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1 - CONCEITOS INICIAIS
POLÍTICA
POLÍTICAS PÚBLICAS
GOVERNO
SEGURANÇA
SISTEMA
REGIÃO
ABRANGÊNCIA
BRASIL
FRANÇA
INGLATERRA
“Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da
República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais
e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”
Agora, comparem com o que dispõe o caput do art. 144. Capítulo III – Da
Segurança Pública.
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I - polícia federal;
IV - polícias civis;
Entre 1980 e 2000, a taxa de homicídios do Brasil passou de 11,4 para 27,8
ocorrências por 100 mil habitantes. Concomitantemente, houve um crescimento
da sensação de insegurança, de modo que o crime passou a figurar como uma das
principais preocupações dos cidadãos brasileiros, ao lado do de- semprego. Somado
a isso, a população responsabiliza todos os entes federativos pelo problema, e
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não apenas o governo estadual, detentor das polícias civil e militar (KAHN e
ZANETIC, 2009).
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Alberto Afonso Landa Camargo é Coronel da reserva remunerada da Brigada Militar do Rio Grande
do Sul, Professor graduado em Letras e em Filosofia, escritor com vários trabalhos publicados, e
pesquisa
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Vê-se a polícia como uma instituição destoante da realidade, uma polícia violenta
em uma sociedade que não é violenta, uma polícia corrupta em uma sociedade que
não é corrupta, uma polícia despreparada em uma sociedade cujo preparo é
exemplo para o mundo. Queres uma polícia educada e prestativa como se ela não
fizesse parte da mesma sociedade que nada tem de educada e de prestativa.
O fato é que não existem fórmulas prontas para que se tenha no Brasil uma
polícia que atenda os reclamos da sociedade. Aliás, mesmo nas sociedades mais
desenvolvidas temos visto que polícia nenhuma os atende na totalidade.
Esta idealização, a crença de que uma polícia deve ser capaz de resolver
tudo sem, em algum momento, usar a violência e que deva ser imune a erros e a
desvios de conduta, tem feito com que proliferem fórmulas que, sem qualquer
estudo, são apresentadas como milagrosas para que se crie uma polícia ideal.
que importa é a sua destinação. Se ela, apesar de a adjetivação militar não for
destinada ou empregada nas atividades que pressuponham combates e tratos com
pessoas vistas como inimigas, mas preparada e empregada efetivamente como
polícia e voltada ao bem das comunidades, pouco importa que a sua estrutura seja
militar ou civil. Chega-se a tal contradição que, ao mesmo tempo em que se invoca a
necessidade de desmilitarização das polícias, clama-se pelo emprego das forças
armadas, que são militares por excelência.
A formação dos seus efetivos e a visão de que a sociedade deve sempre ser
vista como amiga, mesmo naqueles casos em que precisam ser coibidos crimes ou
simples desvios de conduta, é que vão determinar a sua maior ou menor eficiência e
não a mera adjetivação que unicamente define a sua estrutura como corpo.
Trata-se o Brasil como se o país fosse o único no mundo a ter uma polícia
adjetivada de militar. Desconhece-se que na Itália ainda existem os Carabinieri, a
Espanha ainda conte com a sua Guardia Civil (que apesar da adjetivação, é militar),
a França ainda disponha da Gendarmerie, o Chile possua uma das polícias mais
respeitadas da América Latina, os Carabineros, e a Holanda mantenha a
Rijkspolitie, todas elas organizações militares voltadas à atividade policial como o é
a Polícia Militar brasileira.
Não obstante, pouco tem sido feito, no âmbito político, para que se tornasse
tangível uma efetiva reforma dessas instituições, tendo como preâmbulo pesquisas
e conhecimentos provenientes tanto da maior participação coletiva na formulação,
implantação e acompanhamento de políticas públicas, quanto da disponibilidade
sem precedentes de pesquisadores aptos a discutir com o universo da política e das
instituições criminais as alternativas de reforma, dentro de um contexto de aumento
do quantum de cidadania e participação democrática.
lentidão e alheamento das autoridades judiciárias são faces terríveis que apontam
para uma crise de longa data em nosso sistema criminal.
6 - O PODER DE POLÍCIA
VISÃO GERAL
Sigla DPF
ESTRUTURA JURÍDICA
ESTRUTURA OPERACIONAL