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Parte 5: A Guerra pela Independência de Angola

(texto corrido)

Overview:Geral
A luta armada pela independência do país começou em 4 de fevereiro 1961, com um ataque à
prisão de Luanda que tinha por objetivo libertar presos políticos detidos naquelas instalações.
Aconteceram também ataques sangrentos e massacres em quintas e aldeias noutros pontos de
Angola.

Encontramos a combater as tropas portuguesas a UNITA (União Nacional pela Libertação


Total de Angola), o MPLA (Movimento Popular para Libertação de Angola) e a FNLA
(Frente Nacional para a Libertação de Angola). Na sequência da revolução de 25 de Abril de
1974, Portugal concedeu a independência a todas as colónias, com Angola a içar a sua
bandeira a 11 de Novembro de 1975, depois da assinatura do Acordo de Alvor.

Os três grupos, que dividiram o país por zonas de influência, entraram em confronto entre si,
desencadeando uma guerra civil que se estendeu pelas décadas seguintes. A FNLA
abandonou a luta armada mais tarde, mas a UNITA continuou a combater o governo de
partido único, liderado pelo MPLA.

A esperança de paz renasceu em 1991 com a assinatura, entre MPLA e UNITA, do Acordo
de Bicesse, mas depois das eleições terem dado a vitória ao MPLA de José Eduardo dos
Santos, o líder da UNITA, Jonas Savimbi, regressou ao confronto armado.

Em 1994 nova possibilidade de paz com a assinatura do Protocolo de Lusaca, mas a


esperança durou pouco tempo.

Os confrontos militares só terminariam em 2002 com a morte, em combate, de Jonas


Savimbi.
Detailed:Detalhado
Fevereiro de 1961: Início da Guerra Colonial

A 4 de fevereiro, o Movimento Popular pela Libertação de Angola (MPLA),


que era apoiado pela União Soviética e por Cuba, atacou a prisão de São Paulo,
em Luanda, e uma esquadra da polícia. Foram mortos sete polícias. E no norte
do território, a UPA (União das Populações de Angola), que se dedica sobretudo
à guerrilha rural, desencadeou vários ataques contra a população branca. Angola
foi a primeira colónia onde se iniciou a luta armada organizada contra o
domínio português.

Março de 1961: Massacres em Angola

São perpetrados massacres nas regiões de São Salvador e Dembos e nos


distritos coloniais de Luanda, Kwanza Norte e Uíge, em Angola, depois da
agitação da UPA. Fontes da época falam na morte de 1.200 brancos e 6.000
negros. Assistiu-se à destruição de fazendas, postos administrativos e
destacamentos da polícia por parte de bakongos. As operações do Exército
português contra a UPA prolongaram-se durante oito meses.

Junho de 1961: A fuga dos estudantes de Portugal para a luta de


independência

Um grupo de estudantes de Angola, Moçambique, Cabo Verde e de outras


colónias fogem de Portugal e da ditadura de Salazar para se juntarem à luta de
libertação. A fuga clandestina mudou o futuro dos países africanos de expressão
portuguesa. Alguns destes nacionalistas viriam a ser presidentes, ministros,
generais ou médicos e teriam um papel relevante na condução do destino dos
seus países.

Outubro de 1964: MPLA abre Frente Leste


Depois da independência da Zâmbia, o MPLA abre a Frente Leste, aumentando,
desta forma, a sua zona de influência. Antes operava principalmente em
Cabinda e a norte de Luanda. Já a FNLA (Frente Nacional de Libertação de
Angola), outro movimento independentista, tinha a sua área de atuação no norte
de Angola, junto à fronteira com o Zaire (atual República Democrática do
Congo). O MPLA abandonará a Frente Leste em 1973 devido a problemas de
abastecimento.

1966: Formação da UNITA

Esta região seria reocupada mediante operações militares de grande


envergadura que, porém, não conseguiram conter o alastramento das ações
de guerrilha a outras regiões de Angola, como Cabinda, o Leste, o Sudeste e
planalto central. Ao MPLA, que desempenhou um papel fundamental, deve-se
acrescentar, a partir de 1966, a ação da União Nacional para a Independência
Total de Angola (UNITA).

