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Conceituação
Apesar desta parte do Decreto ser “decoreba”, é importante entender e falar sobre os
conceitos apresentados, vamos a eles:
À Disposição
É a situação em que se encontra o policial-militar a serviço de órgão ou autoridade a que
não esteja diretamente subordinado.
Adestramento
Atividade destinada a exercitar o policial-militar, individualmente e em equipe, com o
objetivo de desenvolver a habilidade para o desempenho das tarefas para as quais já recebeu a
adequada instrução.
Agregação
Situação na qual o policial-militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica do
seu quadro, nela permanecendo sem número.
Aprestamento
Conjunto de medidas, incluindo instrução, adestramento e preparo logístico, para tornar
uma organização policial-militar pronta para emprego imediato.
Assessoramento
Ato ou efeito de estudar os assuntos pertinentes, propor soluções a cada um deles,
elaborar diretrizes, normas e outros documentos.
Comando operacional
Grau de autoridade que compreende atribuições para compor forças subordinadas,
designar missões e objetivos e exercer a direção necessária para a condução das operações
militares.
Controle
Ato ou efeito de acompanhar a execução das atividades das Polícias Militares, por forma
a não permitir desvios dos propósitos que lhe forem estabelecidos pela União, na legislação
pertinente.
Controle operacional
Grau de autoridade atribuído à Chefia do órgão responsável pela Segurança Pública para
acompanhar a execução das ações de manutenção da ordem pública pelas Polícias Militares,
Dotação
Quantidade de determinado material, cuja posse pelas Polícias Militares é autorizada pelo
Ministério do Exército, visando ao perfeito cumprimento de suas missões.
Escala hierárquica
Fixação ordenada dos postos e graduações existentes nas Policias Militares (PM).
Fiscalização
Ato ou efeito de observar, examinar e inspecionar as Polícias Militares, com vistas ao
perfeito cumprimento das disposições legais estabelecidas pela União.
Graduação
Grau hierárquico da praça.
Grave perturbação ou subversão da ordem
Corresponde a todos os tipos de ação, inclusive as decorrentes de calamidade pública, que
por sua, natureza, origem, amplitude, potencial e vulto:
➢ Superem a capacidade de condução das medidas preventivas e repressivas tomadas
pelos Governos Estaduais;
➢ Sejam de natureza tal que, a critério do Governo Federal, possam vir a comprometer
a integridade nacional, o livre funcionamento de poderes constituídos, a lei, a ordem
e a prática das instituições;
➢ Impliquem na realização de operações militares.
Hierarquia militar
Ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas
e Forças Auxiliares.
Inspeção
Ato da autoridade competente, com objetivo de verificar, para fins de controle e
coordenação, as atividades e os meios das Policias Militares.
Legislação específica
Legislação promulgada pela União, relativa às Policias Militares.
Legislação peculiar ou própria
Legislação da Unidade da Federação, pertinente à Polícia Militar.
Manutenção da ordem pública
Operacionalidade
Capacidade de uma organização policial-militar para cumprir as missões a que se destina.
Orientação
Ato de estabelecer para as Polícias Militares diretrizes, normas, manuais e outros
documentos, com vistas à sua destinação legal.
Orientação operacional
Conjunto de diretrizes baixadas pela Chefia do órgão responsável pela Segurança Pública
nas Unidades Federativas, visando a assegurar a coordenação do planejamento da manutenção
da ordem pública a cargo dos órgãos integrantes do Sistema de Segurança Pública.
Perturbação da ordem
Abrange todos os tipos de ação, inclusive as decorrentes de calamidade pública que, por
sua natureza, origem, amplitude e potencial possam vir a comprometer, na esfera estadual, o
exercício dos poderes constituídos, o cumprimento das leis e a manutenção da ordem pública,
ameaçando a população e propriedades públicas e privadas.
As medidas preventivas e repressivas neste caso, estão incluídas nas medidas de Defesa
Interna e são conduzidas pelos Governos Estaduais, contando ou não com o apoio do Governo
Federal.
Planejamento
Conjunto de atividades, metodicamente desenvolvidas, para esquematizar a solução de
um problema, comportando a seleção da melhor alternativa e o ordenamento contentemente
avaliado e reajustado, do emprego dos meios disponíveis para atingir os objetivos
estabelecidos.
