ESCOLA ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS - 3º ANO

GEOGRAFIA - Prof. ª Mary Hellen.

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PRINCIPAIS CONFLITOS *Refugiados: No final do século XX,

aproximadamente 40 milhões de pessoas tinham
*Tipos de Conflito: Além da luta contra o terrorismo, abandonado seus lares com medo das guerras e das
o início do século XXI é marcado por grande número de perseguições. Por causa disto, 14 milhões fugiram para
conflitos étnicos e religiosos. Com o desaparecimento da o exterior, encaixando-se assim na definição
União Soviética (URSS) e o fim da polarização com os internacional de refugiados.
EUA, a maior parte das disputas ocorre no interior dos
países, sob a forma de guerras civis ou de movimentos
separatistas.
 Lembre-se: “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.” Albert Einstei n
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 EUROPA: Na Segunda metade do século XX, o
número de pessoas mortas em guerras na
Europa era pouco mais de meio milhão. Na
primeira metade do século, o total chegava a
mais de 60 milhões.
 IRLANDA DO NORTE:
A região da Irlanda do Norte foi ocupada durante
séculos pelos britânicos. Assim, a maioria da população
dessa área se tornou majoritariamente protestante. O
restante da ilha da Irlanda tem população em sua
maioria católica. As diferenças históricas provocaram
uma divisão: de um lado, os
Protestantes (58% da população)-chamados unionistas -
querem que o país continue ligado ao Reino Unido; do
outro, os católicos (42%) lutam pelo fim do domínio
britânico e pela integração à República da Irlanda. Com
raízes na Idade Média, a luta acirrou-se no século XX,
sobretudo após a independência da República da
Irlanda, em 1949.
O confronto tornou-se aberto em 1972, quando
manifestantes a favor da anexação do território à
República da Irlanda foram violentamente reprimidos
pela polícia no evento conhecido como Domingo
Sangrento. No mesmo período, o IRA (Exército
Republicano Irlandês Católico) ampliou suas ações,
provocando milhares de mortes.
O conflito parecia estar chegando ao fim em 1998,
com um tratado de paz que previa maior autonomia à
Irlanda do Norte. Passaram-se ainda vários anos até
que, numa importante decisão, o IRA anunciou em julho
de 2005, o abandono da luta armada. Em 2007,
protestantes e católicos aceitaram dividir o poder, num
acordo histórico que contribuiu significativamente para o
processo de paz na região.
 PAÍS BASCO:
O povo basco habita o norte da Espanha e o sul da
França há mais de seis mil anos e forma um conjunto de
aproximadamente 2,5 milhões de pessoas. Trata-se de
um povo que preserva sua identidade e que tem língua (
o EUSKERA) e cultura própria.
Terminada a ditadura de Franco(1939-1975), período
durante o qual o povo basco da Espanha não pode se
manifestar culturalmente, os bascos passaram a
desfrutar de relativa autonomia naquele país. No norte
da Espanha, há inclusive a região autônoma do país
Basco, que tem sistema de impostos, parlamento e
polícia próprios.
No entanto, apesar de não contar com o apoio da
maioria dos bascos, a organização terrorista ETA (
Euskadi Ta Azkatasuna, que significa "Pátria Basca e
Liberdade") criada durante a ditadura de Franco, realiza
atentados, desde o final dos anos 70, com o objetivo de
pressionar o governo espanhol a reconhecer a
independência total do país Basco. A simpatia do povo
basco pelas atividades do ETA vem caindo em razão da
versão aos seus métodos e também pela própria
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autonomia e pelo nível de vida desfrutados pelos
bascos.
 CONFLITO NOS BALCÃS: Iugoslávia:
A antiga Iugoslávia foi palco da pior guerra da Europa
contemporânea, entre 1991 e 1995. O país, de regime
comunista, era composto por seis repúblicas e entrou em
grave crise no início dos anos 90, com a derrocada do
Leste Europeu. A Sérvia, a república mais importante do
país, tentou resistir as seguidas declarações de
independência das demais repúblicas. As primeiras
repúblicas a se separarem foram a Eslovênia e a
Macedônia. A guerra civil teve início com a invasão da
Eslovênia por tropas sérvias, sob a liderança de
Slobodan Milosevic. Apesar dos combates e de
episódios de "limpeza étnica" o desmembramento foi
inevitável. Tornaram-se independentes, sucessivamente,
a Eslovênia (1991), a Macedônia (1991), a
Croácia(1992),a Bósnia-Herzegovina (1995), Sérvia e
Montenegro (2006) e Kosovo (2008).
*BÓSNIA: República iugoslava muito heterogênea
etnicamente (muçulmanos sérvios e croatas). O líder
sérvio, Rodovan Karadzic proclama a formação da
república da Sérvia da Bósnia-Herzegovina, não
reconhecendo a independência do país. Como resultado
estoura uma guerra civil (1991-1995) onde os não
sérvios foram exterminados (“limpeza étnica”) apoiados
por Slobodan Milosevic (presidente da Iugoslávia).
*KOSOVO: Região que perdeu sua autonomia em
relação ao poder central iugoslavo e habitada por
população de origem albanesa. Esta perda de autonomia
levou a formação de um movimento separatista armado,
liderado pelo ELK (Exército de Libertação do Kosovo)
que foi duramente combatido por Slobodan Milosevic.
Grande parte dos albaneses foram mortos o que levou a
intervenção dos EUA (OTAN) no conflito sem aval do
Conselho de Segurança da ONU. O Kosovo se tornou
independente em 2008 sendo um país de interesse dos
EUA que pretende consolidar a influência norte-
americana na região, o que pode ampliar a tensão entre
o governo russo e os EUA.
*SÉRVIA E MONTENEGRO: A Sérvia se separou de
Montenegro em 2006, quando Milosevic foi encontrado
morto em sua cela, morrendo antes de ser julgado pelos
crimes de guerra cometidos.
 CONFLITO NO CÁUCASO:
O Cáucaso é uma região de 51 línguas, em que os
estados fronteiriços e as nações não se harmonizaram.
O grande interesse externo na região se deve a
existência de PETRÓLEO na região do mar Cáspio, que
deverá corresponder a 5% da produção mundial em
meados de 2020- importante o suficiente para conflitar
interesses de norte-americanos, russos e iranianos
sobre a melhor rota para um novo oleoduto.
*CHECHÊNIA: República de maioria muçulmana que
luta pela independência desde 1991.
A origem do conflito remonta à época soviética,
quando milhares de chechenos foram obrigados a
mudar-se para outras regiões, enquanto a Chechência
era colonizada por imigrantes russos (a "russificação").
Com o tempo os chechenos começaram a voltar para
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casa, e instalou-se um conflito. Com o fim da URSS,
declararam independência. A Federação Russa não
aceitou e, em 1994, mandou tropas para a república.
