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Aula 1
Revolução Cubana
Aula 2
Oriente Médio e a Questão da Palestina - Sionista
Aula 3
Terceiro Mundo e a Guerra do Vietnã
Aula 4
África, Angola e Moçambique
Aula 5
O Terceiro Mundo
Aula 6
Abaixo a Ditadura!
Aula 7
Abaixo a Ditadura! - O Caso Brasileiro
Aula 8
Abertura e Anistia no Brasil
Aula 9
África - Conflitos pós IndependênciaÁfrica - Conflitos pós Independência
Aula 10
O Neoliberalismo se fortalece - Governos Thatcher e Reagan
Revolução Cubana
Jovem médico com apenas 27 anos quando se juntou ao grupo liderado por
Fidel Castro para derrubar a ditadura de Fulgêncio Batista, foi peça
importante durante a Revolução Cubana e chegou a ocupar cargos de
destaque na formação do governo revolucionário, mas deixou Cuba em
1967 para pôr em prática a expansão do socialismo na América Latina. Para
Che, os fatos ocorridos em Sierra Maestra poderiam se repetir em outros
países. Um grupo pequeno de guerrilheiros na área agrícola contagiaria a
população rural levando-os a uma luta revolucionária contra o governo.
Contudo, sem o apoio da população das cidades, o modelo que deu certo na
ilha fracassou no continente. Em 8 de outubro de 1967, isolado na selva da
Bolívia, Che Guevara foi capturado e assassinado pelo exército boliviano.
A morte de Che representou o fim da tentativa de expandir o modelo
revolucionário cubano pelo continente, mas também levou a criação de um
símbolo do idealismo juvenil e sua imagem atravessa gerações como
modelo de luta contra opressão.
Oriente Médio e a Questão da Palestina - Sionista
Os povos que constituem o Oriente Médio possuem elementos que lhes dão
identidade comum. É o caso das sociedades que falam a língua e partilham
os valores da cultura árabe. Outro fator de unificação é a religião islâmica.
Além disso, os povos da região compartilham a experiência de submissão a
potências estrangeiras.
Não faltaram disputas políticas entre os povos do Oriente Médio, além da
tradicional rivalidade entre sunitas e xiitas, agravadas, no caso libanês, pela
presença de uma minoria cristã. Mas o grande inimigo dos países árabe no
Oriente Médio do pós-guerra foi, sem dúvida, o Estado de Israel.
Guerra do Vietnã
Até a Segunda Guerra mundial, a região entre a China e a Índia, conhecida
como Indochina estava sobre o domínio francês. Em 1941, o Japão –
inimigo francês na guerra – invadiu essa região,mas foi combatido pelos
vietnamitas, liderados por Ho Chi Minh, que comandava a Liga
Revolucionária para a Independência do Vietnã (ligada ao partido
comunista).
Angola
O processo de independência em angola foi iniciado em 1961, após uma
sublevação em luanda e outra no norte do país. Esses movimentos foram
deflagrados pela ação de dois grupos diferentes formados na década de
1950, no país, que tinham o intuito de libertar angola do imperialismo
português. O movimento popular de libertação de angola (mpla),
organizador do levante popular em luanda, capital de angola, foi criado em
1956 e a união das populações de angola (upa), responsabilizada pelo
episódio no norte, fora formada também na segunda metade da década de
1950 e contava com forte apoio popular na região norte do país,
principalmente rural.
A luta de guerrilha entre esses grupos e o exército português foi iniciada em
1962. Num primeiro momento, houve uma ascensão da upa, agora chamada
de frente nacional de libertação de angola (fnla), mas posteriormente o mpla
assumiu o maior volume de guerrilha e de locais libertados dentro do
território. Em 1966, após uma cisão da fnla, é criada a união nacional para
independência total de angola, a unita, que passou a figurar no embate entre
o imperialismo português e os vários projetos para uma angola
independente.
Em 1974, angola se tornaria finalmente independente, após a queda do
sucessor de salazar, marcelo caetano, na revolução dos cravos. Em 11 de
novembro de 1974, a independência é declarada pelo mpla, reconhecido
pelas autoridades portuguesas como representante oficial do povo angolano.
