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DIREITO ADMINISTRATIVO

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DIREITO L

ADMINISTRATIVO
(melhor matéria do mundo)

Prof.: Márcio do COUTO


Siga: @mrdocouto

2º Sgt QPM-1 Márcio Rodrigues do Couto


Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais
Especialista em Direito Penal
Especialista em Direito Processual Penal
Pós-Graduado em Ciências Policiais, Segurança e Ordem Pública
Pós-Graduando em Direito Administrativo

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DIREITO ADMINISTRATIVO

CONCEITOS BÁSICOS E PRINCIPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONCEITO(S) DE DIREITO ADMINISTRATIVO


1. É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os
agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e
imediatamente os fins desejados pelo Estado. (MEIRELLES, 2016)

2. É o ramo do direito público que tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas
jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade
jurídica não contenciosa (sem litigio, disputa – anotação minha) que exerce e os
bens e meios de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública.
(DI PIETRO, 2018)

3. Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que disciplina o exercício da


função administrativa, assim como pessoas e órgãos que a desempenham.
Busca identificar tal função cotejando-a com as demais funções estatais.
(MELLO, 2015)
O Direito Administrativo é utilizado nos poderes EXECUTIVO, LEGISLATIVO E NO
JUDICIÁRIO, de forma ampla e organizacional.
= // =
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRIÇÃO – Elementos que constituem o Estado
Diz Paulo Nader (2014)
POVO - Povo se forma pela simples reunião de indivíduos que habitam a mesma região
e se subordinam à soberania do Estado. [...] podem apresentar nacionalidade, religião
e ideias diferentes.
TERRITÓRIO - Nessa perspectiva, é sobre, uma dada base territorial que o Estado
exerce o seu poder e autoridade. São partes constitutivas do território o solo, subsolo,
espaço aéreo, águas internas (rios, lagos) e as águas litorâneas.
GOVERNO - É o necessário poder de autodeterminação do Estado. Expressa o poder de
livre administração interna de seus negócios. É a maior força.
Para MARINELA (, o Estado é composto de três elementos originários e indissociáveis:
POVO – que representa o componente humano.
TERRITÓRIO – que é a sua base física.

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GOVERNO SOBERANO - governo soberano, que é o elemento


condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de
autodeterminação e auto-organização, emanado do povo.
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PRINCÍPIOS BASILARES

SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO


Esse princípio está presente tanto no momento da elaboração da lei como no momento
da sua execução em concreto pela Administração Pública. Ele inspira o legislador e
vincula a autoridade administrativa em toda a sua atuação. (Di Pietro, 2018)
Existe uma VERTICALIDADE do Estado para com os administrados.
(Ex 1. Estado impõe algo, sem preocupar-se com aquilo que quer/pensa
o administrado)
(Ex 2. Troca do mês previsto para as férias do militar; troca do dia da
folga do militar)

INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO


No tocante a interesses próprios da coletividade...
O próprio órgão administrativo que os representa não tem disponibilidade sobre eles,
no sentido de que lhe incumbe apenas – o que é também um dever – [...].
Mais além, diz que “as pessoas administrativas não têm portanto disponibilidade sobre
os interesses públicos confiados à sua guarda e realização.
(Ex 1. Policial Militar não zelar pelo patrimônio que lhe foi pago em
cautela)
(Ex 2. Sargento do P4 deixar de zelar pela manutenção das viaturas
que lhe foram confiadas)

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS


Art. 37, CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E
EFICIÊNCIA
a) LEGALIDADE

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A vontade da administração pública é a que decorre da lei (fazer somente o que a lei
permite).
A administração pública não pode, por simples ato administrativo, conceder direitos
qualquer espécie, criar obrigações ou impor vedações aos administrados; para tanto,
depende de lei.
Devemos lembrar lá do Direito Constitucional [...] II- Ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
(Ex 1. Não pode a Administração Pública aplicar a sanção de multa, pelo
cometimento de uma transgressão disciplinar, pois não há previsão legal no
RDBM)
(Ex 2. A Administração Pública somente pode realizar a cobrança de taxas,
tributos, IPVA, IPTU, etc, por haver previsão legal)

b) IMPESSOALIDADE
Todo ato administrativo deve ser praticado com finalidade pública, evitando o desvio
de finalidade. A Administração Pública não pode atuar para beneficiar ou prejudicar
pessoas determinadas.
O interesse público deve nortear seu comportamento.
(Ex 1. Sou Sargento da Brigada Militar e passo a dar privilégios na escala
de serviço para determinado militar com o qual tenho amizade)
(Ex 2. Sou Sargento da Brigada Militar e durante barreira policial deixo de
fazer a fiscalização no veículo de um amigo de infância)

C) MORALIDADE – LIGADO A HONESTIDADE-PROBIDADADE


A probidade consiste no dever de o “funcionário servir a Administração com
HONESTIDADE, procedendo no exercício de suas funções, sem aproveitar os poderes
ou facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de outrem a quem favorecer”.
(Ex 1. Atuar com retidão no exercício das suas
atribuições/funções)
(Ex 2. O Sargento X exerce suas funções institucionais realizando
movimentações financeiras, logo deve atuar sempre com boa-fé,
de maneira honesta, de maneira proba)

D) PUBLICIDADE
Ampla divulgação dos atos praticados pela Administração, salvo nas hipóteses de
sigilo previsto em lei.

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É a divulgação oficial do ato para conhecimento público e início de seus efeitos externos.
Devemos lembrar aqui dos seguintes dispositivos constitucionais:

Art 5º, XXXIII, CF – informações dos órgãos públicos.


