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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

Nome: Marco Antonio Sthel Paes

Matrícula: 20213150067

Polo: Campo Grande

Data: 26/02/2023

Disciplina: A noção de comunidade e modelos de polícia

AD1 2023.1

Faça uma resenha de cada uma das aulas vistas até agora (1, 2 e 3) com mínimo de 10 e
máximo de 20 linhas (por aula).

AULA 01

A Constituição Brasileira foi promulgada há 32 anos e, ainda hoje, o Estado brasileiro


encontra dificuldades em garantir os direitos fundamentais previstos e que são a base
para que os brasileiros tenham uma vida digna. Conforme o artigo 5º da Constituição e
seus incisos, os direitos individuais e coletivos são os direitos ligados ao conceito de
pessoa humana e à sua personalidade, tais como à vida, à igualdade, à dignidade, à
segurança, à honra, à liberdade e à propriedade. Atualmente, as políticas públicas
existentes, que deveriam colocar em prática a efetivação das garantias fundamentais,
no geral, não têm dado conta da complexidade da nossa sociedade. Vivemos uma
intensa desigualdade social e crescente violência que permeia todas as camadas da
sociedade. Tais fenômenos se impõem como obstáculo a consolidação da cidadania,
que tem como um dos pilares a segurança pública como direito.

Nos países economicamente mais desenvolvidos, a adoção do policiamento comunitário


decorreu da constatação de que os modelos de policiamento em vigência não eram
mais eficazes diante dos novos padrões de violência urbana que emergiram no fim dos
anos 1960 e meados dos anos 1970. Ao longo desse período, cresceram, em muitos
desses países, tanto diferentes formas de violência criminal como também
manifestações coletivas (pacíficas ou não) por melhor acesso a direitos. O
desempenho das polícias em coibir a violência criminal ou ao conter (ou reprimir) as
manifestações coletivas adquiriu grande visibilidade e saliência, resultando em mui-
tas críticas. Em decorrência disso, houve, em vários países, forte deterioração da
imagem das forças policiais junto à população.

AULA 02

A concepção de um regime democrático presume a participação igual de todos os


cidadãos na formação de uma vontade democrática e soberana do povo. As polícias
foram configuradas na defesa das capitanias hereditárias e das terras dos que
detinham poder econômico. Vê-se, portanto, que, originalmente, as forças policiais
serviam, principalmente, como instrumento de manutenção de poder dos governantes e
das classes dominantes e não carregava em sua concepção a função de proteger o
povo. Por outro lado, o contexto contemporâneo democrático, do ponto de vista
teórico, não deixa espaço para uma de polícia seletiva, que tenha como conceito de
atuação a proteção de interesses privativos e a manutenção de poder. O que se busca é
um modelo de polícia que defenda o cidadão e que garanta os seus direitos
elementares, uma polícia que atue como instrumento para garantir a democracia, a
dignidade e os direitos fundamentais, sem distinção a qualquer indivíduo.

AULA 03

A cidadania demanda participação, aproximação do cidadão das esferas


representativas de tomada de decisão. O que se espera é que a ação cívica perpasse as
instituições políticas por meio da participação da sociedade civil, tanto na formulação
quanto na execução das políticas públicas, independente da área de atuação. Nesse
processo de organização, produção e reprodução da vida (em que se distanciaram as
relações de dependência pessoal e de submissão anteriores entre senhores e servos) os
indivíduos foram constituindo-se como sujeitos responsáveis pela vida em um espaço
específico – o espaço da cidade. A formação de um problema social é, dessa forma, o
resultado de questões simbólicas que tomam forma no interior de uma sociedade que
carregue grupos com gradações diversas de poder. Dessa forma, um problema social
se difere do que é um problema sociológico. Pois o segundo é uma interrogação que o
investigador teoriza sobre os processos de interação social, acerca dos modos de
organização do sistema social e dos fenômenos que dele nascem, e não se justapõe ao
problema social.

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