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E.E.

B VIDAL RAMOS JUNIOR

Ana Laura, Ana Luísa e Kaua Balbinot

Primavera árabe –
Israel/Palestina

Concórdia
2023
A primavera árabe foi uma série de protestos e revolta ocorridos nos países de
língua árabe, tais como: Tunísia, Argélia, Líbia, Jordânia, Iêmen, Egito, Síria, Iraque e
Bahrein, além de pequenos incidentes na Mauritânia, Omã, Arábia Saudita, Líbano,
Sudão e Marrocos. Com a duração de 3 anos (2010 – 2013), existiu vários objetivos
que giravam em torno da derrubada de ditadores, repressão, insatisfação popular,
perda de direitos fundamentais, altos níveis de desemprego, corrupção e pobreza.

Originou-se na Tunísia, quando um jovem teve sua banca de frutas e legumes


confiscada pela polícia e ateou fogo em seu próprio corpo em protesto às condições
de vida a que era submetido. Podemos vincular esse acontecimento como o “gatilho”
para que a população começasse com os protestos, exigindo o fim da ditadura de Zine
El Abidine Ben Ali, que se encontrava no poder há 23 anos.

Zine El Abidine Ben Ali


Os protestos exigindo a realização de eleições diretas não duraram muito. O início
aconteceu em dezembro de 2010 e o término ocorreu no mês seguinte, com a
renúncia do ditador, que não ofereceu grandes resistências. A revolta foi chamada de
Revolução de Jasmim, a mesma teve grade repercussão fazendo com que os outros
países seguissem o exemplo, passando a protestar também.
Imagens Revolução de Jasmim.
Em pouco menos de um mês após a derrubada de Ben Ali na Tunísia, foi a vez
de Hosni Mubarak, no Egito, também deixar o cargo em função das revoltas populares
que exigiam o fim de seu posto no comando do país que ocupara durante 30 anos: era
a chamada Revolução de Lótus. Com esse acontecimento no Egito juntamente com
o da Tunísia a primavera árabe foi se expandindo cada vez mais.

Hosni Mubarak
Após Hosni Mubarak sair de seu cargo, o novo presidente eleito foi Mohamed Morsi,
o mesmo também foi alvo de protesto e fúria da população dois anos após a eleição,
por ter aplicado um golpe.

Mohamed Morsi

Assim a primavera árabe continuo para a Síria em março de 2011 aonde a população
protestava pela renúncia do presidente Bashar al-Assad, no cargo desde 2000 e
sucessor de seu pai, Hafez al-Assad, que governou o país entre 1971 e o seu
falecimento no ano 2000. Foi um protesto muito violento que resultou em uma guerra
civil, em março de 2021 a Guerra Civil Séria completou 10 anos, estimasse que até
600 mil pessoas vieram a falecer. Mas o presidente continua no seu posto.
Bashar al-Assad

Em fevereiro de 2021 os protestos começaram na Líbia. Reivindicações muito


semelhantes estavam sendo feitas pelos manifestantes líbios, que saíram às ruas pela
renúncia de Muamar Kadhafi, que estava no poder desde 1969 e implantou um regime
ditatorial na Líbia. Assim como na Síria os protestos resultaram em uma guerra civil, os
países-membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) interviram e
enviarem reforço militar para auxiliar os opositores de Kadhafi, chamados então de
rebeldes. Os rebeldes tomaram Trípoli, capital do país, em agosto de 2011. Kadhafi foi
assassinado dois meses depois, na cidade de Sirte.

Muamar Kadhafi

Em busca de um governo democrático, do fim da corrupção e da erradicação da alta


taxa de desemprego no país, a população do Iêmen se uniu em protestos ainda em
janeiro de 2011. O então presidente, Ali Abdullah Saleh, deixou o cargo depois de mais
de 30 anos no poder. Em seu lugar assumiu o então vice-presidente, Abdrabbuh
Mansour Hadi, uma série de conflitos internos culminaram em uma guerra civil a partir
de 2014. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais de 12 mil pessoas
tenham sido mortas no conflito.
Ali Abdullah Saleh Abdrabbuh Mansour
Hadi

A Primavera Árabe produziu consequências distintas nos países onde os protestos


tiveram lugar, muitas pessoas foram feridas e mortas, milhares de desaparecidos e
refugiados em outros países. Estima-se que o número de vítimas fatais no Egito foi de
846 pessoas no primeiro ano de protestos. Já na Líbia, o número de mortes pode
superar 5 mil, considerando apenas as fatalidades entre as forças rebeldes. No Iêmen,
aproximadamente 200 mil pessoas foram mortas durante a guerra que se seguiu aos
protestos, enquanto a guerra civil da Síria já fez 306 mil vítimas civis entre 2011 e
2021, segundo as estimativas do Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas
para os Direitos Humanos.

