso seja efetivada uma escolta a pé deve ser observado o


seguinte:
a) Revistar cuidadosamente o preso (s),
prosseguindo na revista mesmo após haver
encontrado material irregular.
b) Algemar (caso necessário) o preso a ser
conduzido com as mãos por trás das costas.
c) Jamais algemar-se com o preso.
d) Manter-se atento durante a escolta.
e) Conduzir o preso pelo lado interno da calçada, preferencialmente,
na contramão de direção de veículos.
f) O policial deverá portar sua arma no lado oposto ao do elemento
conduzido.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

g) O Policial Militar não deve escoltar -


conduzir - sozinho, o preso, deve solicitar
apoio ou reforço.
h) Quando escoltado por 02 (dois) PPMM, o
preso será conduzido entre ambos.
i) Para a condução de mais de um preso,
deve ser solicitada viatura para
transporte.

Das Escoltas/Condução de Presos em Viaturas:

Nas Escoltas em Vtr com xadrez – (PATAMO)


Na viatura deverão ser conduzidos, no máximo 06 (seis) presos,
desde que respeitando a segurança e dignidade humana do conduzido.
Nesse caso deverá seguir na cobertura, como segurança, outra viatura,
podendo esse quantitativo ser
aumentado de acordo com a
periculosidade dos presos
escoltados. Nas escoltas de 06
(seis) a 12 (doze) presos,
serão utilizadas duas viaturas
para condução e, no mínimo,
uma para segurança, de acordo
com a periculosidade dos
escoltados. As escoltas com o efetivo superior a 12 (doze) presos como
emprego de mais de 02 (duas) viaturas devem ser evitadas. Caso não
seja possível conseguir viatura com maior capacidade, a escolta deve
ser executada parceladamente.

Somente agir assim, com cautela e se houver plenas


condições de segurança. Caso contrário, não assuma até que a
situação seja avaliada pela supervisão.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Nas escoltas prevista com mais de 6 (seis) presos, será


comandada por oficial.
No transporte de vários presos a supervisão deve ser acionada
e ou solicitado o apoio necessário para a realização do procedimento
com segurança.

Providências antes do embarque dos presos

Inspeção no armamento a ser utilizado


a) Vistoria das viaturas de transporte da tropa e condições de
utilização.
b) Inspeção minuciosa na Vtr de
transporte de presos da seguinte
forma:
c) Revista do compartimento de
segurança (xadrez da Vtr).
d) Verificar se há trancas e cadeados
e seu estado.
e) Verificar o estado da carroceria
(interno e externo).
f) Verificar se há ponto vulnerável na lataria que delimita o xadrez.
g) Verificar se há objetos estranhos no interior do compartimento de
segurança (xadrez) da viatura.
h) Após a inspeção feita, a Vtr deverá sofrer vigilância até o momento
do embarque.

i) Revistar todos os elementos a serem


escoltados.

j) Identificar os presos na presença de funcionários credenciados pelo


estabelecimento, comparando a ficha de cada detento com o nome
inscrito na relação.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

k) Caso haja dúvida quanto à identificação dos presos e/ou diferença


no quantitativo existente na relação dos apresentados, o Cmt da
escolta não deve executá-la, até que as dúvidas sejam sanadas.
l) A revista nos presos a serem escoltados deve ser executada mesmo
que o funcionário do SEAP ou outro órgão responsável pela entrega
dos escoltados declare que a realizou. O Policial Militar Cmt da
escolta determinará alguém de sua equipe para executá-la,
revistando minuciosamente, um de cada vez, evitando que os já
revistados tenham contato com os presos que ainda o serão, a fim
de impedir que armas ou outros objetos lhes sejam passados.
m) Logo após a revista dos presos, antes do embarque, devem ser
todos algemados, se for o caso, devendo ser observados os
dispositivos legais: Art 242 e 243 do CPPM.

Embarque em viatura com xadrez


a) Abrir o compartimento de presos do veículo, (xadrez) e vistoriá-lo.
b) Posicionar os componentes
da escolta, formando um cordão
de segurança para o momento do
embarque.
c) Conduzir os presos, um de
cada vez, até a entrada do
“xadrez” da viatura, onde
receberão ordem para embarcar.
d) Dois Policiais Militares deverão estar posicionados, junto à porta do
xadrez um de cada lado, evitando, com isso, que o preso, ao invés
de entrar, empreenda fuga.
e) Fechada a porta do xadrez, deve-se trancá-lo, utilizando cadeado
ou tranca especial.
f) O Policial Militar ao colocar o preso no xadrez da viatura, não deverá
fazê-lo isoladamente sem a necessária cobertura.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

g) Caso seja embarque esteja ocorrendo na via pública, em razão de


prisão efetuada em flagrante delito ou em virtude de ordem judicial,
manter afastados qualquer pessoa bem como os curiosos para que
a guarnição não seja surpreendida por resistência de terceiros.

