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DECRETO N° 88.777/1983 - REGULAMENTO PARA


POLICIAS MILITARES E CORPOS DE BOMBEIROS
MILITARES
Este decreto regulamenta o Decreto-Lei nº 667/1969. Aprovando o regulamento para as
policias militares e corpos de bombeiros militares (R-200).

Conceituação
Apesar desta parte do Decreto ser “decoreba”, é importante entender e falar sobre os
conceitos apresentados, vamos a eles:
À Disposição
É a situação em que se encontra o policial-militar a serviço de órgão ou autoridade a que
não esteja diretamente subordinado.
Adestramento
Atividade destinada a exercitar o policial-militar, individualmente e em equipe, com o
objetivo de desenvolver a habilidade para o desempenho das tarefas para as quais já recebeu a
adequada instrução.
Agregação
Situação na qual o policial-militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica do
seu quadro, nela permanecendo sem número.
Aprestamento
Conjunto de medidas, incluindo instrução, adestramento e preparo logístico, para tornar
uma organização policial-militar pronta para emprego imediato.
Assessoramento
Ato ou efeito de estudar os assuntos pertinentes, propor soluções a cada um deles,
elaborar diretrizes, normas e outros documentos.

Comando operacional
Grau de autoridade que compreende atribuições para compor forças subordinadas,
designar missões e objetivos e exercer a direção necessária para a condução das operações
militares.
Controle
Ato ou efeito de acompanhar a execução das atividades das Polícias Militares, por forma
a não permitir desvios dos propósitos que lhe forem estabelecidos pela União, na legislação
pertinente.

Controle operacional
Grau de autoridade atribuído à Chefia do órgão responsável pela Segurança Pública para
acompanhar a execução das ações de manutenção da ordem pública pelas Polícias Militares,

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por forma a não permitir desvios do planejamento e da orientação pré-estabelecidos,


possibilitando o máximo de integração dos serviços policiais das Unidades Federativas.
Coordenação
Ato ou efeito de harmonizar as atividades e conjugar os esforços das Polícias Militares
para a consecução de suas finalidades comuns estabelecidas pela legislação, bem como de
conciliar as atividades das mesmas com as do Exército, com vistas ao desempenho de suas
missões.

Dotação
Quantidade de determinado material, cuja posse pelas Polícias Militares é autorizada pelo
Ministério do Exército, visando ao perfeito cumprimento de suas missões.
Escala hierárquica
Fixação ordenada dos postos e graduações existentes nas Policias Militares (PM).
Fiscalização
Ato ou efeito de observar, examinar e inspecionar as Polícias Militares, com vistas ao
perfeito cumprimento das disposições legais estabelecidas pela União.
Graduação
Grau hierárquico da praça.
Grave perturbação ou subversão da ordem
Corresponde a todos os tipos de ação, inclusive as decorrentes de calamidade pública, que
por sua, natureza, origem, amplitude, potencial e vulto:
➢ Superem a capacidade de condução das medidas preventivas e repressivas tomadas
pelos Governos Estaduais;
➢ Sejam de natureza tal que, a critério do Governo Federal, possam vir a comprometer
a integridade nacional, o livre funcionamento de poderes constituídos, a lei, a ordem
e a prática das instituições;
➢ Impliquem na realização de operações militares.
Hierarquia militar
Ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas
e Forças Auxiliares.
Inspeção
Ato da autoridade competente, com objetivo de verificar, para fins de controle e
coordenação, as atividades e os meios das Policias Militares.
Legislação específica
Legislação promulgada pela União, relativa às Policias Militares.
Legislação peculiar ou própria
Legislação da Unidade da Federação, pertinente à Polícia Militar.
Manutenção da ordem pública

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É o exercício dinâmico do poder de polícia, no campo da segurança pública, manifestado


por atuações predominantemente ostensivas, visando a prevenir, dissuadir, coibir ou reprimir
eventos que violem a ordem pública.
Material bélico de polícia militar
Todo o material necessário às Policias Militares para o desempenho de suas atribuições
específicas nas ações de Defesa Interna e de Defesa Territorial. Sendo compreendidos:
➢ Armamento;
➢ Munição;
➢ Material de Motomecanização;
➢ Material de Comunicações;
➢ Material de Guerra Química;
➢ Material de Engenharia de Campanha.
Ordem pública
Conjunto de regras formais, que emanam do ordenamento jurídico da Nação, tendo por
escopo regular as relações sociais de todos os níveis do interesse público estabelecendo um
clima de convivência harmoniosa e pacífica, fiscalizado pelo poder de polícia, e constituindo
uma situação ou condição que conduza ao bem comum.

Operacionalidade
Capacidade de uma organização policial-militar para cumprir as missões a que se destina.

Orientação
Ato de estabelecer para as Polícias Militares diretrizes, normas, manuais e outros
documentos, com vistas à sua destinação legal.
Orientação operacional
Conjunto de diretrizes baixadas pela Chefia do órgão responsável pela Segurança Pública
nas Unidades Federativas, visando a assegurar a coordenação do planejamento da manutenção
da ordem pública a cargo dos órgãos integrantes do Sistema de Segurança Pública.
Perturbação da ordem
Abrange todos os tipos de ação, inclusive as decorrentes de calamidade pública que, por
sua natureza, origem, amplitude e potencial possam vir a comprometer, na esfera estadual, o
exercício dos poderes constituídos, o cumprimento das leis e a manutenção da ordem pública,
ameaçando a população e propriedades públicas e privadas.
As medidas preventivas e repressivas neste caso, estão incluídas nas medidas de Defesa
Interna e são conduzidas pelos Governos Estaduais, contando ou não com o apoio do Governo
Federal.