No entanto, os outros grupos, a fnla e a unita, não desistiram de implantar
seus próprios interesses políticos e o embate continuaria, mesmo com a
saída portuguesa. A guerra civil durou oficialmente até 1991, quando houve
uma eleição, na qual concorreram eduardo dos santos, representando o
mpla, e jonas savimbi, representando a unita, apoiada pelo fnla. A vitória
foi dada a eduardo dos santos, mas não foi reconhecida pela oposição, e a
guerra permaneceu até 2002, quando a unita perdeu forças após a morte de
savimbi.
Moçambique
(Img7)
Argentina
A ditadura na argentina começou com um golpe de estado dado por
militares que assumiram o poder do país. Durante sua vigência, foi um dos
governos mais autoritários da américa latina no século xx. A argentina
passou por situação semelhante a do brasil em relação à existência de um
governo militar ditatorial. A ditadura na argentina teve início com um golpe
militar no ano de 1966.
O presidente arturo illia, que exercia o cargo legalmente dentro da
constituição, foi deposto no dia 28 de junho daquele ano e a partir de então
se sucedeu uma série de governos de militares até 1973. Embora o tempo de
vigência da ditadura na argentina tenha sido de apenas sete anos, bem
menos do que os 21 anos de ditadura militar no brasil, foi tempo suficiente
para as várias atrocidades cometidas pelos governantes autoritários.
Chile
Militarismo no peru
No peru o militarismo teve características bastante peculiares: assumindo o
poder em 1968, o general juan velasco alvarado deu início a uma política
caracterizada por um discurso nacionalista e anti imperialista e colocou e
marcha a reforma agrária, garantindo a uma parcela dos camponeses o
acesso a terra, reivindicação secular da sociedade rural, reformou a
legislação social criando condições para a elevação do nível de consumo do
país, fato que interessou tanto a burguesia internacional como à incipiente
burguesia nacional.
Argentina
Resistência
Chile
Peru
O governo militar que teve início em 1968 realizou várias reformas, que
nacionalizaram diversas empresas. Outro aspecto importante foi à reforma
agrária promulgada em 1969, que previa a expropriação dos latifúndios e a
estatização de mais de metade das terras responsáveis pela produção do
açúcar, que seriam distribuídas aos trabalhadores organizados em
cooperativas. Contudo, a reforma agrária esbarrou em inúmeros obstáculos.
Os latifundiários resistiram em entregar suas propriedades, e indígenas e
mestiços não aprovaram o sistema de cooperativas. Na década de 1970, o
país sofreu com uma grave crise econômica. As facções militares mais
conservadoras passaram a se opor ao governo e contando com o apoio dos
empresários organizaram um golpe que destituiu o governo do general
alvarado. O novo governo aboliu as medidas estatizantes e nacionalistas,
abriu o país ao capital estrangeiro e estabeleceu acordos com o fundo
monetário internacional (fmi). Os resultados foram à redução do poder de
compra dos trabalhadores e a desvalorização da moeda peruana.
Operação condor
Luta armada
Logo após o golpe de 1964, jovens universitários de esquerda acusaram a
direção do Partido Comunista Brasileiro (PCB) de não resistir ao golpe
militar e agir com moderação e cautela.Muitos julgavam que o momento
era de luta armada contra ditadura, eles acreditavam que os trabalhadores
apoiariam a luta e se engajariam em um movimento revolucionário liderado
por essas vanguardas.Várias organizações revolucionárias surgiram com o
objetivo de atacar a ditadura militar e implantar o socialismo no Brasil.
Ações de guerrilha
Sem nenhuma ideia de quedas do PCBR no Rio e em São Paulo, fui à casa
de um companheiro na noite de 20 de janeiro de 1970, conforme
combinado. Chovia muito e eu segurava o guarda chuva aberto, quando a
janela do apartamento térreo se escancarou e aparecem à minha frete uma
carabina, uma metralhadora e um revolver 38.(...)
