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LICEU ZONA VERDE

10° Classe Turma A Disciplina: História

Tema: A Desetabilização de Moçambique pelo regime do apartheid no contexto da Guerra


Fria.

Nome: Larissa Vastí Paulino


Numero 11

Professor : Rafael Basilio Cumbana

Matola, Agosto de 2023


INDICE
Introdução..........................................................................................................1
A desestabilização de Moçambique pelo regime do apartheid no contexto da
Guerra Fria..........................................................................................................2
Guerra Civil.........................................................................................................2
Fim da ideologia Marxista...................................................................................3
Frente de Libertaçao Nacional.............................................................................3
Apartheid .............................................................................................................4
Acordo de Incomati..............................................................................................4
Linha de Frente.....................................................................................................5
Conclusão..............................................................................................................6
Referencias Bliliograficas.....................................................................................7
Introdução
No presente trabalho será explicado e resumida , a desestabilização de Moçambique pelo
regime do apartheid no contexto da Guerra Fria. A desestabilização é a falta de capacidade de
administrar ou é a instabilidade ou por outra é deixar de possuir estabilidade. Moçambique
adquiriu a sua desestabilidade devido a regime implantado e tambem por ser anti-apartheid da
Africa do Sul.

Vai se tratar tambem de certos ocorridos como : a guerra dos 16 anos, a Frente de Libertação
Nacional , o seu decurso para a libertação do povo oprimido,o Apartheid e a destacar o
Acordo de Incomati os seus objectivos e a Linha de Frente. O objetivo deste trabalho é de
esclarecer e deixar claro como é que Moçambique conseguiu manter-se firme durante estes
anos de Colonialismo no contexto da Guerra Fria.
A Desestabilização de Moçambique pelo regime do apartheid no contexto
da Guerra Fria
 Guerra fria
e o periodo das relacoes internacionais marcado pelas divergencias entre dois blocos
capitalista ( EUA) e do Leste (URSS)
Depois da independência , Moçambique adoptou o socialismo como ideologia politica,
tornando-se por essa via aliado do bloco comunista. A nivel da politica externa, Moçambique
assumiu uma postura anticolonial, anticapitalista e anti-Aparteid da Afica do Sul.

Assim, Moçambique teve após a independência, relações tensas com a Africa do Sul e com o
bloco capitalista no geral caracterizada por conflitos e divergências ideologicas. Foi nesse
contexto que iniciou em Mçcambique uma guerra que opunha a RENAMO, apoiada pelos
regimes minoritaros e racistas da Rodesia do Sul e da africa do sul e o governo de
Mocambique.

Guerra dos 16 Anos ou Guerra Civil Moçambicana


A Guerra Civil Moçambicana, tambem connhecida como Guerra dos 16 anos, foi um conflito
que começou em 1977, dois anos após da proclamação da Independência de Moçambique e
que foi semelhante a Guerra civil Angolana, visto que ambas eram guerras secundárias dentro
do contexto maior da Guerra Fria. Os ideais do partido no poder, a FRELIMO , bem como os
das forças armadas Moçambicanas eram violentamente opostas aos da Resistência Nacional
Moçambicana (RENAMO) , que recebia financiamento da Rodésia, e mais tarde, da Africa
do Sul. Como nem toda a sociedade reconheceu a FRELIMO como a força politica legitima
para (RENAMO), que recebeu o apoio dos governos de minoria branca da Rodésia (actual
Zimbabwe) e do governo segregracionista da Africa do Sul ( sob regime do apartheid ).

Durante o conflito, cerca de um milhão de pessoas morreram em combantes e por conta de


crises de fome. Além disso, 5 milhoes de civis foram deslocados e muitos sofreram
amputações por minas terrestres. A recessão economica e social, o totalitarismo marxista, a
corrupção politica, a pobreza, as desigualidades economicas e o inucesso do planeamento
central, fizeram nascer uma vontade revolucionária. Ao longo dos anos de guerra houve
grandes pertubações sociais, com a pobreza no pais alcancando patamares muito grandes. Isto
tornou dificil o trabalho do governo, que pretendia atingir muitas metas sociais e melhorar a
vida da população moçambicana.
A saúde , educação e habitação foram massificados e passaram a ter um caractér gratuito e
com pagamentos simbolicos. A reacção de tensão que existiu na nossa região, fizeram com
que Moçambique se transformasse num centro de divergência de interesse ideológico das
esferas ate então participantes do contexto da Guerra Fria , fruto disso foi a intesificação da
guerra civil iniciada em 1977, sob iniciativa e suporte dos regimes minoritarios da Rodesia do
Sul ( actual Zimbabwe) e da Africa do Sul racista. Depois da morte de Samora Moisés
Machel em 1986 em um acidente de avião, Joaquim Chissano assumiu a liderança tanto do
partido quanto do Estado. Especialmente depois da queda da União Soviética, em 1989, e a
derrocada do bloco comunista.