Planejamento
Conjunto de atividades, metodicamente desenvolvidas, para esquematizar a solução de
um problema, comportando a seleção da melhor alternativa e o ordenamento contentemente
avaliado e reajustado, do emprego dos meios disponíveis para atingir os objetivos
estabelecidos.
Policiamento ostensivo

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Ação policial, exclusiva das Policias Militares em cujo emprego o homem ou a fração de
tropa engajados sejam identificados de relance, quer pela farda quer pelo equipamento, ou
viatura, objetivando a manutenção da ordem pública.
São tipos desse policiamento, a cargo das Polícias Militares ressalvadas as missões
peculiares das Forças Armadas, os seguintes:
➢ Ostensivo geral, urbano e rural;
➢ De trânsito;
➢ Florestal e de mananciais;
➢ Rodoviária e ferroviário, nas estradas estaduais;
➢ Portuário;
➢ Fluvial e lacustre;
➢ De radiopatrulha terrestre e aérea;
➢ De segurança externa dos estabelecimentos penais do Estado;
➢ Outros, fixados em legislação da Unidade Federativa, ouvido o Estado-Maior do
Exército através da Inspetoria-Geral das Polícias Militares.
Posto
Grau hierárquico do oficial.
Praças especiais
Denominação atribuída aos policiais-militares não enquadrados na escala hierárquica
como oficiais ou praças.
Precedência
Primazia para efeito de continência e sinais de respeito.
Subordinação
Ato ou efeito de uma corporação policial-militar ficar, na totalidade ou em parte,
diretamente sob o comando operacional dos Comandantes dos Exércitos ou Comandantes
Militares de Área com jurisdição na área dos Estados, Territórios e Distrito Federal e com
responsabilidade de Defesa Interna ou de Defesa Territorial.
Uniforme e farda
Tem a mesma significação.
Vinculação
Ato ou efeito de uma Corporação Policial-Militar por intermédio do comandante Geral
atender orientação e ao planejamento global de manutenção da ordem pública, emanados da
Chefia do órgão responsável pela Segurança Pública nas Unidades da Federação, com vistas a
obtenção de soluções integradas.

Visita
Ato por meio do qual a autoridade competente estabelece contatos pessoais com os
Comandos de Polícias Militares, visando a obter, por troca de ideias e informações,
uniformidade de conceitos e de ações que facilitem o perfeito cumprimento, pelas Polícias
Militares, da legislação e das normas baixadas pela União.

Controle e coordenação

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O controle e a coordenação das Polícias Militares será exercido pelo Ministério do


Exército, por intermédio dos seguintes órgãos:
➢ Estado-Maior do Exército, em todo o território nacional;
➢ Exércitos e Comandos Militares de Área - Escalões de enquadramento e preparação
da tropa.
➢ Regiões Militares - Órgãos territoriais e demais Grandes Comandos.
O controle e a coordenação das Polícias Militares abrangerão os aspectos de organização
e legislação, efetivos, disciplina, ensino e instrução, adestramento, material bélico de Polícia
Militar, entre outros assuntos.

Convocação da Polícia Militar


A Polícia Militar poderá ser convocada, total ou parcialmente, nas seguintes hipóteses:
➢ Em caso de guerra externa;
➢ Para prevenir ou reprimir grave perturbação da ordem ou ameaça de sua irrupção;
➢ Nos casos de calamidade pública;
➢ Em Estado de Emergência.
As Polícias Militares, a critério dos Exércitos e Comandos Militares de Área, participarão
de exercícios, manobras e outras atividades de instrução necessárias, sem prejudicar sua
atuação prioritária.
Os Comandantes-Gerais das Polícias Militares poderão participar dos planejamentos das
Forças Terrestres, que visem a Defesa Interna e à Defesa Territorial.

Estrutura e organização
O decreto preceitua que a criação e a localização das Polícias Militares em si, devem
atender:
➢ Ao cumprimento de suas missões normais
➢ Em consonância com os planejamentos de Defesa Interna e de Defesa Territorial
Sempre há a dependência de aprovação pelo Estado-Maior do Exército.
Os Comandantes Gerais da PM poderão realizar propostas sobre este tema, que serão
EXAMINADAS pelo Exército e ENCAMINHADAS ao Estado maior do Exército para Aprovação.

Nomeação e exoneração do comandante geral


Os atos de nomeação e exoneração do Comandante-Geral de Polícia Militar deverão ser
simultâneos.
Salvo casos especiais, a critério do Ministro do Exército, o Comandante exonerado
deverá aguardar no Comando o seu substituto efetivo.
A PM não pode ficar sem comando, logo, a exoneração de um comandante deve ser
simultânea à nomeação de outro.
O Comando das Polícias Militares será exercido, em princípio, por oficial da ativa, do
último posto, da própria Corporação.
Comandante oriundo do exército
O policial do serviço ativo do Exército, nomeado para comandar Polícia Militar ou Corpo
de Bombeiro Militar, passará à disposição do respectivo Governo do Estado, pelo prazo de
2 (dois) anos.
Por proposta do Governador, este prazo pode ser PRORROGADO por MAIS DOIS ANOS.

