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O conteúdo da 12ª classe estuda a história dos povos africanos, com especial
destaque da África Austral e em particular do povo angolano.
Essa luta foi marcada pelas vitórias das forças progressistas (F P), seguida
pela queda do império colonial português nos anos 75. A libertação destes
países não foi o fim da luta, pois havia mais de 25 milhões de africanos na
Namíbia e na África do sul, subjugados pelo regime de apartheid.
Já nos anos 80 a luta vai ser pela conquista de uma verdadeira independência
da Namíbia (1990), e da África do sul (1910).1
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Material seleccionado e elaborado pelo professor Belchior Ngando kalueyo
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Tema 1- A África Austral no último quarto do século XX
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Actual Zimbabwe
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Swapo: Organização dos Povos do Sudoeste Africano;
ZANU: União Nacional Africana do Zimbabwe;
ANC: Congresso Nacional Africano.
Material seleccionado e elaborado pelo professor Belchior Ngando kalueyo
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Na verdade foi neste âmbito que se arquitectou a estratégia política e militar
contra Angola na tentativa da sua transformação numa zona da esfera de
influência da guerra fria. O objectivo principal era o derrube do regime, Angola
através do apoio material bélico há determinado organizações armadas.
a) A independência de Moçambique
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utilizam. 55% Seguem crenças tradicionais, 32% professam a religião católica e
13% são Muçulmanos.
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As Vitorias contras o regime colónias português eram cada vez mais altas,
muitas regiões foram libertadas da ocupação colonial. As derrotas em África
quer queiramos ou não, foi um dos factores mais determinantes do
levantamento militar a 25 de Abril de 1974, em Lisboa que pós fim o regime
colonial fascista.
b) A independência de Angola
Língua oficial mas também são fados outras línguas Bantu nos pais usadas por
mais de 93% da população
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Portugal através do uso da força procurou reprimi-las, mas o movimento
contestatário contínuo espalhando-se para outras regiões do território
chamando atenção a emancipação total e completa de Angola. Os
nacionalistas criaram bases a partir das Repúblicas do Congo Kinshasa, Congo
Brazaville e na República da Zâmbia, onde desenvolveram luta contra o regime
colonial português até ao fim do fascismo ao 25 de Abril de 1974 em Portugal.
Esta cimeira tornou-se histórica, pós pela primeira vez, na história da luta pela
independência de Angola, os três líderes protagonistas encontravam-se sob o
mesmo tecto para discutir os problemas inerentes ao processo de
independência. A cimeira foi um sucesso, pós afirmou o MPLA, FNLA e a
UNITA como os únicos legítimos representantes do povo angolano e declarava
Angola como uma nação una e indivisível nos seus limites geográficos e
políticos.
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nomeadamente, Lopo do Nascimento ( MPLA), Jony Pinok Eduardo ( FNLA)
e José Ndele ( UNITA).
c) A independência do Zimbabwe
Este país tem uma superfície de 390.759km2, é composto por dois grupos
étnicos (bantu) os Shona e os Ndebele. As cidades mais importantes são:
Harare (Capital), Bulawayo e Gwelo, o Inglês é a língua oficial do país.
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política levando acabo ate a capital do país. Esses comprometeram em actuar
junto e ter um inimigo comum e defender princípios comuns para representar o
seu povo.
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países da linha da frente em particular o governo da República Popular
de Angola sob pressão da guerra exaustiva que vinha provocando no sul
do país com intenção de forçar o governo angolano a concordar com a
retirada das tropas cubanas do território Nacional.
Em Agosto de 1985, foram assassinados em Harare e Maputo os
activistas sul-africano ligados ao ANC representantes do partido da
maioria negra da África do Sul. Relativamente Angola quando fora
portuguesa, a Força sul-africana de Defesa (SADF), gozava de uma
ampla libertinagem de acção na zona da fronteira de Angola com a
Namíbia, facilidades para a implementação de baseada SWAPO em
território angolano.
Para além destas preocupações a África do Sul fizera importantes
investimentos em projecto como a barragem do Kunene, Cabora Baça
em Moçambique e na exploração de diamantes. O fim da Angola
portuguesa era encarado por Pretória como total e inevitavelmente
ameaçador dos interesses económicos.
Inicialmente, só a vitória da FNLA parecia vir ao encontro das
necessidades da África do Sul. O MPLA esta claramente fora de causa
devido ao seu credo marxista a UNITA, com as suas finalidades étnicas
com a SWAPO, OS Ovambos, há muito que associava á causa da
Namíbia. No entanto a campanha empreendida por Savimbi depois da
queda do regime fascista de Marcelo de Caetano5, em busca de apoio
dos brancos em Angola e de simpatia no estrangeiro provocou uma
gradual revisão da posição de Pretória.