Seguiram-se duas guerras sangrentas que deixaram
mais de 100 mil mortos. A partir daí, há uma
instabilidade permanente, com ataques terroristas dos
rebeldes dentro e fora dos limites da Chechênia.
O governo russo não aceita negociar a independência
chechena pelo medo da desagregação nacional. Outros
povos da Federação Russa também alimentam anseios
separatistas. Além disso, o controle da rota de petróleo
torna o Cáucaso importantíssimo para o Estado russo.
*GEÓRGIA: A Geórgia ganhou espaço no noticiário
mundial em agosto de 2008, pois protagonizou uma
guerra com os russos, provocando temores de que o
conflito atingisse maiores proporções e envolvesse os
EUA e outros países do Ocidente.
A questão central do conflito foi a disputa pelo
controle de duas províncias da Geórgia, Abkházia e
Ossétia do Sul, cujas populações de etnias diferentes da
dos georgianos anseiam na maioria por uma inclusão na
Federação Russa. No caso da Ossétia do Sul, o desejo
é a fusão com a Ossétia do Norte, localizada em
território russo. Essas regiões lutam pela soberania
desde 1990, quando os nacionalistas ganharam as
eleições legislativas para o governo central georgiano.
Moscou enviou tropas à região em 1992, além de dar
apoio político e bélico aos movimentos separatistas nas
duas províncias.
A crise de agosto de 2008 começou com o ataque da
Geórgia à Ossétia do Sul. A resposta foi arrasadora: em
menos de uma semana, o exército Russo retomou o
controle da província e ocupou também a Abkházia,
além de territórios da Geórgia limítrofes a essas regiões.
Os choques militares resultaram em centenas e mortos
principalmente do lado georgiano.
O ataque foi interpretado pela Comunidade
Internacional como uma tentativa do presidente
georgiano de envolver diretamente tropas norte-
americanas e da Otan na disputa com os russos.
O conflito foi encerrado com um acordo de cessar-
fogo negociado pela União Europeia. Durante a Guerra o
único movimento feito pela Otan foi deslocamento de
navios para o Mar Negro como o argumento de levar
ajuda humanitária à população atingida pelos combates.
Moscou respondeu prontamente, reforçando a presença
militar na região.
Meses depois o clima ainda é tenso. A Geórgia acusa
a Federação Russa de tentar anexar as duas regiões
separatistas e se retirou da CEI, enquanto as relações
entre Moscou e outros países que integram a
comunidade ficaram balançadas.
A Federação Russa alega que o governo georgiano
apoia os rebeldes separatistas da República da
Chechênia enviando armas e suprimentos, argumento
usado para manter 8 mil soldados na região. Além
disso, desde maio é o Exército Russo que guarda as
fronteiras da Abkházia e Ossétia do Sul com a Geórgia,
ação criticada pela OTAN.
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*CRIMEIA: A Crimeia é uma república autônoma da
Ucrânia, localizada em uma península no Mar Negro. A
região já pertenceu à Rússia, e foi anexada pela Ucrânia
em 1954 – o então líder soviético Nikita Khrushchev, que
era de origem ucraniana, deu a região como presente.
Diferente do resto da Ucrânia, a maioria da população na
região é de origem russa.
Como teve início a crise na região?
No final de 2013, o então presidente ucraniano Viktor
Yanukovich desistiu de assinar um tratado de livre-comércio
com a União Europeia, preferindo estreitar relações
comerciais com a Rússia. A decisão deu origem a protestos
massivos, que resultaram, em fevereiro, na destituição de
Yanukovich, que fugiu para a Rússia.
Na Crimeia, de maioria russa, o parlamento local foi
dominado por um comando pró-Rússia, que nomeou Sergei
Axionov como premiê. Esse novo governo, considerado
ilegal pela Ucrânia, aprovou sua adesão à Federação Russa
e a realização de um referendo sobre o status da região no
dia 16 de março. Posteriormente, o Parlamento se declarou
independente da Ucrânia - sendo apoiado por russos e
criticado por ucranianos.
Qual o papel da Rússia na crise?
Com a intensificação das tensões separatistas, o
Parlamento russo aprovou, a pedido do presidente Vladimir
Putin, o envio de tropas à Crimeia para “normalizar” a
situação.
Tropas sem identificação, mas claramente russas –
algumas em veículos com placas registradas na Rússia –
tomaram a Crimeia, dominando bases militares e
aeroportos. A Rússia justificou o movimento dizendo se
reservar o direito de proteger seus interesses e os de seus
cidadãos em casos de violência na Ucrânia e na região da
Crimeia.
A escalada militar fez com que diversos oficiais do
exército ucraniano se juntassem ao governo local pró-russo.
Outros abandonaram seus postos. No dia 4 de março, o
novo governo da Crimeia anunciou que assumiu o controle
da península, e deu um ultimato para que os últimos oficiais
leais à Ucrânia se rendessem.
Segundo a Ucrânia, mais de 30 mil soldados russos já
foram enviados à região. Os Estados Unidos estimam o
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efetivo russo na região em 20 mil militares. A Rússia nega

ter efetivo militar na região superior ao de seu posto fixo em
Sebastopol.
Qual o interesse russo na Crimeia?
Para muitos russos, a Crimeia e sua "Cidade Heroica" de
Sebastopol, da era soviética, sitiada pelos invasores
nazistas, têm uma ressonância emocional muito forte, por já
ter sido parte do país e ainda ter a maioria de sua população
de origem russa.
A península fica em uma área estratégica do Mar Negro,
muito próxima do sudoeste da Rússia. A maior parte da
frota russa no Mar Negro está na Crimeia, com um quartel-
general na cidade ucraniana de Sebastopol.
Para a Ucrânia, independente da Rússia desde o
colapso da União Soviética em 1991 e em meio a uma crise
econômica, a perda da Crimeia foi um enorme golpe.
Após anexar a Crimeia a Rússia foi expulsa do G-8 e *ISRAEL E PALESTINA: Ao surgir, Israel causou a
sofreu uma série de sanções econômicas das potências expulsão de centenas de palestinos de sua casa e de
ocidentais. sua terra o que deu início a um grande conflito. Os
palestinos ainda lutam pelo direito de voltar a seu lar e
vila.
 ORIENTE MÉDIO: Região que inclui nações Em 1947, a ONU aprovou a divisão da Palestina em
árabes e não árabes (Irã, Israel) são um ESTADO JUDEU (ISRAEL) e outro ÁRABE
etnicamente diversas. Nesta região há também (Palestinos). O Estado de Israel foi proclamado em 1948,
muitas reservas petrolíferas o que acirra os mas nações árabes se opuseram, o que deu início à
conflitos na região. Guerra de Independência, encerrada no ano seguinte.
