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Conflito Árabe-Israelense: Pontos de

máxima relevância
CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA:
Em 2000a.c. o povo judeu surge na região da palestina. Quinhentos anos depois,
os judeus migram para o Egito, onde são escravizados pelo povo de lá. Trezentos anos
depois eles são libertos por Moisés e retornam à Palestina. Porém, babilônios, romanos
e muçulmanos conquistaram alternadamente a região da Palestina, ocasionando a
difusão dos judeus pelo mundo.
A partir do século VII, os árabes mulçumanos começaram a dominar a região,
convivendo pacificamente com os judeus. No século XVI, o império otomano toma
controle da região até a sua queda, no fim da Primeira Guerra. A região da Palestina
passa a ser colônia de países como Inglaterra e França (principalmente Inglaterra), que
visavam a obtenção de petróleo e gás natural, além da criação de bases militares e
navais.
Mediante apoio britânico, milhares de judeus ao redor do mundo migraram para
a região da Palestina, de volta à terra sagrada. Com a eclosão da Segunda Guerra,
milhões de judeus foram mortos pelo Nazismo. Ao fim da guerra, a comunidade judaica
pressionou a ONU para a criação do Estado de Israel na região da Palestina. Embora
alguns países ao redor do mundo tenham oferecido terras para a criação do Estado, os
judeus não aceitaram, pois a criação deveria ser feita na terra prometida.

O CONFLITO:
O conflito inicia-se com a resolução da ONU de 1947, que consistia na partilha
do território da palestina para a criação de dois Estados: o de Israel e o da Palestina.
Porém, a resolução não agradou ambas as partes, pois os palestinos, que consistiam na
maioria da população, receberam menos terras (47%) do que os judeus (53%), que
consistiam na minoria da população. A Palestina ficou com a Cisjordânia e a Faixa de
Gaza enquanto Israel ficou com o resto do território.
Além disso, a cidade sagrada de Jerusalém também foi dividida: o lado oeste
seria administrado pelos árabes muçulmanos e o lado leste seria administrado pelos
israelenses muçulmanos. O problema dessa divisão é que o muro das lamentações,
símbolo do judaísmo, ficou na parte árabe, e a Palestina não se contentou em ter
Jerusalém dividida, pois queriam todo seu território. Dessa forma, a Palestina não
aceitou a resolução da ONU.
Para apimentar as relações entre Israel e Palestina, Israel declarou sua
independência em 1948, devido à expressiva comunidade judaica existente na região. A
liga árabe, que comprava armas da União Soviética, entende Israel como um invasor,
atendendo desejos dos EUA, França e Reino Unido (que ajudaram a região a se tornar
independente), e iniciam um ataque à região. O resultado da guerra de 1948 foi a vitória
de Israel, que ampliou seu território, tomando partes da Faixa de Gaza e da Cisjordânia,
e iniciou a construção de assentamentos residenciais em território palestino.
Em 1956, o Egito nacionaliza o Canal de Suez, barrando a passagem de navios
petroleiros israelenses. Em consequência desse ato, o preço do barril do petróleo
aumentou no mercado internacional. No entanto, a situação foi resolvida com a
intervenção das grandes potências mundiais, e o Egito abriu novamente o Canal de
Suez.
Em 1964, é criada a OLP (Organização para a Libertação da Palestina),
organização política e militar que visa, como o próprio nome diz, a libertação da
Palestina.
Em 1964, eclode uma nova guerra, a chamada “Guerra dos Seis Dias”, no qual
Israel ataca a Palestina utilizando a técnica de combate criada pela Alemanha durante a
primeira Guerra Mundial. São atacadas as Colinas de Golã, onde se encontra a nascente
do rio Jordão, a Jordânia, onde palestinos habitavam a Cisjordânia, e a Península do
Sinai. Além disso, Israel se apropria da Faixa de Gaza e de toda Jerusalém.
Então, em 1972, ocorre o Massacre de Munique, onde, durante as olímpiadas na
cidade, 12 atletas israelenses são atacados por membros de um grupo terrorista palestino
chamado Setembro Negro (ligado à OLP), dos quais 11 morreram. Os terroristas
exigiam a libertação de 234 detentos palestinos presos em Israel.
Em 1973, ocorre mais uma guerra, a guerra de “Yom Kippur”. Aproveitando um
feriado religioso judeu, árabes do Egito, da Síria e do Iraque atacam Israel, buscando
recuperar as terras perdidas na Guerra dos Seis Dias. Os árabes são derrotados e param
de fornecer petróleo para os países ocidentais, gerando uma nova crise de
abastecimento. Com o fim da guerra, Israel amplia o número de assentamentos judaicos
nas áreas anteriormente palestinas. A partir de 1980, cresce o número de Intifadas por
parte dos palestinos.