Policiamento ostensivo
Ação policial, exclusiva das Policias Militares em cujo emprego o homem ou a fração de
tropa engajados sejam identificados de relance, quer pela farda quer pelo equipamento, ou
viatura, objetivando a manutenção da ordem pública.
São tipos desse policiamento, a cargo das Polícias Militares ressalvadas as missões
peculiares das Forças Armadas, os seguintes:
➢ Ostensivo geral, urbano e rural;
➢ De trânsito;
➢ Florestal e de mananciais;
➢ Rodoviária e ferroviário, nas estradas estaduais;
➢ Portuário;
➢ Fluvial e lacustre;
➢ De radiopatrulha terrestre e aérea;
➢ De segurança externa dos estabelecimentos penais do Estado;
➢ Outros, fixados em legislação da Unidade Federativa, ouvido o Estado-Maior do
Exército através da Inspetoria-Geral das Polícias Militares.
Posto
Grau hierárquico do oficial.
Praças especiais
Denominação atribuída aos policiais-militares não enquadrados na escala hierárquica
como oficiais ou praças.
Precedência
Primazia para efeito de continência e sinais de respeito.
Subordinação
Ato ou efeito de uma corporação policial-militar ficar, na totalidade ou em parte,
diretamente sob o comando operacional dos Comandantes dos Exércitos ou Comandantes
Militares de Área com jurisdição na área dos Estados, Territórios e Distrito Federal e com
responsabilidade de Defesa Interna ou de Defesa Territorial.
Uniforme e farda
Tem a mesma significação.
Vinculação
Ato ou efeito de uma Corporação Policial-Militar por intermédio do comandante Geral
atender orientação e ao planejamento global de manutenção da ordem pública, emanados da
Chefia do órgão responsável pela Segurança Pública nas Unidades da Federação, com vistas a
obtenção de soluções integradas.
Visita
Ato por meio do qual a autoridade competente estabelece contatos pessoais com os
Comandos de Polícias Militares, visando a obter, por troca de ideias e informações,
uniformidade de conceitos e de ações que facilitem o perfeito cumprimento, pelas Polícias
Militares, da legislação e das normas baixadas pela União.
Controle e coordenação
Estrutura e organização
O decreto preceitua que a criação e a localização das Polícias Militares em si, devem
atender:
➢ Ao cumprimento de suas missões normais
➢ Em consonância com os planejamentos de Defesa Interna e de Defesa Territorial
Sempre há a dependência de aprovação pelo Estado-Maior do Exército.
Os Comandantes Gerais da PM poderão realizar propostas sobre este tema, que serão
EXAMINADAS pelo Exército e ENCAMINHADAS ao Estado maior do Exército para Aprovação.
Estas disposições também se aplicam ao Oficial do serviço ativo do Exército que passar à
disposição, para servir no Estado-Maior ou como instrutor das Polícias Militares e Corpos de
Bombeiros Militares.
O Decreto também traz que, o Comandante de Polícia Militar, quando Oficial do Exército,
não poderá desempenhar, ainda que cumulativamente com as funções de Comandantes, outra
função, no âmbito estadual, por prazo superior a 30 DIAS em cada período consecutivo de 10
MESES.
Em regra a função de Comandante da PM não pode ser acumulada.
Existe a “possibilidade” de acumulação de 30 dias a cada período de 10 meses.
Ainda sobre esta situação de acumulação, o decreto traz que a COLABORAÇÃO prestada
pelo Comandante de Polícia Militar a órgãos de caráter técnico não constitui impedimento,
desde que:
➢ Não se configure caso de acumulação
➢ Não prejudique o exercício normal de suas funções.
Comandantes e secretarias de segurança pública
Os Comandantes-Gerais das Polícias Militares são os responsáveis, perante os
Governadores, pela administração e emprego da Corporação.
A vinculação das Polícias Militares ao órgão responsável pela Segurança Pública confere,
perante a Chefia desse órgão, responsabilidade aos Comandantes-Gerais das Polícias Militares
quanto à orientação e ao planejamento operacionais da manutenção da ordem pública.
Nas missões de manutenção da ordem pública, decorrentes da orientação e do
planejamento do Órgão responsável pela Segurança Pública nas Unidades Federativas, são
autoridades competentes, para efeito do planejamento e execução do emprego das
Polícias Militares, os respectivos Comandantes-Gerais e, por delegação destes, os
Comandantes de Unidades e suas frações, quando for o caso.