Na Guerra dos Seis Dias(1967), Israel incorporou novos
territórios(Gaza, Sinai, Colina de Golã, Jerusalém
Oriental e Cisjordânia). Principal aliado dos EUA no
Oriente Médio, Israel recebe ajuda financeira norte-
americana.
Em 1993, o Acordo de Oslo definiu a devolução da
Faixa de Gaza e da Cisjordânia aos palestinos, para que
ali montassem um governo, chamado de Autoridade
Nacional Palestina (ANP) e futuramente o próprio
Estado.
Em 2006, as eleições parlamentares palestina foram
vencidas pelo grupo islâmico HAMAS. Criou-se um
impasse, porque Israel e as potências Ocidentais se
recusam a manter relações com o grupo, que
consideram terrorista. Posteriormente, houve divisão
entre os próprios palestinos: o HAMAS controla
*CURDOS: Habitam uma região ampla que inclui
atualmente a FAIXA DE GAZA, enquanto o FATAH,
quatro países: Turquia, Síria, Iraque e Irã. A área é
organização à qual pertence o presidente da ANP,
chamada de Curdistão. São 26 milhões de pessoas com
Mahmoud Abbas, dirige a CISJORDÂNIA.
idioma próprio, majoritariamente muçulmanos sunitas,
Em junho de 2014, o conflito se acirra depois que três
que vivem sobretudo em clãs nômades. São
adolescentes israelenses foram mortos na Cisjordânia.
considerados o mais numeroso povo sem um ESTADO
Os israelenses revidam e tem início uma troca de
próprio.
foguetes entre Israel e o HAMAS. Até o final de julho,
Em 1987, o Partido dos da região. O berço militar do
cerca de 700 palestinos e 30 israelenses haviam morrido
PKK está baseado no norte do Iraque, onde os curdos
na ofensiva.
desfrutam relativa autonomia na parte em são
Assim, o conflito entre Israel e os palestinos
majoritários. De lá, fazem incursões militares,
permanece sem solução. O novo governo israelense
principalmente no território da Turquia.
exige, entre outros pontos, que o futuro Estado palestino
O regime Turco mantém a repressão a minoria curda
seja desmilitarizando e reconheça Israel como "Estado
há cerca de 20 anos. No fim de 2007, para combater a
Judeu". Descarta também a possibilidade de direito ao
guerrilha, cerca de 100 mil soldados foram deslocados
retorno dos refugiados, os palestinos, que consideram
para o leste e sudeste do país, na fronteira com o Iraque,
estas posições inaceitáveis, continuam divididos entre o
Síria e Irã. Por meses, houve bombardeios e conflitos na
grupo laico FATAH e o islâmico HAMAS.
região. Em 2008, o Iraque protestou contra a invasão de
Israel controla as reservas de água, consumindo
seu território. Desde então, o Exército turco atua em
cerca de 350 litros diários, enquanto os palestinos ficam
suas fronteiras.
somente com 60 litros. Este elevado consumo israelense
ocasionou a secagem de poços dos palestinos.
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Como está o conflito Israel-Palestina um ano após
transferência da embaixada dos EUA?
Em 14 de maio de 2018, os Estados Unidos abriram
sua embaixada em Jerusalém, um terremoto diplomático
que coincidiu com uma explosão de violência na Faixa
de Gaza. Um ano depois, ainda perduram dúvidas sobre
as consequências imediatas e futuras dessa decisão no
conflito entre Israel e Palestina.
- O que acontece em Jerusalém? -
A transferência oficial da embaixada americana de Tel
Aviv para Jerusalém concretizou uma das mais
controversas promessas de campanha do presidente
Donald Trump: o reconhecimento, anunciado em
dezembro de 2017, dessa cidade como capital de Israel,
rompendo um consenso internacional.
Para Israel, é o reconhecimento "histórico" de uma
ligação de 3.000 anos entre o povo judeu e Jerusalém.
Os palestinos, que querem fazer da parte oriental da
cidade a capital do Estado que almejam, ficaram
indignados.
O status de Jerusalém está em disputa desde a criação
de Israel em 1948 e a guerra que acompanhou-a. Israel
se apoderou de Jerusalém Oriental em 1967 e anexou-a.
A ONU considera que Jerusalém Oriental está ocupada.
Os países com sede diplomática em Israel mantêm sua
embaixada fora da cidade até que este status seja
negociado.
- E em Gaza? -
Desde março de 2018, palestinos protestam na fronteira
entre Gaza e Israel por seu direito a voltar às terras de
onde fugiram ou foram expulsos com a criação do
Estado israelense. Eles também são contrários ao
bloqueio imposto pelos hebreus para conter o Hamas,
que governa o enclave.
Esses protestos são chamados de "Marchas do retorno",
movimento pacífico, nascido na sociedade civil, de
acordo com o Hamas. Para Israel, trata-se de uma
violenta instrumentalização de parte do movimento
islâmico.
Em 14 de maio de 2018, as marchas protestam contra a
transferência da embaixada e lembram o "Nakba", a
catástrofe que a criação de Israel em 14 de maio de
1948 representou para os palestinos. Pelo menos 62
palestinos foram mortos em manifestações e confrontos
com soldados israelenses.
- Qual o contexto atual? -
Um conflito entre Israel e Palestina sem resolução por
décadas e iniciativas diplomáticas estagnadas desde
2014.
O Hamas que rejeita a existência de Israel, e teve três
guerras com o Estado hebreu desde 2008. A ocupação e
colonização israelense na Cisjordânia também persiste.
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Donald Trump prometeu ser o presidente mais pró-Israel
na história dos Estados Unidos. Desde que chegou à
Casa Branca, seu governo multiplicou as manifestações
pró-israelenses e as queixas contra os palestinos.
- Quais foram os efeitos da medida? -
Dois dias depois dos Estados Unidos, a Guatemala
anunciou a transferência de sua embaixada para
Jerusalém. O Paraguai fez o mesmo, mas voltou atrás
em setembro, após uma mudança de governo. Outros
países afirmaram sua intenção de imitar os Estados
Unidos, como o Brasil, mas não concretizaram a medida.
O caos esperado após a transferência não se
concretizou, afirma o ministro israelense de Relações
Exteriores, Emmanuel Nahshon. Quanto ao efeito sobre
os esforços de paz com os palestinos, "há anos que não
há processo de paz", declarou.
Ao contrário, para os palestinos as relações com os
Estados Unidos atravessam "o pior período de sua
história", disse Ahmed Majdalani, conselheiro do
presidente Mahmud Abbas.
As iniciativas americanas sobre Jerusalém tiveram
"grande impacto" e, em um ano, o governo Trump
passou "do status de intermediário parcial para o de
defensor da ocupação" israelense.