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Estas disposições também se aplicam ao Oficial do serviço ativo do Exército que passar à
disposição, para servir no Estado-Maior ou como instrutor das Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares.
O Decreto também traz que, o Comandante de Polícia Militar, quando Oficial do Exército,
não poderá desempenhar, ainda que cumulativamente com as funções de Comandantes, outra
função, no âmbito estadual, por prazo superior a 30 DIAS em cada período consecutivo de 10
MESES.
Em regra a função de Comandante da PM não pode ser acumulada.
Existe a “possibilidade” de acumulação de 30 dias a cada período de 10 meses.
Ainda sobre esta situação de acumulação, o decreto traz que a COLABORAÇÃO prestada
pelo Comandante de Polícia Militar a órgãos de caráter técnico não constitui impedimento,
desde que:
➢ Não se configure caso de acumulação
➢ Não prejudique o exercício normal de suas funções.
Comandantes e secretarias de segurança pública
Os Comandantes-Gerais das Polícias Militares são os responsáveis, perante os
Governadores, pela administração e emprego da Corporação.
A vinculação das Polícias Militares ao órgão responsável pela Segurança Pública confere,
perante a Chefia desse órgão, responsabilidade aos Comandantes-Gerais das Polícias Militares
quanto à orientação e ao planejamento operacionais da manutenção da ordem pública.
Nas missões de manutenção da ordem pública, decorrentes da orientação e do
planejamento do Órgão responsável pela Segurança Pública nas Unidades Federativas, são
autoridades competentes, para efeito do planejamento e execução do emprego das
Polícias Militares, os respectivos Comandantes-Gerais e, por delegação destes, os
Comandantes de Unidades e suas frações, quando for o caso.

Pessoal das polícias militares


Serão exercidos por Oficiais PM, de preferência com o Curso Superior de Polícia, os
Cargos de:
➢ Comandante-Geral da Corporação
➢ Chefe do Estado-Maior Geral
➢ Diretor
➢ Comandante
➢ Chefe de Organização Policial-Militar (OPM) de nível Diretoria, Batalhão PM ou
equivalente
Os Oficiais policiais-militares já diplomados pelos Cursos Superiores de Polícia do
Departamento de Policia Federal e de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército terão, para todos
os efeitos, o amparo legal assegurado aos que tenham concluído o curso correspondente nas
Polícias Militares.

Ingresso de oriundos das forças armadas


Poderão ingressar nos Quadros de Oficiais Policiais-Militares, caso seja conveniente à
Polícia Militar, Tenentes da Reserva não Remunerada das Forças Armadas, mediante
requerimento ao Ministro de Estado correspondente, encaminhado por intermédio da Região
Militar, Distrito Naval ou Comando Aéreo Regional.
Esta previsão refere-se aos Tenentes da Reserva não Remunerada das Forças Armadas.

Escala hierárquica

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O acesso na escala hierárquica, tanto de oficiais como de praças, será gradual e


sucessivo, por promoção, sendo requisitos básicos:
➢ Para TODOS os POSTOS e GRADUAÇÕES: tempo de serviço arregimentado, tempo
mínimo de permanência no posto ou graduação, condições de merecimento e
antiguidade, conforme dispuser a legislação peculiar;
Estas regras acima NÃO VALEM para 3º Sargento e Cabo da PM.
➢ Para PROMOÇÃO A CABO: Curso de Formação de Cabo PM
➢ Para PROMOÇÃO A 3º SARGENTO PM: Curso de Formação de Sargento PM;
➢ Para PROMOÇÃO A 1º SARGENTO PM: Curso de Aperfeiçoamento de Sargento PM;
➢ Para PROMOÇÃO AO POSTO DE MAJOR PM: Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais
PM;
➢ Para PROMOÇÃO AO POSTO DE CORONEL PM: Curso Superior de Polícia, desde
que haja o Curso na Corporação.

Ingresso de oficiais de administração


Para ingresso nos quadros de Oficiais de Administração ou de Oficiais Especialistas,
concorrerão os Subtenentes e 1º Sargentos, atendidos os seguintes requisitos básicos:
➢ Possuir o Ensino de 2º Grau completo ou equivalente;
➢ Possuir o Curso de Aperfeiçoamento de Sargentos.
Subtenentes e 1° Sargentos são considerados PRAÇAS.
É vedada aos integrantes dos quadros de Oficiais de Administração e de Oficiais
Especialistas, a matrícula no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais.
Outras disposições
A carreira policial-militar é caracterizada por atividade continuada e inteiramente
devotada às finalidades precípuas das Polícias Militares, denominada "Atividade Policial-
Militar.
Da previsão da necessidade da atividade ser “INTEIRAMENTE DEVOTADA”
➢ A promoção por ato de bravura, em tempo de paz, obedecerá às condições legais.
➢ O acesso para as praças especialistas músicos será regulado em legislação própria.
Aproveitamento do pessoal da reserva
Os policiais-militares na reserva poderão ser designados para o serviço ativo, por ato
do Governador:
➢ Em caráter transitório e,
➢ Mediante aceitação voluntária, da Unidade da Federação.
Esse aproveitamento será possível quando:
➢ Se fizer necessário o aproveitamento de conhecimentos técnicos e especializados do
policial-militar;
➢ Não houver, no momento, no serviço ativo, policial-militar habilitado a exercer a
função vaga existente na Organização Policial-Militar.
O policial-militar designado terá os direitos e deveres dos da ativa de igual situação
hierárquica, exceto quanto à promoção, a que não concorrerá, e contará esse tempo de
efetivo serviço.