Escala hierárquica
1 Também não se aplica aos candidatos a ingresso nos Quadros de Oficiais da Saúde e de
Oficiais Capelães.
2 Igualmente, não se aplica aos candidatos a ingresso nos Quadros de Oficiais da Saúde e
de Oficiais Capelães.
Vagas
A abertura de vagas para ingresso nas instituições militares do Estado de Santa Catarina
dependerá de autorização prévia do Chefe do Poder Executivo (o Governador do Estado).
A fim de regularizar os quadros de efetivos, o Chefe do Poder Executivo poderá aprovar e
autorizar a abertura regular de vagas para ingresso de militares estaduais, mediante plano
de inclusão continuada apresentado pelos Comandantes-Gerais das instituições militares ao
Secretário de Estado da Segurança Pública.
Independentemente do plano de inclusão, poderá ser autorizada, extraordinariamente,
a inclusão suplementar de efetivos para suprir carências decorrentes da segurança pública.
O edital de concurso público elaborado pela respectiva instituição militar definirá, dentre
as vagas autorizadas, a quantidade para ingresso por certame, garantindo percentual mínimo
de 10% de vagas para o sexo feminino. O ingresso no estado efetivo para o sexo feminino
será, dentre as vagas autorizadas, no mínimo, de 10% para os Quadros de Oficiais e para os
Quadros de Praças das respectivas instituições militares.
As vagas serão distribuídas nas instituições militares conforme o estabelecido no edital
de concurso público.
Seleção
O candidato a ingresso nas instituições militares de Santa Catarina será submetido aos
seguintes exames de seleção:
Exames
Os órgãos de seleção das instituições militares são os responsáveis pela elaboração,
aplicação e correção dos exames nos concursos de ingresso.
Os concursos de ingresso poderão também ser realizados por meio de instituições
especializadas, sob a supervisão e homologação da autoridade competente da respectiva
instituição militar.
A prova escrita será realizada na mesma data e hora para todos os candidatos inscritos no
concurso.
Havendo candidatos ocupando idêntica classificação após a prova escrita, o desempate
será feito em favor do candidato que possuir maior idade.
O candidato aprovado e classificado na prova escrita será submetido ao exame de saúde
a fim de comprovar, por meio de inspeção médica e de exames complementares exigidos em
edital, que usufrui de boa saúde para o exercício das atividades inerentes às instituições
militares estaduais.
O candidato será submetido ao exame de avaliação física para comprovar se possui
condicionamento físico mínimo para o serviço militar, conforme regulamentação do Chefe do
Poder Executivo.
O candidato será submetido ao exame de avaliação psicológica a fim de comprovar se
possui perfil para o cargo e serviço militar, conforme regulamentação do Chefe do Poder
Executivo.
O candidato, ao final aprovado e classificado, deverá preencher o QIS, a fim de ser
submetido à investigação social. O candidato que omitir informações no QIS ou prestá-las
falsamente, após constatação por meio de investigação social, ficará sujeito a responsabilidade
penal, bem como será desclassificado do concurso e, se já incluído no estado efetivo das
instituições militares estaduais, será excluído a qualquer momento. A investigação social do
candidato apto no exame de saúde será realizada pela respectiva instituição militar estadual.
Para os Quadros de Oficiais de Saúde (QOS) e de Oficiais Capelães, o candidato será
submetido a exame de capacidade técnica, a fim de comprovar se possui as habilidades práticas
inerentes à habilitação funcional pretendida para o cargo e serviço militar, conforme
regulamentação do Chefe do Poder Executivo.
No exame de títulos, quando previsto no edital de concurso público, serão considerados
para pontuação os títulos obtidos até a data prevista no edital para sua apresentação e
comprovação. Será ônus do candidato produzir prova documental idônea de cada título, não
sendo admitida a concessão de dilação de prazo para esse fim. Somente serão apreciados os
títulos dos candidatos que forem entregues no prazo e forma estabelecidos no edital. Os títulos
e sua respectiva pontuação serão previstos em edital.
Os títulos deverão ser apresentados em fotocópias autenticadas em cartório ou por meio
de certidões oficiais, originais e detalhadas, sendo que, uma vez entregues à comissão de
concurso, integrarão o certame e não mais serão devolvidos ao candidato. O somatório dos
pontos pertinentes aos títulos apresentados pelos candidatos será acrescido à pontuação
obtida na prova escrita, redefinindo a classificação dos candidatos em ordem decrescente da
pontuação final.