- E agora? -
Autoridades palestinas suspenderam contatos oficiais
com o governo dos EUA em dezembro de 2017. Eles
rejeitam antecipadamente o plano do genro e
conselheiro de Trump, Jared Kushner, para fechar um
acordo diplomático "final", desejado pela Casa Branca.
As decisões sobre Jerusalém produziram "o efeito
desejado em termos de política interna dos EUA",
agradando uma parte do eleitorado de Trump, diz Hugh
Lovatt, analista do Conselho Europeu de Relações
Exteriores.
Mas elas têm "um impacto negativo em seu futuro plano
de paz. É mais difícil agora que os países do Golfo o
apoiem, porque Jerusalém Oriental é um limite", explica.
Fonte:https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2
019/05/12/interna_internacional,1053156/como-esta-o-
conflito-israel-palestina-um-ano-apos-transferencia-da-
emb.shtml
*GUERRA NO IRAQUE: Em 1979, Sadam Hussei
tornou-se o presidente do Iraque e tentou "purificar" seu
governo executando aqueles que se opunham contra
ele. Em 1980 inicia-se uma Guerra contra o Irã que teve
apoio do Ocidente (EUA). Sadan saiu vitorioso e
resolveu invadir o Kuwait, ameaçando o fornecimento de
petróleo ao mundo na chamada Guerra do Golfo (1990-
1991).
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Desde a Guerra do Golfo, o Iraque foi excluído das

relações diplomáticas Trabalhadores de Curdistão (PKK)
iniciou uma luta armada pela Independência com os
outros países. Durante um certo período a ONU enviou
grupos de inspeção para desmantelar as possíveis
instalações onde estariam sendo produzidas armas de
longo alcance e de destruição em massa. O fato de
terem feito uma averiguação correta tem sido motivos de
controvérsias, desde que foram forçados a deixar o local
devido a ataques surpresa dos EUA e da Inglaterra que
bombardearam o Iraque.
Em 2002, o Iraque foi denominado pelos EUA com
um dos países do “EIXO DO MAL” e foi invadido por
tropas norte americanas depondo Sadan Hussei do
governo do Iraque. A guerra do Iraque foi considerada
por muitos países como injustificável e desnecessária.
Em 2006, Sadan foi julgado e condenado pela morte de
148 xiitas no povoado de Dujail em 1982. Condenado à
morte, foi enforcado em dezembro de 2006.
As tropas norte-americanas permaneceram no país
causando uma situação de caos e devastação, com
conflitos sectários. As previsões é que as tropas norte-
americanas sejam totalmente retiradas do país.
*AFEGANISTÃO: Após os atentados de 11 de
Setembro, o Afeganistão foi o primeiro alvo da "Doutrina
Bush".
O país, controlado pelo regime extremista Taliban e
onde ficavam bases de treinamento da Al Qaeda, foi
atacado em outubro de 2001 e o regime Taliban
deposto.
As forças norte-americanas destruíram as bases da
Al Qaeda, mas não conseguiram capturar seu líder
Osama Bin Laden, que acredita-se ainda está na região
montanhosa e de difícil acesso entre o Afeganistão e o
Paquistão. Após a ocupação, o Taliban se reorganizou e
tem realizado ações e atentados que ampliam a
instabilidade do país.
A ofensiva norte-americana causa mortes e
ferimentos em civis, provocando hostilidade local à
presença de forças estrangeiras.
A estratégia do presidente Obama para a região
aponta para três direções: o reforço da presença de
soldados no país, a tentativa de atrair membros
moderados do Taliban para negociação e a maior
participação de países vizinhos e organismos
multilaterais, como a ONU, na busca de soluções.
Os EUA enviou para lá pelo menos mais 21 mil
militares( chegando a 47 mil). Somados aos outros
países da OTAN, serão 82 mil soldados estrangeiros em
território afeganês.
.A previsão é de terminar com esta intervenção militar
até 2016, mas a milícia Taliban não foi derrotada e
prossegue com suas atividades.
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*Guerra da Síria: as causas e consequências do
conflito no Oriente Médio
Embate já dura oito anos e se transformou em uma crise
humanitária
Desde março de 2011, a Síria, país no Oriente Médio
que faz fronteira com Turquia, Iraque, Líbano, Israel e
Jordânia, enfrenta uma guerra civil. O que começou
como uma série de protestos populares conhecidos
como Primavera Árabe, contra o governo do ditador
Bashar al-Assad, evoluiu para combates com grupos
armados entre oposição e governo.
Entenda:
Família al-Assad
A Síria é governada pela família al-Assad há mais de
meio século: primeiro, por Hafez al-Assad, que ficou no
poder até a sua morte, em 2000. Ele foi sucedido por
Bashar Al-Assad desde o ano 2000, que está no centro
do conflito.
Origens
Em 2011, adolescentes foram presos e torturados por
terem pintado mensagens de apoio à Primavera Árabe.
Isso deu origem a protestos que pediam reformas
democráticas, mas o governo respondeu com violência.
Pouco tempo depois, desertores do exército anunciaram
a formação do Exército Livre da Síria (ELS).
Quem é quem?
Na evolução da guerra, diversos grupos acabaram
surgindo e outros países se envolvendo. A configuração
atual é mais ou menos a seguinte: de um lado, na Síria,
o ditador Bashar al-Assad permanece no poder, apoiado
por Rússia, Irã e milícias xiitas; de outro, os grupos
rebeldes, entre eles o ELS, o Jaysh al Islam e o Ahrar al
Sham.
Ao norte, ficam os curdos, um grupo étnico com mais de
20 milhões de pessoas que luta pela conquista de um
território próprio. Eles são apoiados pelos Estados
Unidos e estão há quase um século em conflito com a
Turquia. O país ao sul, Israel, tem começado a lançar
ataques aéreos na Síria. E, rondando o conflito todo, o
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Estado Islâmico, grupo extremista jihadista que surgiu Estado islâmico. Os líderes da Al Qaeda central
após a Guerra do Iraque em 2003, aproveita qualquer romperam com o EIIL por desaprovar seus métodos e
oportunidade para ganhar território impondo ainda mais objetivos.
terror na região.

O desenrolar do conflito

Bashar al-Assad tem um único objetivo, ficar no poder.

Os rebeldes, por sua vez, têm diferentes objetivos, mas
todos querem uma única coisa: tirar Assad do poder. A
Rússia apoia Assad, pois ele é o principal aliado na
região do Oriente Médio, assim como garante ao país o
único porto no Mediterrâneo. Já o Irã é aliado antigo de
Assad, além de querer impor seu poder frente à
influência crescente da rival Arábia Saudita na região.
Esse apoio tem sido suficiente para garantir que nenhum
esforço dos rebeldes seja bem-sucedido.