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LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 587/2013 -


REQUISITOS PARA O INGRESSO NAS INSTITUIÇÕES
MILITARES DE SANTA CATARINA
Requisitos para o ingresso nas instituições militares de Santa
Catarina
São requisitos para o ingresso nas carreiras das instituições militares:
I - ter nacionalidade brasileira;
II - estar em dia com os deveres do serviço militar obrigatório, no caso
de candidatos do sexo masculino;
III - apresentar declaração em que conste se sofreu ou não, no
exercício de função pública, penalidades administrativas, conforme
legislação aplicável;
V - possuir peso proporcional à altura, conforme preconizado pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) por meio do índice de massa
corporal;
VI - ter a idade mínima de 18 anos completos até a data da inclusão;
VII - não ter completado a idade máxima de 30 anos1 até o último dia
de inscrição no concurso público;
VIII - não ter sido condenado por crime doloso, com sentença
condenatória transitada em julgado;
IX - não exercer ou não ter exercido atividades prejudiciais ou
perigosas à segurança nacional;
X - ser aprovado e classificado no exame de avaliação de
escolaridade, por meio de prova escrita;
XI - ser classificado por títulos, quando exigido no edital de concurso
público;
XII - ser aprovado em exame de capacidade técnica, quando exigido
no edital de concurso público;
XIII - ser considerado apto no exame de saúde (médico e
odontológico);
XIV - ser considerado apto no Questionário de Investigação Social
(QIS);
XV - ser considerado apto no exame de avaliação física2;
XVI - ser considerado apto no exame de avaliação psicológica;
XVII - atestar, por exame toxicológico de larga janela de detecção,
que não utiliza droga ilícita;
XVIII - possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
XIX - comprovar, nos termos do edital, o nível de escolaridade exigido
pelo Quadro em que pretende ingressar, mediante apresentação de
fotocópia autenticada de certidão de conclusão ou de diploma do
curso superior correspondente, registrado no órgão competente;
XX - comprovar, nos termos do edital, habilitação em especialidade
médica ou odontológica, mediante apresentação de fotocópia

1 Também não se aplica aos candidatos a ingresso nos Quadros de Oficiais da Saúde e de
Oficiais Capelães.
2 Igualmente, não se aplica aos candidatos a ingresso nos Quadros de Oficiais da Saúde e

de Oficiais Capelães.

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autenticada de certidão de conclusão ou de diploma do curso


correspondente, registrado no órgão competente, para ingresso nos
Quadros de Oficiais de Saúde (QOS);
XXI - ter boa conduta comprovada por certidões das Justiças Comum
(estadual e federal), Militar (estadual e federal) e Eleitoral;
XXII - estar em dia com as obrigações eleitorais, mediante
apresentação de certidão emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral
(TRE);
XXIII - apresentar conceito favorável de seu Comandante, Chefe ou
Diretor, quando o candidato for militar estadual ou federal;
XXIV - comprovar inscrição no respectivo Conselho Regional, para
ingresso nos Quadros de Oficiais de Saúde (QOS); e
São vedadas tatuagens, pinturas ou marcas que representem símbolos ou inscrições
alusivas a ideologias contrárias às instituições democráticas ou que incitem à violência ou
qualquer forma de preconceito ou discriminação.
Para a inclusão nos quadros de efetivo ativo das instituições militares estaduais e
matrícula nos cursos de formação ou adaptação, além de outros requisitos estabelecidos nesta
Lei Complementar, são exigidos os seguintes limites mínimos de escolaridade:
I - para o Curso de Formação de Oficiais do Quadro de Oficiais
Policiais Militares: Bacharelado em Direito;
II - para o Curso de Formação de Oficiais do Quadro de Oficiais
Bombeiros Militares: Bacharelado ou Licenciatura Plena em
qualquer área de conhecimento;
III - para o Curso de Adaptação de Oficiais do Quadro de Oficiais de
Saúde e de Oficiais Capelães: curso superior de graduação na área
específica à habilitação funcional reconhecido pelo Ministério da
Educação (MEC) ou por órgão oficial com competência delegada; e
IV - para o Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar: curso superior de graduação em
qualquer área de conhecimento reconhecido pelo MEC ou por órgão
oficial com competência delegada.

Vagas
A abertura de vagas para ingresso nas instituições militares do Estado de Santa Catarina
dependerá de autorização prévia do Chefe do Poder Executivo (o Governador do Estado).
A fim de regularizar os quadros de efetivos, o Chefe do Poder Executivo poderá aprovar e
autorizar a abertura regular de vagas para ingresso de militares estaduais, mediante plano
de inclusão continuada apresentado pelos Comandantes-Gerais das instituições militares ao
Secretário de Estado da Segurança Pública.
Independentemente do plano de inclusão, poderá ser autorizada, extraordinariamente,
a inclusão suplementar de efetivos para suprir carências decorrentes da segurança pública.
O edital de concurso público elaborado pela respectiva instituição militar definirá, dentre
as vagas autorizadas, a quantidade para ingresso por certame, garantindo percentual mínimo
de 10% de vagas para o sexo feminino. O ingresso no estado efetivo para o sexo feminino
será, dentre as vagas autorizadas, no mínimo, de 10% para os Quadros de Oficiais e para os
Quadros de Praças das respectivas instituições militares.
As vagas serão distribuídas nas instituições militares conforme o estabelecido no edital
de concurso público.