Escoltas em Vtr sem xadrez


a) Geralmente, são presos conduzidos pelo Policiamento Motorizado
para as DP, mais especificamente o de Radiopatrulha,
sendo que as Vtr mais utilizadas são do tipo Sedan.
b) O quantitativo máximo de presos a serem escoltados
(conduzidos) nas citadas viaturas não deve exceder a
02 (dois).
Procedimentos relativos à condução de 01 (um) preso
em Vtr sem xadrez:
I. O efetivo da escolta deve ser composto de 02 (dois) Policiais
Militares, no mínimo.
II. Fazer a busca pessoal (revista).
III. Embarcar o preso pela porta posterior ao do Comandante da
Guarnição, sentando-o no banco traseiro.
IV. Após haver embarcado o preso, o Comandante da Guarnição
abrirá a porta posterior a do motorista e embarcará por este
lado, sentando-se ao lado esquerdo do preso.
V. Imediatamente o motorista desloca-se do lado oposto da Vtr,
embarcando pelo seu lado e coloca a chave na ignição.
VI. O banco do Comandante da guarnição ficará
vago.

a) Procedimentos na condução de 02 (dois) presos em


Vtr sem xadrez.
I. O efetivo da escolta deve ser de, no mínimo,
03 (três) PPMM.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

II. Caso a guarnição não consiga, no local, reforço necessário


para escoltar os 02 (dois) presos, deverá solicitar, via rádio,
apoio de outra viatura policial militar.
III. Primeiramente fazer a busca pessoal (revista dos presos).
IV. O motorista ou 3º patrulheiro, deverá estar posicionado em
frente à porta traseira, do lado oposto à entrada do indivíduo
a ser escoltado, para evitar que o preso, ao embarcar, fuja
pela outra porta.
V. Logo após, o primeiro PM ocupará o banco traseiro da Vtr,
embarcando antes dos presos, sentando-se atrás do banco
do motorista, com a arma do lado esquerdo.
VI. Os 02 (dois) presos embarcarão pela porta do Cmt, sentando-
se no banco traseiro.
VII. O 2º PM, Cmt da guarnição, sentar-se-á ao lado do motorista.
VIII. Logo após, o PM, motorista da Vtr, ocupará seu lugar ao
volante, colocando a chave na ignição.

OBS.: Ao entregar o preso no destino exija recibo constando o estado


em que os mesmos se encontram.

OS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS NO DESENVOLVIMENTO


DO POLICIAMENTO OSTENSIVO

O que são Procedimentos Operacionais?

Os procedimentos
operacionais são providências e
condutas padronizadas, que
devem ser empregadas no
desenvolvimento do serviço e na

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

resolução das ocorrências policiais. São atitudes ou providências,


básicas ou próprias de pessoal especializado, fundamentados na
legalidade e em técnicas policiais, que proporcionam condições para o
atendimento, a resolução e ou encaminhamento das ocorrências
atendidas pela PMERJ, facilitando o exercício das funções policiais
militares, orientando ações, a fim de minimizar possíveis falhas na
condução das ocorrências e obter os melhores resultados operacionais
possíveis.

Estas condutas estão previstas em


documentos divulgados nas instruções,
especialmente nos cursos de formação da
Corporação são eles: Leis, Portarias, Notas
de Instruções (NI), Instruções Normativas
(IN), Manual do Policial Militar (M4),
Ordens do CG publicadas em BOL da PM, Ordens dos Cmt Int, Vade
Mecum de Ocorrências Policiais militares, apostilas dos
cursos de formação e outros documentos legais.

É muito importante que o policial militar esteja


atualizado sobre as normas e técnicas em vigor na
corporação. Para tanto o mesmo deve acompanhar as
publicações da Corporação, em especial o Bol da PM, que é publica
diariamente as ordens do Comandante Geral.

Condutas Recomendadas Para o Policial Militar no Atendimento


de Ocorrências

Uma equipe policial militar, atuando numa situação de


perturbação da ordem deverá demonstrar conhecimento técnico,
controle emocional e disciplina tática na condução da ocorrência, às
vezes, conciliando a assistência às vítimas, a prisão e a guarda dos
criminosos, realizando o isolamento do local, arrolando testemunhas,
afastando curiosos, acionando SAMU, coletando e registrando

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

cuidadosamente os dados referente a fato em documentação própria


(Ex BOPM – APF na DP). Esses procedimentos vão preservar as
garantias dos envolvidos, facilitar a elucidação dos fatos, contribuir
para a boa imagem da Corporação e até contribuir para a otimização
do planejamento operacional da Corporação em futuras ações.