Os outros países envolvidos se mantêm restritos a
conflitos paralelos ou menores, por exemplo, Israel
contra Irã, Turquia contra curdos, EUA contra Estado
Islâmico… Mas tudo, de certa forma, acaba se
desenrolando na Guerra da Síria.
Fonte:https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/not
icia/2019/09/guerra-da-siria-causas-e-
consequencias-do-conflito-no-oriente-medio.html
GRUPOS TERRORISTAS:
Al Qaeda
Foi fundada em 1988 no Afeganistão por Osama bin
Laden que lutava ao lado de guerrilheiros islâmicos
contra a ocupação soviética com equipamentos e
recursos vindos de potências ocidentais.
Após a Guerra do Golfo em 1990 quando as tropas
americanas atacaram o Iraque a Al Qaeda passou a ter
como inimigo os EUA, o que levou ao atentado do 11 de
Setembro de 2001.
Bin Laden ganhou fama mundial e vários grupos se
uniram a Al Qaeda o que permitiu tornar-se uma rede
terrorista com ramificações internacionais.
Na última década, a central da Al Qaeda no
Afeganistão e no Paquistão foi duramente atingida pelas
ações militares dos EUA. O trabalho de espionagem e o
ataque com drones mataram seus líderes e reduziram
sua capacidade de ação e de se comunicar com a filiais.
A morte de Bin Laden em 2011 enfraqueceu o grupo.
O novo líder, o médico egípicio Ayman Zawahiri, não
possui o carisma do fundador.
Estado islâmico (EIIL e ISIS)
O Estado Islâmico do Iraque e do Levante é a milícia
fundamentalista islâmica mais poderosa neste momento.
No Iraque, nasceu como filial da Al Qaeda. Em 2013,
estendeu as atividades para a Síria, como parte dos
grupos armados de combate à ditadura de Bashar al-
Assad, mudando o nome para EIIL.
Desde então, vem conquistando territórios tanto na
Síria como no Iraque, com o objetivo de implantar um
 ÁSIA: A Ásia possui vária sub-regiões distintas
política e economicamente. Entre elas há
profundas diferenças no sistema político-
monarquias, regimes democráticos e comunistas
-, no nível de desenvolvimento econômico e na
posse de riquezas além de passar por recentes
experiências de paz e guerra.
*CAXEMIRA: Localizada em parte no norte da Índia e
em outra no nordeste do Paquistão, a Caxemira é
disputada desde a sua independência, em 1947, pelos
dois países. O subcontinente indiano esteve sob domínio
britânico desde o séc. XVIII. Ao se retirarem, os
britânicos criaram dois países, separados por critérios
religiosos. A Caxemira tem maioria muçulmana, como o
PAQUISTÃO. Mas a ÍNDIA, de maioria hinduísta, insiste
em manter o domínio da região, tradicionalmente ligada
a elite hindu.
*TIBETE: Território de tradução budista com status de
região autônoma, foi anexado a CHINA em 1950. Nos
primeiros anos de ocupação, o governo comunista
destruiu monastério e tentou suprimir a identidade do
povo tibetano. Por causa disso, Tenzin Gyatso, o 14º
dalai-lama, líder religioso dos tibetanos, vive em exílio
desde 1959. Ele tem corrido o mundo em defesa da
autonomia do Tibete e ganhou o Prêmio Nobel da Paz
em 1989. Em 2008, tibetanos aproveitaram os Jogos
Olímpicos e iniciaram uma rebelião. A polícia reprimiu o
movimento violentamente deixando dezenas de vítimas.
 AMÉRICA LATINA:
*CUBA: Último país da América Latina a se tornar
independente, liberou-se do domínio espanhol em 1898,
graças a um conflito entre a Espanha e os EUA. Em
1902, os norte-americanos negociam a independência

 Lembre-se: “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.” Albert Einstei n
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de Cuba, mas conservam sob seu domínio da base
militar de Guantánamo.
Insatisfeito com a ditadura do coronel Fulgêncio Batista,
o grupo rebelde Movimento 26 de Julho leva a cabo a
Revolução Cubana, concluída com a tomada de Havana,
em 1 de janeiro de 1959. O líder do grupo, Fidel Castro,
assume o poder.
O antagonismo com os EUA levou Cuba a adotar o
sistema político soviético. Uma ditadura é instalada e o
Partido Comunista monopoliza o poder político. Fidel
Castro torna-se chefe absoluto.
Em fevereiro de 2008, após 49 anos de governo, e
depois de longa enfermidade que o manteve afastado do
posto, Fidel Castro renuncia a presidência. Raul Castro,
seu irmão, é eleito presidente pelos políticos locais. O
embargo norte-americano continua apesar de mudanças
internas, como a liberação de celulares e computadores.
*COLOMBIA: Em meados do século passado, a
Colômbia viu surgir diversos grupos guerrilheiros em seu
território. O assassinato de líder liberal nacionalista
Jorge Eliécer Gaitán, em 1948, deu origem a uma revolta
popular, conhecida como Bogotazo. Os partidos,
conservador e liberal, os mais importantes do país, e
outras forças montaram milícias e passaram a se
enfrentar. Esse período durou cerca de dez anos e ficou
conhecido com La violencia.
As FARC surgiram em 1964, identificando-se
como grupo marxista com atuação no meio rural. Outras
guerrilhas apareceram, depois, como o Exército de
Libertação Nacional (ELK) e o Movimento Revolucionário
19 de Abril (M-19), hoje partido político.
Na década de 80, as FARC começaram a financiar
suas atividades explorando o narcotráfico em sua área
de atuação. Embora mantenham a fraseologia de
esquerda, muitos analistas consideram que sua principal
atividade atualmente se relaciona à venda de cocaína.
Com o governo de Uribe, a partir de 2002, as
ações do Exército Colombiano contra a guerrilha
passaram a ser mais incisivas. Por meio do Plano
Colômbia, que dispõe de recursos norte-americanos, as
tropas empurraram as FARC para regiões despovoadas
perto das fronteiras com os países vizinhos. As FARC
diziam ter 18 mil guerrilheiros em 2007, mas estima-se
que o número atual se situe entre 8 mil e 9 mil.
Pesquisas de opinião indicam que os métodos da
guerrilha provocam ampla rejeição entre a população
colombiana.
* VENEZUELA:
5 pontos para entender a crise na Venezuela
Da ascensão de Maduro ao poder em 2013 até os
dias de hoje, entenda os fatores que deram origem e
aprofundaram a crise Venezuela.
A cada semana, as crises política, econômica e
humanitária que a Venezuela enfrenta parecem se
agravar. Em janeiro, as turbulências ganharam ainda
mais força depois de o presidente da Assembleia
Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarar
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presidente interino do país, ato que fez com que
ganhasse o apoio de grande parte da comunidade
internacional.
