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História de Angola
História pré-colonial
(Pré história-1575)
História Pré-colonial
Colonização (1575-1648)
Reconquista (1644-48)
Independência
Fraccionismo (1977)
Angolagate (1994)
Angola do pós-guerra
(2003-actualidade)
Ver também
Império Português
Guerra Colonial
Portal Angola
v•e
Seguindo uma série de tentativas frustradas de dominar a região em 1986, oito brigadas
da FAPLA realizaram uma ofensiva, conhecida como "Operação Saludando Octubre"
em agosto de 1987 contra as bases da UNITA em Jamba e Mavinga, contando com
apoio de armas e tanques T-62 soviéticos, bem como unidades motorizadas cubanas. A
África do Sul, que fazia fronteira com Angola por meio do território em disputa da atual
Namíbia, estava determinada em prevenir que a FAPLA ganhasse controle da região e
permitisse que a Organização do Povo do Sudoeste Africano atuasse no local, o que
colocaria o regime do Apartheid em cheque[9].
Índice
1 Preludio
o 1.1 A Guerra Civil Angolana
o 1.2 O MPLA no poder
o 1.3 FAR
o 1.4 URSS
o 1.5 A Jamba
2 A batalha
o 2.1 Mavinga
o 2.2 O cerco de Cuito Cuanavale
o 2.3 Desfecho
3 Referências
4 Ver também
Preludio
A Guerra Civil Angolana
Até 1975, Angola foi um dos territórios coloniais africanos do Império Português tal
como Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, regidas por
Portugal. No entanto surgiu uma guerra de guerrilha entre o governo colonial e três
movimentos revolucionários armados, a FNLA (Frente Nacional de Libertação de
Angola), a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) e o MPLA
(Movimento Popular de Libertação de Angola), com um acréscimo no norte, na região
de Cabinda levada a cabo pela FLEC (Frente de Libertação do Enclave de Cabinda),
um movimento separatista) que reclamava a independência autónoma de Cabinda em
relação a Angola.
Angola foi só uma das frentes da Guerra do Ultramar, durante a qual, o estado
português tentou manter os seus territórios coloniais ao contrario da tendência das
outras nações europeias como a Grã-Bretanha e a França que estavam a entregar a
independência gradualmente às suas colónias.
O preludio da guerra civil angolana, tem a sua origem em 1974 quando se deu em
Portugal a Revolução dos Cravos, derrubando o regime salazarista. A junta militar que
ocupou o poder provisoriamente, decidiu acabar a Guerra do Ultramar mas deixar as
tropas nas colónias até à sua independência. No entanto, devido a pressões internas,
decidem abandonar Angola até o outono de 1975, sem que nenhum dos movimentos
revolucionários estivesse no controle da nação. Uma decisão problemática que afetou o
desfecho da guerra civil em Angola.
O MPLA no poder
A 10 de Novembro uma ofensiva da FNLA que tinha o apoio do Zaire com um reforço
do exercito zairense de 1.200 soldados, num célebre confronto que viria do norte de
Luanda que ficou conhecido pela Batalha de Kifangondo[15] não aconteceu por ordem
dos USA a FNLA. Os USA mandaram a FNLA recuar e não engajar em luta armada.
Nos anos seguintes, o governo do MPLA e as suas forças militares lutaram contra
guerrilheiros armados pelo Zaire, Estados Unidos da América e pela África do Sul, até
que em 1984 a FNLA de Holden Roberto reconheceu a derrota, mantendo-se no entanto
a guerra contra a UNITA de Jonas Savimbi.
FAR
A intervenção da FAR começou apenas com 652 tropas de elite na Operação Carlota,
uma manobra militar levada a cabo em novembro de 1975 contra a incursão sul
africana[16], porém com a expansão da guerra nos anos seguintes Cuba, a pedido do
governo angolano, reforçou as suas forças militares de uma forma permanente, tendo
participado na batalha de Cuito Cuanavale 15.000 tropas cubanas[17]. A força cubana em
Angola chegou a ter 36.000 tropas activas.