Ao assumir uma ocorrência, você deverá proceder de maneira


calma, imparcial, a fim de e não se envolver nos fatos. Manter a isenção
e o controle no ambiente, nem sempre é fácil, mas é essencial para o
sucesso de sua missão.

O ambiente onde ocorre a intervenção policial é um ambiente


tenso, pode haver pessoas em disputas por direitos, ou alguém
sofrendo constrangimentos, ou poderá haver pessoas drogadas, ou
feridas, ou ainda preocupadas com a situação de terceiros. Traga os
exaltados a calma e a razão. Ficará mais fácil se os envolvidos
pensarem racionalmente. Policiais experientes têm essa habilidade.
Observe os mais antigos.

Um policial que se exalta e perde o controle, piora o ambiente,


dificulta o trabalho dos demais e se torna mais um envolvido na
ocorrência

Não realize contato físico desnecessário!

O uso força uso da força por agentes de segurança pública


deverá obedecer aos princípios da legalidade,
necessidade, proporcionalidade, moderação e
conveniência”. (Portaria Nº 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO
DE 2010).

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Procedimentos Operacionais Básicos Empregados Nas


Intervenções Policiais:

Os procedimentos descritos abaixo, estão relacionados em uma


ordem de prioridade, caso na situação demande várias providências.
Aproximação deve ser
cautelosa: esteja certo que mesmo
em situações assistenciais a chegada
deve ser cuidadosa, observando e
reconhecendo todo o ambiente, além
de ser mais seguro para equipe,
facilitará a avaliação sobre o local e do
fato ocorrido, possibilitando um melhor planejamento da ação.
Sinalizar o local de acidente e tomar outras e tomar outras
providências necessárias para criar um ambiente seguro para a ação
da equipe, prevenindo que ocorra outros acidentes.

Socorrer as pessoas lesionadas em qualquer situação que


haja feridos. A preservação
da vida tem prioridade:
Prestar atendimento pré-
hospitalar e acionar o Serviço
de Assistência Médica de
Urgência -SAMU.

Diligenciar no sentido de constatar fundada suspeita, bem


como identificar e se possível prender pessoas que estejam em
flagrante de delito.
Preservar local de crime. O local de crime não deve ser tocado
após a chegada da PM, as pessoas que se encontrem no local ou
próximo devem ser relacionadas.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Apreender elementos de corpo de delito que se encontrem


fora do local preservado e fazer a entrega destes aos peritos, ou na
falta destes, à Autoridade Policial.
Apresentar de imediato as pessoas presas e as que
cometeram infrações penais de menor potencial ofensivo à
Autoridade Policial, salvo aquelas que necessitem de assistência
médica. Observe ainda as seguintes disposição:

a) Não conduzir crianças e adolescentes


no xadrez da VTR e ainda separados
dos maiores de idade;
b) Conduzir mulheres separadas dos
homens;
c) Conduzir desafetos separadamente.

Cumprir o ritual da voz de prisão: Eu sou o (nome, posto,


graduação, lotação; você está preso pelo fato de (ter praticado tal
delito, /ou em razão da ordem judicial tal); você tem o direito de
permanecer calado, tem direito a assistência familiar e tem o direito
de assistência de advogado e será conduzido para a DP tal.

Arrolar testemunhas. Em caso de flagrante devem ser


apresentadas junto com as partes na DP

Desobstruir o trânsito. Fazer


cumprir as normas de trânsito
quando necessário.

Levar ao conhecimento da Autoridade Policial as infrações


penais que tiver conhecimento. Poderá ser sob a forma de parte
dirigida ao seu superior imediato.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Registrar fatos. Confeccionar o BOPM, BRAT, e outros


documentos, quando necessário.

Acionar outros órgãos


com responsabilidades sobre
a ocorrência: BMERJ, LIGHT,
etc.

Posicionar-se sempre em local que possa observar e ser


observado.
Encaminhar as ocorrências que não lhe couber dar
resolução, orientando os interessados.
Em caso de acidente de trânsito sem vítimas determine aos
envolvidos para desobstruírem a via e oriente os interessados a
acessarem o http://ebrat.pmerj.rj.gov.br para a confecção do BRAT;
Consultar o supervisor, em ocorrências que fujam ao
controle do policiamento ordinário e nas situações previstas em
normas legais quando o condutor da ocorrência tiver dúvidas sobre
que procedimento tomar, pesquise no Vade Mecum ou solicite auxilio
de outros companheiros, persistindo a dúvida, deve consulte o
Supervisor.

Regras do Não. O Que o Policial Militar Não Pode Fazer.

Não permitir a prática de delitos na sua presença.