Seleção
O candidato a ingresso nas instituições militares de Santa Catarina será submetido aos
seguintes exames de seleção:

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➢ Para ingresso nos Quadros de Oficiais e de Praças:


• De avaliação de escolaridade, por meio de prova escrita;
• De saúde (médico e odontológico);
• De avaliação física;
• De avaliação psicológica;
• De investigação social; e
• Toxicológico de larga janela de detecção; e
➢ Para ingresso nos Quadros de Oficiais de Saúde e de Oficiais Capelães:
• De avaliação de escolaridade, por meio de prova escrita;
• De saúde (médico e odontológico);
• De avaliação física;
• De avaliação psicológica;
• De investigação social;
• Toxicológico;
• De capacitação técnica; e
• De títulos.
O exame de avaliação de escolaridade, por meio de prova escrita, terá caráter
classificatório e eliminatório.
Os exames de saúde (médico e odontológico), de avaliação física, de avaliação psicológica,
exame toxicológico, de capacitação técnica e de investigação social, realizado por meio do QIS,
serão eliminatórios.
O exame de títulos será classificatório.
A constatação de que o candidato praticou fraude, falsidade, omissão, simulação ou
utilizou qualquer artifício ilegal ou contrário ao edital, antes, durante ou após o processo
seletivo, implicará na sua desclassificação ou anulação de inclusão, além de sujeitá-lo às demais
sanções administrativas, penais e civis decorrentes.

Exames
Os órgãos de seleção das instituições militares são os responsáveis pela elaboração,
aplicação e correção dos exames nos concursos de ingresso.
Os concursos de ingresso poderão também ser realizados por meio de instituições
especializadas, sob a supervisão e homologação da autoridade competente da respectiva
instituição militar.
A prova escrita será realizada na mesma data e hora para todos os candidatos inscritos no
concurso.
Havendo candidatos ocupando idêntica classificação após a prova escrita, o desempate
será feito em favor do candidato que possuir maior idade.
O candidato aprovado e classificado na prova escrita será submetido ao exame de saúde
a fim de comprovar, por meio de inspeção médica e de exames complementares exigidos em
edital, que usufrui de boa saúde para o exercício das atividades inerentes às instituições
militares estaduais.
O candidato será submetido ao exame de avaliação física para comprovar se possui
condicionamento físico mínimo para o serviço militar, conforme regulamentação do Chefe do
Poder Executivo.
O candidato será submetido ao exame de avaliação psicológica a fim de comprovar se
possui perfil para o cargo e serviço militar, conforme regulamentação do Chefe do Poder
Executivo.
O candidato, ao final aprovado e classificado, deverá preencher o QIS, a fim de ser
submetido à investigação social. O candidato que omitir informações no QIS ou prestá-las

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falsamente, após constatação por meio de investigação social, ficará sujeito a responsabilidade
penal, bem como será desclassificado do concurso e, se já incluído no estado efetivo das
instituições militares estaduais, será excluído a qualquer momento. A investigação social do
candidato apto no exame de saúde será realizada pela respectiva instituição militar estadual.
Para os Quadros de Oficiais de Saúde (QOS) e de Oficiais Capelães, o candidato será
submetido a exame de capacidade técnica, a fim de comprovar se possui as habilidades práticas
inerentes à habilitação funcional pretendida para o cargo e serviço militar, conforme
regulamentação do Chefe do Poder Executivo.
No exame de títulos, quando previsto no edital de concurso público, serão considerados
para pontuação os títulos obtidos até a data prevista no edital para sua apresentação e
comprovação. Será ônus do candidato produzir prova documental idônea de cada título, não
sendo admitida a concessão de dilação de prazo para esse fim. Somente serão apreciados os
títulos dos candidatos que forem entregues no prazo e forma estabelecidos no edital. Os títulos
e sua respectiva pontuação serão previstos em edital.
Os títulos deverão ser apresentados em fotocópias autenticadas em cartório ou por meio
de certidões oficiais, originais e detalhadas, sendo que, uma vez entregues à comissão de
concurso, integrarão o certame e não mais serão devolvidos ao candidato. O somatório dos
pontos pertinentes aos títulos apresentados pelos candidatos será acrescido à pontuação
obtida na prova escrita, redefinindo a classificação dos candidatos em ordem decrescente da
pontuação final.

Homologação do concurso
A instituição militar, por meio do seu órgão de seleção, providenciará a homologação dos
inscritos, bem como a homologação final do concurso público.

Ingresso no estado efetivo


Após ser aprovado e classificado em todos os exames e preencher todos os requisitos
exigidos no concurso, o candidato deverá providenciar a documentação exigida para o ingresso
no estado efetivo da instituição militar e entregá-la no órgão correspondente, nos termos
previstos no edital do concurso público.
Após a autoridade competente da respectiva instituição militar analisar e homologar a
documentação exigida, o candidato deverá apresentar-se na data e local previstos no edital do
concurso público para ingresso no estado efetivo e matrícula no curso de formação ou de
adaptação.
Será automaticamente desclassificado o candidato que deixar de entregar, dentro do
prazo estabelecido no edital, qualquer documento exigido para ingresso no estado efetivo e
matrícula no curso de formação. Os documentos deverão estar de acordo com as normas
vigentes.
O ingresso do candidato aprovado e classificado no concurso público será por meio de
portaria de inclusão no estado efetivo assinada pelo Comandante-Geral da instituição militar e
publicada no Diário Oficial do Estado.