Homologação do concurso
A instituição militar, por meio do seu órgão de seleção, providenciará a homologação dos
inscritos, bem como a homologação final do concurso público.
Administração pública
Disposições gerais
A administração pública de qualquer dos Poderes do Estado compreende:
I - os órgãos da administração direta;
II - as seguintes entidades da administração indireta, dotadas de
personalidade jurídica própria:
a) autarquias;
b) empresas públicas;
c) sociedades de economia mista;
d) fundações públicas.
Depende de lei específica a criação de autarquia e a autorização para:
➢ Constituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias;
➢ Instituição de fundação pública;
➢ Transformação, fusão, cisão, extinção, dissolução, transferência do controle e
privatização de qualquer das demais entidades.
Depende de autorização legislativa, em cada caso, a participação das entidades da
administração indireta no capital de empresas privadas, ressalvadas as instituições financeiras
oficiais e as que tenham por objetivo a compra e venda de participações societárias ou
aplicações de incentivos fiscais.
A alienação ou qualquer transferência do controle acionário da Centrais Elétricas de Santa
Catarina S.A. – Celesc, sua subsidiária Celesc Distribuição S.A., dependerá obrigatoriamente de
autorização legislativa com posterior consulta popular, sob forma de referendo.
A alienação superior a 49% das ações ordinárias da Companhia Catarinense de Águas e
Saneamento S.A. – Casan, que implique na troca do controle acionário da Companhia,
dependerá obrigatoriamente de autorização legislativa com posterior consulta popular, sob
forma de referendo.
Gestão democrática
São instrumentos de gestão democrática das ações da administração pública, nos
campos administrativo, social e econômico, nos termos da lei:
I - o funcionamento de conselhos estaduais, com participação
paritária de membros do Poder Público e da sociedade civil
organizada naqueles de campo administrativo e econômico, e
naqueles de cunho social com participação majoritária da sociedade
civil;
II - a participação de um representante dos empregados, por eles
indicado, no conselho de administração e na diretoria das
empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias.
A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre os
seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos,
obrigações e responsabilidade dos dirigentes; e
III - a remuneração do pessoal.
Participação do usuário
Responsabilidade da administração
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Princípios da administração pública
Os atos da administração pública de qualquer dos Poderes do Estado obedecerão aos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.
Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, no interesse da administração,
impuser sigilo.
A administração é obrigada a fornecer a qualquer interessado certidão ou cópia
autenticada, no prazo máximo de 30 dias, de atos, contratos e convênios administrativos, sob
pena de responsabilidade da autoridade competente ou do servidor que negar ou retardar a
expedição.
A autoridade competente terá o mesmo prazo do parágrafo anterior para atender
requisições do Poder Judiciário, se outro não for o prazo por ele fixado.
A lei fixará prazo para o proferimento da decisão final no processo contencioso
administrativo-tributário3.
No processo administrativo, qualquer que seja o objeto ou o procedimento, observar-se-
ão, entre outros requisitos de validade, o contraditório, a defesa ampla e o despacho ou decisão
motivados.
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e entidades
da administração pública, ainda que não custeadas diretamente por esta, deverão ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, delas não podendo constar símbolos,
expressões, nomes ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou
servidores públicos, e serão suspensas noventa dias antes das eleições, ressalvadas as
essenciais ao interesse público.
Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e
alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
3 A frase
“sob pena de seu arquivamento e da impossibilidade de revisão ou renovação do
lançamento tributário sobre o mesmo fato gerador” foi julgada inconstitucional pelo Supremo
Tribunal Federal (ADI 124, de 1989, DJ 17.04.2009).
Militares estaduais
São militares estaduais os integrantes dos quadros efetivos da Polícia Militar e do Corpo
de Bombeiros Militar, que terão as mesmas garantias, deveres e obrigações – estatuto, lei de
remuneração, lei de promoção de oficiais e praças e regulamento disciplinar único.
A investidura na carreira militar depende de aprovação previa em concurso público de
provas ou de provas e títulos, respeitada a ordem de classificação.
O prazo de validade do concurso público é de até 2 anos, restrito ao previsto no estatuto da corporação.
Justiça militar
Os Conselhos de Justiça funcionarão como órgãos de Primeiro Grau da Justiça Militar,
constituídos na forma da lei de organização judiciária, com competência para processar e julgar,
nos crimes militares definidos em Lei, os militares estaduais.