URSS
A Jamba
Os EUA não reconheceram o governo angolano, acusando-os de comunistas, receando
que Angola se tornasse uma ponta de lança da União Soviética em África. Henry
Kissinger, Secretário de Estado dos Presidentes Richard Nixon e Gerald Ford, chegou
mesmo a afirmar que o governo do MPLA era uma ameaça à liberdade em África[19].
Nos anos oitenta a administração de Ronald Reagan promoveu a guerra de guerrilha nos
países com ligações ao Bloco de Leste, em países como a Nicarágua e Angola. Já desde
1977 que os Estados Unidos da América apoiavam UNITA, vindo a reforçar esse apoio
no governo Regan[20]. Um dos projectos mais importantes da ajuda americana foi a
Jamba, o refugio e quartel-general das forças da UNITA no sudoeste de Angola[21]. Na
Jamba, Jonas Savimbi líder da UNITA, construiu uma base militar bem defendida para
lutar contra o governo MPLA e criou um mini-estado.
A batalha
Mavinga
O ataque a Mavinga foi uma derrota total para as forças angolanas, com baixas
estimadas em 4000 mortos[25]. A manobra de contra-ataque das SADF, nomeada
Operação Modular foi um êxito, forçando as tropas das FAPLA e das FAR a retroceder
200 quilómetros de volta a Cuito Cuanavale numa perseguição constante através da
Operação Hooper.
Desfecho
O impasse militar de Cuito Cuanavale foi reclamado por ambos lados como uma vitória.
O lado angolano afirmou que com a defesa de Cuito Cuanavale, em situação precária e
situação inferior, impediram a invasão do território angolano, pelas forças da África do
Sul. Porém na África do Sul os partidários da guerra proclamavam como triunfo o facto
de o exército deles menos equipado mas melhor treinado ter impedido o avanço do
comunismo.
Referências
Notas
1.
Jaster. "The 1988 Peace Accords and the Future of South-western Africa". Adelphi
Papers (The International Institute for Strategic Studies, London) p. 253.
ibid.
Boletim; New York Times. 20 de abril de 1988
Gleijeses, Piero . Mail and Guardian. África do Sul. 7 de Julho, 2007. [1].
Marcum, John (1990). "South Africa and the Angola-Namibia Agreement", in:
Disengagement from Southwest Africa: The Prospects for Peace in Angola and
Namibia. por Owen Ellison Kahn. New Brunswick: University of Miami Institute for
Soviet and East European Studies. p. 135.
Tanques de Cuba
Afrique Express (em francês)
"MiG-21 de Cuba em acção"
Saney, Isaac. "African Stalingrad: The Cuban Revolution, Internationalism, and the
End of Apartheid." Latin American Perspectives 33.5 (2006): 81-117.
Saney, Isaac. "African Stalingrad: The Cuban Revolution, Internationalism, and the
End of Apartheid." Latin American Perspectives 33.5 (2006): 81-117.
Baines, Gary. South Africa's' Border War': Contested Narratives and Conflicting
Memories. Bloomsbury Publishing, 2015.
AngoNotícias (23 de março de 2010). «Batalha do Cuito Cuanavale registou-se há
22 ano». Info Angola. Consultado em 22 de janeiro de 2011 Verifique data em:
|acessodata=, |data= (ajuda)
Saney, Isaac. "African Stalingrad: The Cuban Revolution, Internationalism, and the
End of Apartheid." Latin American Perspectives 33.5 (2006): 81-117.
Porter, Bruce D. The USSR in Third World Conflicts: Soviet Arms and Diplomacy
in Local Wars, 1945-1980. 1986, p. 149.
Bridgland, Fred. "CIA man Roberto: Burying the Last of Angola's 'Big Men'".
Indymedia. 9 de agosto de 2007. [2]
George, Edward. em: The Cuban Intervention in Angola, 1965-1991. Frank Cass,
London, New York, 2005, pás. 77-78.
Saney, Issac. em: African Stalingrad: The Cuban Revolution, Internationalism and
the End of Apartheid, Latin American Perspectives, Vol. 33, No. 5. Setembro 2006. pás.
81-117
Georges A. Fauriol and Eva Loser. Cuba: The International Dimension. 1990. p.
164.