Não abstrair-se com o uso de aparelhos de
telefonia em conversas nas redes sociais ou
games.
Não é permitido dar caronas em VTR,
mesmo a policiais militares, ainda que a prática
não altere itinerários.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Não acautelar presos em DPO, PPC ou Cias Destacadas. Nem


mesmo por curto período de tempo. As pessoas presas devem ser
conduzidas do local da prisão diretamente para a DP.
Não fumar durante o atendimento das ocorrências, e a realização
de operações policiais, bem como respeitar a lei do fumo em todas as
situações.

Não ingressar isoladamente em meio a uma


multidão ou de um tumultuo se necessário intervir num
tumultuo, solicite reforço, observe, tente identificar as
pessoas agressivas e os líderes da baderna, somente
proceda com a força adequada.
Não é permitido o uso de armas de fogo contra pessoas
desarmadas de forma alguma. É melhor recuar e acionar os meios
necessários para reestabelecer a ordem.
Não usar algemas em doente mental em crise, se necessário
imobilizá-lo utilize tecidos como camisetas de algodão com o objetivo
de não causar lesões nos mesmos.
Não realizar a apresentação de presos para imprensa.
Os telefones instalados nos aquartelamentos (DPO, PPC, Cias
Destacadas, ou Cabinas), deverão ser usados essencialmente para
assuntos de serviço.

Desenvolvimento e Segurança no Trabalho

A Preparação prévia para o serviço é muito importante para a


atividade policial militar pois demanda de habilidades psicomotoras.
Algumas atitudes pessoais no dia que antecede o serviço, como não
consumir bebidas alcoólicas e dormir bem lhe ajudarão a garantir um
serviço tranquilo.
Examinar o material e o armamento ao recebê-los, recusar
aqueles que não se apresentem em boas condições de uso.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Exigir e usar os equipamentos obrigatórios, como o colete


balístico, e o bastão policial a recusa pode caracterizar transgressão
disciplinar.
Solicitar reforços ou auxílio sempre que necessário. Lembre-se
que a qualquer momento você pode dispensar o apoio, contudo pode
ocorrer que uma situação se agrave ao ponto que você não tenha mais
oportunidade de solicitar socorro em tempo.
Mantenha-se atento, observando o ambiente, a movimentação
das pessoas durante todo o serviço. Cuidado para não se distrair com
paisagens ou vitrines: se o policial for surpreendido por um marginal,
perderá a vida.
Comunicar ao seu superior imediato ou se não for possível a
comunicação registrar na papeleta os motivos de eventuais
afastamentos do posto. Este registro deve ser imediato para não
causar dúvidas quanto aos seus procedimentos, mesmo que seja para
necessidades fisiológicas.
Tomar cuidado para não invadir as competências da polícia
judiciária.
Cumprir as ordens e seguir o planejamento: não realizar
diligências por conta própria, mantenha a rede rádio e seus superiores
informados dos problemas policiais que ocorrem no seu setor.
Em confronto armado contra
marginais, o mais importante é
não haver baixas de policiais nem
de pessoas inocentes. Se o
marginal conseguir escapar poderá
ser encontrado e preso em nova
diligência. Lembre-se que um bom
abrigo lhe dará proteção contra tiros, em segurança, você terá
oportunidade de avaliar melhor a situação e tomar as decisões mais
acertadas.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

“Os policiais precisam reconhecer que para SERVIR E


PROTEGER a comunidade, eles precisam primeiro
estar preparados para proteger a si mesmos” -
Anthony J. Pinizzotto, PhD Federal Bereau
Investigation.

Síntese:

O policiamento ostensivo, além das ações de dissuasão pela


presença, realiza intervenções policiais constantes. Além do risco de
vida, demanda de uma diversidade de saberes para conseguirmos
realizar nossa missão com eficácia.

Nesta aula tem por objetivo relembrar procedimentos usuais na


nossa rotina dos policiais militares que desempenham as diferentes
modalidades de policiamento, no entanto, é conveniente uma reflexão
sobre o assunto.

AS MODALIDADES DE CONTROLE DA ATIVIDADE POLICIAL

Reconhecer a importância dos


mecanismos de controle da atividade
policial militar.

As modalidades de controle da atividade policial.

O controle das ações policiais se apresenta em duas modalidades


controle externo e controle interno.

O Controle Externo

O controle externo pode ser realizado de diversas formas por


organismos não pertencentes aos quadros da PMERJ.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

O controle da atividade policial pelo Ministério Público.

O Art. 3º da Lei complementar nº 75, define que o controle


externo da atividade policial será exercido pelo Ministério Público tem
como objetivo manter a regularidade e a adequação dos procedimentos
empregados na execução da atividade policial.