AS TENTATIVAS DE PAZ:
Em 1993, sai um tratado de paz entre o líder palestino, Yasser Arafat, e o
primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, que devia ser implementado em 4 fases.
Tratado de Oslo (1993):
1. Retirada das forças armadas israelenses da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.
2. Retirada de pelo menos 50% dos assentamentos judaicos em território
palestino.
3. Autoridade Nacional da Palestina gestaria seu território
4. Jerusalém seria a capital dos dois países, tendo status de cidade
internacional.
O Arafat reconhece Israel como um Estado soberano e o Rabin reconhece a OLP
como a única e legítima representação política do povo palestino, desagradando os
grupos terroristas. Dessa forma, em 1995, Rabin é morto por um fanático israelense,
pondo fim ao acordo.
Como consequência disso, as Intifadas aumentaram assim como os
assentamentos judaicos em território palestino. Além disso, com ajuda dos EUA, Israel
ganha um intenso poderio militar, como escudos antimíssil, e endurece suas ações na
Faixa de Gaza, visando combater o Hamas.
Na faixa de Gaza, a condição de vida, de trabalho e de água é péssima. Em 2010,
Israel bloqueou o fornecimento de suprimentos básicos aos palestinos em resposta aos
ataques do Hamas.

RECONHECIMENTO PALESTINO:
Em 2012, a Autoridade Nacional da Palestina foi reconhecida na Assembleia
Geral da Onu, exceto por dois países: Eua e Israel. Em 2013, a Google incluiu no seu
sistema de mapas o território da Autoridade Nacional da Palestina.
O que mais atrapalha a formação da Palestina são os grupos terroristas, pois os
países ocidentais, assim como Israel, não aceitam que eles gestem o país (e o motivo é
óbvio).
Em 2017, os EUA reconheceram Jerusalém como a capital de Israel, e mudaram
sua embaixada no país para lá. Assim também fizeram Guatemala, Honduras, Hungria,
Republica Checa e Brasil. O Paraguai também o fez, mas revogou a decisão meses
depois. Com isso, as revoltas aumentaram e os atentados também.

GRUPOS TERRORISTAS:
Fatah: grupo Movimento de Libertação Nacional da Palestina. É sunita, ligado a
OLP, e controla a Cisjordânia.
Hamas: grupo sunita. Controla a faixa de Gaza.
Hezbollah: força islâmica xiita com estrutura similar à do exército. Seu principal
objetivo é fazer frente às ações de Israel.
Jihad: grupo palestino sunita, considerado terrorista por países como EUA, UE,
Japão e Israel. Prega a destruição do estado judeu e a constituição de um estado
islâmico.
Grupos judeus: procuram causar danos à palestinos e à políticos judeus que
procuram um acordo de paz
Esses grupos terroristas impedem que um acordo de paz seja efetivado, pois
possuem grande influência e lançam mísseis contra Israel quase todos os dias. O Hamas
passou a ter controle de alguns territórios palestinos, impossibilitando que Israel respeite
o tratado de Oslo.
ARGUMENTOS:
1 - Não há como evitar as ações dos grupos terroristas, como o Hamas. Porém, há como
diminuir as desavenças entre ambos os países retomando o tratado de Oslo, que mais
chegou perto de uma paz.
- O exército Israelense haveria de deixar as áreas que são por direito da palestina
(segundo a Resolução da Onu de 1947), ao mesmo tempo em que 50% dos
assentamentos residências israelenses também deveriam ser retirados.
- Jerusalém pertenceria aos dois países.

2 – Israel voltaria a fornecer suprimentos para a faixa de Gaza ao mesmo tempo em que
a palestina contribuiria financeiramente para a proteção de Israel contra os ataques
terroristas.
3 – Operação Chumbo Fundido, que causou a morte de 1500 palestinos. Nesse ataque,
foram encontrados metais tóxicos que causaram sequelas severas em vários palestinos,
inclusive em crianças.
4 – Ataque à base da ONU em Qana, em 1996, por parte dos israelenses.
5 – Para lidar com os grupos terroristas, podemos arrumar meios de interromper seu
financiamento, como lidar com os riscos associados às moedas virtuais e aos cartões
pré-pagos anónimos e aumentar a transparência com as pessoas que gestam as
empresas. Podemos, também, avisar empresas de redes sociais para removerem o mais
rápido possível conteúdos aliados a alguma ideia terrorista, aumentando a vigilância nas
redes.
6 – Israel julga que precisa destruir o arsenal de armas do Hamas, justificando seus atos.
Porém, essa ação direta deve ser feita pelo governo palestino, e não pelo governo
israelense. Portanto, o que eles podem fazer é se aliar ao governo palestino para acabar
com as bases terroristas. O que acontece é que quando Israel tenta combater os
terroristas, ela só incita ainda mais a violência por parte deles, além de contribuir para
que novos indivíduos se aliem aos grupos.

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