Relatório do Departamento de Estado dos EUA
Presidente angolano inaugura memorial
que eterniza Batalha do Cuito Cuanavale
Pub
José Eduardo dos Santos descerrou a placa daquela infraestrutura que simboliza a
célebre batalha do Cuito Cuanavale, travada a 23 de março de 1988, que opôs as ex-
Forças Armadas Populares de Libertação de Angola, auxiliadas por tropas cubanas, a
militares da África do Sul, no sudeste do país.
O espaço, que inclui ainda uma biblioteca, nesta primeira fase, prevê para a sua segunda
etapa de construção, a edificação de uma vila turística, com 120 apartamentos, uma
piscina, dois restaurantes, centros sociais e comerciais e 12 residências protocolares,
para criar condições infraestruturais com vista a impulsionar visitas ao loca
Luanda - Nesta batalha, o mito da invencibilidade do exército da África do Sul foi
quebrado, alterando dessa forma, a correlação de forças na região austral do continente,
tornando-se o ponto de viragem decisivo na guerra que se arrastava há longos anos. por
outro lado, a superioridade demonstrada pelas FPLA no campo de batalha fez com que
o regime do apartheid, aceitasse a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram
origem a implementação da Resolução 435\78 DO Conselho de Segurança da ONU,
lavando a independência da Namíbia e ao fim do regime de segregação racial, que
vigorava na África do Sul. Wikipédia
Fonte: Club-k.net
Tenho
acompanhado o debate sobre a histórica Batalha do Cuito Cuanaval, que durou quinze
horas, no dia 23 de Março de 1988, tendo comos exércitos de Angola ex FAPLA e da
África do Sul, num território externo da África do Sul ou seja, violando a fronteira de
um Estado soberano, ajudado pelo então beligerante Unita por via do seu braço armado,
as FAlAS.
Neste texto pretendo trazer ao debate o que as fontes académicas dizem, mormente,
historiadores e pensadores de grande credibilidade como o Americano Douglas Wheeler
e o Francês René Pelissier, académicos de grande prestígio global, pelo que nos parece,
não fazem por bajulação ou a procura de qualquer promoção, até que têm notoriedade e
não estão num palácio para assegurarem o lugar. Segundo esta fonte, nos ensina o
seguinte «Talvez a batalha mais decisiva tenha ocorrido no cerco de Cuito Cuanaval,
durante um combate de quinze horas a 23 de Março de 1988, quando as forças cubanas
e do MPLA derrotaram as forças da África do Sul e da UNITA.» Wheeler et Pélissier,
in História de Angola, pag. 365, ed.Tinta da China.
Depois da magna conferência do General José Maria, Chefe do SIM e um temível
militar que conhece bem a trajetória do conflito, homem de grande craveira intelectual
clássica, constatamos que certos dirigentes da Unita que nos parece se terem ressentido
com a brilhante intervenção, pronunciaram-se, procurando questionar a veracidade dos
factos sobre a tão sangrenta batalha. No entanto, isto não ficou por ai, no Parlamento os
antigos apoiantes do Exército Sul-africano, contra o Governo legítimo de Angola,
começaram a questionar dirigentes do MPLA sobre a sapiente conferência, procurando
criar dúvidas sobre a capacidade do Governo Angolano fazer coisas que superam a
vanglória neocolonial do Apartheid. Estranha forma de ser patriotas… Tais dirigentes
da Unita, organizaram outra conferência e para o espanto de pessoas atentas com a
História do pensamento Político Angolano, desafiam a sociedade com artigos e
discursos como o do Presidente da Unita e o artigo do Deputado Kamalata Numa,
tempestuoso, mas com certo grau de frontalidade e pronto para o debate, manifestando
democraticidade, respondeu algumas afirmações sobre a mesma batalha histórica,
duvidando da sua magnitude. sobre a magnitude da mesma, rezam as fontes o seguinte:
«Nesta batalha, o mito da invencibilidade do exército da África do Sul foi quebrado,
