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CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º - Esta Lei institui normas gerais para as guardas municipais, disciplinando
o
o § 8 do art. 144 da Constituição Federal.
Comentário:
Esta nova Lei destina para o município uma Instituição de Segurança Pública (há
de se compreender que está no bojo do Cap. III, Art. 144 da Constituição Federal) com
as seguintes características:
Comentário:
DOS PRINCÍPIOS
Comentário:
III - Passa a ter a função de patrulhamento que antes não possuía, recebendo
mobilidade, ou seja, enquanto antes não possuía, pois estava circunscrita a um “raio de
fazer” restrito, agora teve ampliada a sua atuação às vias públicas do município e
até de municípios em áreas cornubadas, por convênio.
Compromisso = Obrigação
V - As GCM passam a deter um mandato de uso da força, nos padrões
internacionais insculpidos nos parâmetros do Código de Conduta dos
Encarregados de aplicação da Lei (Res 34/169 – ONU – 17/12/1979). O uso
progressivo da força subentende uma gradação entre os mais diversos mecanismos de
força legal autorizada pela Lei. No intervalo entre o uso de algemas, inclusive regulado
por meio da Súmula Vinculante nº 11, do STF, e da arma de fogo, ganha espaço as
chamadas tecnologias não letais, a exemplo das pistolas elétricas e dos agentes
químicos, os quais necessitam de continuado treinamento, visando impedir excessos ou
uso inadequado.
CAPÍTULO III
DAS COMPETÉNCIAS
Comentário:
Ele amplia o espectro do que se considera bem público municipal, indo além do
que antes era restrito aos bens patrimoniais do município. A intenção é fazer expandir
o ambiente físico para a atuação das Guardas Civis Municipais que ganham “status” de
Instituição.
Comentários:
XII – Endereça a atuação conjunta das GCM com os demais orgãos que exercem
o poder de polícia nas posturas e ordenamento urbano, dando a compreensão de que
tambémas GCM deverão atuar preventiva / repressivamente para garantir a
salubrização do espaço público.
XIV – Formaliza a ação operacional das GCM diante das infrações penais
flagranciais,dispensando/substituindo qualquer participação dos policiais
militares nesses eventos, exceto a atuação da perícia técnica por parte da polícia
judiciária.
CAPÍTULO IV
DA CRIAÇÃO
Comentário:
Este modelo é uma réplica do que historicamente está sendo resgatado quando
em 10 de outubro de 1831, o Regente Padre Antônio Diogo Feijó deu o passo iniclial
para a criação das Guardas Municipais, mostrando, desde aquele tempo, que a vocação
para a prestação da segurança pública é local.
I - 0,4% (quatro décimos por cento) da população, em Municípios com até 50.000
(cinquenta mil) habitantes;
III - 0,2% (dois décimos por cento) da população, em Municípios com mais de
500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não seja inferior ao disposto
no inciso II.
Comentário:
Comentário:
CAPÍTULO V
Art. 10º - São requisitos básicos para investidura em cargo público na guarda
municipal:
I - nacionalidade brasileira;
Comentário:
CAPÍTULO VI
DA CAPACITAÇÃO
Art. 11º - O exercício das atribuições dos cargos da guarda municipal requer
capacitação específica, com matriz curricular compatível com suas atividades.
Parágrafo único: Para fins do disposto no caput, poderá ser adaptada a matriz
curricular nacional para formação em segurança pública, elaborada pela
Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.
Comentário:
Comentário:
CAPÍTULO VII
DO CONTROLE
Art. 13º - O funcionamento das guardas municipais será acompanhado por órgãos
próprios, permanentes, autônomos e com atribuições de fiscalização, investigação e
auditoria, mediante:
Comentário:
Note-se que tal previsão não encontra precedentes nas Corregedorias e nas
Ouvidorias integrantes dos demais Órgãos elencados no artigo 144 da
CFRB/1988.
Art. 14. Para efeito do disposto no inciso I do caput do art. 13, a guarda municipal
terácódigo de conduta próprio, conforme dispuser lei municipal.
Comentário:
CAPÍTULO VIII
DAS PRERROGATIVAS
Art. 15º - Os cargos em comissão das guardas municipais deverão ser providos
por membros efetivos do quadro de carreira do órgão ou entidade.
Comentário:
O Município deve adotar uma Lei orgânica municipal para a Guarda Civil que
regule seus cargos e carreira, garantindo aos seus integrantes progressão funcional em
todos os níveis.
A Lei também deve estabelecer um percentual mínimo para o sexo feminino para
ocupação dos cargos em todos os níveis da carreira da Guarda Municipal. É uma
política afirmativa que envolve o gênero feminino, porém a definição do
percentual mínimo não é estabelecida no Estatuto Nacional da Guarda, ficando a
cargo do município esta definição.
Comentário:
- restrição médica;
- decisão judicial, e
Comentário:
Comentário:
Embora a Lei não tenha incluído as GCM como parte dos órgãos operadores da
segurança pública, dentro do que prevê a CF/88, torna-se evidente a elevação do atual
“status”, pois que seus Integrantes passam a ter o direito de em caso de prisão que não
seja de condenação definitiva, usufruir do privilégio de permanecer isolado dos demais
presos, em cela seletiva. É um tipo de prisão especial. Na prática, em razão da
ausência de estruturas funcionais próprias, sobretudo das instituições
municipais menores, certamente deverão ser utilizadas as dependências das
polícias, tanto civil, quanto militar. Isso poderá ocorrer mediante determinação
judicial, ou mesmo o estabelecimento de convênio para tal fim.
CAPÍTULO IX
DAS VEDAÇÕES
Comentário:
Veda toda e qualquer isonomia da Instituição que tem natureza civil com a
estrutura de honrarias militares, em uso, não permitindo sequer o uso de distintivos
militares (por exemplo, de cursos) pelos Integrantes das GCM. Fica claro, mais uma
vez neste dispositivo, o desejo do legislador em afastar por completo as novas
estruturas de segurança pública municipais em relação ao modelo militar
estadual, o qual ainda possui as maiores atribuições no campo da ordem pública
e da segurança pública em geral no país. Por isso, a proibição de uso de quaisquer
designativos militares, inclusive nos uniformes.
CAPÍTULO X
DA REPRESENTATIVIDADE
Comentário:
CAPÍTULO XI
Comentário:
Como Instituição de natureza civil as GCM não poderão utilizar fardas, cujo
designativo serve para as Forças Militares e Auxiliares. Entretanto, nota-se a expertise
do Legislador em propor um padrão nacional à equipagem das Instituições municipais,
além de sugestionar a preferência e não obrigatoriedade da cor azul-marinho, para
servir de cor tipo padrão, visando aumentar e padronizar nacionalmente a natureza
ostensiva dessas Instituições.
Art. 22. Aplica-se esta Lei a todas as guardas municipais existentes na data de
sua publicação, a cujas disposições devem adaptar-se no prazo de 2 (dois) anos.
Comentário:
Comentário:
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Miriam Belchior
Gilberto Magalhães Occhi