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Polônia

Trabalho de Geografia
Prof. Aparecida Bessa
Roberta Thaís Nº 30
História
A lenda
• Os irmãos Lech, Czech e Rus viviam em algum lugar onde hoje é a Ucrânia.
Certo dia eles saem para caçar em direções diferentes: Rus vai para leste, Czech
para oeste e Lech para o norte.
• Após andar bastante, Lech vê uma águia branca cruzando o céu vermelho por
conta do entardecer, e com essa visão Lech decide povoar o lugar. Segundo esse
conto, Rus teria fundado a Rússia, Czech a antiga Checoslováquia e Lech a
Polônia. Os povos descendentes desses irmãos foram chamados de eslavos.

Brasão da Polônia,
inspirado na lenda
dos três irmãos
O início de uma nação
• Depois que a parte ocidental do Império Romano caiu diante dos germânicos no século
V, os eslavos começaram a se espalhar pela Europa central e oriental.
• Entre os séculos V e X, eles viviam em tribos que ficavam em guerras constantes.
• No século X uma só tribo mandava em tudo e formou uma dinastia, a dinastia Piasta,
que criou o primeiro Estado eslavo na Polônia. O chefe dessa dinastia era Miecislau I,
primero duque da Polônia. Ele unificou os territórios polacos. Mas nenhum estado
europeu era um estado europeu de verdade até abandonar sua religião pagã e aderir
ao catolicismo; assim, quando o chefe conhece Doubravka da Boêmia, ela convence-o a
converter-se ao cristianismo. Essa conversão ocorreu em 966.

Mieceslau I
da Polônia
• O rei Boleslau I, o bravo tornou-se duque em 992 e rei em 1025.
• Conquistou ainda mais territórios e catequizou muitos povos bárbaros, e em
pouco tempo não sobraram mais pagãos, ou por terem sito mortos, ou por
serem forçados a trocas de religião.
• Já com Boleslau III, O reino cresceu e ficou forte.
• Boleslau III tinha 4 filhos, e quando morreu, em 28 de outubro de 1138, dividiu a
Polônia entre eles, mas houveram muitas brigas entre eles com essa divisão e a
Polônia ficou quebrada por 200 anos.
Nesse período houve fome, miséria, pragas até que os mongóis invadem o leste
europeu com tudo e derrotam os cristãos na decisiva batalha de Legnica em
1241, que afetou principalmente os reinos da Rússia, Polônia, Hungria e
Romênia.

Batalha de Legnica
em 1241
A República das Duas Nações
• Em 1320 o rei Vladislau I começou a unir os polacos
• O filho de Vladislau, Casemiro III, conseguiu recuperar boa parte do território polaco mas
morreu sem deixar herdeiros, então deixou a coroa para o sobrinho Luís I que era rei da
Hungria, e por 12 anos uniu os dois reinos
• Luiz morreu deixou 2 filhas, uma, Maria, se tornou rainha da Hungria e a outra, Hedvigis Rex
Poloniæ, rei da Polônia (era denominada como rei porque na época rainhas eram apenas
esposas de reis e não poderiam governar), que depois se casou com um homem que então
virou o rei e ela a rainha. Esse homem era Ladislau II jagelão da Polônia, mas ele era também
rei da Lituânia, então ficou governando ambos, até que decidiram unificar os dois reinos na
República das Duas Nações, em 1569, e viveram um período de progresso, justamente
quando o a Europa enfrentava um período caótico de guerra contra a Igreja Católica com a
Reforma Protestante, mas a Polônia aceitava qualquer religião, e foi nesse período que
surgiram na Polônia grandes personalidades da ciência e da cultura universal, como Nicolau
Copérnico e Jan Kochanowski.

Brasão da República
das Duas Nações
A dinastia de Vasa
• Em 1572 morre o último rei da dinastia Jaguelônica, e não deixa herdeiros. A partir daí,
por um período, os reis passaram a ser escolhidos por eleições, porém esse sistema
fracassou devido a muitas intervenções de outros reinos na Polônia, até que surgiu a
dinastia católica de Vasa. Essa dinastia declarou guerra contra a Rússia e conseguiu
ampliar seus territórios, tornando a Polônia no maior e mais populoso estado europeu
sob o reino de Sigismundo III. Mas ao mesmo tempo que lutava com a Rússia, a Polônia
enfrentava três gigantes: suécia ao norte, império otomano ao sul e revoltas dos
ucranianos internamente, O reino estava cercado e sendo atacado por todos os lados, e
em 1668 chegava ao fim a era de ouro Polonesa, com João II, o último rei da dinastia de
Vasa. Na Batalha de Viena, em 1683, Polônia lidera a resistência europeia contra a invasão
dos turco-otomanos. Mais de 100 mil turcos são derrotados e a Europa é salva da
dominação otomana.

