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Introdução..........................................................................................................................1
Conclusão........................................................................................................................13
Bibliografia......................................................................................................................14
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Introdução
Guerra civil moçambicana foi um conflito civil que começou em 1977 dois anos após o
fim da guerra de independência de Moçambique, e que foi semelhante a guerra civil
angolana, visto que ambas eram guerras secundárias dentro do contexto maior guerra
fria.
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4 de Outubro: Acordo Geral de Paz
Na origem desta guerra estão vários factores sendo de destacar as grandes tensões
político-militares que, desde 1975 (ano da independência), se fizeram sentir entre
Moçambique e os países vizinhos da Rodésia e África do Sul. Estes dois países, cujos
governos, de fortes características coloniais, temiam o avanço do socialismo pela África
Austral, desencadearam, desde 1976, várias operações militares em território
moçambicano e apoiaram a criação do Movimento Nacional de Resistência (MNR) que
integrou moçambicanos opostos ao regime recém-criado da Frelimo.
Entre 1982 e 1983, forças da Renamo actuavam nas províncias de Gaza, Manica,
Sofala, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa e, para sul, em Inhambane e Maputo.
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A 4 de Outubro de 1992, realizou-se em Roma a assinatura do Acordo Geral de Paz,
entre o Governo moçambicano e a Renamo, que pôs fim à guerra.
O Acordo foi composto por sete Protocolos, que regulavam questões de carácter
político, militar e económico. Para a sua implementação foram constituídas Comissões,
que funcionaram entre finais de 1992 e finais de 1994, ou seja, por um período
aproximado de dois anos. A Comissão de Supervisão e Controlo (CSC) foi o principal
órgão coordenador e controlador da implementação do Acordo. Foi criada ao abrigo do
Protocolo I e presidida por Aldo Ajello, representante local do Secretário-Geral das
Nações Unidas. Integrou uma delegação da Renamo, chefiada por Raúl Domingos e
uma delegação do Governo, chefiada por Armando Guebuza. Incluiu representantes da
Itália, Portugal, Reino Unido, Estados Unidos da América, França, OUA e Alemanha.
Nesses dois anos (1992 a 1994), o país passou por profundas mudanças: adopção do
multipartidarismo; realização das primeiras eleições multipartidárias, em Novembro de
1994; desenvolvimento de meios de comunicação social independentes; formação de
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diversas organizações e associações a nível da sociedade civil; passagem de uma
economia socialista centralizada para um regime neo-liberal.
O Acordo Geral de Paz deu origem ao ciclo político e económico que ainda hoje
vivemos em Moçambique.
A guerra dos 16 anos, foi um conflito civil que começou em 1977, dois anos após da
guerra de independência de Moçambique, e que foi semelhante à Guerra Civil angolana,
visto que ambas eram guerras secundárias dentro do contexto maior da Guerra Fria. O
partido no poder, a FRELIMO e as forças armadas de moçambicanas eram
violentamente contrário a RENAMO, que recebia financiamento da Rodésia, e mais
tarde da África do Sul.
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De facto, a FRELIMO apoiava esses rebeldes rodesianos e, em 1976 o governo de
Moçambique declarou oficialmente aplicar as sanções pela ONU contra o governo
ilegal de Salisbúria e fechou as fronteiras de com aquele país. A Rodésia dependia em
grande parte o corredor da Beira, incluindo as linhas de caminho de ferro, a estrada e o
oleoduto que ligavam o porto da Beira àquele país encravado.
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Consequências da Guerra Civil em Moçambique (1976-1992)
a) 1 Milhão de mortos;
b) 454.000 Crianças de idade inferior aos 15 anos mortas entre 1981 e 1988 (45 das
vítimas);
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f) Cerca de 4.5 milhões de deslocados internos;
Na esteira desse pensamento, Alaim Dieckhoff reitera que é essencial ser extremamente
cauteloso na garantia de direitos políticos específicos, pois este ponto é o que move a
maior parte dos conflitos, bastando-se recorrer para a história universal a título de
exemplo, como a Revolução Americana, a Francesa e tantas outras, que, sem dúvida, o
epicentro eram as liberdades. Ademais, Aristóteles indica-nos outras causas que estão
na origem das revoltas, como o terror, o poder demasiado, o desprezo, as intrigas, o
esquecimento e o aviltamento.
Na África, as causas dos conflitos não fogem à regra, enfatiza que depois da
descolonização africana foram notórias por toda a parte ditaduras e a falta de respeito
pelos direitos do homem, destaca como causa interna dos conflitos que assolam o
continente africano a inadequação das políticas e estratégias de desenvolvimento, que
não respondem às expectativas dos cidadãos, gerando descontentamento e insatisfação,
fato que acaba ocasionando as guerras civis.
