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A SEGURANÇA PÚBLICA COMO OBRIGAÇÃO DO ESTADO E AÇÃO COLETIVA

1. A responsabilidade do poder público na convicção da segurança;


2. O papel de cada cidadão na efetivação da segurança;
3. A importância da polícia na execução da segurança.

Nos últimos anos, o tema segurança pública vem se tornando foco de diversas
análises e discussões no Brasil. Sendo assim, é de suma importância o debate
acerca da responsabilidade do Poder Público no contexto da segurança pública,
do papel da sociedade e da importância policial na sua efetivação e execução,
respectivamente.
Primeiramente, a Constituição Federal de 1988 (CF/88) traz a segurança pública
como um direito social, sendo dever do Estado e direito e responsabilidade de
todos na busca da ordem e incolumidade públicas. Nesse contexto, o Poder
Público exerce um papel fundamental nesse processo, uma vez que ele é o
detentor de poderes e prerrogativas na punição de indivíduos. Logo, entende-se
que, esse poder-dever, embora muitas vezes ineficiente e/ou omisso, não pode se
valer de forças complementares que atuem ativamente na segurança, como a
segurança privada, sob pena de usurpar a função estatal na coordenação e na
governança dessa política.
Além disso, ressalta-se a relevância dos cidadãos em zelar, fiscalizar, denunciar e
acompanhar as ações referentes ao interesse público, sobretudo, à segurança
pública, prestando atenção tanto na vítima quanto no agente criminoso, já que,
como direito de terceira geração, a solidariedade deixa claro o papel primordial
que a sociedade exerce na concretização satisfatória da paz social. Ademais, faz-
se necessária a colaboração de cada indivíduo com a polícia na prevenção da
criminalidade e o fortalecimento dos meios de controle social da própria
comunidade.
Por derradeiro, insta salientar que a polícia, como mediadora entre as instituições
e mobilizadora social, deve estar atenta sempre à razoabilidade e à
proporcionalidade de suas ações, promovendo o autorreconhecimento de seus
agentes na condição também de cidadão, sendo capaz de atender às demandas
externas com maior dignidade, com vistas a se aproximar mais da realidade social.
Por outro lado, percebe-se que a sua preocupação reside apenas na repressão, ou
seja, no bem jurídico já lesionado - a denominada “política de remendos” -,
esquecendo-se, portanto, da prevenção.

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