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Sistema de Segurança Pública e Gestão

Integrada e Comunitária

Instrutor: 2º Sgt PM Janildo da Silva Arantes;

CFAPM – CFS 2019.2


1
Sistema de Segurança Pública e Gestão Integrada e
Comunitária
(4ª Edição)

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Conteúdo apresentado ao CFAPM
para a disciplina de Sistema de
Segurança Pública e Gestão Integrada
e Comunitária (15 horas/aula) junto
ao Curso de Formação de Sargentos,
como material
complementar/embasador às aulas
expositivas.

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A UNIÃO, OS ESTADOS, MUNICÍPIOS E AS
COMUNIDADES NA CONSTRUÇÃO DA
SEGURANÇA PÚBLICA

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1.1.2.1 - A gestão federal da segurança pública

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1.1.2.2 – A gestão estadual da segurança pública

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A divisão da execução das fases da atividade
policial em duas organizações distintas, no ente
federativo estadual, de forma que é atribuída à
Polícia Militar o trabalho de preservação da
ordem pública, enquanto compete à Polícia Civil
a realização da investigação e da apuração dos
crimes, caracteriza a estrutura das polícias
estaduais brasileiras como bipartida, dado que
ambas apresentam o ciclo policial incompleto.
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O ciclo de polícia, que inicia o ciclo de persecução
criminal, é composto por:
1ª fase: Situação normal de paz social. Refere-se ao
trabalho ostensivo realizado pela polícia, de caráter
preventivo, em prol da preservação da ordem pública.
Quando ocorre a quebra da ordem pública, são
efetuadas as demais fases do ciclo policial.

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2ª fase: Restauração da paz social. Consiste no primeiro
contato da polícia com a prática criminal, competindo-
lhe exercer as primeiras providências de polícia
administrativa e judiciária, como realizar prisão em
flagrante, identificar testemunhas, levantar informações
sobre o modo como o crime ocorreu, socorrer vítimas,
dentre outras verificações possíveis que se apresentarem
necessárias de imediato.

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3ª fase: Investigativa. É exercida pela polícia judiciária,
através da escuta do relato das testemunhas arroladas,
realização de perícias, cumprimento de prisões
processuais, exercidas por meio da instauração do
Inquérito Policial.

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4ª fase: Processual. A partir dessa sequência de
procedimentos ocorre a fase processual, que é de
competência do Ministério Público e Poder Judiciário,
sendo a última etapa do ciclo de persecução criminal a
fase de aplicação das penas, responsabilidade do Poder
Judiciário e do Sistema Prisional (LAZZARINI, 1996).

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O desenho institucional da segurança pública no Brasil, em
suma, provocou a emergência e consolidação de organizações
policiais que, a despeito do caráter complementar de suas
atividades, são dotadas de culturas distintas, com definições
muito particulares do interesse coletivo e, além disso, têm
suas inter-relações pautadas pelo conflito e competição
intermitentes. Como consequência inevitável dessa realidade,
temos a baixa capacidade do subsistema policial brasileiro de
produzir resultados consistentes, em termos de redução dos
índices de criminalidade. (SAPORI, 2006, p. 769 - 770)

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A corrupção, o desrespeito aos direitos humanos, a
herança autoritária e a “insistência no modelo da
guerra como metáfora e como referência para as
operações de segurança pública” (CANO, 2006, p. 141),
também são alguns outros exemplos comuns de
deficiências relacionadas às polícias estaduais.

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A despeito do panorama de deficiências das polícias
estaduais, verificam-se iniciativas recentes de
modernização das instituições policiais que apontam em
direção à mudança de paradigma na gestão da
segurança pública.

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Nesse contexto, pode-se citar algumas experiências
relevantes, tais como:
• Tentativas de integração das polícias civil e militar;
• Compatibilização do trabalho policial em áreas
geográficas coincidentes;
• Unificação e informatização dos boletins de
ocorrências criminais;
• Investimentos em tecnologia, em georeferenciamento e
nos sistemas de informações policiais;
• Criação de ouvidorias de polícia.
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1.1.2.3 – A gestão municipal da segurança pública
A Constituição de 1988, no âmbito da segurança
pública, confere aos municípios apenas a competência
para constituírem guardas municipais destinadas à
proteção de seus bens, serviços e instalações.
Entretanto, isso não impede que os municípios
extrapolem as ações de proteção patrimonial e adotem
atividades suplementares de prevenção à violência e à
criminalidade.
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Saiba mais:
Tipos de prevenção:
Prevenção primária: A prevenção não é percebida como
de competência exclusiva das agências de segurança
pública, mas também de famílias, escolas e sociedade
civil.
Prevenção secundária: Esse tipo de prevenção está
fundamentado na noção de risco e proteção.
Prevenção terciária: Atua quando já houve vitimização,
procurando evitar a reincidência do autor e promover a
reabilitação individual e social da vítima.
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1.2.3. Abordagem sistêmica da segurança pública