Essas instabilidades, no entanto, parecem longe do fim.
Se por um lado Maduro permanece firme como
presidente, classificando a tensão como tentativa de
golpe dos Estados Unidos e apoiado pelas forças
armadas do país, a oposição segue tentando
desestabilizar a sua posição.
O clima de tensão no país não é de hoje e os próximos
desdobramentos das crises são, por ora, imprevisíveis.
Abaixo, EXAME.com reuniu alguns dos acontecimentos
mais relevantes dos últimos anos para entender a crise
na Venezuela.
1) Como Nicolás Maduro chegou ao poder na
Venezuela?
Em 2013, o mundo observou os desdobramentos da
morte de Hugo Chávez, que assumiu a presidência da
Venezuela em 1999. Maduro era seu vice-presidente e
chegou à liderança do país em caráter interino e então
convocou eleições.
Acabou eleito para um mandato de seis anos em 15 de
abril de 2013, num pleito apertado e cujo resultado foi
contestado por Henrique Capriles, candidato derrotado e
um dos líderes da oposição. Na época, a aprovação do
seu jovem governo era robusta: 64% dos venezuelanos
eram favoráveis de sua gestão.
Anos depois, em maio de 2018, Maduro foi reeleito em
uma eleição geral permeada por denúncias de fraude.
Aqui nascia mais um capítulo da crise da Venezuela, já
que a legitimidade do pleito foi questionada não apenas
pela oposição venezuelana, mas pela comunidade
internacional. Desde então, o movimento por novas
eleições gerais só ganhou força.
2) O que explica a crise econômica e
humanitária?
Embora Maduro tivesse um bom índice de aprovação
popular no início do primeiro mandato, o chavista herdou
uma economia em frangalhos e uma das principais
razões para isso foi a queda no preço dos barris
de petróleo, principal produto de exportação da
Venezuela e cujas receitas financiavam programas e
serviços sociais.
Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI),
o PIB per capita do país caiu mais de 35% entre 2013 e
2017 e a hiperinflação chegou em 1.350.000% no ano
passado. Como resultado da crise, uma nova crise, essa
de caráter humanitário, surgiu para assolar a população,
que sofre com a escassez de itens essenciais como
remédios e alimentos.
Era uma questão de tempo até que os problemas
econômicos impactassem os índices. Hoje, 48% da
população vive em condições de pobreza. A violência
também estourou país afora, levando a capital Caracas
ao topo do ranking das cidades mais violentas do
planeta.
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3) Qual o papel das eleições de 2015 e a
oposição?
A crise econômica se agravou e a aprovação do governo
começou a cair. A resposta da população aparece então
no resultado das eleições legislativas, vencidas pela
oposição, que vira maioria parlamentar pela primeira vez
desde 1999. A coalizão Mesa da Unidade Democrática
(MUC) assume 112 cadeiras, contra 51 do Partido
Socialista Unido da Venezuela de Maduro.
A pressão sobre Maduro cresce e, em 2016, a oposição
dá início a um movimento para a convocação de
novas eleições. Pelas leis do país, é possível abreviar o
mandato da presidência a partir de um referendo popular
que, por sua vez, depende da coleta de 20% de
assinaturas do padrão eleitoral, que equivale a cerca de
4 milhões, para ser realizado.
O processo de realização dessa consulta foi, no
entanto, suspenso pela autoridade eleitoral venezuelana
sob a justificativa de que o processo estava irregular.
Sem essa possibilidade, a oposição passou então a
pleitear a antecipação das eleições, que aconteceram
apenas em 2018, e a população passou a tomar as ruas
em protestos contra e a favor do chavista.
Em janeiro de 2019, Maduro tomou posse para o
segundo mandato e a resposta de Guaidó veio na
autodeclaração como presidente interino na Venezuela.
Agora, a oposição luta pela saída imediata de Maduro da
presidência e a convocação de um novo pleito.
4) Como a Suprema Corte se posiciona?
Acusada pela oposição de ser pró-Maduro, a Suprema
Corte barrou várias leis, amargando ainda mais a
relação entre governo e oposição. A situação se agravou
em 2017, quando a corte retirou a imunidade dos
parlamentares da Assembleia Nacional da Venezuela e
tentou assumir as funções da casa, após acusar seus
membros de estarem em desacato com uma decisão.
O episódio, no entanto, foi revertido dias depois,
após recomendação do próprio Maduro e foi
amplamente criticado pela comunidade internacional,
que até então vinha se mantendo distante das
turbulências internas no país.
5) Protestos na Venezuela
Desde a confusão entre Suprema Corte e Parlamento
nos idos de 2017, a oposição intensificou seus esforços
perante a população, que vem tomando as ruas de
diferentes cidades em toda a Venezuela. Muitos grupos,
contudo, se manifestam a favor de Maduro.
A resposta do governo aos protestos sempre foi dura.
Em janeiro de 2019, uma nova onda de manifestações
contra o chavista resultou na detenção de ao menos 77
menores, um fato que chocou o mundo. Segundo a
ONU, mais de 850 pessoas foram colocadas em prisões
pelo país no que seria o maior número de detenções em
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décadas no país . A organização também informou que o
número de mortos nas repressões ocorridas na ocasião
chegou a 40.
 ÁFRICA: Muitos conflitos aconteceram em razão
das fronteiras criadas na Conferência de Berlim
(1884-1885). A divisão política antecedeu aos
interesses dos colonizadores e não a realidade
étnica e cultural do continente, o que até hoje
provoca disputas tribais.
*RUANDA: Há cerca de 500 anos o povo TUTSI chegou
a região que se localiza Ruanda e impôs um domínio
feudal ao povo HUTU. Em 1899, a Alemanha declarou a
região seu protetorado. Com a derrota alemã na 1ª G.M
a Bélgica ocupou Ruanda e reforçou o poder dos
TUTSIS. Na década de 1950, os belgas favoreceram o
surgimento de uma elite HUTU, a fim de aguçar a
rivalidade entre os povos, para melhor controlá-los.
Em 1962, o país tornou-se independente sob
liderança HUTU e os TUTSIS passaram a ser
perseguidos. Em 1994, o assassinato do presidente
HUTU, Juvenal Habyarimana levou a um genocídio
contra os TUTSIS, que resultou em mais de 1 milhão de
mortos, isolando o regime. Em 2000, Paul Kagame
tornou-se o primeiro presidente TUTSI de Ruanda.
Sua economia é baseada no cultivo de chá e do
café, a maior parte para exportação. Dois terços da
população vivem abaixo da linha da pobreza e 80%
residem na zona rural. A renda do turismo vem do
parque nacional dos Vulcões, lar dos gorilas-das-
montanhas.