O regime do Apartheid Sul-africano desenvolveu acções militares,
politicas, diplomáticas e económicas com a cumplicidade de alguns
países da (OTAN ou NATO )6 como os EUA que por ligações directa ou
indirecta que possibilitaram á República da África do Sul, resistir ás
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Ao 25 de Abril de 1974 em Lisboa.
SWAPO: Organização dos Povos do Sudoeste Africano
Material seleccionado e elaborado pelo professor Belchior Ngando kalueyo
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OTAN ou NATO. Organização do Tratado do Atlântico Norte.
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acções económicas e ao embargo de armamentos a que estava sujeita
pelas Nações Unidas.
Países da Linha da Frente era uma união voluntaria de Estados membros cuja
finalidade era criar um sistema de compromisso de reciprocidade de acções e
apoio ao Movimento de Libertação Nacional na luta contra o regime colonial e o
Apartheid instalado em Angola, Moçambique, Namíbia, Zimbabwe e na África
do Sul.
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1.4 A independência da Namíbia
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Organização Popular do Sudoeste Africano
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careciam de credibilidade e o movimento de libertação nacional anunciou a sua
decisão de continuar com a luta armada ate a independência total do país.
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1.5 O Apartheid
Apartheid é uma palavra da língua afrikaans que significa vida separada e que
foi adoptada legalmente em 1948 na África do Sul para implantar um regime
segundo o qual os brancos detinham o poder e outros povos eram obrigados a
viver separadamente de acordo com regras que os impediam de ser
verdadeiros cidadãos, este regime foi abolido por Frederik de Klerk e Nelson
Madela em 1990.
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Material seleccionado pelo professor Silvestre José
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insuflavam nos povoados negros e mantinham o terrorismo urbano na década
de 1980.
Sob esta pressão posição do governo da África do sul mudou. Para espanto de
muitos africânderes, quando Pieter Willem Botha assumiu o cargo de
Primeiro-ministro em 1978.começou lentamente a demonstrar uma politica de
concessões: as indagações quanto ao futuro da África do Sul pareciam,
finalmente, se deslocar da possibilidade de abolir o Apartheid para a questão
dos termos em que poderia ser concedido ao governo a maior negra. Esta
iniciativa diminuiu, em breve e a crescente desconfiança entre os seus
partidários instaurando uma nova constituição em 1983.
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Em Abril de 1994, com enfeito de todos processo político de mudança na África
do Sul, realizaram-se eleições legislativas e presidenciais, ganho pelo ANC9,
em que Nelson Mandela tornou-se no primeiro presidente negro da África do
Sul, após o Apartheid.
Esta cimeira tornou-se histórica após pela primeira vez, na luta pela
independência de Angola os três protagonistas encontravam-se sob o mesmo
tecto para discutir os problemas inerentes ao processo de independência.
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Congresso Nacional Africano
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Movimento das Forças Armadas
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Os três líderes de 10 a15 de Janeiro 1974 assinaram em Portugal o acordo de
Alvor. Este acordo reconheceu os três Movimentos Nacionalistas como
legitimo dignos representantes do povo angolano.
A guerra em Angola não foi desencadeada não somente contra Portugal, mas
também entre os três movimentos nacionalistas na luta pela tomada do poder.
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A nível dos órgãos de Estado, o sistema de organização obedecia a seguinte
forma:
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A proclamação da República teve lugar num quadro de guerra. Angola foi
invadida a Norte por uma coligação de forças militares integrada pelos
guerrilheiros da FNLA, mercenários Europeus, forças regulares do Exercito
zairense e a Sul pelo exército sul-africano aliado da UNITA, com objectivo de
tomarem a capital, Luanda antes do dia 11 de Novembro.
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analfabetismo que o país herdou no período colonial. A saúde passou a
ser gratuita em todos os hospitais;
No campo cultural, o povo angolano voltou as origens; seus usos e
costumes passaram a ser respeitados. O Estado criou museus históricos
em todas as capitais províncias com peças que retractam a libertar-se
da sua influência dos seus ídolos anteriores. A aspiração a liberdade
encontrou também a sua utilização das línguas nacionais. Foram
também utilizados alguns elementos da literatura transmitida oralmente
com os seus tipos tradicionais sob a forma de contos populares e
lendas.
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multiformes apoios dos países socialistas, sobretudo da União Soviética,
que depois da China tomou o primeiro lugar na ajuda na luta directa.