Lei complementar nº 75: “Art. 3º O Ministério Público da


União exercerá o controle externo da atividade policial
tendo em vista:
a) o respeito aos fundamentos do Estado Democrático de Direito,
aos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil,
aos princípios informadores das relações internacionais, bem
como aos direitos assegurados na Constituição Federal e na lei;
b) a preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas
e do patrimônio público;
c) a prevenção e a correção de ilegalidade ou de abuso de poder;
d) a indisponibilidade da persecução penal;
e) a competência dos órgãos incumbidos da segurança pública.”

Outras Formas de Controle Externo

As Organizações Não Governamentais (ONG) e a Imprensa


também funcionam como elementos de controle externo da ação
policial, normalmente denunciando práticas ilícitas diretamente ao
Ministério Público ou via meios de comunicação.

Corregedoria Geral Unificada

A CGU recebe reclamações e informações sobre irregularidades


e de abusos de poder cometidos por policiais militares, policiais civis e
bombeiros militares, instaura procedimentos para apurar as infrações
de natureza grave, independente da hierarquia dos funcionários
envolvidos.

69
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

As policias estaduais têm corregedorias internas, articuladas com


a CGU, voltadas para as questões disciplinares de seus agentes.

A Ouvidoria das Polícias do Estado do Rio de Janeiro

O “Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo do Estado do Rio de Janeiro (SICIERJ) através
da Lei Estadual Nº 7989 de 14 de junho de 2018, que
entende como papel da Ouvidoria fomentar o controle
social e a participação popular por meio do
recebimento, registro e tratamento de manifestações
do cidadão sobre o serviço prestado à sociedade e a
adequada aplicação de recursos públicos” (Bol da PM n.º 085 - 23 JUL
18).

Logo:

A OPERJ tem como finalidade precípua receber reclamações e


elogios relacionados a policiais civis e/ou militares, sendo uma
atividade eminentemente técnica, cujas atribuições são as seguintes:

a) Ouvir as reclamações de qualquer cidadão contra os abusos de


autoridades e agentes policiais, civis e militares;
b) Receber denúncias contra os atos arbitrários,
ilegais e de improbidade administrativa praticados por
servidores públicos vinculados à Secretaria de
Segurança Pública;
c) Promover as ações necessárias à apuração da veracidade das
reclamações e denúncias e, sendo o caso, tomar as medidas
necessárias ao saneamento das irregularidades, ilegalidades e
arbitrariedades constatadas, bem como para responsabilização civil,
administrativa e criminal dos imputados.
d) A Ouvidoria garantirá sigilo da fonte e anonimato ao denunciante.

70
POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

O Controle Interno

O controle interno da PMERJ é realizado pela própria instituição,


e se faz de dois modos: o Controle Administrativo e o Controle
Operacional.

Controle Administrativo

O controle administrativo tem por finalidade assegurar o


cumprimento das normas administrativas da Corporação. É exercido
através do acompanhamento documental e das inspeções.

O Controle Documental das Atividades


Administrativas

Será baseado nos regulamentos administrativos da


Corporação, pela SESEG e PGE e outros órgãos com
competência para tal.

A Inspeção

Será realizada de maneira regulamentar, mediante programação


dos órgãos de direção geral e setorial.
O Comandante-Geral poderá realizar ou determinar inspeções
inopinadas.
Controle Operacional

Será feito pelo Estado-Maior e pelos Comandos Intermediários,


através do acompanhamento documental (formulários, relatórios e
outros meios estabelecidos previamente) e pela Supervisão.

Controle Documental das Atividades Operacionais

O controle documental será baseado no


acompanhamento dos dados remetidos periodicamente
ao EMG e ao respectivo CPA, sobre emprego do efetivo,
índice de ocorrências, emprego dos meios logísticos, etc.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Supervisão

São atividades dinâmicas, exercidas com vistas ao desempenho


do homem isoladamente ou em grupo, ou da fração encarada como
um todo.

As ações de Supervisão São Atividades Operacionais

São atividades de supervisão:

a) Atuação do Oficial-de-Dia no que tange ao policiamento;


b) Atuação dos Centros de Operações, Comunicações e
Informações;
c) Atuação dos Supervisores das UOp; e
d) Emprego dos meios logísticos em apoio ao policiamento.

A Supervisão será realizada em três escalões:

a) de Alto Escalão;
b) de Médio Escalão; e
c) de Pequeno Escalão.

Supervisão de Alto Escalão


Abrange toda a área do Estado e tem por finalidade fiscalizar o
cumprimento do Plano Geral de Policiamento (PGP), o cumprimento
das Normas para o Policiamento e o cumprimento das diretrizes,
ordens e instruções do Comando-Geral. Sua execução está regulada
na Diretriz Geral de Operações e subdivide-se em:
a) Do Cmt Geral - É a supervisão realizada pelo Cmt Geral ou por
oficial que o mesmo determinar. Tal supervisão poderá ser
executada de forma ostensiva ou reservadamente.
b) Do Estado Maior - É a supervisão determinada pelo chefe do
Estado-Maior Operacional. É executada pelo Chefe do EMG, ou
por qualquer oficial designado para realização do serviço. Tem

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

caráter regular e é executada por quartos de serviço. É uma


supervisão tipicamente técnica. Pode ser realizada ostensiva ou
reservadamente, e abrange toda a área do Estado.