Fim da ideologia Marxista


Apesar de ter anteriormente se inspirado no bloco comunista, Chissano nao era um marxista
linda-dura. Apos o Colapso da União Sovietica, em 1989, ele chegou a afirmar que a
ideologia marxista estava ultrapassada para o mundo contemporâneo. Chissano apoiou a
revisão da constituição que foi aprovada em 1990 e introduziu o sistema multipartidario em
Moçambique. Após o fim da Guerra Civil de Moçambique, foi possivel ocorrer as primeiras
eleições democráticas multipartidarias do pais em 1994. A FRELIMO venceu as primeiras
eleições com grande maioria dos votos.

A partir de 1995 a FRELIMO moveu em direção a social democracia, fato este que recebeu o
ativo do governo de Thatcher no Reino Unido. Moçambique então tornou- se um membro da
Commonwealth of Nations , composto em sua maioria por ex-colonias britanicas
independentes, um facto inusitado, visto que o pais tem fortes raizes culturais e historicas
com Portugal.

Frente de Libertação de Moçambique


Entre 1959 a 1961 formaram-se três movimentos: União Democratica de Mocambique
(UDENAMO), Uniao Africana Nacional de Mocambique ( MANU) e a Uniao Nacional para
Mocambique Independente (UNAMI). Em 1962 para melhor enfrentar o inimigo colonial, os
tres movimentos unificaram-se, no primeiro congresso realizado em Dar-es-Salam a 25 de
Junho de 1962, dessa unificacao nasceu a Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO). A recém-formada FRELIMO estabeleceu sua sede em 1963 na cidade de Dar-
es-Salaam. O movimento não poderia ter a sua sede em Moçambique visto que os
movimentos nacionalistas e de oposição estavam sob o controle da policia lusitana.
Os primeiros anos da Frelimo, durante a qual a ideologia marxista evoluiu, foram tempos de
turbulência interna. Mondlane, juntamente com Marcelino dos Santos, Samora Machel,
Joaquim Chissano e a maioria do Comité Central do movimento guerrilheiro, resolveu
promover a luta não só pela independência, mas criar uma sociedade socialista.
É um partido politico ou movimento nacionalista, com o objectivo de lutar pela
independência de Moçambique do dominio colonial Português. Tendo Eduardo Chivambo
Mondlane sido eleito presidente.
 O decurso de Moçambique até a sua independência
Em 25 de Setembro de 1964 deu se o inicio da luta armada de libertação nacional com o
ataque ao posto admistrativo do Chai em Cabo Delgado

Em 1971 as tropas portuguesas comandadas pelo general Kaulza de Arriaga lançaram a


ofensiva no Gordio, foi um dos momentos mais dificies da Guerra. A tropa colonial usou forças
terrestres bem equipadas e helitransportadas que bombardeavam tudo o que estivesse a vista. Os
guerrilheiros, dirigidos por Samora Machel, souberam resistir, e com o apoio do povo das zonas
libertadas de Cabo Delgado e Niassa, derrotaram o general. A guerra durou 10 anos, a 25 de abril
de 1974 deu-se um golpe de estado em Portugal pois o povo português já estava cansado de
perder os seus filhos na guerra colonial, na sequência do golpe de estado registou-se uma
alteração politica relativa a descolonização. No dia 7 de setembro de 1974 foram assinados os
Acordos de Lusaka entre Frelimo e o governo Português

No dia 25 de Junho de 1975 Samora Moises Machel proclamou a independência total e


completa de Moçambique.

Apartheid
Foi um regime de segregação racial implementado na Africa do Sul em 1948 pelo pastor
protestante Daniel Francois Malan , e adotado ate 1994 pelos sucessivos governos do partido
Nacional , no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pela minoria branca
no poder. Este regime foi sustentado pelo Partido Nacional, um partido de extrema-direita, e
mantido de 1948-1994. Um dos grandes nomes da resistencia da populacao negra da Africa
do Sul foi o de Nelson Mandela, mantido na cadeia por 27 anos.

Acordo de Incomati
Foi tambem conhecido como acordo de Boa Vizinhança e foi assinado entre Moçambique e
Africa do Sul, representados pelos respectivos presidentes, Samora Machel e Pieter Willem
Botha (antigo presidente da Africa do Sul). Este acordo tinha os seguintes objetivos:

Por termo a Guerra Civil em Moçambique, para tal os signatários do dito acordo
concordaram em:
 Deixar de apoiar a RENAMO ( responsailidade da Africa do Sul);
 Deixar de apoiar o ANC ( responsabilidade de Moçambique);
ANC African National Congress (Congresso Nacional Africano) é um movimento e
partido sul-africano. Foi fundado em 1912, na cidade de Bloemfontein, com a
proposta de advocar os direitos da população negra do pais.
 Derrubar os sistemas sociaslistas e progressistas da região.