Como órgão de segundo grau funcionará o Tribunal de Justiça, cabendo-lhe decidir
sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.
Segurança pública
A segurança pública4, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através
dos seguintes órgãos:
I - Policia Civil;
II - Policia Militar;
III – Corpo de Bombeiros Militar.
A lei disciplinará a organização, a competência, o funcionamento e os efetivos dos órgãos
responsáveis pela segurança pública do Estado, de maneira a garantir a eficiência de suas
atividades.
O regulamento disciplinar dos militares estaduais será revisto periodicamente, com
intervalo de no máximo 5 anos, visando o seu aprimoramento e atualização.
A renumeração dos servidores policiais integrantes dos órgãos de segurança pública será
exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer
gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória.
Polícia civil
A Polícia Civil, dirigida por delegado de polícia, subordina-se ao Governador do Estado,
cabendo-lhe:
I - ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária
e a apuração das infrações penais, exceto as militares;
III - a execução dos serviços administrativos de trânsito;
IV - a supervisão dos serviços de segurança privada;
V - o controle da propriedade e uso de armas, munições, explosivos
e outros produtos controlados;
VI - a fiscalização de jogos e diversões públicas.
O chefe de Policia Civil, nomeado pelo Governador do Estado será escolhido dentre os
delegados de polícia. Importante mencionar, que, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina
entendeu inconstitucional a nomeação de delegado que não integre a respectiva carreira, ou
seja, que nela não tenha ingressado por meio de concurso publico,
Lei complementar disporá sobre o ingresso, garantias, remuneração, organização e
estruturação das carreiras da Polícia Civil. Como não poderia ser diferente, os cargos da Polícia
Civil serão organizados em escala vertical.
4 “IV – Instituto Geral de Perícia” – esse dispositivo foi considerado inconstitucional pelo
Supremo Tribunal Federal em julgamento com a seguinte ementa: “Observância obrigatória,
pelos Estados-membros, do disposto no art. 144 da Constituição da República. Precedentes.
Taxatividade do rol dos órgãos encarregados da segurança pública, contidos no art. 144 da
Constituição da República. Precedentes. Impossibilidade da criação, pelos Estados-membros,
de órgão de segurança pública diverso daqueles previstos no art. 144 da Constituição.
Precedentes. Ao Instituto Geral de Perícia, instituído pela norma impugnada, são incumbidas
funções atinentes à segurança pública. Violação do artigo 144 c/c o art. 25 da Constituição da
República” (ADI 3469, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 28.02.2011).
Polícia militar
À Polícia Militar, órgão permanente, força auxiliar, reserva do Exército, organizada com
base na hierarquia e na disciplina, subordinada ao Governador do Estado, cabe, nos limites de
sua competência, além de outras atribuições estabelecidas em Lei:
➢ Exercer a polícia ostensiva relacionada com:
• A preservação da ordem e da segurança pública;
• O radiopatrulhamento terrestre, aéreo, lacustre e fluvial;
• O patrulhamento rodoviário;
• A guarda e a fiscalização das florestas e dos mananciais;
• A guarda e a fiscalização do trânsito urbano;
• A polícia judiciária militar, nos termos de lei federal;
• A proteção do meio ambiente;
• A garantia do exercício do poder de polícia dos órgãos e entidades públicas,
especialmente da área fazendária, sanitária, de proteção ambiental, de uso e
ocupação do solo e de patrimônio cultural.
➢ Cooperar com órgãos de defesa civil; e
➢ Atuar preventivamente como força de dissuasão e repressivamente como de
restauração da ordem pública.
A Polícia Militar é comandada por oficial da ativa do último posto da corporação. Terá,
ademais, quadro de pessoal civil para a execução de atividades administrativas, auxiliares de
apoio e de manutenção.
Os cargos não previstos nos quadros de organização da corporação poderão ser exercidos
pelo pessoal da Polícia Militar, por nomeação do Governador do Estado.
O cargo de Oficial da Polícia Militar, pertencente ao Quadro de Oficiais Policiais Militares
(QOPM), organizados em carreira que dependa de aprovação em concurso público e diploma
de Bacharel em Direito, exerce função essencial à justiça e à defesa da ordem jurídica, vedada a
vinculação a quaisquer espécies remuneratórias às demais carreiras jurídicas do Estado.
Aos Oficiais da Polícia Militar é assegurada independência funcional pela livre convicção
nos atos de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública.