Você está na página 1de 26

A questão Israel/ Palestina

• Final do século XIX –


Início do movimento sionista internacional - defendia a criação
de um Estado judeu na Palestina - Canaã ou Terra Prometida -
fato que poria um fim na diaspora do povo judeu

– Declaração Balfour - 1917 (chanceler britânico)


- a Grã-Bretanha é favorável a criação do Estado
Judeu na Palestina - resultou em uma significativa migração
de judeus à região (compraram as melhores terras) -
descontentamento árabe;
• Conflito:

– Diferença étnica- religiosa – disputa pela terra


santa - Jerusalém: cidade sagrada para judeus,
cristãos e muçulmanos;

– Questão espacial (“luta pela terra”) - mensagem de


jornal árabe de Haifa (final do século XIX): “...dos
judeus não comprem nada, exceto terras; aos
judeus vendam tudo, exceto terras”;
A declaração se refere a intenção do governo britânico de facilitar o
estabelecimento do Lar Nacional Judeu na Palestina, caso a
Inglaterra conseguisse derrotar o Império Otomano, que, até então, dominava
aquela região. ( nov./1917)

A Declaração de Balfour . A carta foi escrita usando-se nos seguintes termos:


"Caro Lord Rothschild,

"Tenho o grande prazer de endereçar a V. Sa., em nome do governo de Sua


Majestade, a seguinte declaração de simpatia quanto às aspirações
sionistas, declaração submetida ao gabinete e por ele aprovada:
“O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento, na
Palestina de um Lar Nacional para o Povo Judeu, e empregará todos os
seus esforços no sentido de facilitar a realização desse objetivo,
entendendo-se claramente que nada será feito que possa atentar contra
os direitos civis e religiosos das coletividades não-judaicas existentes na
Palestina, nem contra os direitos e o estatuto político de que gozam os
judeus em qualquer outro país.´
"Desde já, declaro-me extremamente grato a V. Sa. pela gentileza de
encaminhar esta declaração ao conhecimento da Federação Sionista.
"Arthur James Balfour."
• 1947 - Assembléia da ONU - Partilha Palestina - criação de um
Estado Judeu (Israel - 56.4% do território) e de um Muçulmano
(Palestina - 43.6%) - influência do Holocausto (mais de 6
milhões de judeus mortos);
As ruínas do Muro das Lamentações - segundo Templo de
Jerusalém, de cerca de 200 A.C., destruído pelos romanos
em 70 d.C.
1948 - Declaração
de Independência de
Israel - primeiro
conflito Árabe (Síria,
Egito, Iraque, Arábia
Saudita, Jordânia) x
Israel  Israel
expande território
para 2/3 da Palestina;
 1949 - criação da Al Fatah (Yasser Arafat ) - início
da luta armada contra Israel;
 1964 - criação da OLP (reconhecida pela ONU
como representante
oficial do povo pales-
tino) - prática do ter-
rorismo como forma
de pressão contra
Israel;

Arafat na época da
criação da OLP.
 1967 - Guerra dos Seis Dias - tendo como pretexto
uma possível ameaça de ataque árabe/muçulmana
ao seu território, Israel invade e ocupa os seguintes
territórios:
 Península do Sinai e Faixa de Gaza (Egito);
 Colinas de Golã (Síria);
 Cisjordânia e Jerusalém Oriental (Jordânia).

 Início do processo de colonização dos territórios


ocupados (constituição de assentamentos ou
colônias judaicas - insatisfação dos palestinos);
Territórios
ocupados por
Israel em
decorrência da
Guerra dos Seis
Dias
 1973 - Guerra do Yon Kippur (Dia do Perdão) -
países árabes atacam Israel com o intuito de
reconquistar os territórios ocupados (apoio soviético)
 vitória israelense (apoio estadunidense).
 retaliação árabe  OPEP (Organização dos países
exportadores de petróleo) - crise do petróleo.

O aumento acentuado custo do


barril de petróleo, decorrente do
boicote dos países árabes da
OPEP, fez com que alguns dos
maiores importadores do
produto buscassem aumentar
sua produção, caso dos EUA
(imagem - offshore Mississipi).
 1982 - Israel ataca o Sul do Líbano (bases da OLP)
 massacre nos campos de refugiados de Sabra e
Chatila (comunidade internacional se sensibiliza
com a causa palestina);

 1987 - Início da Intifada (levante) nos territórios


ocupados Guerra das Pedras)  1a revolta popular
palestina;

 fortalecimento de grupos de grupo islâmicos


fundamentalistas (radicais) Hamas, Jihad Islâmica,
Hezbolah, etc.

(prática do terrorismo  morrer em nome de Alah)


Criança palestina arremessa pedra em tanque
israelense. É a intifada. Grande probabilidade de ser
um homem-bomba de grupos terroristas no futuro.
 1993 - Assinatura de Acordo de Paz
(iniciado na Noruega, ratificado em
Washington-EUA;

RATIFICAÇÃO DO ACORDO DE OSLO EM


WASHINGTON. RABIN (ex. PRIMEIRO MINSTRO
ISRAELENSE); CLINTON E ARAFAT (PRESIDENTE DA
AUTORIDADE PALESTINA)
 2000 – Início de uma nova Intifada, motivada
pela visita do então líder da oposição israelense,
Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas, local
mais sagrado de Jerusalém para palestinos e
judeus (que o chamam de Monte do Templo),
provocando protestos palestinos.
Iasser Arafat morre aos 75 anos na
França
• Em 11 de novembro de 2004, seu
falecimento foi oficialmente anunciado.
• Na presidência da OLP (Organização para a
Libertação da Palestina), Arafat foi
substituído por Mahmoud Abbas, também
conhecido como Abu Mazen.
A Primavera Árabe não se trata de um evento, de algo
breve ou de uma estação do ano, trata-se de um período de
transformações históricas nos rumos da política mundial.
Entende-se por Primavera Árabe a onda de protestos e
revoluções ocorridas no Oriente Médio e norte do
continente africano em que a população foi às ruas para
derrubar ditadores ou reivindicar melhores condições
sociais de vida.
Tudo começou em dezembro de 2010 na Tunísia, com a derrubada do
ditador Zine El Abidini Ben Ali. Em seguida, a onda de protestos se
arrastou para outros países. No total, entre países que passaram e que
ainda estão passando por suas revoluções, somam-se à Tunísia: Líbia,
Egito, Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Síria, Jordânia e Omã.
Tunísia: Os protestos na Tunísia, os primeiros da Primavera Árabe. Essa
revolta ocorreu em virtude do descontentamento da população com o
regime ditatorial, iniciou-se no final de 2010 e encerrou-se em 14 de
Janeiro de 2011 com a queda de Ben Ali, após 24 anos no poder.
O estopim que marcou o início dessa revolução foi o episódio
envolvendo o jovem Mohamed Bouazizi, que vivia com sua família
através da venda de frutas e que teve os seus produtos confiscados pela
polícia por se recusar a pagar propina. Extremamente revoltado com essa
situação, Bouazizi ateou fogo em seu próprio corpo, marcando um
evento que abalou a população de todo o país e que fomentou a
concretização da revolta popular.
Líbia: a revolta na Líbia é conhecida como Guerra Civil Líbia
ou Revolução Líbia e ocorreu sob a influência das revoltas na Tunísia,
tendo como objetivo acabar com a ditadura de Muammar Kadhafi. Em
razão da repressão do regime ditatorial, essa foi uma das revoluções mais
sangrentas da Primavera Árabe. Outro marco desse episódio foi a
intervenção das forças militares da OTAN (Organização do Tratado do
Atlântico Norte), comandadas, principalmente, pela frente da União
Europeia. O ditador líbio foi morto após intensos combates com os
rebeldes no dia 20 de Outubro de 2011.
Egito: A Revolução do Egito foi também denominada por Dias de
Fúria, Revolução do Nilo. Ela foi marcada pela luta da população
contra a longa ditadura de Hosni Mubarak. Os protestos se iniciaram em
25 de Janeiro de 2011 e se encerraram em 11 de Fevereiro do mesmo
ano. Após a onda de protestos, Mubarak anunciou que não iria se
candidatar novamente a novas eleições e dissolveu todas as frentes de
estruturação do poder. Em Junho de 2011, após a realização das eleições,
Mohammed Morsi foi eleito presidente egípcio, porém, também foi
deposto no ano de 2013.
Síria: Os protestos na Síria também estão em curso e já são classificados
como Guerra Civil pela comunidade internacional. A luta é pela
deposição do ditador Bashar al-Assad, cuja família encontra-se no poder
há 46 anos. Há a estimativa de quase 20 mil mortos desde que o governo
ditatorial decidiu reprimir os rebeldes com violência.
Há certa pressão por parte da ONU e da comunidade internacional em
promover a deposição da ditadura e dar um fim à guerra civil, entretanto,
as tentativas de intervenção no conflito vêm sendo frustradas pela
Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU e
muitos interesses na manutenção do poder de Assad. Existem indícios de
que o governo sírio esteja utilizando armas químicas e biológicas para
combater a revolução no país.

Você também pode gostar