Validade do concurso público


O concurso público terá validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma única vez,
por igual período. O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão
fixados em edital.

Administração pública

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Disposições gerais
A administração pública de qualquer dos Poderes do Estado compreende:
I - os órgãos da administração direta;
II - as seguintes entidades da administração indireta, dotadas de
personalidade jurídica própria:
a) autarquias;
b) empresas públicas;
c) sociedades de economia mista;
d) fundações públicas.
Depende de lei específica a criação de autarquia e a autorização para:
➢ Constituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias;
➢ Instituição de fundação pública;
➢ Transformação, fusão, cisão, extinção, dissolução, transferência do controle e
privatização de qualquer das demais entidades.
Depende de autorização legislativa, em cada caso, a participação das entidades da
administração indireta no capital de empresas privadas, ressalvadas as instituições financeiras
oficiais e as que tenham por objetivo a compra e venda de participações societárias ou
aplicações de incentivos fiscais.
A alienação ou qualquer transferência do controle acionário da Centrais Elétricas de Santa
Catarina S.A. – Celesc, sua subsidiária Celesc Distribuição S.A., dependerá obrigatoriamente de
autorização legislativa com posterior consulta popular, sob forma de referendo.
A alienação superior a 49% das ações ordinárias da Companhia Catarinense de Águas e
Saneamento S.A. – Casan, que implique na troca do controle acionário da Companhia,
dependerá obrigatoriamente de autorização legislativa com posterior consulta popular, sob
forma de referendo.
Gestão democrática
São instrumentos de gestão democrática das ações da administração pública, nos
campos administrativo, social e econômico, nos termos da lei:
I - o funcionamento de conselhos estaduais, com participação
paritária de membros do Poder Público e da sociedade civil
organizada naqueles de campo administrativo e econômico, e
naqueles de cunho social com participação majoritária da sociedade
civil;
II - a participação de um representante dos empregados, por eles
indicado, no conselho de administração e na diretoria das
empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias.
A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre os
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,
obrigações e responsabilidade dos dirigentes; e
III - a remuneração do pessoal.

Participação do usuário

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A lei disciplinará a forma de participação do usuário na administração pública direta


ou indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em
geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações
sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5°, X e XXXIII, da
Constituição Federal; e
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou
abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.
As entidades e as associações representativas de interesses sociais e coletivos, vinculadas
ou não a órgãos públicos, quando expressamente autorizadas, são partes legítimas para
requerer informações ao Poder Público e promover as ações que visem a defesa dos interesses
que representam, na forma da lei.
A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da
administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

Responsabilidade da administração
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Princípios da administração pública
Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Estado obedecerão aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.
Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, no interesse da administração,
impuser sigilo.
A administração é obrigada a fornecer a qualquer interessado certidão ou cópia
autenticada, no prazo máximo de 30 dias, de atos, contratos e convênios administrativos, sob
pena de responsabilidade da autoridade competente ou do servidor que negar ou retardar a
expedição.
A autoridade competente terá o mesmo prazo do parágrafo anterior para atender
requisições do Poder Judiciário, se outro não for o prazo por ele fixado.
A lei fixará prazo para o proferimento da decisão final no processo contencioso
administrativo-tributário3.
No processo administrativo, qualquer que seja o objeto ou o procedimento, observar-se-
ão, entre outros requisitos de validade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou decisão
motivados.
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e entidades
da administração pública, ainda que não custeadas diretamente por esta, deverão ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, delas não podendo constar símbolos,
expressões, nomes ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos, e serão suspensas noventa dias antes das eleições, ressalvadas as
essenciais ao interesse público.
Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure

3 A frase
“sob pena de seu arquivamento e da impossibilidade de revisão ou renovação do
lançamento tributário sobre o mesmo fato gerador” foi julgada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal (ADI 124, de 1989, DJ 17.04.2009).

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igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de


pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
A licitação e a contratação de obras públicas são proibidas no período de até cento e vinte
dias precedentes ao término do mandato do Governador do Estado, salvo situação de
comprovada urgência, especificação na lei de diretrizes orçamentárias ou decorrentes de
recursos provenientes de financiamentos externos ou repasses da União.
Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei, observado o
seguinte:
I - a investidura em cargo ou a admissão em emprego da
administração pública depende da aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e
a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargos em comissão declarados em
lei de livre nomeação e exoneração;
II - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
prorrogável uma vez por igual período;
III - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação,
quem for aprovado em concurso público de provas ou de provas e
títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego na mesma carreira;
IV - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargos efetivos, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento; e.
V - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua
admissão.
A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público.
A abertura de concurso público para cargo de provimento efetivo será obrigatória sempre
que o número de vagas atingir um quinto do total de cargos da categoria funcional.
Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo, emprego ou
função, é obrigado, na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus bens.
É obrigatória a publicação no órgão oficial do Estado, da declaração de bens dos ocupantes
de cargos em comissão, funções de confiança e cargos eletivos por ocasião da posse,
exoneração, aposentadoria ou término de mandato.
A remuneração e o subsídio dos servidores da administração pública de qualquer dos
Poderes, atenderão ao seguinte:
I - a revisão geral anual sempre na mesma data e sem distinção de
índices;
II - os Poderes publicarão anualmente os valores dos subsídios e da
remuneração dos cargos e empregos públicos;
III – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e
empregos públicos da administração direta, autárquica e
fundacional, dos membros dos Poderes do Estado, do Ministério