Brasão da dinastia
de Vasa
Partições do território polonês
• Mas a pressão nas duas repúblicas continuava intensa e ela se desintegra em perdas
populacionais gerando a primeira partição da Polônia entre Rússia, Áustria e Prússia em
1772.
• Mesmo quebrados e a beira da dominação, em 1791, a duas repúblicas criam a primeira
constituição e a primeira suprema corte da história da europa. Em 1792, ocorre a
segunda partição da Polônia, perdendo tão grande parte do território Polonês que a
independência parecia impossível. Em 1794, com a invasão da Rússia, ocorre a terceira
partição, causando o fim do Reino das duas Repúblicas e do estado polonês.

Mapa que representa as


Partilhas da Polônia
Dominação russa e as Grandes Guerras
• Durante o século XIX, 1795 a 1918 o povo polonês permaneceu sob domínio russo,
embora durante todo esse tempo tenha mantido acesa sua cultura, produzindo gênios
como Chopin, e o desejo de ter independência permaneceu com o povo, tendo
ocorrido inúmeras tentativas frustradas de se voltar contra os dominadores.
• Durante a Primeira Guerra, os poloneses se uniram aos Aliados e lutaram contra a
Rússia, conquistando sua independência em 1918, mas apenas 21 anos depois, o povo
polonês passou a enfrentar seu pior pesadelo de um lado a união soviética, do outro a
Alemanha nazista, duas forças implacáveis que queriam a submissão total do povo
polonês, e o resultado dessa invasão faria o planeta sangrar: a Segunda Guerra
Mundial.

Chopin, compositor
polonês do século XIX
• Durante o conflito, os alemães mataram milhões de judeus e civis poloneses,
enviando outros milhões para um terror dentro de seu próprio país: o campo de
concentração de Auschwitz. A Rússia enviou milhares de poloneses para outro
terror: as gulags. Os russos enviaram centenas de milhares de poloneses para
esses campos de trabalho escravo. Mesmo massacrados, os poloneses jamais se
entregaram e foram fundamentais na resistência contra o nazismo em batalhas
importantes como a de Varsóvia. Ao final da segunda guerra, a Polônia tornou-se
submissa ao domínio comunista soviético, se livrando destes apenas em 1989,
com a queda do comunismo. Assim, finalmente, depois de séculos de dominação,
a Polônia conseguiu sua liberdade.

Campo de concentração
de Auschwitz
• Por que um país aparentemente frágil e pequeno conseguiu se libertar
tantas vezes de seus opressores? A resposta foi dada por Witold
Urbanowics:

“Porque nós não imploramos por liberdade; nós lutamos


por ela!”

Witold Urbanowics,
herói de guerra polonês
Geografia
• Localização Geográfica: centro-leste da Europa, pertence à Europa Oriental
• Coordenadas Geográficas: 52 00 N, 20 00 E
• Limites geográficos: Alemanha (oeste); Eslováquia e República Tcheca (sul); Rússia, Lituânia,
Belarus e Ucrânia (leste); Mar Báltico (norte)
• Área: 312.685 km² (terra: 304.255 km² e água: 8.430 km²).
• Fronteiras com os seguintes países: Alemanha, Eslováquia, República Tcheca, Lituânia, Rússia,
Ucrânia e Belarus.
• Extensão do litoral: 440 km
• Clima: temperado em grande parte do território.
• Relevo: planícies em grande parte do território. Presença de montanhas no extremo sul.
• Vegetação: florestas de carvalhos nas planícies e florestas de coníferas nas regiões montanhosas.

Mapa do relevo Floresta de carvalhos


Mapa da Polônia da Polônia Floresta de coníferas
• Ponto mais baixo: Raczki Elblaskie (com 2 metros abaixo do nível do mar).
• Ponto mais alto: Montanha Rysy, localizada na fronteira da Polônia com a
Eslováquia. Possui 2.499 metros de altitude.
• Altitude média do território polonês: 173 metros
• Principais recursos naturais: carvão, cobre, gás natural, chumbo e prata.
• Uso da terra: terras agrícolas (48,2%), florestas (30,64%) e outros (21,2%).
• Principais rios: rio Vístula, rio Oder e rio Varta.
• Principais problemas ambientais: poluição do ar (principalmente na capital) e
poluição das águas (principalmente causada por indústrias).