alterando dessa forma, a correlação de forças na região austral do continente, tornando-
se o ponto de viragem decisivo na guerra que se arrastava há longos anos. por outro
lado, a superioridade demonstrada pelas FPLA no campo de batalha fez com que o
regime do apartheid, aceitasse a assinatura dos Acordos de Nova Iorque, que deram
origem a implementação da Resolução 435\78 DO Conselho de Segurança da ONU,
lavando a independência da Namíbia e ao fim do regime de segregação racial, que
vigorava na África do Sul. fica também para a história, o facto de ambos os lados terem
clamado vitória. Segundo o Wikipédia , está fonte é credível e reconhecida importância
científica e plural, não foi escrita por nenhum General Angolano, interessado em
vangloriar-se, parece ser a verdade que não se confunde com os lugares…
Devemos todos contribuir para que o debate público seja feito com certa eticidade, pois,
há uma tendência da Unita vitimizar-se e auto-excluir-se quando se fazem afirmações
verdadeiras, acusando «intolerância, violação da reconciliação nacional» por parte dos
dirigentes do Estado ou quadros do MPLA, quando a Unita e seus dirigentes, fazem uso
constante de afirmações insultuosas sobre o MPLA ou seus dirigentes ou pessoas
ligadas com actividade histórica dirigida pelo Governo ou do MPLA. É bem verdade
que, em democracia a oposição, tem direito a contestação de afirmações que atentem
contra a verdade histórica ou sejam contrárias aos seus valores. Mas, já não é aceitável
que, quem faz afirmações absurdas ou irracionais ou teve alianças vergonhosas seja em
que época for, venha sem pudor pretender negar factos evidentes como a batalha do
Cuito Cuanaval, como sendo «mito» ou a negação da derrota dos seus aliados. Haja
consciência histórica e consequentemente moral, devia haver um mínimo de
razoabilidade moral, sob pena de um dia negar-se a Independência Nacional, as
reformas encetadas e com sucesso, a destruição do País e a traição dos africanos com
aliança ao apartheid, como se tudo valesse…
Importa lembrar que, ouvimos insultos contra nós, boatos ou outros dirigentes do
MPLA ou do Estado, mas calamo-nos, não por falta de argumentos, por acharmos que a
liberdade de expressão é uma riqueza da democracia. mas não aceitaremos a negação da
verdade histórica, pode-se defrontar argumentos ou justificar, mas considerar um «
mito» o passivo da Unita, segundo Mwekalia, levará a alienação da juventude como
sempre a Unita e seus dirigentes parecem patriotas e são os primeiros chamarem os
outros de «assimilados, criolos, corruptos, ditadores etc», mas se alguém lhes faz
lembrar o passado e as consequências presentes, reagem com uma actitude que
manifesta ressentimento histórico, trata-se de um dilema psiquiátrico ou psicológico,
mas que não é aceitável num debate de ideias que deve ser plural, mas com
verosimilhança, nunca com mentiras ou a negação do sucedido, é grave, pois, a
democracia pode-se fazer com omissões, nunca com mentiras, por inquinar a confiança
e o consequente descrédito das instituições.
Se a Batalha do Cuito Cuanaval fosse tão simples e sem importância estratégica para a
Região e o Continente Africano, tendo decorrido no território nacional, no Cuando
Cubango, porquê coincidiu com os Acordos de Nova Iorque e a consequente retirada
dos cubanos, a proclamação da independência da Namíbia e a libertação de Mandela?
sendo a africa do Sul uma potência económica e militar, o que levou então os encontros
de Londres, Cairo e Nova Iorque? Porquê razão não derrubou o Governo Angolano e
aceitou retirar-se, sabendo que tinha ganho a guerra ou a referida Batalha? É preciso não
esquecer que a SADC tem o 23 de Março como uma data histórica da região e o
Presidente José Eduardo dos Santos recebeu as homenagens mais elevadas no Governo
do Presidente Zuma e Pohamba daÁfrica do Sul e da Namíbia respectivamente.