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Público e do Tribunal de Contas do Estado e dos demais agentes


políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais
ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio
mensal dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado,
limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do
Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste inciso
aos subsídios dos Deputados Estaduais;
IV - a lei poderá estabelecer relação entre a maior e a menor
remuneração dos servidores públicos;
V - para a efetividade do disposto no inciso II somente a lei
determinará, no âmbito de cada Poder, os seus valores e as suas
alterações posteriores;
VI - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para efeito de remuneração de pessoal do serviço
público;
VII - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não
serão computados nem acumulados para fins de concessão de
acréscimos ulteriores; e
VIII - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos III e VII
acima, nos arts. 23-A e 128, II, da Constituição do Estado e no art.
153, III e § 2°, I, da Constituição Federal.
O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo e os Secretários Estaduais serão
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de
qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido os limites constitucionais. A remuneração dos servidores públicos
organizados em carreiras também poderá ser fixada nesses moldes.
É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver
compatibilidade de horários:
I - a de dois cargos de professor;
II - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
III – a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
saúde, com profissões regulamentadas.
A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias,
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades
controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público.
Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de
mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará
afastado de seu cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar
pela remuneração da carreira funcional como se estivesse em pleno
exercício, adicionado o valor da representação do mandato
parlamentar;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função,
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de
mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os
efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

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V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento,


os valores serão determinados como se no exercício estivesse.
Aplica-se o disposto nos incisos II e V ao servidor eleito Vice-Prefeito investido em função
executiva municipal.
E inamovível, salvo a pedido, o servidor público estadual eleito Vereador.
Na hipótese de opção pela remuneração funcional, a Assembleia Legislativa deverá
ressarcir o órgão, entidade ou empresa de origem até o valor do vencimento de legislador
estadual.

Militares estaduais
São militares estaduais os integrantes dos quadros efetivos da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros Militar, que terão as mesmas garantias, deveres e obrigações – estatuto, lei de
remuneração, lei de promoção de oficiais e praças e regulamento disciplinar único.
A investidura na carreira militar depende de aprovação previa em concurso público de
provas ou de provas e títulos, respeitada a ordem de classificação.
O prazo de validade do concurso público é de até 2 anos, restrito ao previsto no estatuto da corporação.

As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são asseguradas em


toda sua plenitude aos oficiais da ativa, reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos,
uniformes militares e postos até coronel, cujo soldo não poderá ser inferior ao correspondente
dos servidores militares federais.
As patentes dos oficiais são conferidas pelo Governador do Estado.
O militar em atividade que aceitar cargo público civil permanente será transferido para a
reserva.
O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função pública temporária, não eletiva,
ainda que da administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá,
enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, sendo contado o tempo
de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de 2 anos
de afastamento, contínuos ou não, transferido para a inatividade.
Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve. O militar, enquanto em efetivo serviço,
não pode estar filiado a partidos políticos.
O oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele
incompatível por decisão do Tribunal de Justiça, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em
tempo de guerra.
O oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a
dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no
parágrafo anterior.
Lei complementar disporá sobre:
I - o ingresso, direitos, garantias, promoção, vantagens, obrigações e
tempo de serviço do servidor militar;
II - a estabilidade, os limites de idade e outras condições de
transferência do servidor militar para a inatividade.
O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita ao servidor militar indiciado ou
processado em decorrência do serviço.
Aplica-se aos militares estaduais o disposto no art. 27, IV, VII, VIII, IX, XI a XIV e XIX, no
art. 30, § 3°, no art. 23, II, V, VI e VII, desta Constituição, e no art. 30, §§ 4°, 5° e 6°, da Constituição
Federal.
Art. 27 São direitos dos servidores públicos, além de outros
estabelecidos em lei: [...]

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IV - décimo terceiro vencimento com base na remuneração integral


ou no valor dos proventos;
VII – salário-família para seus dependentes;
VIII - percepção dos vencimentos e proventos até o último dia útil do
mês a que correspondem;
IX - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, nos termos da lei;
XI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento ao do normal;
XII - gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos um terço a
mais do que a remuneração normal;
XIII - licença remunerada a gestante, com a duração de cento e vinte
dias;
XIV - licença-paternidade, nos termos da lei;
XV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante
incentivos específicos, nos termos da lei;
XVI - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas
de saúde, higiene e segurança;
XVII - adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da lei;
XVIII - proibição de diferença de vencimento, de exercício de funções
e critérios de admissão, bem como de ingresso e frequência em cursos
de aperfeiçoamento e programas de treinamento por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil;
XIX - vale-transporte, nos casos previstos em lei.

Art. 30, § 3º Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma


proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração
dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos
quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da
transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu
a aposentadoria, na forma da lei.
Art. 23 A remuneração e o subsídio dos servidores da administração
pública de qualquer dos Poderes, atenderão ao seguinte: [...]
II - os Poderes publicarão anualmente os valores dos subsídios e da
remuneração dos cargos e empregos públicos;
V - para a efetividade do disposto no inciso II somente a lei
determinará, no âmbito de cada Poder, os seus valores e as suas
alterações posteriores;
VI - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies
remuneratórias para efeito de remuneração de pessoal do serviço
público;
VII - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não
serão computados nem acumulados para fins de concessão de
acréscimos ulteriores.