Art 5º, LX, CF – restrição da publicidade quanto à defesa de intimidade e do interesse
social (Ex.: segurança pública – Operações policiais sob segredo de justiça).
É bem verdade que, o principio da publicidade NÃO TRATA-SE DE UM PRINCIPIO
ABSOLUTO, E SIM RELATIVO:
(Ex 1. Portal da transparência, lá tenho acesso a
remuneração dos servidores)
(Ex 2. Imagine que um civil, encaminha um e-mail para
sua seção, solicitando o número de armas que existem no
quartel onde você, 2º Sargento é lotado, essa informação
não é publica, logo temos ai uma exceção ao princípio da
publicadade)

E) EFICIÊNCIA
É o atingimento de resultados para o serviço público, a perfeição do trabalho e sua
adequação técnica aos fins visados pela administração
Atinge os aspectos quantitativos e qualitativos do serviço.
Todo agente público deve realizar suas atribuições com presteza, perfeição e
rendimento funcional.
(Ex 1. Confecção de documentação operacional com todas as
informações necessárias, para consultas futuras – meta
qualitativa -
(Ex 2. Você, 1º homem da guarnição, recebe a missão de
fiscalizar, juntamente com sua guarnição, 10 bares, e ao final
do turno cumprem a missão – atingimento de uma meta quantitativa)
F) CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA
Art. 5º, LV - aos litigantes, em PROCESSO judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA, com os meios e
recursos a ela inerentes;
Nenhuma penalidade pode ser aplicada sem prévia apuração por meio de
procedimento legal, em que sejam assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes (art. 5o, LV, da Constituição). (DI PIETRO, 2018)

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(Ex 1. O Policial Militar tendo a oportunidade de dizer o contrário em


um PADM)
(Ex 2.O Policial Militar apresentando suas razões de defesa em um
Conselho de Justificação)

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS IMPLÍCITOS


A) MOTIVAÇÃO
Exige que todos os atos administrativos indiquem os fundamentos de fato e de direito
(arts. 2º, caput, e parágrafo único, VII, e 50 da Lei nº 9.784).
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade,
finalidade, MOTIVAÇÃO, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
IV – indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinaram a decisão
A motivação é regra obrigatória, dispensada em casos excepcionais (por exemplo, a
exoneração de ministros de Estado).
(Ex 1. A transferência de um militar estadual, para outra cidade, por
necessidade de serviço, deve ser motivada)
(Ex 2. O ato administrativo que aplica sanção disciplinar ao militar deve ser
motivado)

B) AUTOTUTELA
A Administração exerce o controle sobre os próprios atos, podendo anular os ilegais
e revogar os inconvenientes e inoportunos, independente de recurso ao poder judiciário
Súmula 473 do STF “
“A Administração Pública pode anular os seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo
de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.”
(Ex 1. PADM instaurado em desconformidade com a lei - ANULAÇÃO)
(Ex 2. Retirar o militar estadual da escala de serviço....(assistir aula para pegar o
exemplo!!!!!!) - REVOGAÇÃO
INSTITUTO QUEM FAZ? PALAVRAS-CHAVE
Anulação
Revogação

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C) RAZOABILIDADE / PROPORCIONALIDADE
A decisão discricionária da Administração tem que dar os fundamentos de fato e de
direito que a sustentam; tem de levar em conta os fatos constantes de expediente ou
públicos e notórios; deve ser proporcional em relação aos meios que emprega e o fim
colimado (seguindo padrões comuns da sociedade).
C.1) RAZOABILIDADE
Tal princípio proíbe a atuação do administrador de forma despropositada ou tresloucada,
quando, com a desculpa de cumprir a lei, age de forma arbitrária sem qualquer bom
senso. Trata-se do princípio da proibição de excessos.
C.2) PROPORCIONALIDADE
O princípio da proporcionalidade exige equilíbrio entre os meios de que se utiliza a
Administração e os fins que ela tem que alcançar, segundo padrões comuns da sociedade
em que se vive, analisando sempre cada caso concreto .

A Lei nº 9.784/99 – PAD no âmbito federal - veda a imposição de obrigações, restrições


e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público, traduzindo aí o núcleo da noção da proporcionalidade (art. 2º,
parágrafo único).
(Ex 1. Militar Estadual já chego atrasado 20x em sua vida
funcional)
(Ex 2. Militar Estadual chegou atrasado apenas 1x em sua vida
funcional, de forma injustificada)

D) CONTINUIDADE
O serviço público, forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais ou
necessárias à coletividade, não pode parar. Disso decorre, por exemplo, a limitação do
direito de greve (art. 37, VII, CF).
Continuidade significa ausência de interrupção, sequência, ação incessante. O
princípio da continuidade aplicado ao Direito Administrativo exige que a atividade
administrativa seja prestada de forma contínua, não comportando intervalos, não
apresentando lapsos ou falhas, sendo constante e homogênea.
(Ex 1. Ao sair uma equipe da sala de operações, outra equipe assume, sem
interrupções)
(Ex 2. Guarda ao quartel, sai um militar estadual escalado, entra outro)
(Ex 3. Você, 2º Sgt na função de Auxiliar de Serviço passa o serviço para
outro Auxiliar de serviço)

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E) SEGURANÇA JURÍDICA
Princípio que aparece de forma implícita no nosso sistema jurídico, pois é decorrente do
Estado de Direito, sendo extraído dos direitos e garantias fundamentais da constituição.
Acrescentando que tal princípio tem por escopo a estabilidade jurídica, segurança de
orientação e realização do direito.
Art 5ª, XXXVI, CF/88 - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e
a coisa julgada;
Por respeito ao princípio da segurança jurídica, não é admissível que o administrado
tenha seus direitos flutuando ao sabor de interpretações jurídicas variáveis no tempo.
(DI PIETRO, 2018)

(Ex 1. assistir aula para pegar o exemplo!!!!!!)

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PERSEVERAR, ESSE É O SEGREDO


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