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História Militar
Guerra Colonial 1961-1974
• Agenda
1. Decorreu então por parte das FA uma reorganização das forças estacionadas nas “províncias
ultramarinas” baseada em três pontos:
1. Implantação das Forças Militares em todo território, com unidades fixas, designadas por
unidades de quadrícula, que tinham como missões:
a) Ações de Nomadização dentro da sua quadrícula;
b) Patrulhamentos;
c) Proteção de Itinerários, permitindo neste caso a liberdade de movimentos e de ação;
d) ações que garantissem o bem-estar e a segurança das populações que nos era afetas;
e) evitar o apoio da população à guerrilha;
f) estabelecimento de bases no território.
• Mais tarde por pressão de alguns setores do exército foram extintos, passando
as unidades em África, a constituírem-se em Batalhões de Caçadores e as
ações fora da quadrícula a serem executadas por forças especiais do tipo
Comandos, e com os denominados Grupos Especiais (GE), constituídos por
nativos afetos e ex-guerrilheiros.
Guerra Colonial 1961-1974
Guerra Colonial
Operações em África
Guerra Colonial 1961-1974
Angola
Guerra Colonial 1961-1974
• Angola
– Sem possibilidade de um fim político no sistema colonial da administração do território,
ocorreu em Luanda algumas ações levadas a cabo pelo Movimento para a Libertação de
Angola (MPLA) em 04 de fevereiro de 1961, tentando tomar de assalto algumas esquadras
de polícia.
– Mais tarde a União dos Povos de Angola (UPA) depois Frente Nacional de Libertação de
Angola (FNLA), lançam uma série de ataques mortíferos a quintas e plantações isoladas no
Norte de Angola, tentando erradicar a população branca, tendo como apoio o Ex-Congo
Belga de onde saíram para perpetrar o ataque em 15 de março de 1961.
– Com o alastrar dos ataques, cada vez mais selváticos e com origem étnica, Salazar decide
reforçar o contingente em Angola em abril de 1961: “Para Angola rapidamente e em força!”
Guerra Colonial 1961-1974
• Angola
• Operação Viriato
• A UPA havia-se instalado no chamado "Reino de Nambuangongo", cuja
fronteira Sul era definida pelo Rio Lifune, depois de destruída a ponte sobre o
mesmo rio, em Anapasso.
• Em consequência o Comando Chefe ordenou a imediata ocupação de
Nambuangongo e os estrategas começaram a delinear as táticas e as
manobras operacionais, no sentido de conseguir o desiderato do poder político.
Foi assim estabelecido um plano de ocupação de Nambuangongo (Operação
Viriato), que seria conseguida do seguinte modo: Três forças autónomas
avançariam sobre Nambuangongo por três itinerários convergentes naquela
povoação.
• Após atravessaram um itinerário densamente arborizado e de serem fustigados
pelo inimigo pelo caminho, conseguem reconstruir a ponte e chegar a
Nambuangongo que foi libertada em 09 de Agosto de 1961.
Guerra Colonial 1961-1974
Operação Viriato
Guerra Colonial 1961-1974
Operação Viriato
Guerra Colonial 1961-1974
Guiné
Guerra Colonial 1961-1974
• Guiné
• A situação encontrada na Guiné-Bissau ou Guiné Portuguesa como era
denominada na altura, é diferente da de Angola, pois no terreno só se encontra
uma única força de guerrilha o Partido Africano para a Independência da Guiné
e Cabo-Verde (PAIGC), que inicia o conflito em 23 de janeiro de 1963 através
do ataque ao quartel em Tite.
• Em 1969 a luta que o PAIGC nos impunha era muito dura tendo em conta os
fatores apontados, os apoios logísticos e militar não só em armamento como
em treino e santuários na Guiné-Conacry, além do clima, da densa rede de
canais e rios, da arborização cerrada, a escassez de alimentos e a guerrilha
que nos era imposta que permitia a fuga rápida para a fronteira.
Guerra Colonial 1961-1974
• Guiné
• Operação Tridente
• A Operação Tridente foi o nome dado a uma operação militar combinada de forças do Exército,
Marinha e Força Aérea, decorrida em Janeiro de 1964, no decurso da Guerra Colonial na
Guiné-Bissau, que tinha como finalidade ocupar as três ilhas que constituem a região do
Como: Caiar, Como e Catungo, que desde 1963, estavam sob domínio dos guerrilheiros do
Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde.
• Segundo um relatório médico de uma das companhias «Dos 151 homens que
participaram na Operação Tridente, encontram-se em tratamento 132», o que descreve
as péssimas condições sanitárias e climatéricas a que estiveram sujeitos os militares.
Guerra Colonial 1961-1974
Guerra Colonial 1961-1974
Operação Tridente
Guerra Colonial 1961-1974
Moçambique
Guerra Colonial 1961-1974
• Moçambique
• Em Moçambique a guerra é desencadeada em 1964 nos distritos de Cabo
Delgado, Niassa e Tete, pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO)
que entram no território da província ultramarina vindos de bases levantadas
fora das fronteiras, nomeadamente, na Tanzânia e Malawi.
• Moçambique
• A Operação Nó Górdio
– Foi a maior e mais dispendiosa campanha militar portuguesa na província ultramarina de
Moçambique, na África Oriental. Decorreu em 1970, durante a Guerra Colonial Portuguesa
(1961 - 1974). Os objetivos desta campanha consistiam em erradicar as rotas de infiltração
das guerrilhas independentistas ao longo da fronteira com a Tanzânia e destruir as suas bases
permanentes em Moçambique. A Nó Górdio durou sete meses, mobilizou no total trinta e cinco
mil militares e foi parcialmente bem-sucedida.
– A operação consistia num cerco intenso com vista ao isolamento do núcleo central do Planalto
dos Macondes, onde se encontravam as grandes bases de Gungunhana (objetivo A),
Moçambique (objetivo B) e Nampula (objetivo C). Após conseguido o isolamento, estava
programado o assalto e destruição destes objetivos. Atingindo estes objetivos, esperava-se
uma desarticulação e desmoralização da FRELIMO, embora esta não tenha sido impedida de
atuar em qualquer dos teatros de operações, conforme se verificou posteriormente.
Guerra Colonial 1961-1974
Guerra Colonial 1961-1974
Operação Nó Górdio
Guerra Colonial 1961-1974
• A ação militar em África tem um Balanço trágico, com perto de 9000 mortos, 30000
feridos e com cerca de 140000 ex-combatentes com stress pós-traumático, além das
inúmeras vítimas civis para ambos os lados.
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