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Trata-se o Brasil como se o país fosse o único no mundo
a ter uma polícia adjetivada de militar. Desconhece-se
que na Itália ainda existem os Carabinieri, a Espanha
ainda conte com a sua Guardia Civil (que apesar da
adjetivação, é militar), a França ainda disponha da
Gendarmerie, o Chile possua uma das polícias mais
respeitadas da América Latina, os Carabineros, e a
Holanda mantenha a Rijkspolitie, todas elas
organizações militares voltadas à atividade policial
como o é a Polícia Militar brasileira.
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SISTEMA DE SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL
Identificar as características estruturais do sistema de
policiamento brasileiro;
Reconhecer os critérios de diferenciação entre as forças
policiais brasileiras e identificar as consequências da
diferenciação funcional no campo institucional policial;
Identificar propostas referentes a uma reestruturação
do campo institucional policial como alternativa para a
construção de um novo modelo do sistema policial;
Reconhecer o “papel” e a “função” das polícias
brasileiras na sociedade democrática; e Conscientizar-
se da importância de uma polícia cidadã. 22
O que seria polícia?
A ação de policiamento e a definição funcional não
permitem distinguir claramente o que é polícia.
O conceito moderno de polícia compreende três
dimensões:

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1) Caráter público.
A organização policial é uma agência pública, formada,
paga e controlada pelo governo.
2)Especialização
O policiamento é direcionado, principalmente, à
aplicação da força física.
3)Profissionalização
Preparação explícita para a realização de funções
exclusivas da atividade policial. A profissionalização
envolve recrutamento por mérito, treinamento formal,
evolução na carreira estruturada, disciplina sistemática
e trabalho em tempo integral.
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As características que definem a polícia moderna –
caráter público, especialização e profissionalização, não
se constituem em requisitos únicos para a definição de
uma força policial.
Afinal, o que define a polícia?

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Para Bayley, o termo Polícia se refere a pessoas
autorizadas por um grupo para regular as relações
interpessoais dentro deste grupo através da aplicação de
força física.(BAYLEY,2001:20).
Tal definição contém necessariamente três elementos
definidores para a existência da polícia:
1)Força física;
2)Uso interno da Força
3)Autorização coletiva

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3.1. A ESTRUTURA DO SISTEMA DE
POLICIAMENTO BRASILEIRO.
Sistema de policiamento
O Estado Nacional Brasileiro apresenta um sistema de
policiamento moderadamente descentralizado e
multiplamente descoordenado.

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SISTEMA DESCENTRALIZADO
Dentre os direitos sociais e individuais assegurados a
todos os cidadãos brasileiros pela Constituição de 1988
(*), destaca-se a preservação da ordem pública e a
defesa das pessoas e do patrimônio.

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SISTEMA MULTIPLAMENTE DESCOORDENADO
O sistema brasileiro de policiamento caracteriza-se pela
existência de forças múltiplas e descoordenadas entre si.
Um sistema é multiplamente descoordenado “quando
mais de uma força tem autoridade sobre a mesma área”
(Bayley, 2001: 71), gerando na maioria das vezes um
processo de “concorrência” e “sobreposição” entre
forças policiais distintas.

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Esse processo de “concorrência” e “sobreposição” de
poderes foi marcante na configuração das forças
policiais nos primórdios da República. Conforme
demonstrou BRETÃS no início do século XX,
transitavam pelas ruas do Rio de Janeiro policiais civis
e militares, guardas nacionais e noturnos além de
militares do exército e da armada, todos eles dotados de
autoridade sobre a população.
A disputa de autoridade policial e de atribuições se dava
também entre as polícias civil e militar, cada qual
objetivando fundar o princípio de sua autoridade sobre
a outra. O controle e a guarda de presos são ilustrativos
desse processo. 30
A multiplicidade das forças repressivas atuando no
mesmo espaço gerou inúmeros conflitos entre os
membros destas forças exigindo grande esforço por
parte da organização policial (polícias civil e militar) no
sentido de afirmar o seu monopólio do exercício
repressivo, delimitando suas fronteiras com as demais
instituições armadas, ou dotadas de poderes coercitivos
(Exército, Armada, guardas nacionais e noturnos–
polícia municipal).

31
Autoridade concorrente - No Brasil essa unidade é a
Polícia Federal criada em 1967 com poderes para lidar
com as responsabilidades que transcendem às das
unidades governamentais subordinadas, tem atuação
ampla e ativa nos estados federados não necessitando de
obter permissão local para agir. Ocorre assim, uma
sobreposição de autoridade entre a Polícia Federal e as
Polícias Civis e Militar, todas com autoridade conjunta
de ação em território comum.

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Caráter Descoordenado - Exemplo típico desta situação
está no enfrentamento e apuração dos crimes de tráfico
de drogas, que embora seja da competência da Polícia
Federal,é apurado de forma contumaz pelas polícias
estaduais, através de convênios firmados entre Estados e
a União.