Apesar disto, cada parte continuou a agir por conta própria, e infelizmente a Guerra em
Moçambique continuou e só terminou em 1992, quando o então presidente de Moçambique,
Joaquim Chissano, e o presidente da RENAMO, Afonso Dhlakama, sob a mediação da
Comunidade de Santo Egidio, assinaram o Acordo Geral de Paz (AGP). O Acordo de
Incomati marcou o insucesso e a inviabilidade de estrategia regional alimentada pelo
imperialismo e que visava a destruição dos estados independentes e progressistas na Africa
Austral.

A Guerra é a forma extrema de luta politica. Mas a politica nao se reduz a Guerra. A guerra
desencadeia-se para atingir determinados objectivos politicos que não foi possivel atingir por
meios pacificos. Só devido a intransigencia do colonialismo português em solucionar
pacificamente, de uma forma negociada, a questão da nossa independência nacional, o Povo
Moçambicano foi obrigado a recorrer a guerra.

Desencadeou-se em 25 de Setembro de 1964 a Luta Armada de Libertação Nacional para


atingir objectivos politicos e claros: a Independência Nacional, o direito de vivermos em
liberdade, em democracia e em paz.

A nossa luta desenrolava-se em varias frentes: politica, diplomatica e miitar. Dado o caractér
insóluvel da contradição que nos opunha a ocupação estrangeira, a luta armada tornou-se a
forma principal do nosso processo de Libertação nacional. A luta armada nao foi
desencadeada como elemeno de pressao politica. Porque a luta armada se tornou a forma
principal do processo, ela envolveu o povo inteiro. Deixou de haver o diplomata , o politico e
o militar. Assim, no decurso da luta armada de libertação nacional apendemos a assumir a
revolução e o socialismo como emanação da experiência revolucionaria do nosso povo,
emanação do nosso próprio combate quotidiano.
Foi no decurso da luta aramda que aprendemos a amar a paz como um valor superior do
Homem, pleno da soberania e da liberdade.

Linha de Frente
Foi a primeira forma de coordenação e integração regional formalmente reconhecida dos
paises da Africa Austral e tinha em vista a mobilização e cooperacção de esforços para
fortalecer os movimentos de Libertação Nacional que lutavam contra a opressão colonial na
região.

A 15 de fevereiro de 1965 os presidentes da Tanzania ( Julius Nyerere) e da Zâmbia (Kenneth


Kaunda), reuniram se em Lusaka (capital da Zambia) para analisar a situação politica na
Rodesia do Sul (contra o plano da minoria branca de proclamar unilateralmente a
indepndência do territorio). A reunião de Lusaka marcou o nascimento e o inicio da
actividade da linha de frente. Em abril de 1977, os presidentes Agostinho Neto, Samora
Machel ,Seretse Khana de Bostwana, Julius Nyerere da Tanzania e Kenneth Kaunda da
Zambia , reunidos em Lusaka, intensificaram esforços e criaram um novo dinamismo para a
Linha de Frente , no sentido de rapidamente conseguir se resultados na luta que visava o
derrube do colonialismo e do apartheid na sub região da Africa Austral.

 Objectivo

A Linha de Frente tinha por objectivo a libertação total dos povos e territorios oprimidos e
sob dominação politica, economica e social na Africa Austral. No caso de Moçambique , de
1975 a 1990, aplicou a politica de não-alinhamento e também apoiou as luta dos povos do
Zimbabwe e da Africa do Sul. Por isso, a indepêndencia do Zimbabwe foi sem dúvida a
vitoria da Linha de Frente: solidificada a organização , os estados independentes da região
sentiram a necessidade de se engajarem no seu desenvolvimento socio-economico, com vista
a irradicação da pobreza dos paises e povos da regiao. Foi assim que, resolveram criar a 1 de
abril de 1980 em Lusaka a confêrencia para a Cooperação de Desenvolvimento da Africa
Austral ( SADCC) cujo objectivo era tornar a regiao forte economicamente e livre da
dependência economica que alguns paises tinham da Africa do Sul.
Conclusão

Durante o trabalho conclui que a Guerra fria teve consequências positivas e negativas, nao só
para o nosso pais como tambem para a Africa Austral. A Rodesia do Sul a atual Zimbabwe,
conseguiu sair das trevas do colonialismo , graças a Linha de Frente ,o povo Moçambicano
sentiu se obrigado de lutar com armas , pois a paz não é um bem adquirido em nenhuma das
situações , quer elas sejam mas ou boas , é preciso ter objectivo para alcancar a paz e o
sucesso.
Referencias bibliograficas
https://pt.wikipedia.org
https://www.trabalhosfeitos.com
Cravino, Janete ‘Conflitos Internos-Resolução de Confitos’no site RevistaMilitar.pt
https://www.marxists.org
PesquiseMoz.com.pdf
http://juniorzolua.blogspot.com
https://brasilescola.uol.com.br

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