Esta etapa teve início após a Segunda Guerra Mundial, as duas potências
procuraram estender a sua influência política, criando apoios diversificados aos
Movimentos de Libertação Nacional através de países da OTAN11 liderados
pelos Estados Unidos da América, por um lado o Pacto de Varsóvia, liderados
pela URSS, por outro lado. A defesa dos interesses dessas super potências
levou a desavenças internas graves que dividiram e enfraqueceram as
aspirações de independência no seio dos Movimentos de Libertação
angolanos.
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Organização do Tratado do Atlântico Norte
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Quanto ao Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), esteve ligado
á União da Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), desde a luta armada
contra o colonialismo português, estreitou ainda mais os seus lanços com o
bloco comunista e o Movimento dos países não A linhados.
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2.2.3 A ingerência Zairense e Sul-africana
Com presença dessas forças em Angola, iniciava-se assim uma guerra entre
irmãos e filhos angolanos com um forte componente militar estrangeira. A
UNITA e a FNLA passaram a contar com o apoio dos EUA, a África do Sul, do
Zaire e de alguns países da Europa Ocidental; enquanto o MPLA
ideologicamente era apoiada pelos Russos, cubanos e outros países da
Europa do Leste.
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Durante a luta armada Angola começou a mandar os seus filhos quadros para
Cuba onde seriam educados e treinados. A intervenção cubana revelou-se
fundamentalmente no resultado da guerra fria. Os primeiros cubanos a
chegarem em Angola, consideraram a situação muito grave que esperavam na
melhor da hipótese, conseguir manter Cabinda. Porém os irresistíveis avanços
sul-africanos em direcção ao Norte, com a chegada dos cubanos, as forças
invasoras foram repelidas e empurradas até a fronteira com a Namíbia.
O primeiro contingente de 700 homens chegou a Luanda, por via aérea no dia
8 de Novembro de 1975,quando o aeroporto ainda encontrava-se nas mãos
dos portugueses. A prévia autorização de aterragem do avião foi dada pelo
Alto-comissário, Leonel Cardoso.
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comunicado que trouxe á luz os princípios de um acordo, visto como um sinal
corajoso das partes.
Admite-se, por outro lado que Savimbi teria mudado de opinião pressionado
pelos EUA.O certo é que, poucos dias do anuncio do acordo. Os EUA
discordavam um plano de paz, particularmente no concernente á saída de
Savimbi de Angola.
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Forças Armadas Popular de Libertação de Angola
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2.4.2 Os acordos de Nova York
A independência da Namíbia
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das Nações Unidas (UNTAG) para supervisionar as primeiras eleições
democrática na Namíbia e a sua transição para a independência.
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Organização dos Povos do Sudoeste Africano
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eleições multipartidárias, que deveriam realizar-se no prazo de quinze a dezoito
meses.
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O mandato da UNAVEM II iniciou na data da entrada em vigor dos cessar-
fogos seja a 31 de Maio de 1991 e devia estender-se até ao anúncio dos
resultados das eleições presidenciais e legislativa em Angola, as quais os
Acordos de paz estipularam que teriam lugar no período entre 1 de Setembro a
30 de Novembro de 1992. Tudo indicava que o povo angolano teria finalmente
uma oportunidade para a paz. Estas esperanças foram reforçadas com a
colocação no território nacional do pessoal da UNAVEM II a partir de 1 de
Junho de 1991.
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De 29 a 30 de Setembro de 1992, mas de 90% dos eleitores escritos
exerceram o seu mais sublime direito de cidadania; votar em liberdade e
escolher em consciência os seus legítimos representantes. O povo deu prova
de civismo, disciplina e maturidade, com a fluência massiva as urnas,
manifestou o seu desejo de participar e influenciar o destino do país.
Embora a lei eleitoral estipulasse 8 dias para a contagem, esta foi estendida
até 17 de Outubro de 1992. Durante este período quer o MPLA ou como a
UNITA anunciaram através as suas estações de rádio, que tinham ganho as
eleições. Situação que aumentou ainda mas o clima de tensões entre as
partes.
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FNLA 2,40%, PLD 2,39%, PRS 2,27%, PRD 0,89%, dos 4.410.575 Dos votos
apurados.
Nas presidenciais o candidato José Eduardo dos Santos tinha obtido 40,57%
de votos contra 40,07% do candidato Jonas Malheiro Savimbi, Alberto Neto
2,16%, Holder Roberto 2,11%, Honorato Lando 1,92%, Luís dos Passos
1,47%, Bengui Pedro João 0,97%, Simão Cassete 0,67%, Daniel Júlio
Chipenda 0,52%, Analia de Vitoria Pereira 0,29%, e Rui de Vitoria Pereira
com 0,23% dos 4.401.339 dos votos apurados.14
Portanto, depois dos resultados das eleições terem sido publicados, a UNITA
denuncio-os alegando haver uma fraude massiva e sistemática. Ato continuou
retirou-se das FAA e começou a mobilizar as suas forças lançando assim uma
operação de âmbito nacional no sentido de ocupar os municípios pelas forças
das armas e remover as estruturas administrativas locais do Governo.