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3.2 - Permanências e mudanças do sistema brasileiro de
policiamento
A estrutura do sistema de policiamento brasileiro,
multiplamente descoordenado e moderadamente
descentralizado, não se alterou ao longo do tempo.
Atualmente no Brasil há duas polícias por estado, três
polícias da União, mais uma série de Guardas
Municipais (ou civis metropolitanas).

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O campo institucional é definido por um processo de
isomorfismo entre determinadas organizações, que
compartilham mitos e fontes de legitimidade e que
tendem a adotar as mesmas “regras do jogo” devido à
intensa troca de recursos (técnicos e institucionais) que
estabelecem entre si.

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De acordo com Medeiros, o processo de isomorfismo
pode ocorrer por:
Força mimética (mimetismo): consiste na imitação
organizacional, ou seja, na adoção – intencional ou
não, de uma organização preexistente como modelo
para a criação de uma nova.
Força coercitiva: é o exercício direto – formal ou
informal – de controle de uma organização sobre outra.
Força normativa: é aquela do padrão profissional –
membros de diferentes organizações, oriundos da
mesma “profissão”, tendem a reivindicar os mesmos
direitos e rotinas.
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CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS PARA O CAMPO
INSTITUCIONAL POLICIAL:
Dificuldade na troca de pessoal entre as organizações,
visto que os policiais têm “profissões” diferentes (força
normativa);
Reforço das relações isomórficas entre a Polícia Civil e
Justiça e entre a Polícia Militar e Exército;
A estrutura militar não é vista como adequada às tarefas
civis e vice-versa;
Descentralização de comando; e pouca troca de
recursos técnicos e institucionais entre as duas polícias.
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VEJA OS MITOS INSTITUCIONAIS
RELACIONADOS ÀS POLICIAS CIVIL E MILITAR:
(…) A avaliação da polícia em geral relaciona-se à
quantidade de inquéritos realizados e de infratores
levados aos tribunais, pouco importando as ações de
prevenção, os crimes que não tenham caído nas malhas
do sistema, perdidos na imensidão das “cifras
obscuras”; e os crimes que podem vir a ocorrer.

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(…) Segurança pública e aplicação da lei penal
confundem-se com a identificação das polícias Civil e
Militar, em relação ao campo da Defesa e da Justiça.
Isso é indicativo de que ainda não está completa a
conquista democrática da separação institucional
Polícia-Justiça e Polícia-Exército.

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Polícia “de ordem” - Polícia Militar
X Polícia “de criminalidade”

40
TENDÊNCIAS

41
(…) Para Bayley, (BAYLEY, 2001:234) este tipo de
especialização das funções/atividades policiais gera
uma simplificação do trabalho policial e exige da
instituição uma obrigação política: mostrar à sociedade
sua eficácia como agente de prevenção de crimes,
comprovando que o que faz resulta num aumento de
proteção, em ausência de crimes.

42
Delineia-se assim, outra tendência bastante
expressiva na conjuntura contemporânea referente à
função da polícia numa sociedade democrática, que é o
entendimento de que o papel da polícia está
intrinsecamente relacionado com sua inserção na
sociedade como mediadora de conflitos e com a
participação e mobilização efetiva da população.
Neste sentido, a polícia não pode desprezar as
reivindicações sociais não relacionadas à lei, ou seja,
as necessidades da população geradas a partir da
estrutura socioeconômica e das relações interpessoais.
43
Conforme esclarece Bayley:
O papel da polícia em diminuir a ameaça do crime,
portanto, vem não apenas da prisão de criminosos, mas
também através da mobilização ativa da população, de
modo a atingir tanto as causas quanto os sintomas do
crime. Para fazê-lo, a polícia não pode se distanciar das
reivindicações desagregadas; de fato, precisa encarar
essas reivindicações como oportunidade de se envolver
nos processos fundamentais de interação social. Em
resumo, a polícia deve se envolver em situações não
relacionadas à lei para proporcionar uma prevenção de
crimes mais eficaz. (BAYLEY , 2001:236).
44
3.3 - POLÍCIA E CONTROLE SOCIAL: O DILEMA
ENTRE A LEI E A ORDEM

45
ÉMILE DURKHEIM
Segundo o controle social e a partir das noções de “consciência
coletiva, crime e anomia” de Durkheim, um ato é criminoso quando
este é condenado pela sociedade e fere os elementos da consciência
coletiva. Na perspectiva o monopólio estatal da violência é elemento
fundamental para o exercício do controle social, portanto,a violência
privada é vista como uma forma de rompimento do controle social.
THOMAS HOBBES
Para este pensador a violência faz parte do estado de natureza do
homem, caracterizado pela ausência da autoridade política. O “homem
é o lobo do homem”, e para evitar a “guerra de todos contra todos” é
necessário impor mecanismos de controle externos à ação humana.
Somente por meio de um Estado-Leviatãseria possível a realização
deste controle externo, que também pode ser chamado de coercitivo.

46
NORBERT ELIAS
Aponta para a necessidade da realização de um controle
interno caracterizado pelas mudanças psicológicas ocorridas
ao longo do processo civilizador. O surgimento de um tipo
específico de autocontrole, chamado “civilizado”, não pode ser
dissociado do processo de construção do Estado.
Controle social é “a capacidade de uma sociedade de se
autorregular de acordo com princípios e valores desejados”
(COSTA, 2004:38)
É preciso considerar outra linha de discussão sobre a violência
que considera o “conflito social” condição para a estruturação
social. Isso implica dizer que o conflito é algo presente em
qualquer sociedade e surge em função de elementos de
dissociação tais como ódio, inveja e necessidade.
Sociedade = conflito
47
Sob esse aspecto é importante ressaltar que a violência é
apenas uma forma de manifestação do conflito social. O
problema que surge não é o conflito, mas sim os
mecanismos sociais disponíveis para controlá-lo, já que
nem a sociedade nem o Estado podem extinguir por
completo os conflitos sociais e a violência decorrente
desses conflitos.
“A violência é apenas uma entre as diversas formas de
manifestação do conflito social”, portanto, o controle
social exercido por meio da ação repressiva do Estado é
apenas uma entre diversas outras formas de controle
social. Existe uma variedade de tipos e mecanismos de
controle social, cada um resultante de uma configuração
social específica. 48
3.3 - POLÍCIA E SISTEMA DEMOCRÁTICO: POR
UM NOVO PARADIGMA

49
(…) Segundo Marshall, a cidadania implica “um
status que em princípio repousa sobre os indivíduos e
que implica igualdade de direitos e obrigações,
liberdades e constrangimentos, poderes e
responsabilidades. Desde a antiguidade até a
modernidade, cidadania tem significado uma certa
reciprocidade de direitos e deveres entre a comunidade
política e o indivíduo.” (MARSHALL, 1973:84).

50
(…) Direitos Civis: dizem respeito aos direitos
fundamentais dos cidadãos, como a vida, a propriedade
e a igualdade perante a lei. São baseados na ideia de
liberdade individual, que, para ser garantida,
pressupões a existência de um sistema de justiça
independente, além da proteção dada pelo Estado a
esses direitos.

51
(…) Direitos Políticos: referem-se à participação de
todos, diretamente ou por meio de representantes, nas
decisões da polis. Além do voto, são direitos políticos a
possibilidade de associar-se para demandar
politicamente o livre acesso aos cargos decisórios na
arena política.

52
3.4 AS CONDIÇÕES DA LEGITIMIDADE
POLICIAL.
POLÍCIA E SOCIEDADE

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São grandes os desafios a serem enfrentados para
diminuir o distanciamento, operado ao longo de
décadas por meio de um policiamento autoritário e
repressivo, entre a polícia e a sociedade.
Entretanto, esforços no sentido de (re)definição do
papel das instituições policiais no Brasil como órgãos
públicos a serviço da comunidade, já podem ser
observadas em ações práticas.

54
1.2.4. CONCEITOS DE CIRCUNSCRIÇÃO,
REGIÃO E ÁREA DE ABRANGÊNCIA DE OUTRAS
INSTITUIÇÕES;

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MÓDULO 2 – GESTÃO INTEGRADA E
COMUNITÁRIA

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2.1. Polícia Comunitária
2.1.1. Breve histórico da polícia comunitária;
2.1.2. A polícia comunitária como filosofia de um
trabalho integrado;
2.2. Policiamento Comunitário
2.2.1. A comunidade como “Locus Privilegiado”;
2.2.2. As redes sociais com foco nas ações comunitárias;
2.3. Mobilização Comunitária
2.3.1. Fundamentos e princípios da gestão integrada e
comunitária;
2.3.2. Mecanismos do Estado que favorecem a
implantação da gestão integrada e comunitária no
âmbito da segurança pública;
57
2.3.3. Policiamento orientado por problema;
(…) As estratégias de policiamento ou de prestação de
serviço, que funcionaram no passado, não são mais
eficazes. A meta pretendida, um aumento na sensação
de segurança e bem-estar, não foi alcançada. A
sociedade e o cidadão estão mais exigentes.

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2.1. POLÍCIA COMUNITÁRIA
Polícia comunitária é uma filosofia e uma estratégia
organizacional que proporciona uma parceria entre a
população e a polícia, baseada na premissa de que tanto
a polícia quanto a comunidade devem trabalhar juntas
para identificar, priorizar e resolver problemas
contemporâneos,como crimes, drogas, medos, desordens
físicas, morais e até mesmo a decadência dos bairros,
com o objetivo de melhorar a qualidade geral de vida na
área. O policiamento comunitário baseia-se na crença de
que os problemas sociais terão soluções cada vez mais
efetivas, na medida em que haja a participação de todos
na sua identificação, análise e discussão.
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2.1.1. BREVE HISTÓRICO DA POLÍCIA
COMUNITÁRIA
SURGIMENTO DO POLICIAMENTO COMUNITÁRIO

60
O policiamento comunitário surgiu da necessidade de uma
aproximação entre a polícia e a comunidade e “cresceu a
partir da concepção de que a polícia poderia responder de
modo sensível e apropriado aos cidadãos e às comunidades”
(SKOLNICK, 2003:57). Esse pensamento surgiu entre 1914 e
1919, em Nova Iorque, com o objetivo de mostrar às camadas
mais baixas do policiamento “uma percepção de importância
social, da dignidade e do valor do trabalho do policial
(SKOLNICK, 2003). O pensamento inicial era o de que um
público esclarecido beneficia a polícia de duas maneiras: se o
público entendesse a complexidade do trabalho policial
passaria a respeitá-lo e se entendesse as dificuldades e o
significado dos deveres do policial, ele poderia promover
61
recompensas pelo desempenho policial consciente e eficaz.
2.1.2. A POLÍCIA COMUNITÁRIA COMO FILOSOFIA
DE UM TRABALHO INTEGRADO;
CONCEITO DE POLÍCIA COMUNITÁRIA

62
“Polícia Comunitária é uma filosofia e uma estratégia
organizacional que proporciona uma nova parceria entre a
população e a polícia. Tal parceria se baseia na premissa de
que tanto a polícia quanto a comunidade devem trabalhar
juntas para identificar, priorizar e resolver problemas
contemporâneos tais como crime, drogas, medo do crime,
desordens físicas e morais, e em geral a decadência do bairro,
com o objetivo de melhorar a qualidade geral de vida da
área.” (TROJANOWICZ; BUCQUEROUX, 1994, p. 4-5,
grifo nosso)
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Filosofia - Pode ser definida como o estudo geral sobre
a natureza das coisas e suas relações entre si, ou ainda,
como uma forma de compreender e pensar sobre
determinado assunto. (Brasil, 2017)

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Estratégia - É a arte de usar os meios disponíveis ou as
condições que se apresentam para atingir determinados
objetivos – ou, também, a forma de fazer e de utilizar
recursos para atingir certa finalidade.

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Parceria - É a reunião de uma ou mais pessoas para um
fim de interesse comum ou ação de mais de um ator para
alcançar um objetivo comum a todos os atores sociais.

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Qualidade de vida - Conjunto de condições ou
situações que delineiam o viver e o conviver do cidadão
na comunidade.
Observe que o conceito se encerra reafirmando a lógica
comunitária, quando fala do objetivo de melhorar a
qualidade de vida geral da área. Isto é, atender às
peculiaridades do espaço territorial específico de uma
dada comunidade.

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Assim, a Polícia Comunitária sai de um modelo fixo-
societário (delineado para atender toda uma sociedade,
como se essa fosse homogênea), para assumir um modelo
customizado (descentralizado/personalizado) às
demandas e aos anseios de cada comunidade em
particular.

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Dentro dessa perspectiva dialética* de construção do
conhecimento, é necessária a apresentação de um novo
conceito que agrega uma compreensão síntese da nossa
discussão:
Polícia Comunitária é a cultura de união entre
comunidade e polícia, objetivando o desenvolvimento de
ações eficientes para a redução de fatores ofensivos à
segurança pública. (Brasil, 2017)

69
Na prática, Polícia Comunitária (como filosofia de
trabalho) difere do policiamento comunitário (ação de
policiar junto à comunidade). Polícia Comunitária deve
ser interpretada como:

70
Filosofia organizacional, indistinta a todos os órgãos de
polícia, pertinente às ações efetivas com a comunidade.
A ideia central da Polícia Comunitária é propiciar uma
aproximação dos profissionais de segurança junto à
comunidade onde atua, como um médico, um advogado
local ou um comerciante da esquina, ou seja, criar
condições para que a polícia possa ser vista não apenas
como um número de telefone ou uma instalação física
referencial. Para isto é isto necessário um amplo trabalho
sistemático, planejado e detalhado.
71
A POLÍCIA E A MOBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE
No âmbito da Polícia Comunitária a mobilização não é
tarefa fácil, pois exigirá que polícia e comunidade possam
trabalhar integradas.

72
A participação social no âmbito da segurança pública.
Conforme analisa Souza Neto (2008), a Constituição
Federal de 1988, ao abordar a segurança pública como
“direito e responsabilidade de todos”, institui o
fundamento jurídico dos arranjos institucionais que
admitem a participação social na concepção e no controle
da gestão das políticas públicas nessa área.