Supervisão de Médio Escalão


É a supervisão de responsabilidade dos Comandos
Intermediários (1º CPA, 2º CPA, 3º CPA, 4º CPA, 5º CPA, 6º CPA, 7º
CPA, CPE e CPP). É executado diariamente, mediante escala
determinada pelos Cmt. Int. Tem as mesmas finalidades da Supervisão
de Alto Escalão e é realizada em dois níveis:
a) Cmt e seu Estado-Maior;
b) Demais Oficiais.

Supervisão de Pequeno Escalão

É a supervisão realizada
pelas Unidades Operacionais,
Unidades Especiais, e
Especializadas. Tem as seguintes
finalidades:

a) orientar o pessoal de serviço;


b) fiscalizar o cumprimento da missão;
c) apoiar o policiamento;
d) verificar o armamento e o equipamento dos homens e viaturas;
e) fiscalizar o cumprimento das escalas;
f) realizar a correição preventiva

A supervisão de pequeno escalão é realizada em três níveis:

a) Comando - atribuída ao Cmt e Oficiais do EM, mediante escala, a


fim de avaliar corretamente a aplicação do policiamento e
rendimento operacional, em razão da presença e distribuição do
mesmo.
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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

b) Oficiais - executada pelos oficiais da unidade, mediante escala, na


área da Unidade
Operacional, durante 24
horas do dia, sob a
fiscalização do Sub Cmt e
do P/3, através de
planejamento
pormenorizado.
c) Graduados - executada por graduados no âmbito das UOp/E,
mediante escala, durante as 24 horas do dia, sob a fiscalização do
Sub Cmt e P/3, mediante planejamento pormenorizado.

Corregedoria Interna da PMERJ

Você saberia dizer quais são as


responsabilidades da Corregedoria Interna da
Polícia Militar?

A Corregedoria Interna da Polícia Militar é responsável pela


análise, investigação, solução e/ou encaminhamento de denúncias de
crimes e infrações administrativas praticadas por policiais militares.

Recebe reclamações e informações


sobre irregularidades e de abusos
de poder cometidos por policiais
militares, policiais civis e bombeiros
militares, instaura procedimentos
para apurar as infrações de
natureza grave, independente da
hierarquia dos funcionários envolvidos.

Supervisão Correcional da Corregedoria Interna da PMERJ

É uma modalidade de supervisão de alto escalão. É realizada pela


Seção de Investigação e Supervisão Disciplinar, órgão de
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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

assessoramento direto e imediato da CINTPM. Pode ser realizada por


equipes das DPJM.

Síntese:

O controle externo da
atividade policial, não tem por
objetivo inibir as atividades
policiais. A princípio, tem por
objetivo verificar a eficiência da
atividade policial, prevenir,
apurar e corrigir distorções bem
como eventuais desvios e abusos,
garantido o respeito aos direitos e garantias dos cidadãos, bem como
dos policiais.

O DECÁLOGO DO POLICIAMENTO OSTENSIVO

Reconhecer a importância do
comportamento ético.
Valorizar os procedimentos
operacionais como expressão da
competência, da Ética e da Segurança Profissional.

O trabalho policial reveste-se de técnicas e legalidade. Não há


outra possibilidade senão desenvolver o seu serviço conforme o
planejamento e empregar os procedimentos operacionais adequados a
ocorrência.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Decálogo do Policiamento Ostensivo (Bol da PM nº 052 – 04 Jun


2018), é um conjunto de 10 procedimentos básicos para o policial no
desenvolvimento do policiamento ostensivo, lembra a tábua que Deus
deu a Moisés no monte Herobe. Apesar de básico os verbetes são
procedimentos operacionais que devem ser observados.

Todos os dias que o Boletim da Polícia Militar é publicado, é


colocado no cabeçalho, do tópico Segurança do Policial Militar, um dos
verbetes do decálogo.

O Policial Militar, deve valorizar os procedimentos operacionais


como expressão da competência, da Ética e da Segurança Profissional.

Verifique As Condições De Funcionamento Da Vtr. (Manutenção


de 1º Escalão);

Esta verificação deve ser


realizada pelo motorista
consta basicamente da
verificação do nível da água do
arrefecimento, do óleo de
freio, do óleo de motor, do
estado dos pneus, da integridade da lataria e dos acessórios; bem
como o estado dos equipamentos obrigatórios: triângulo, chave de
rodas e extintor.