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Uma das causas das guerras civis é o descontentamento das ideologias adotadas pelos
novos Estados. Lourenço do Rosário refere que “a guerra dos 16 anos foi terrível e das
mais violentas de quantas houve na segunda metade do século XX. Muitos chegam à
compara-la à Camboja pela irracionalidade e crueldade”. Todavia, mesmo com os actos
macabros perpetrados pela RENAMO, ela foi considerada como “panaceia”.
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Cronologia do conflito entre a RENAMO e o Governo de Moçambique
1975
A Revolução dos Cravos, que, a 25 de Abril do ano anterior, tinha derrubado a ditadura
em Portugal, abriu o caminho para a independência das então províncias ultramarinas (à
excepção da Guiné-Bissau, cuja independência foi proclamada unilateralmente a 24 de
Setembro de 1973, reconhecida internacionalmente, mas não por Lisboa) e a assinatura
dos Acordos de Lusaka, a 7 de Setembro de 1974, entre o Estado português e a
FRELIMO. Na capital da Zâmbia é reconhecido o direito à independência do povo
moçambicano e acordada a transferência de poderes. A FRELIMO assume o poder e
declara Moçambique um estado mono-partidário marxista.
1976
1990
1992
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FRELIMO e RENAMO assinam o Acordo Geral de Paz a 4 de Outubro, em Roma,
Itália. No fim da guerra, contam-se mais de um milhão de mortos, a economia
moçambicana está de rastos e o país é considerado o mais pobre do mundo.
1994
A FRELIMO vence as primeiras eleições multipartidárias com 44% dos votos contra
38% da RENAMO. Joaquim Chissano é reeleito Presidente da República. Chissano
tinha assumido o cargo, depois da morte de Samora Machel num acidente de avião em
1986.
2000
2009
2010
Moçambicanos saem à rua em protesto contra o aumento dos preços dos alimentos.
Várias pessoas morrem em confrontos com a polícia, que abre fogo contra os
manifestantes.
2012, 8 de Março
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2012, 4 de Outubro
Moçambique festeja os 20 anos de paz e do Acordo Geral de Paz de 1992, que foi
assinado em Roma, na Itália. Cresce a insatisfação no seio da RENAMO. Reclamam
mais acesso às instituições do Estado, às Forças Armadas e à Comissão Nacional de
Eleições (CNE).
2012, 17 de Outubro
Dlakhama chegou de Nampula, a capital do norte do país e uma das províncias de maior
implantação da RENAMO junto do eleitorado, onde tinha permanecido nos meses
anteriores após a sua saída da capital Maputo.
2012, 3 de Dezembro
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2013, 4 de Abril
Quatro polícias e um militante da RENAMO são mortos num ataque contra uma
esquadra da polícia na cidade de Muxúnguè, província central de Sofala. O objetivo é
libertar mais de uma dezena de militantes da RENAMO detidos numa invasão pela
polícia da sede do partido no dia anterior. O ataque do dia 4 é justificado pela
RENAMO como retaliação à invasão da sua sede.
A situação internacional
Com a Segunda Guerra Mundial, o mundo ficou dividido em duas esferas de influência,
o americano e o soviético, o que Adriano Moreira designou de dois mundialismos.
Como tal, vários conflitos eclodiram ao redor da terra, resultantes da competição entre
as potências referidas, munida cada uma do seu projecto mundialista. Para a consecução
de seus interesses, principalmente em África, os ocidentais criaram movimentos
armados para conseguir as mudanças que tanto almejavam, em detrimento da via de
desenvolvimento socialista, tal como aconteceu em Moçambique com a RENAMO.
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Conclusão
A Guerra Civil moçambicana durou cerca de 16 anos, por isso é também chamada
“Guerra dos 16 anos”, contudo, esta guerra pode também ser apelidada de “guerra de
desestabilização, porque desarmonizou e fragilizou por completo a economia e a
sociedade moçambicana.
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Bibliografia
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ESCOLA BÁSICA DE CHUIBA
IIIº Trimestre
Discente:
Trabalho de carácter
avaliativo sobre a
celebração do dia 4 de
Outubro. A ser avaliado
pelo,
PEMBA
2023
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ESCOLA BÁSICA DE CHUIBA
Disciplina: Português
9ª Classe, Turma: C
Discente: Docente:
PEMBA
2023
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