73
Os conselhos comunitários de segurança pública

74
O policiamento comunitário

75
1ª característica: relação de confiança: O policiamento
comunitário só ocorre onde há uma relação de
proximidade e confiança recíproca entre polícia e
população. Isso permite a realização de um trabalho
conjunto no qual ambos compartilham as tarefas e
responsabilidades. Em locais onde essa relação encontra-
se deteriorada ou não existe, o primeiro esforço deve ser
para desenvolver estratégias que favoreçam a
aproximação e a confiança entre ambos.

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2ª característica: descentralização da atividade policial:
Para que o policial contribua para o bem-estar da
comunidade, é necessário que ele esteja integrado às
pessoas que nela vivem, conheça o seu cotidiano e tenha
alguma autonomia para tomar iniciativas nas atividades
de segurança local. Essa interação com a comunidade
permite que o policial conheça as lideranças locais e
levante informações fundamentais para o seu trabalho.

77
3ª característica: ênfase nos serviços não emergenciais: No
policiamento comunitário, as atividades são orientadas,
prioritariamente, para a prevenção do crime e resolução de
conflitos na sua origem, tendo como base a comunidade.
Através do trabalho preventivo, tanto a comunidade assume
um papel mais ativo em relação à segurança como a polícia
assume funções que não se limitam apenas à repressão ou
aos atendimentos emergenciais. O trabalho preventivo é
fundamental, porque, quando bem realizado, suas ações
possuem grande poder para minimizar ou, até mesmo, evitar
que problemas se desdobrem em situações mais complexas e
de maior perigo. Isso, consequentemente, diminui, inclusive,
a demanda da polícia por atendimentos emergenciais.
78
4ª característica: ação integrada entre diferentes órgãos e
atores: No policiamento comunitário, as ações não são
realizadas apenas pela polícia. [...] Além da participação da
comunidade é necessário também buscar a colaboração de
outros representantes públicos, como prefeitura, hospitais,
escolas, concessionárias de energia e saneamento, Ministério
Público, Ouvidorias de Polícia, entre outros. Essa
coordenação de diversas instituições é fundamental, porque
muitos problemas de segurança exigem providências que não
dizem respeito apenas à polícia, mas também a outros serviços
públicos. O resultado desse esforço conjunto acaba sendo um
novo olhar e uma nova atitude diante dos problemas de
segurança e do próprio trabalho policial. (NÚCLEO DE
ESTUDOS DA VIOLÊNCIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO 79
PAULO, 2009, p. 15 - 16) .
2.2. POLICIAMENTO COMUNITÁRIO
O policiamento comunitário e suas atribuições dentro da
sociedade.
O policiamento militar comunitário surgiu nos anos 70,
no Canadá e em Londres, com a proposta de fazer com
que toda a população participasse das políticas de
segurança pública da comunidade. Esse projeto chegou ao
Brasil tendo como princípios, políticas de prevenção e
integração entre os órgãos policiais e os cidadãos.

80
2.2.1. A COMUNIDADE COMO “LOCUS
PRIVILEGIADO”;

81
CONHECENDO O LOCUS. O MAPEAMENTO
SOCIAL

82
2.2.2. As redes sociais com foco nas ações
comunitárias;
Animação de redes sociais
As redes sociais

83
As redes sociais em movimento

84
2. 3. MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA
Em meio a uma comunidade verificam-se dois termos de
importância fundamental para que a sociedade venha
atingir os seus objetivos em prol da ordem pública e de
uma convivência pacífica entre os seres humanos: a
comunidade geográfica e a comunidade de interesse.
Esses conceitos se confundiam no passado quando ambas
as comunidades se misturavam para abranger a mesma
população.

85
2.3.1 FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DA GESTÃO
INTEGRADA E COMUNITÁRIA;
GESTÃO PELA QUALIDADE NA SEGURANÇA
PÚBLICA.

86
- Nível Institucional – Responsável pela formulação de
estratégias e metas anuais para a instituição ou empresa;
- Nível Tático – Responsável por desdobrar estas metas
em diretrizes e normas; e
- Nível Operacional – Responsável por atingir as metas.
Observe o diagrama a seguir para compreender melhor:

87
88
As características das quatro estratégias de
Policiamento

89
Os conselhos comunitários de segurança pública

90
91
92
O Ciclo PDCA
Entendendo a sigla: o nome PDCA é composto pelas
primeiras letras dos verbos em inglês Plan (que
significa planejar), Do (que significa fazer, executar),
Check (que significa checar, conferir) e Act - Action
(que significa agir, no caso, agir corretivamente).
Esses verbos são a sequência do método PDCA.

93
Plan – Planejamento

Do – Execução

Check – Controle

Action - Atuação Corretiva ou Ajuste

94
95
2.3.2. MECANISMOS DO ESTADO QUE
FAVORECEM A IMPLANTAÇÃO DA GESTÃO
INTEGRADA E COMUNITÁRIA NO ÂMBITO DA
SEGURANÇA PÚBLICA;

96
OS 10 PRINCÍPIOS DA POLÍCIA COMUNITÁRIA
Para uma implantação do sistema de Polícia
Comunitária e necessário que todos na instituição
conheçam os seus princípios, praticando-os
permanentemente e com total honestidade de
propósitos. São eles:
1) Filosofia e Estratégia Organizacional – A base
desta filosofia e a comunidade. Para direcionar seus
esforços, a policia deve buscar, junto as comunidades,
os anseios e as preocupações das mesmas, a fim de
traduzi-los em procedimentos de segurança;

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2) Comprometimento da Organização com a
concessão de poder à Comunidade - Dentro da
comunidade, os cidadãos devem participar, como
plenos parceiros da policia, dos direitos e das
responsabilidades envolvidas na identificação,
priorização e solução dos problemas;

98
3) Policiamento Descentralizado e Personalizado –
E necessário um policial plenamente envolvido com a
comunidade, conhecido pela mesma e conhecedor de
suas realidades;

99
4) Resolução Preventiva de Problemas a curto e a
longo prazos – A ideia e que o policial não seja
acionado pelo rádio, mas que se antecipe a
ocorrência. Com isso, o numero de chamadas do
COPOM deve diminuir;

100
5) Ética, Legalidade, Responsabilidade e Confiança
– O policiamento comunitário implica num novo
contrato entre a polícia e os cidadãos aos quais ela
atende, com base no respeito a ética policial, da
legalidade dos procedimentos, da responsabilidade e
da confiança mutua que devem existir;

101
6) Extensão do Mandato Policial – Cada policial
passa a atuar como um chefe de policia local, com
autonomia e liberdade para tomar iniciativa, dentro
de parâmetros rígidos e responsabilidade. O
propósito, para que o policial comunitário possua o
poder, e perguntar-se:
- Isto está correto para a comunidade?
- Isto está correto para a segurança da minha região?

- Isto é ético e legal?


- Isto é algo que estou disposto a me responsabilizar?
- Isto é condizente com os valores da Corporação?
Se a resposta for SIM a todas essas perguntas, não
peça permissão. Faça-o! 102
7) Ajuda às pessoas com Necessidades Específicas –
Valorizar a vida de pessoas mais vulneráveis: jovens,
idosos, minorias, pobres, deficientes, sem teto, etc.
Isso deve ser um compromisso do policial
comunitário;

103
8) Criatividade e Apoio Básico – Ter confiança nas
pessoas que estao na linha de frente da atuação
policial, confiar no seu discernimento, sabedoria,
experiencia e, sobretudo,na formação que recebeu.
Isso propiciara abordagens mais criativas para os
problemas contemporâneos da comunidade;

104
9) Mudança interna – O policiamento comunitário
exige uma abordagem plenamente integrada,
envolvendo toda a organização. E fundamental a
reciclagem de seus cursos e respectivos currículos,
bem como de todos os seus quadros de pessoal. E uma
mudança que se projeta para 10 ou 15 anos; e

105
IMPLANTAÇÃO DO MODELO DE POLICIA
COMUNITÁRIA – TAREFAS BÁSICAS
Antes de analisar as tarefas básicas necessárias para
implantação do modelo de Policia Comunitária e importante
refletir sobre o que e destacado por SILVA:
A cultura brasileira ressente 9) Mudança interna – O
policiamento comunitário exige uma abordagem plenamente
integrada, envolvendo toda a organização. E fundamental a
reciclagem de seus cursos e respectivos currículos, bem como de
todos os seus quadros de pessoal. E uma mudança que se projeta
para 10 ou 15 anos; e do espirito comunitário. Somos
individualistas e paternalistas, o que dificulta qualquer esforço
de participação da comunidade na solução de problemas. No
caso da Segurança Pública, bem essencial a todos os cidadãos,
esperar do Poder Publico todas as providências para obtê-la e
atitude que só tem contribuído para agravar o problema, pois e
preciso situar os limites da atuação governamental.
106
(...) Se admitirmos como verdadeira a premissa de
que a participação do cidadão na sua própria
segurança aumenta a segurança do mesmo e
contribui para diminuir o medo do crime.

107
(...) Compete ao Poder Publico (Federal, Estadual e
Municipal) incentivar e promover os modos de esta
articulação se fazer de forma produtiva, posto que,
agindo autonomamente, essas comunidades poderão
sucumbir a tentação de querer substituir o Estado no
uso da forca, acarretando o surgimento de grupos de
justiçamentos clandestinos e a proliferação de
calunia, da difamação e da delação. (SILVA, 1990, p.
17)

108
Os princípios da Polícia Comunitária chamam a
atenção para a integração e a participação de cada
uma das partes envolvidas, por isso, as tarefas para a
sua implantação devem ser de responsabilidade de
todos, mesmo que para cada grupo caibam atividades
específicas como você estudara a seguir. Observe que,
além de mudanças organizacionais, implantação de
um modelo de Policia Comunitária exigira também
mudanças comportamentais que, como destacou Silva
(1990), estão atreladas a mudanças culturais.