Justiça militar
Os Conselhos de Justiça funcionarão como órgãos de Primeiro Grau da Justiça Militar,
constituídos na forma da lei de organização judiciária, com competência para processar e julgar,
nos crimes militares definidos em Lei, os militares estaduais.
Como órgão de segundo grau funcionará o Tribunal de Justiça, cabendo-lhe decidir
sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

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Os juízes auditores terão, as mesmas garantias, prerrogativas, vencimentos e


impedimentos dos magistrados estaduais da última entrância, exceto o acesso por promoção
ao Tribunal de Justiça.
Os juízes auditores substitutos sucedem aos juízes auditores e são equiparados, para
todos os fins, aos magistrados estaduais da penúltima entrância.

Segurança pública
A segurança pública4, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através
dos seguintes órgãos:
I - Policia Civil;
II - Policia Militar;
III – Corpo de Bombeiros Militar.
A lei disciplinará a organização, a competência, o funcionamento e os efetivos dos órgãos
responsáveis pela segurança pública do Estado, de maneira a garantir a eficiência de suas
atividades.
O regulamento disciplinar dos militares estaduais será revisto periodicamente, com
intervalo de no máximo 5 anos, visando o seu aprimoramento e atualização.
A renumeração dos servidores policiais integrantes dos órgãos de segurança pública será
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.
Polícia civil
A Polícia Civil, dirigida por delegado de polícia, subordina-se ao Governador do Estado,
cabendo-lhe:
I - ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária
e a apuração das infrações penais, exceto as militares;
III - a execução dos serviços administrativos de trânsito;
IV - a supervisão dos serviços de segurança privada;
V - o controle da propriedade e uso de armas, munições, explosivos
e outros produtos controlados;
VI - a fiscalização de jogos e diversões públicas.
O chefe de Policia Civil, nomeado pelo Governador do Estado será escolhido dentre os
delegados de polícia. Importante mencionar, que, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina
entendeu inconstitucional a nomeação de delegado que não integre a respectiva carreira, ou
seja, que nela não tenha ingressado por meio de concurso publico,
Lei complementar disporá sobre o ingresso, garantias, remuneração, organização e
estruturação das carreiras da Polícia Civil. Como não poderia ser diferente, os cargos da Polícia
Civil serão organizados em escala vertical.

4 “IV – Instituto Geral de Perícia” – esse dispositivo foi considerado inconstitucional pelo
Supremo Tribunal Federal em julgamento com a seguinte ementa: “Observância obrigatória,
pelos Estados-membros, do disposto no art. 144 da Constituição da República. Precedentes.
Taxatividade do rol dos órgãos encarregados da segurança pública, contidos no art. 144 da
Constituição da República. Precedentes. Impossibilidade da criação, pelos Estados-membros,
de órgão de segurança pública diverso daqueles previstos no art. 144 da Constituição.
Precedentes. Ao Instituto Geral de Perícia, instituído pela norma impugnada, são incumbidas
funções atinentes à segurança pública. Violação do artigo 144 c/c o art. 25 da Constituição da
República” (ADI 3469, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 28.02.2011).

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O cargo de Delegado de Polícia Civil, privativo de bacharel em Direito, exerce atribuição


essencial à função jurisdicional do Estado e à defesa da ordem jurídica, vedada a vinculação a
quaisquer espécies remuneratórias às demais carreiras jurídicas de Estado.
Aos Delegados de Polícia Civil é assegurada independência funcional pela livre convicção
nos atos de polícia judiciária.

Polícia militar
À Polícia Militar, órgão permanente, força auxiliar, reserva do Exército, organizada com
base na hierarquia e na disciplina, subordinada ao Governador do Estado, cabe, nos limites de
sua competência, além de outras atribuições estabelecidas em Lei:
➢ Exercer a polícia ostensiva relacionada com:
• A preservação da ordem e da segurança pública;
• O radiopatrulhamento terrestre, aéreo, lacustre e fluvial;
• O patrulhamento rodoviário;
• A guarda e a fiscalização das florestas e dos mananciais;
• A guarda e a fiscalização do trânsito urbano;
• A polícia judiciária militar, nos termos de lei federal;
• A proteção do meio ambiente;
• A garantia do exercício do poder de polícia dos órgãos e entidades públicas,
especialmente da área fazendária, sanitária, de proteção ambiental, de uso e
ocupação do solo e de patrimônio cultural.
➢ Cooperar com órgãos de defesa civil; e
➢ Atuar preventivamente como força de dissuasão e repressivamente como de
restauração da ordem pública.
A Polícia Militar é comandada por oficial da ativa do último posto da corporação. Terá,
ademais, quadro de pessoal civil para a execução de atividades administrativas, auxiliares de
apoio e de manutenção.
Os cargos não previstos nos quadros de organização da corporação poderão ser exercidos
pelo pessoal da Polícia Militar, por nomeação do Governador do Estado.
O cargo de Oficial da Polícia Militar, pertencente ao Quadro de Oficiais Policiais Militares
(QOPM), organizados em carreira que dependa de aprovação em concurso público e diploma
de Bacharel em Direito, exerce função essencial à justiça e à defesa da ordem jurídica, vedada a
vinculação a quaisquer espécies remuneratórias às demais carreiras jurídicas do Estado.
Aos Oficiais da Polícia Militar é assegurada independência funcional pela livre convicção
nos atos de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública.

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