*SOMÁLIA: Importante entreposto comercial na
Antiguidade, a região da atual Somália foi dominada por
vários povos no decorrer da história. O território deixou
de ser colônia britânica e italiana em 1960. Nos anos
1990, porém o Estado somali desintegrou-se e o país foi
retalhado por diversos clãs e grupos armados. A partir
de 2004, forma-se um governo de união nacional.
Em meados de 2006, a União dos Tribunais
Islâmicos (UTI)-organização fundamentalista islâmica -
opõe-se ao governo e aos clãs e passa a controlar o sul
do país. A Etiópia, nação vizinha, aliada ao governo,
envia tropas para lutar contra a milícia. Os EUA também
entra em ação, acusando a UTI de ligação com a Al
Qaeda, e bombardeiam o sul da Somália em janeiro de
2007. Com a organização fundamentalista enfraquecida,
a Etiópia retira as tropas, mas ainda há forte
instabilidade e choques armados.
Assolado por mais de 15 anos de guerra civil, o
país é uma dos mais pobres do mundo. As secas pioram
a situação, e quase um quarto da população passa
fome. A base da economia é a criação de animais.
*ANGOLA: Em 1482, Portugal inicia a colonização da
região. A fundação de Luanda, em 1575, serviu de base
para o comércio de escravos (nos séculos seguintes, 1
milhão de pessoas forma enviadas ao Brasil). A luta
armada pela independência de Angola durou 14 anos e
chegou ao fim em 1975, quando o Movimento Popular
de Libertação de Angola (MPLA) tomou o poder, liderado
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por Agostinho Neto. A disputa pelo governo com outros
grupos levou a 27 anos de guerra civil, encerrada em
2002.
Durante o conflito, o setor de petróleo foi o único a
se desenvolver. O grande número de minas terrestres
espalhadas pelo território dificulta a agricultura. O país é
um dos 20 mais pobres do mundo, de acordo com o IDH
da ONU.
Mais de 70% da população está desempregada e
não há infra-estrutura básica ( só 20% das pessoas têm
energia elétrica) para criar indústrias e empregos. Mas,
como o fim dos conflitos, o país agora está reaberto a
investimentos. Estes investimentos são canalizados para
o setor petrolífero, tem levado o país a fazer acordos
com o Brasil, EUA e a China. Os maiores problemas são
a dívida externa de 8 bilhões de dólares e a corrupção.
*CONGO: A Guerra Civil na República
Democrática do Congo (RDC) é um exemplo de como a
disputa de uma área em minérios acaba misturando
rivalidades étnicas e envolvendo os vários países da
região. Antigo Zaire, o país abriga mais de 200 grupos
étnicos. A origem da batalha remonta a 1994, quando 1
milhão de pessoas- em sua maioria HUTU-, fugindo de
um genocídio desencadeado em Ruanda, ingressaram
no leste da RDC, desestabilizando a região habitada já
mais de 200 anos pelos tutsis baniamulenges.
Os baniamulenges responderam com uma
rebelião, em 1996, que se espalhou pelo país e recebeu
o auxílio de Uganda e de Ruanda. Em 1997, os rebeldes
venceram e seu líder, Laurent Desiré Kabila, assumiu a
presidência. No ano seguinte, Kabila rompeu com seus
antigos aliados e buscou a ajuda de Zimbábue, Burundi,
Namíbia e Angola, que entraram no conflito. Em 2001, o
presidente foi morto e seu filho, Joseph Kabila, assumiu
o poder.
Um acordo de paz foi fechado em 2003 e uma
nova Constituição, promulgada. Eleições presidenciais
históricas, as primeiras do país desde a independência,
em 1960, ocorreram entre julho e outubro de 2006.
Kabila foi reeleito com 58% dos votos. A Assembléia
nacional foi instalada em setembro e os governos locais,
eleitos em janeiro de 2007. Mas, mesmo com guerra civil
oficialmente encerrada, as lutas continuam em várias
regiões da RDC. O grande combustível são as ricas
reservas minerais do território, cujo controle é disputado
por milícias manipuladas por governos e empresas
estrangeiras.
Em 2016, atua no país a maior força de paz da
ONU, com 22 mil pessoas. A RDC recebe investimentos
da China em estradas de ferro para viabilizar a
exportação de minérios por um porto no Atlântico.
*SUDÃO: Em Danfur, no oeste do Sudão, teve
início em 2003 um grave conflito, quando um movimento
ligado à maioria negra de agricultores realizou ações
armadas, acusando o poder central de descriminá-los. O
governo reagiu com violência, apoiado pela milícia
Janjawwed - cujos integrantes se consideram árabes-,
que realizou massacres contra agricultores (limpeza
étnica). Os choques já causaram mais de 400 mil mortes
e fizeram 2 milhões de refugiados, dos quais cerca de
200 mil fugiram para o vizinho Chade.
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Tropas da União Africana e a ONU foram
deslocadas para a região. A pressão internacional pelo
desarmamento da milícia levou o governo a buscar
negociar contra os separatistas. A assinatura de paz
com o maior dos grupos não encerou o conflito.
Em março de 2009, o Tribunal penal Internacional,
em Haia, já havia emitido mandato de prisão contra
líderes das milícias e membros do governo sudanês,
condenou á prisão o presidente do Sudão, Omar Al-
Bashir, por crimes de guerra. Em razão disso, a União
Africana, que havia pedido adiamento do julgamento,
decidiu encerrar sua cooperação com o Tribunal. Alguns
países africanos encaram a decisão como demasiada
interferência na soberania dos países.
*SUDÂO DO SUL: Após uma guerra civil que
durou meio século e deixou milhões de mortos, o Sudão
e o Sudão do Sul separaram-se em 2011. A indefinição
sobre as fronteiras definitivas provoca atrititos,
principalmente por causa da província de Abyei, rica em
petróleo que fica no Sudão.
O controle pelas reservas de petróleo do Sudão do
Sul aciira disputas entre o presidente Salva Kiir e o seu
vice Reik Machar demitido por ele. Em 2014, os
confrontos entre os grupos ligados aos dois políticos
transformaram-se numa guerra civil que causou milhares
de mortes e deslocamentos populacionais. Em fevereiro
de 2016, o conflito cessou após intervenções da ONU
que levaram Salva Kiir a reconduzir Reik Machar a vice-
presidência, mas teme-se que este acordo não seja
definitivo.
*MALI: Situado no noroeste africano essa ex-
colônia francesa tem a parte norte do seu território
ocupada pelo deserto do Saara onde diferentes grupos
tuaregues armados lutam pela autonomia.
A partir de 2012, os tuaregues organizaram-se no
Movimento Nacional de Libertação de Azawad e tomam
várias cidades do norte.