109
Mudanças organizacionais + Mudanças
comportamentais = Implantação da Polícia
Comunitária
As principais tarefas na implantação do modelo de
Polícia Comunitária são divididas em 3 grupos:
- Organizacional;
- Comunitária; e
- Policiais.

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Mudanças organizacionais + Mudanças
comportamentais = Implantação da Polícia
Comunitária
As principais tarefas na implantação do modelo de
Polícia Comunitária são divididas em 3 grupos:
- Organizacional;
- Comunitária; e
- Policiais.

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As principais tarefas na implantação do modelo de
Polícia Comunitária são divididas em 3 grupos:-
Organizacional; - Comunitária; e - Policiais.

112
Quanto a comunidade:

113
- A Polícia Comunitária transfere o poder a comunidade para
auxiliar o planejamento com o objetivo de melhorar a qualidade
de vida e as acoes policiais;
- A Polícia Comunitária requer que a comunidade forneça
insumos para as gestões que afetam a sua finalidade de vida;
- A comunidade, com poder, compartilha a
responsabilidade de melhorar;
- O senso de parceria com a polícia e criado e
fortalecido; e
- Uma comunidade com mais poder, trabalhando em conjunto
com uma policia com mais poder, resulta numa situação em que
o todo e maior do que a soma das partes.
Quanto aos policiais
- Permitir ao policial “resolver” os problemas, em
vez de simplesmente se “desvencilhar” deles;
- Dar o poder de analisar os problemas e arquitetar
soluções, delegando responsabilidade e autoridade reais;
- Os recursos da instituição devem ter como foco
de atenção auxiliar este policial; e
- Os executivos de polícia devem entender que seu papel e
dar assistência aos policiais na resolução de problemas.
A mudança comportamental tanto da polícia quanto da comunidade
tende a criar bons frutos, porque aproxima lados que vivem, de certa
forma longe, mas que se encontram nos momentos de ocorrências.
Também cria condições para que aumente a sensação de segurança que tanto
anseia a população. Por outro lado, o policial verifica que seu trabalho se torna mais
sólido no que diz respeito a prevenção e tem sua satisfação profissional elevada.
A polícia não deixa de realizar o seu trabalho rotineiro, mas
com as medidas de Polícia Comunitária consegue reduzir a
médio e longo prazo, os índices de atendimento de urgência.
O trabalho de Polícia Comunitária deve:
- Ser apartidário e apolítico;
- Envolver a Polícia Militar direcionando a prevenção e,
quando necessário, a intensificação do ostensivo;
- Envolver a Polícia Civil para aproximação e familiarização com a comunidade,
esclarecendo questões pertinentes ao bom atendimento do cidadão no Distrito
Policial, bem como dar o caráter social e preventivo a investigação criminal;
- Sensibilizar e manter contatos com as autoridades de vários
organismos públicos para a garantia do desenvolvimento do
projeto;
- Ser desvinculado de qualquer interesse particular,
religioso e ideológico;
- Ter objetivos claros e definidos, sempre
prestando contas a comunidade;
- Ser voltado a reeducação da comunidade;
- Evitar confrontos, mostrando sempre o lado
educativo em qualquer situação;
- Estar sempre preocupado com a integridade física e moral
dos participantes; - Esquematizar formas de proteção aos
participantes do projeto;
- Providenciar apoio as autoridades competentes, a
qualquer indicio de exposicao de um dos participantes;
- Ser desenvolvido priorizando o respeito a
dignidade humana;
- Priorizar os mais carentes e necessitados; e
- Ser flexível e constantemente reavaliado.
• Filosofia e Estrategia Organizacional,
1)Comprometimento da Organização com a
concessão de poder a Comunidade,
2) Policiamento Descentralizado e Personalizado,
3) Resolução Preventiva de Problemas a curto e a
longo prazo,
4) Ética,
5) Legalidade,
6) Responsabilidade e Confiança,
7) Extensão do Mandato Policial,
8) Ajuda as pessoas com Necessidades Especificas,
8)Criatividade e Apoio Básico,
9) Mudança interna,
10) Construção do Futuro, são os 10 princípios que
orientam a filosofia e a implantação da Polícia Comunitária.
• As tarefas para implantação da Policia Comunitária devem ser de responsabilidade de todos ,
mesmo que para cada grupo caibam atividades específicas. Observe que além de mudanças
organizacionais, a implantação de um modelo de Polícia Comunitária exigira também mudanças
comportamentais que, como destacou Silva (1990), estão atreladas a mudanças culturais.
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Janildo da Silva Arante
2º Sgt PM 2000.0248
Matrícula: 163.916-1
WhatsApp: +55 84 99429166
E-mail: ajanildo@gmail.com
Site: https://professorjanildoarantes.blogspot.com/

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