No terceiro andar do DEOPS (...), empurraram-me até uma sala, onde
identifiquei certos implementos: duas mesas paralelas e separadas com uma
grossa trave de madeira apoiada em ambas, a maquininha com a manivela e
os fios, um funil, cordas, bastões etc. Tiraram-me a roupa e, desnudado,
encostaram-me à parede.(...) A função começou por uma dose de choques
elétricos. A intervalos, novas doses. (...) Depois de pontapés e telefones
(tapas atordoantes e simultâneos nos dois ouvidos) (...) chegou vez do pau
arara. (...) De pés e mãos atados por cordas, seguro à trave de face para
cima, eu ia recebendo choques elétricos em varias partes do corpo,
queimaduras nas plantas dos pés, telefones. A água derramada sobre o
corpo aumentava o efeito da eletricidade. Fizeram o afogamento:
introdução de água pelas narinas por meio de um funil. Com a cabeça
inclinada para baixo, a água entope o nariz, sai pela boca e provoca a
sensação de asfixia.(...) Creio que depois de seis hora de tortura , lá pelas
três da madrugada, suspenderam a função e mandaram que me vestisse. O
corpo muito dolorido, caminhei com dificuldades até largo recinto.
Indicaram confortável poltrona para me acomodar (...). O resto da noite ia
ser empregado na pressão psicológica. Perguntas sempre as mesmas,
deboche, insultos. Tudo vil e nojento.(...) Passados vários dias, resolveram
encerrar a tortura e fui(...) prestar depoimento tomado o termo por escrito.
Pelas suas perguntas, percebi que o descontrole, que tanto me inquietou,
havia sido ineficaz. Nada me tiraram de comprometedor para os
companheiros.(...) Afasto decididamente a pretensão de me apresentar
como herói ou como exemplo. Do meu relato não exclui os momentos de
temor e desespero.Só não renunciei à luta. Preste o depoimento da fase
policial em condições de aguda debilitação física e num ambiente de terror
onipresente.Duelava contra um inquisidor habilidoso.(...) Por deliberação
calculada, declarei apenas um ato incriminador contra mim mesmo: o de
participante da fundação do PCBR. No Brasil, a Constituição de 1988
garante que os acusados por determinados crimes possam recorrer à fiança
judicial. Mediante pagamento de valor estipulado pela autoridade judicial e
obedecendo a determinadas obrigações, o acusado pode aguardar a sentença
em liberdade. Exceção é a pratica da tortura,considerada crime inafiançável.
Abertura e Anistia no Brasil
Abertura Política
Ernesto Geisel
O General Ernesto Geisel assumiu a presidência em 1974 com o projeto de
“distensão lenta, segura e gradual”. Os ideais de Castelo Branco (primeiro
presidente da Ditadura militar) voltavam a ser citados, Castelo Branco
almejava institucionalizar a “revolução” que fora feita para salvar a
democracia além do mais, a imagem dos militares estava começando a ser
questionada após, as dezenas de torturas praticadas contra estudantes e
operários mortos e desaparecidos nos anos de chumbo. A ideia era abrandar
o regime e permitir algumas pequenas liberdades e posteriormente retirar os
militares do governo. O País passava por uma crise econômica que se
agravava a cada dia. O elevado preço do petróleo e as altas taxas de juros
internacionais desequilibravam o balanço brasileiro de pagamentos e
estimulava a inflação, no entanto, apesar de todos esses problemas
econômicos e também sociais, o governo não cessa o ciclo de expansão
econômica iniciado nos anos 70 aumentando o desemprego.
Para mostrar suas intenções, Geisel puniu os militares que estavam
envolvidos nos assassinatos do jornalista Wladimir Herzog e do operário
Manuel fiel Filho vítimas de torturas pelo DOPS, em 1977 suprimiu o
famigerado Ato Institucional numero 5. No entanto no ano de 78 usou o
mesmo ato que havia extinguido meses antes para fechar o Congresso
Nacional e aprovar o Pacote de Abril, em seguida a aprovação dos
“senadores biônicos”. Outro problema foi a mudança na política externa
norte-americana. A crise que culminou na renúncia do presidente Richard
Nixon e a derrota na Guerra do Vietnã lançaram os EUA em grande
descrédito. Para recuperar o prestígio internacional, o governo de Jimmy
Carter mudou a política norte-americana para a América Latina, criticando
as ditaduras em nome dos direitos humanos.Além do contexto externo,
Geisel enfrentava a oposição de três grupos políticos.