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Material pesquisado, seleccionado e elaborado pelo professor Belchior Ngando Kalueyo
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abeira da guerra em 1992, alguns organismo como a Conferência Episcopal de
Angla e São Tomé (CEAST), que varias vezes encorajaram a busca de
mecanismos legais para resolver tais alegações de fraude.
Por outro lado o Conselho de Segurança da ONU, nas suas resoluções sobre
Angola, após as eleições insistiu sempre com a UNITA para aceitar os
resultados eleitorais e cumprisse com os termos dos Acordos de paz de
Bicesse e simultaneamente, reconheceu a abertura do Governo angolano bem
como os seus esforços para se repor os acordos de paz.
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demoraram mas de um ano, antes de dar frutos no protocolo de Lusaka de
Novembro de 1994.
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afirmou que o protocolo e os acordos de paz de 1991, deveriam constituir de
alicerce para paz douradora em Angola. Enfatizou também que as partes
envolvidas deviam continuar a demonstrar o seu compromisso com a paz
através da implementação total e atempada dos acordos. Porem o conselho de
Segurança notou com preocupação que os confrontos em Angola continuavam
e lembrou as partes que deviam respeitar na íntegra o cessar-fogo que devia
entrar em vigor a 22 de Novembro.
A 8 de Fevereiro de 1995, a ONU aprova a resolução 976 que cria UNAVEM III,
onde se incluía uma operação de manutenção de paz. Essa terceira missão
das Nações Unidas teve um mandato mas abrangente do que a anterior. Dela,
fazia parte 7000 soldado da ONU, 350 observadores militares, 65 peritos em
desminagem, 260 polícias e 100 membros do staff para fiscalizar o
aquartelamento, a desmobilização dos guerrilheiros da UNITA e sua integração
no exército e na polícia.
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cessar-fogo em Março, 129 em Abril, 137 em Junho. Estes números e poucos
dizem dos ataques cometidos pela UNITA, se reflecti o clima de terror que
provocavam como emboscadas as tropas das FAA, civis e pessoal das ONGS
internacional. Cidades e vilas eram alvo de razias e havia movimentos
regulares de tropas no sentido de ocupar posições estratégicas tanto no Sul
como no Norte.
Mas Jonas Savimbi sabia que, apesar de ter garantido o acesso a um lugar de
Estado, perderia o poder. Como chefe guerrilheiros e líder de um movimento
rebelde, Savimbi detinha poder embora não institucional e internacionalmente
reconhecido, mas poder de facto que ele fazia questão em valorizar: ocupava
território coordenava órgãos políticos e administrativos, comandava aparelho
militar, controlava estruturas produtivas e tinha representações diplomáticas.
Pretendia por isso, ser aceite como um Estado paralelo, como um igual e dai a
recusa constante de um estatuto subalternidade. Em 1996, durante o terceiro
congresso do seu partido, realizado no Bailundo, Savimbi rejeitou formalmente
por escrito a oferta, alegando que o seu partido não desejava que ele
assumisse o poder.
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região. Já a 17 de Agosto de 1992, assinaram o Tratado de Windhoek. Na sua
Declaração definia as bases de cooperação dos Estados membros da SADCC,
baseada num acordo de obrigação jurídicas e legais ao contraria do livre
associativismo anterior, criando assim a SADC15 com sede na Cidade de
Gaberone, (Botswana). Alem dos Estado membros fundadores da SADCC e
da Namíbia admitida em 1990, aderiram também o organismo a África do Sul
(1994), as ilhas Maurícias (1995), o Congo Democrático e as ilhas Seychelles
em 1997.
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Comunidade de Desenvolvimento de Países da África Austral
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SADC: Tentativas de reorganização económica, social, cultural e política
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Zona do Mercado Comum
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O analfabetismo é um dos grandes factos social a ser combatido pelo bloco, já
que atinge mais de 53% do povo em alguns casos. Para conseguir um
processo eficaz de industrialização de qualificação da mão-de obra e elevação
da representatividade internacional dos países: a educação deve ser
considerada como meta e deve-se dedicar grande parte dos recursos. Porém
ocorre que no entanto, pouquíssima atenção se tem dado a essa área que é
um verdadeiro alicerce de qualquer país.
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configurando-os como exportadores de energia. A emissão do dióxido de
carbono é muito pequena, um facto que tem sido pouco explorado.
Exército de interposição
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