Na mesma região, atuam terroristas da Ansar
Dine, braço da Al Qaeda no Magreb islâmico, que
pretende instaurar um estado islamita, e acentuam-se os
conflitos armados entre tuaregues, terroristas e tropas
federais, todos contra todos, além de sequestros de
turistas e atentados jihadistas. Desde 2013, atuam no
país tropas da França, da União Africana e da ONU.
*COSTA DO MARFIM: Maior produto e exportador
de cacau do mundo, o país vive uma guerra civil entre
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2002 e 2004 com contornos étnicos e religiosos. Ela
opõe os islâmicos do norte, região pobre e marginalizada
aos cristãos e animistas do sul, mais desenvolvido. A
animosidade entre as duas áreas foi acirrada em 2002,
com uma crise econômica provocada pela queda dos
preços do cacau, o principal produto nacional de
exportação. O conflito se estendeu e os rebeldes
dominaram a metade norte da Costa do Marfim. Em
2007, foi assinado um acordo para a formação de um
governo e de um comando militar compartilhado entre o
governo e os rebeldes, e foram marcadas eleições
presidenciais. Em 2010 o presidente Laurente Gbagbo
nega-se a entregar o poder ao candidato vitorioso,
Alessane Ouattara, do norte. A decisão gera nova
escalada de volência e deixa mais de 3 mil mortos. Em
2011, Gbagbo é preso e extraditado para Haia, na
Holanda, para ser julgado por crimes contra a
humanidade. Assim, a Corte Constitucional reconhece a
vitória de Alessane Ouattara que assume a presidência
do país, retomando o crescimento econômico em 2012 e
2013.
*NIGÉRIA: Nação mais populosa do continente
também vive uma situação interna instável. Além da
divisão entre muçulmanos (ao norte) e cristãos, existem
mais de 200 grupos étnicos, com língua e cultura
diferentes. As tensões explodiram em 1999, quando
alguns Estados, oficializaram a Sharia, legislação
baseada no Alcorão (O livro sagrado do islã).
Nos locais onde a presença cristã era mais forte,
houve protestos e choque nas ruas. Mais de 10 mil
pessoas morreram desde 2000. Em 2007, as eleições
presidenciais e parlamentares provocaram uma nova
onda de violência, que resultou em mais centenas de
milhares de mortes. Os conflitos se mantiveram em
2008, assim como as ações de sabotagem às atividades
econômicas praticadas no delta do rio Níger, de onde, se
extrai muito petróleo, por diversos grupos rebeldes.
Atualmente o maior desafio das autoridades do
país é combater o terrorismo do grupo Boko Haram,
ligado ao Estado Islâmico, que pretende implantar no
país um Estado Islamita conservador. Os extremistas
invadem aldeias, realizam genocídios e sequestram
mulheres.
GRUPO TERRORISTA BOKO HARAM
O Boko Haram é um grupo terrorista surgido na
Nigéria que, muitas vezes, é denominado como “grupo
radical islâmico”, pois as suas ações correspondem ao
fundamentalismo religioso de combate à influência
ocidental e de implantação radical da lei islâmica, a
sharia. O nome Boko Haram significa “a educação não
islâmica é pecado” ou “a educação ocidental é pecado”
na língua Hausa, um idioma bastante falado no norte do
território nigeriano.
O surgimento do Boko Haram ocorreu em
2002 como uma seita religiosa, fundada por Mohammed
Yusuf na cidade de Maiduguri, capital do estado de
Borno, na Nigéria. Para Yusuf e os seus seguidores, a
cultura ocidental reproduzida na sociedade seria a
principal razão para os males do país, sendo necessária
a sua erradicação para combater a corrupção e o
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descaso das autoridades para com o povo. O líder atual
do Boko Haram é Abubakar Shekau.
Com o passar do tempo, o Boko Haram foi se
tornando um grupo militar cada vez mais bem armado,
recebendo vários treinamentos e ações de formação por
parte da Al-Qaeda do Magreb e de alguns outros
grupos militares radicais existentes na região
setentrional da África. Em 2009, com a morte de
Mohammed Yusuf durante um confronto armado, o Boko
Haram tornou-se uma organização militar totalmente
radical. No entanto, somente em 2013 os Estados
Unidos passaram a considerar, oficialmente, o Boko
Haram como grupo terrorista, que é hoje um dos maiores
da atualidade.
O principal objetivo do Boko
Haram atualmente, além de combater os princípios e
legados ocidentais deixados pela colonização britânica
no país, é a construção de uma república islâmica. Para
conseguir esse objetivo, o grupo terrorista utiliza muitos
métodos radicais, incluindo a realização de atentados e
o sequestro para realizar avanços territoriais. O Boko
Haram também age por meio do sequestro de mulheres,
utilizando-as para a obtenção de resgates e,
principalmente, negociando-as como escravas sexuais.
A ação mais notória do grupo até hoje ocorreu
em abril de 2014, quando o Boko Haram sequestrou
cerca de 276 mulheres entre 16 e 18 anos. Segundo
relatos de algumas das que conseguiram escapar, os
militantes utilizavam-nas como escravas sexuais e
vendiam-nas para membros da organização a um preço
médio de 12 dólares. Indícios posteriores também
afirmaram que boa parte das mulheres foi utilizada em
diversos combates.
Não há números concretos sobre a ação do
Boko Haram, mas estima-se que o grupo terrorista já
tenha executado mais de três mil pessoas, número que
se eleva continuamente a cada conflito ocorrido. O grupo
já tomou boa parte do território da Nigéria, sobretudo as
suas áreas ao norte e a nordeste, em um mapa difícil de
ser representado, pois, a cada mês ou semana, um nova
cidade é tomada ou perdida para as tropas do governo
nigeriano, realinhando as fronteiras da república radical
islâmica.
Os milhares de combatentes e militantes do
Boko Haram vêm lutando não tão somente contra as
tropas governamentais da Nigéria, mas também contra o
apoio de outros países. Chade e Níger, que formam uma
coalização africana, vêm atuando no território nigeriano
para combater as ações da milícia terrorista, que
eventualmente realiza atividades fora da Nigéria e
ameaça, com uma possível expansão, os países
circunvizinhos, principalmente Camarões, que já sofreu
alguns atentados.
As ações do Boko Haram são uma
demonstração da expansão da atividade de grupos
terroristas pelo mundo, algo que se intensificou nos
períodos posteriores à Guerra Fria. O líder Abubakar
Shekau jurou, inclusive, uma lealdade a outro grupo
terrorista radical, o Estado Islâmico. Essa postura não se
trata, ao menos por enquanto, de uma aliança entre os
dois grupos, mas pode indicar um paralelo sem igual
para o crescimento da ação de grupos radicais pelo
mundo.
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