A linha dura
Diretas já!
Por essa mesma época, Edward W. Blyden se esforçou para mostra que os
africanos tinham uma história e uma cultura próprias, refutando as teorias
racistas da época. Em fins do século XIX e início do XX, o sociólogo norte-
americano William Du Bois lutou pelos direitos civis dos negros, repudiou
o racismo e acreditou que o problema dos negros estava vinculado à
dominação colonialista na África. Na década de 1920, Marcus Garvey, de
origem jamaicana, lutou contra o racismo e defendeu a dignidade negra.
Nas décadas 1920 e 1930, jovens oriundos de colônias francesas que
estudavam em Paris deram impulso ao movimento de valorização da África.
O nome mais conhecido é o de Léopold Senghor. Para ele,o negro vivia
diversas opressões – como negro, colonizado e trabalhador. Em sua
concepção, o imperialismo era a origem da opressão dos negros. Nascido no
Senegal, estudou na França onde aderiu ao comunismo. Em Paris conheceu
Aimé Césaire, vindo de Martinica, que muito influenciou.
Senghor defendeu o conceito de negritude, entendo-a como o ideal
solidariedade racial. O movimento tenha o objetivo de levar os africanos a
redescobrir sua própria cultura como meio de valorizar sua identidade
política e social. O conceito de negritude propunha, portanto, a unidade
africana no plano cultural. Professor e poeta, Seghor tornou-se presidente
do Senegal em 1962. Seu governo implementou um programa socialista
modelado.
Sua obra literária foi conhecida internacionalmente. Os movimentos de
independência nos anos 1950 e 1960 colocaram o pan-africanismo na
ordem do dia e o redefiniram.
Colonização e descolonização
Mundo neoliberal:
O neoliberalismo foi elaborado pelo economista austríaco Friedrich Hayek
(1899-1992) e tinha como base a redução do papel do Estado na economia.
Para o neoliberalismo o objetivo principal de qualquer governo era
estabilizar a moeda, com o fim da inflação. Para isso, eram necessários o
equilíbrio do orçamento e a redução dos gastos públicos, cortando, por
exemplo, os benefícios sociais aos trabalhadores. Assim, os governos
deviam enfrentar sindicatos e reduzir os impostos sobre as empresas,
estimulando o investimento produtivo e o lucro empresarial.
Foi durante o governo de Margaret Thatcher que o programa neoliberal
passou a ser adotado. Esse modelo passou a ser adotado por vários países,
com a privatização das empresas estatais, em especial nos setores
siderúrgicos, elétrico, petrolífero e os serviços de água e gás. O objetivo era
desmontar o Estado de bem-estar social.
Nos EUA, Reagan também seguiu o programa neoliberal, porém,
determinado a provocar o colapso da URSS, manteve os gastos
armamentistas em prejuízo do equilíbrio orçamentário. Em 1982, foi a vez
do conservador Helmut Khol ganhar as eleições na Alemanha Ocidental.
Outros países conheceram a vitória de partidos de direita inspirados no
modelo neoliberal. O modelo baseou-se na lata de juros, na redução dos
impostos das empresas, na diminuição dos investimentos públicos, na
liberação da circulação de capitais, na intransigência com movimentos
grevistas e ações sindicais, no corte ou na redução de gastos sociais, em
especial os direitos trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores.
A desindustrialização:
A maior parte do comércio global hoje é realizada por grandes empresas
transnacionais sediadas nos países capitalistas desenvolvidos. A partir dos
anos 1970, essas empresas começaram a transferir suas fábricas para países
em desenvolvimento a fim de cortar custos. Com incentivo de governos
locais e mão de obra mais barata, elas podiam lucrar muito mais. Assim, em
vez de importar força de trabalho de países pobres, as empresas passaram a
instalar suas fábricas em países como México, Malásia, China, entre outros.
Com mão de obra mais barata e poucos direitos trabalhistas garantidos por
leis, esses países se tornaram atrativos para os capitais internacionais.
A construção de fábricas nos países mais pobres ocasionou, nos países
desenvolvidos, um processo de desindustrialização.