Atente para o Funcionamento e Perfeita Utilização do Aparelho


de Comunicação;

O computador de bordo e o
rádio, sirene e sinaleiras devem ser
testados antes da Vtr, sair do pátio
da UOP, sob pena de prejudicar o
policiamento para troca de Vtr ou
encaminhamento à técnica.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Examine o Armamento e Equipamento, e Tenha


Responsabilidade em seu Emprego;

Ao retirar o armamento da reserva verifique o estado das armas


da munição, das placas do colete balístico e outros materiais que for
retirar. Use materiais que você tenha recebido treinamento. Lembre-
se dos três pricípios sobre o uso do armamento: legalidade,
oportunidade e grau de adestramento.

Solicite a troca de qualquer material que não esteja em perfeitas


condições de uso.

Aborde e Reviste Quaisquer Suspeitos, Observando Sempre as


Normas de Segurança;

Toda ação de intervenção polical importa em risco, não


improvise, use as técnicas treinadas, se preocupando sempre com a
sua segurança e de outras pessoas no local. As pessoas encontradas
em fundada suspeita devem ser abordadas e verificados os motivos da
suspeição.

Utilize as Técnicas Para as Abordagens de Pessoas, Veículos e


nas Ações em Edificações;

A abordagem de pessoas,
especialmente no interior de
veículos deve ser realizada de
forma técnica, use técnicas de
patrulha. Havendo pessoa armada
controlando um ambiente, realize
o cerco e a contenção, solicite a
presença do BOPE. Tropa convencional não invade ambiente fechado
controlado por pessoa armada.

Comunique as Abordagens, Revistas, Deslocamentos e


Assunção de Ocorrências ao Centro de Operações;

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Antes de abordar comunique que irá realizar uma abordagem,


caso não seja possível tão logo seja cessado o impedimento informe
ao Centro de Comando e Controle.

Permaneça Atento a Toda Movimentação ao Seu Redor,


Principalmente Quando For Necessário Estar no Interior de
Cabinas, DPO, PPC. Se em Viaturas, um Companheiro Deverá
Proporcionar a Devida Segurança ao Outro;

No PB todos os policiais
desembarcam e permaneçam
atentos. Na cabine permaneça de
pé aproveitando a vantagem da
mesma estar elevada do solo o
que facilita a observação.

Efetue o Acompanhamento de Veículo Suspeito, de Forma


Técnica e Tranquila, Utilizando o Rádio da Viatura Para
Possibilitar o Cerco;

Não são permitidas perseguições em velocidades que coloquem


em risco o trânsito. A perseguição deve ser tática usando o rádio para
acionar o restante do policiamento distribuído no terreno, a fim de
realizar o cerco.

Seja Educado e Cortês no Trato com as Pessoas. Atitude Não é


Sinônimo de Grosseria;

Na maioria das ocorrências não é


empregada a força. A verbalização e a
argumentação em muitas ocasiões dispensará
o uso da força e evitará desgastes para o
serviço.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Lembre-se que a Perfeita Execução do seu Serviço, Refletirá no


Seio da Sociedade, da sua Família, Perante seus Superiores
Hierárquicos, no Círculo de seus Pares e Amigos.

O policial é uma pessoa que desempenha uma atividade muito


importante, para a comunidade, todos estão observando o seu serviço
e confiando na sua competência, em especial as pessoas mais
próximas.

CONCLUSÃO

Você policial militar é o primeiro defensor dos direitos humanos,


um promotor da igualdade entre as pessoas, seja patrulhando,
prevenindo a práticas delituosas, seja preservando a integridade, ou a
vida de uma pessoa, bem como assistindo os solitários, feridos ou
doentes nos logradouros.

É no momento em que as pessoas estão mais fragilizadas, que


você se faz presente guardando, orientando ou socorrendo, ou
confortando e educando.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

O exercício do policiamento ostensivo determina que você fique


o mais visível e atento possível para que as pessoas sintam a
segurança da tua presença e que pretendem delinquir percam
oportunidade e a vontade em razão da tua presença. Da mesma forma
para que alguém que necessite de auxílio te encontre com facilidade.

Bandidos buscam lucro e facilidades em suas ações. Atacam nos


momentos mais tranquilos, utilizando-se da surpresa, aproveitando da
ausência de um guardião e da falta de atenção da vítima. Você é a
maior barreira para a consecução das ações dessa gente, sem
escrúpulos, cujo o único objetivo é o lucro.

Um marginal da lei não é páreo para um policial treinado atento.

Policiais são homens treinados e equipados para o enfrentamento


armado. Contudo de nada vale o treinamento se o policial ignora sua
realidade e se envolve com uma distração qualquer.