Israel / Palestina

A criação do estado de Israel se oficializou em 14 de maio de 1948, quando o


governo israelense proclamou a fundação do país. A criação do Estado de Israel passa
diretamente pelo sionismo, um movimento nacionalista judeu que se consolidou na
década de 1890, esse movimento é entendido como um movimento nacionalista que
se estabeleceu como uma resposta judaica ao crescimento do antissemitismo no
continente europeu. A criação do Estado de Israel foi resultado da movimentação
política internacional dos sionistas, à medida que a presença judaica foi aumentando
na Palestina, os problemas entre árabes e judeus também cresceram. Os judeus
formaram grupos paramilitares para se defenderem, como o Haganá e a Gangue
Stern, atuando por meio de ataques terroristas. Os árabes, por sua vez, formaram
forças militares para lutar contra o domínio britânico na Palestina e encerrar a
migração judaica para a região. Com o tempo, a presença judaica aumentou, até que
o fluxo de judeus para a Palestina ganhou enormes proporções durante a Segunda
Guerra Mundial. Para que todo o caos acabasse a ONU aprovou, a partir da
Resolução 181, a divisão do território da Palestina. Assim, 53,5% do território foi
designado para ser Israel e 45,4% das terras seriam domínio dos palestinos, segundo
a resolução da ONU. Os judeus ficariam com a maior parte do território, mesmo tendo
apenas 30% da população.

Bandeira de Israel

A criação de Israel causou discórdia nos países vizinhos a Palestina que n


concordavam com a criação da mesma. De 1948 em diante uma série de conflitos
aconteceram na região como fruto dessa disputa pelo território entre judeus e árabes,
o primeiro conflito foi em 1948 chamado de Primeira Guerra Árabe-Israelense. Esse
conflito teve duração de 1948 a 1949, se encerrando com a vitória israelense e a
ampliação de seu território. As conquistas israelenses na guerra de 1948 fizeram com
que cerca de 700 mil palestinos fugissem de suas terras. A ONU estima, atualmente,
que o número de palestinos descendentes da “nakba” (tradução: catástrofe) estejam
em cerca de 5 milhões de pessoas. Até hoje o Estado de Israel não permite o retorno
dessas pessoas.

"Desde esse conflito travado entre 1948 e 1949, outras guerras entre israelenses e
palestinos foram travadas:

 Crise de Suez: foi uma crise política que teve início em 29 de outubro de 1956,
quando Israel, com o apoio da França e Reino Unido, que utilizavam o canal
para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao Egito. O motivo foi
desejo de as nações capitalistas controlarem um ponto estratégico no Mar
Vermelho, que permite ligar Europa à Ásia sem precisar contornar a África.
 Guerra dos Seis Dias: foi um conflito travado por Israel contra Egito, Síria e
Jordânia entre 5 e 10 de junho de 1967. Esse embate foi mais um capítulo da
tensão entre árabes e israelenses que aconteceu desde a fundação de Israel. A
guerra se iniciou quando Israel realizou um ataque surpresa contra o Egito.

 Guerra de Yom Kippur: foi um conflito envolvendo Israel contra Egito e Síria,
em 1973, e teve consequências diretas na Crise do Petróleo, que assolou a
economia mundial.

 Primeira Intifada: foi um movimento espontâneo e que surgiu da indignação


popular com o domínio e a ocupação israelense. O movimento acabou dando
mais força para diversos grupos de resistência palestinos, como a Organização
para a Libertação da Palestina (OLP) e o Fatah.

 Segunda Intifada: foi motivada pelo não cumprimento dos Acordos de Oslo e
pela visita do Monte do Templo por um político israelense, Ariel Sharon.
Nas intifadas, os palestinos se rebelavam contra as tropas israelenses usando
paus e pedras.

Agora no ano de 2023 está ocorrendo novamente um conflito, como motivo a disputa

de território, criação do Estado de Israel, em 1948, em território ocupado por

palestinos, muçulmanos não aceitarem a presença dos judeus, violência praticada por

ambas as partes. Está sendo um conflito muito violento, estimasse que as mortes no

conflito chegam a 9,7 mil: 8,3 mil palestinos e 1,4 mil israelenses.

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