Todos teóricos da guerra como Maquiavel ou Tsun sun, ensinam que não se faz uma
batalha senão for para ganhar ou obter riqueza e obrigar o adversário ou inimigo a ser
vergado. Ora, se Angola fosse derrotada, não haveria necessidade de assinar-se um
Acordo, bastava marchar até Luanda, derrotando o Socialismo e vencendo apenas o
Capitalismo defendido pela Unita e seus aliados. as eleições de 1992, antecedidas de
uma reforma política para a democracia, segundo Anstee 1997, prova a força moral dos
ideais de Neto e seguidas por JES: «a nossa luta continua na Namíbia, África Sul e
Zimbabwé», não baste defender democracia ou capitalismo é preciso autoridade moral
para saber os limites das ideologias…
A História é feita por homens sérios, honestos ou de valores, ficando como heróis; mas
também é feita de fanfarrões, desonestos e sem valores ou vilões, estando por isso, do
lado errado da História…
o que interessa para os angolanos da nova geração não é apenas o que fez este ou
aquele, mas qual foi o impacto positivo ou negativo dos ideais que cada um defendeu,
isto, basta para lembrar que a guerra foi má e gerou mortes, estropiados e pobreza e a
paz trouxe esperança e desenvolvimento como habitação social, novas cidades e
centralidades, estradas, hospitais, escolas, universidades e reconhecimento internacional
que não se pode negar, ainda fossemos cegos.
Recomendado:
Registo de Memórias: Batalha de Cuito
Cuanavale
Por
redacao
-
23/07/2015
Batalha do Cuito Cuanavale em mural no museu das Forças Armadas angolanas (Foto:
Divulgação)
Batalha do Cuito Cuanavale em mural no museu das Forças Armadas angolanas (Foto:
Divulgação)
A Batalha de Cuito Cuanavale foi o maior confronto militar da Guerra Civil Angolana,
ocorrido entre 15 de Novembro de 1987 e 23 de Março de 1988 . O local da batalha foi
o sul de Angola na região do Cuito Cuanavale na província de Cuando-Cubango, onde
se confrontaram os exércitos de Angola FAPLA (Forças Armadas Populares de
Libertação de Angola) e Cuba (FAR) contra a UNITA (União Nacional para a
Independência Total de Angola) e o exército sul-africano. Foi a batalha mais prolongada
que teve lugar no continente africano desde a Segunda Guerra Mundial.
A batalha
O ataque a Mavinga foi uma derrota total para as forças angolanas, com baixas
estimadas em 4000 mortos. A manobra de contra-ataque das SADF, nomeada Operação
Modular foi um êxito, forçando as tropas das FAPLA e das FAR a retroceder 200
quilómetros de volta a Cuito Cuanavale numa perseguição constante através da
Operação Hooper.
Sabendo que caindo Cuito Cuanavale o inimigo seguiria para Menongue, uma base
aérea importante do governo, as FAPLA restabeleceram-se ai, retendo com dificuldade
o avanço da UNITA e das SADF. As três brigadas sobreviventes da força original
barricaram-se a leste do Rio Cuito, do outro lado da povoação de Cuito Cuanavale,
aguentando as forças rivais durante três semanas, sem blindagem nem artilharia para se
defenderem e sem provisões. O presidente de Cuba Fidel Castro, a pedido do governo
angolano, enviou mais 15.000 soldados de elite para ajudar ao esforço da batalha, dando
o nome a essa movimentação de tropas de Manobra XXXI Aniversário da FAR. Com o
reforço cubano, o número de tropas no país passava de 50.000. A 5 de Dezembro de
1987 o primeiro reforço militar chegou ao posto das FAPLA em Cuito Cuanavale.
Entretanto as SADF aproveitaram o impasse para trazer reforços, levando a cabo cinco
assaltos contra os postos angolanos nos meses seguintes, não conseguindo vencer os
defensores. Uma das situações que ajudou imenso a UNITA, foi a estação das chuvas
que atrasou o avanço das tropas vindo de Menongue, através de caminhos lamacentos,
carregados de minas anti-pessoais pela UNITA e de emboscada. Quando o grosso dos
reforços chegaram, já tinha começado a batalha final.
Desfecho
O impasse militar de Cuito Cuanavale foi reclamado por ambos lados como uma vitória.
O lado angolano afirmou que com a defesa de Cuito Cuanavale, em situação precária e
situação inferior, impediram a invasão do território angolano, pelas forças da África do
Sul. Porém na África do Sul os partidários da guerra proclamavam como triunfo o facto
de o exército deles menos equipado mas melhor treinado ter impedido o avanço do
comunismo.