Você tem uma profissão de destaque, que realiza tarefas


importantes para a sociedade, sua comunidade, seus amigos e sua
família. Tenha orgulho de ser policial militar.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Matriz curricular nacional para ações formativas dos profissionais da


área de segurança pública/Secretaria Nacional de Segurança Pública,
coordenação: Andréia da Silveira Passos...et al.Brasilia: Secretaria
Nacional de Segurança Pública

Ferreira Marcus. Áreas Integradas de Segurança Pública – Instituto de


Segurança Pública – Série Formação Policial. Volume 10 Instituto de
Segurança Pública. ISP.

DINIZ; Eugenio; JUNIOR; Domício Proença; MUNIZ, Jaqueline, “Uso


da Força e Ostensividade na Ação Policial”; GEE-COPPE-UFRJ apud
Conjuntura Política. Boletim de Analise nº 6. Departamento de
Ciências Política – UFMG; p.p.22-26, abril 1999.

LAZZARINI, Álvaro. Estudos de Direito Administrativo, 2ª ed. São


Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.

LAZZARINI, Álvaro. Por uma Polícia estável, eficaz e organizada. São


Paulo: Opinião, 1993.

LAZZARINI, Álvaro. Da segurança pública na Constituição de 1988,


Revista de Informação Legislativa. Brasília, ano 26, n/ 104, out. /dez.
1989, p. 235-6.

BALESTRERI, Ricardo - Vídeos DHNET - 13 Reflexões Sobre Polícia


e Direitos Humanos por Ricardo Balestreri -
http://www.dhnet.org.br/video/canal/03/balestreri_13.htm#3

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

DOCUMENTOS OFICIAIS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. 5 de outubro


de 1988. Congresso Nacional, Brasília, 1988, 360 p.

Rio de Janeiro - Constituição do Estado do Rio de Janeiro, 1989.

BRASIL - Portaria No- 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (Diretriz


Interministerial sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança
Pública.)

Rio de Janeiro - DECRETO Nº 41.931 DE 25 DE JUNHO DE 2009

Rio de Janeiro - Resolução SESEG N. 263 de 27 de julho de 1999

Rio de Janeiro - Resolução SESEG nº. 478 de 11 de maio de2011

Rio de Janeiro - Decreto nº 42.780, de 03 de janeiro de 2011.

Rio de Janeiro - Manual do Policial Militar, de 05 de dezembro de 1983

Rio de Janeiro - Normas Gerais de Policiamento (M-3)” /83 da PMERJ;

Rio de Janeiro - Diretriz Geral de Operações (D 1) – PMERJ;

Rio de Janeiro – Notas de Instruções da PMERJ

Rio de Janeiro – Instruções Normativas da PMERJ

Rio de Janeiro - Portaria da PMERJ 597, publicada no Bol da PM nº 003,


de 07Jan15.

Rio de Janeiro - Portaria da PMERJ 598, publicada no Bol da PM nº 003,


de 07Jan15.

Rio de Janeiro - Portaria da PMERJ 600, publicada no Bol da PM nº 003,


de 07Jan15.

Rio de Janeiro - Portaria da PMERJ 602, publicada no Bol da PM nº 003,


de 07Jan15.

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POLICIAMENTO OSTENSIVO – CEFC 2019

Rio de Janeiro - Vade Mecum de Ocorrências Policiais Militares _


Aditamento ao Bol da PM nº 31, de 18 de setembro de 2013 e suas
atualizações.

Rio de Janeiro - Apostila de Policiamento Ostensivo do CFAP –


Augustinho Salvador. 2.014. PMERJ.

Rio de Janeiro - Atuação do policial militar no policiamento ostensivo


– potencialização da prevenção e da ostensividade - BOL PM n.° 187
de 09 de outubro de 2015.

Rio de Janeiro - Decálogo policiamento ostensivo – orientação -


determinação. Bol da PM nº 052 e de 04 de junho de 2018.

Rio de Janeiro - - BOL PM n.° 094 de 03 de agosto de 2.018

COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ VERMELHA. Programa de


Integração das Normas Internacionais de Direitos Humanos e Princípios
Humanitários Aplicáveis à Função Policial: Normas Internacionais de
Direitos Humanos Aplicáveis às Instituições Policiais. Brasília. 2010.

Endereços eletrônicos:

Ouvidoria das Policias do Estado do Rio de Janeiro


http://www.ouvidoriadapolicia.rj.gov.br/

Instituto de Segurança Pública. ISP.


http://www.isp.rj.gov.br/Conteudo.asp?ident=38

Proderj

http://arquivos.proderj.rj.gov.br/isp_imagens/Uploads/Resolucao263.
pdf

13 Reflexões Sobre Polícia e Direitos Humanos Vídeos DHNET -


13 Reflexões Sobre Polícia e Direitos Humanos por Ricardo
Balestreri -
http://www.dhnet.org.br/video/canal/03/balestreri_13.htm#3

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