Montanha Rysy Terras agrícolas polonesas Rio Oder Poluição do ar na Polônia


Cultura
Música
• A Polônia tem uma cena musical viva e diversificada e até mesmo os seus
próprios gêneros, como a poesia cantada e o disco polo. Inclui desde
compositores famosos como Chopin ou Penderecki, até música folclórica
tradicional ou regionalizada.
• Hoje, a Polônia é um dos muito poucos países europeus onde o rock e o hip
hop predominam sobre o pop, enquanto que todos os gêneros de música
alternativa encorajam desenvolvimentos futuros da música polaca.

Penderecki,
compositor polonês
Dança
• São várias as danças polonesas, muitas delas, praticadas nos salões dos Centros de Tradições
Gaúchas, como é o caso da “Polonaise”. Entre as danças polonesas destacam-se:
• Polonez – dança nobre, teve origem com as cerimônias de coroação de Henrique III na Cracóvia.
São de Chopin as mais belas “Polonaises”. É considerada a dança nacional da Polônia pela sua
altivez, majestade, gentileza e romantismo.
• Mazur – dança rural. A mazurca não é apenas uma dança, é um poema nacional, que retrata o
sentimento patriótico polonês.
• Lubelski – caracteriza-se por uma variedade de danças, influenciada por diversas etnias da região
“Lubelski”, considerada região ímpar da Polônia em relação ao folclore. A dança apresenta passos
fáceis, movimentos simples e coreografia variada.
• Wilkopolska – é dançada em festividades comemorativas, casamentos.
• Kujawiak – é uma dança de índole romântica, de ritmo lento, próprio para os namorados.

Polonez
Culinária
• Os pratos poloneses são tradicionalmente fortes. As carnes, especialmente as de porco, são consumidas em
forma de bifes, guisados, assados e embutidos. As aves, carneiros e peixes complementam o cardápio de
proteínas essenciais.
• A batata é um prato nobre e de uso diário, enquanto o pão é quase sempre feito em casa.
Não faltam, nas cozinhas polonesas, as conservas de pepinos e repolho azedo chamado de “Kapusta
Kiszona”. Como prato principal, destaque para o “Zaskz Jablkami”- pato recheado com maças.
No banquete popular devem ter de sete ou nove iguarias, entre elas:
• Pierogi – pastéis de farinha de trigo, queijo ou requeijão e batatas, cozidos em leite e servido ao molho de
manteiga, de toucinho, cogumelos secos ou mostarda.
• Korowaji – pão grande de farinha de trigo, redondo e enfeitado com tranças e marrequinhos da mesma
massa.
• Chleb razowy – broa integral feita de centeio ou trigo sarraceno.

Pierogi
Religião
• A cultura polonesa está presente não apenas na gastronomia, na música, nas
danças, nas manifestações artístico-culturais de seu povo, mas também na
religiosidade.
• Os centro religiosos católicos têm sido de suma importância para o povo polonês
desde sua conversão em 966 d. C.. Em 1382, com a fundação do mosteiro dos
Monges Paulinos, em Monte Claro, iniciou-se a devoção a Nossa Senhora de
Czestochowa de Jasna Góra, virgem negra, a rainha e padroeira da Polônia.
• Conhecida como Madona Preta, a pintura da Mãe Santificada e o Jesus Criança
foi realizada pelo evangelista São Lucas. A pintura, segundo a história, teria sido
feita sobre uma tábua de mesa usada por Maria de Nazaré.

Nossa Senhora de
Czestochowa de Jasna
Góra, rainha e padroeira
da Polônia
Economia
Economia
• A economia da Polônia é diversificada, dividida entre as indústrias de construção naval, produção
de carvão, aço e energia elétrica.
• A mais importante concentração industrial ocorre na Silésia, uma área muita rica em carvão
mineral, onde ocorrem indústrias siderúrgicas, químicas e de máquinas. Outras áreas importante
são: Varsóvia - indústrias siderúrgicas e mecânicas - e Gdańsk - indústrias de produção naval.
• A agricultura baseia-se principalmente na produção de batata e beterraba açucareira, juntamente
com a criação de suínos.
• Até ao início da década de 90, a Polónia foi uma economia planificada. Após a instauração do
regime democrático a economia sofreu profundas reformas e tornou-se numa economia de
mercado.
• Agora a Polônia almeja um desenvolvimento econômico maior. O caminho encontrado é a entrada
na União Europeia, mas ainda há uma resistência entre a população, que tem medo do aumento do
custo de vida (o Euro é uma moeda muito forte) e da completa desnacionalização da economia. A
moeda da Polônia, o Zloty, tem se valorizado, principalmente com a entrada na UE.

Criação de suínos Indústria automotiva Plantação de batata Plantação de beterraba


Fim
Obrigada!

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