1958-1974
Do Início ao Fim da Guerra Colonial
A Guerra de Independência de Angola, também conhecida como Luta
Armada de Libertação Nacional,[9] foi um conflito armado entre as
forças independentistas de Angola — UPA/FNLA, MPLA e, a partir de 1966,
a UNITA — e as Forças Armadas de Portugal.
Na opinião do MPLA, a guerra teve início a 4 de Fevereiro de 1961, quando um
grupo de cerca de 200 angolanos, supostamente ligados a este
movimento, atacou a Casa de Reclusão Militar, em Luanda, a Cadeia da 7.ª
Esquadra da polícia, a sede dos CTT e a Emissora Nacional de Angola.
No entanto, para Portugal e para a FNLA, a data é 15 de Março do mesmo ano,
data do massacre das forças de Holden Roberto, a UPA, na região Norte de
Angola. A guerra prolongar-se-ia por mais 13 anos, terminando com um cessar-
fogo em Junho (com a UNITA) e Outubro (com a FNLA e o MPLA) de 1974.
 A independência de Angola foi estabelecida a 15 de Janeiro de 1975, com a
assinatura do Acordo do Alvor entre os quatro intervenientes no conflito:
Governo português, FNLA, MPLA e UNITA. A independência e a passagem de
soberania ficou marcada para o dia 11 de Novembro desse ano.

No entanto, uma das principais ameaças dos guerrilheiros vinha do seu interior:
disputas tribais, diferenças étnicas e culturais. Ao longo do conflito, a
UPA/FNLA, o MPLA e a UNITA, que actuavam em diferentes regiões de
Angola, por vezes defrontavam-se entre eles. Estas divergências iriam agudizar-
se após a Independência de Angola, com a Guerra Civil Angolana.
Em Portugal, a guerra colonial era há muito tempo contestada: a população via
os seus familiares a morrer ou a ficarem deficientes; o país via os seus recursos
financeiros a esgotarem-se, a produção a decair e a inflação a subir; e surgiam
vozes discordantes do regime, desde a esquerda à direita, passando pela igreja
católica, pelos movimentos estudantis e pelas associações sindicais.
 Aliada a esta contestação social, e a uma pressão internacional sobre a
condução da Guerra Colonial Portuguesa, vai crescendo a influência comunista
sobre os militares portugueses. O fim da guerra em Angola culminará com
um golpe de Estado militar em Portugal, a Revolução dos Cravos, a 25 de Abril
de 1974.
: Atividade da UPA

Com motivações essencialmente tribais, e dirigidos de forma autocrática


por Holden Roberto, a atividade da UPA caracterizou-se pela guerrilha rural,
realizada por pequenos grupos armados, e pelo massacre de populações, como
já se previa na sua primeira acção. Com catanas e algumas espingardas,
os canhangulos, procuravam apoderar-se das armas das fazendas e postos
administrativos atacados. Não manifestaram interesse em consolidar o domínio
territorial, conseguido nos primeiros dias, nem foi apresentado qualquer
programa político.
O Conflito
 4 de Fevereiro de 1961
A 4 de Fevereiro, um grupo de cerca de 200 angolanos, alegadamente ligados ao MPLA, ataca a Casa
de Reclusão Militar, em Luanda, a fim de libertar presos políticos.

 16 de Março de 1961
O dia 15 de Março marca o primeiro ataque das forças de Holden Roberto, a UPA, na região Norte de
Angola, em particular nas províncias do Uíge e do Zaire. O massacre durou cerca de três dias. As
forças da UPA invadiram postos administrativos e fazendas, matando todas as pessoas que
encontravam, independentemente de serem brancos ou negros (já integrados no sistema colonial),
homens, mulheres ou crianças.

 Até a Abertura da Frente Leste


Quando Jonas Savimbi criou a UNITA, esta passou a controlar a Zâmbia e algumas partes de Angola
no interior (Huambo). Nesta altura, a UPA/FNLA controlava o Noroeste (Uíge e Zaire). Enquanto o
MPLA controlava o Norte (nomeadamente Luanda).

 Após a Abertura da Frente Leste


A partir de 1967, a estratégia do MPLA é o controlo da zona Leste de Angola, junto da fronteira com a
Zâmbia. Juntos, o governo do MPLA, a população e a guerrilha começam a obter algum sucesso
militar e é criado o conceito de "zona libertada".

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