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Primavera Árabe
Santo Amaro
2022
Deise Adrielle Teles de Oliveira
Emily Souza dos Santos
Evelyn de Andrade Pedreira
Francisco Carlos Barreto Cardoso
Raziel Guilherme de Lima Côrtes
Primavera Árabe
Santo Amaro
2022
• Introdução
• Causas
As principais causas para a adoção do movimento que foi a Primavera Árabe nos
países foram a insatisfação com os modelos autoritaristas que regiam os países na época.
A população dos países que integraram o movimento, não estava contente com toda a
corrupção dos seus respectivos governos, as altas taxas de desemprego e a falta de
democracia, além da percepção do isolacionismo.
Na Tunísia, país que deu o pontapé inicial para a Primavera Árabe acontecer, o
estopim foi o caso de Mohamed Boazizi, que foi um vendedor ambulante de frutas de 26
anos da cidade de Sidi Bouzid que frequentemente era intimidado por policiais por falta
de licença, problema com seus produtos e cobrança de propina, que Mohamed se recusava
a pagar. No dia 7 de dezembro de 2010, a polícia confisca o carrinho de frutas de
Mohamed, alegando que o mesmo não possuía licença para vender naquele local, após
isso, Mohamed foi até a sede do governo local para tentar recuperar o seu carrinho que
era a sua forma de sustento e não foi recebido, o seu desespero por não conseguir mais
trabalhar foi tão grande, que Bouazizi pegou um galão de combustível, foi para frente do
prédio do governo e ateou fogo no próprio corpo, e por conta das redes sociais a notícia
se espalhou e deu origem a todos os protestos.
• Como ocorreu?
A Tunísia era governada pelo presidente Zine Al-Abidine Ben Ali, um general
ditador, que ficou no poder entre novembro de 1987 até janeiro de 2011, passando ao todo
23 anos no poder.
Em dezembro de 2010 após a autoimolação de Mohamed Bouazizi, gota d’agua
para toda a população da Tunísia que já estava insatisfeita com o regime político e social
do país e começaram a pedir a democracia e o fim do governo de Zine Al-Abidine Ben
Ali, assim começou a série de protestos dos tunisinos que Ben Ali até tentou acalmar com
uma visita ao Bouazizi no hospital, porém não conseguiu, e todas as suas tentativas
frustradas de manter a ordem dizendo o quão “inaceitáveis” eram as manifestações e de
esconder o número de mortos nos protestos, após a morte do jovem Mohamed em 4 de
janeiro de 2011 as manifestações se intensificaram e dia 13 de janeiro de 2011, Ben Ali
declarou que não disputaria as eleições de 2014, mas não surtiu muito efeito na revolta
da população, portanto no dia seguinte, 14 de janeiro, o presidente da Tunísia se retira do
país em direção à Arábia Saudita onde fica exilado.
Após o sucesso rápido da Tunísia, outros países se inspiraram e se juntaram à
Primavera Árabe.
“Estava lançada, na entrada do inverno, a série de protestos e
revoluções contra regimes autoritários no Oriente Médio, conhecida
como Primavera Árabe.” (SIMÕES, Rogério. 2021)
• Consequências
Como já foi dito anteriormente, a Primavera Árabe se espalhou por diversos países
do Oriente Médio e do Norte da África, e em cada país houve um desdobramento diferente
do que aconteceu na Tunísia, a seguir será descrito os acontecimentos dos principais
países:
o Líbia
o Egito
o Argélia
o Síria
o Iêmen
No Iêmen o país teve seu ditador deposto e o seu posto foi assumido por
um líder que prometeu com que essa transição seria feita de forma pacífica
para isso contou com o auxílio da ONU e da União Europeia.
o Marrocos, Omã e Jordânia
É de conhecimento geral que, as redes sociais vêm cada vez mais transformando
a sociedade, bem como a comunicação em proporção global. O alcance e a velocidade
das informações divulgadas nas plataformas digitais, tais como, Twitter, Instagram,
Facebook, Youtube, entre outras, possibilitou trazer para perto algo que está fisicamente
distante, o que permitiu às organizações de movimentos populares de oposição ao
autoritarismo deter governos ditatoriais, como aconteceu na Tunísia, Egito e Líbia
durante a Primavera Árabe.
Visto que estava acontecendo um descontentamento social geral, houve a
necessidade de mudança, assim, os movimentos sociais surgiram. Em razão disso, a
internet acabou tornando-se um meio de protesto social, onde viabilizou a realização da
comunicação entre os manifestantes de alguns países da região, atraindo mais e mais
apoiadores que defendiam a causa.
No mundo Árabe não havia uma grande quantidade de usuários de redes sociais,
porém, devido ao evento da Primavera Árabe, houve uma multiplicação do uso dessas
redes no ativismo político. Segundo o Opera Mundi, na Tunísia, o número de usuários
cadastrados no Facebook subiu significativamente em um intervalo de 2 meses, cerca de
200 mil novos cadastrados entre novembro de 2010 e janeiro de 2011. O Twitter e o
Youtube também foram importantes nessa jornada. Nesse cenário, os Estados se
apropriaram de mecanismos estratégicos como o uso da vigilância e da espionagem para
priorizar suas reivindicações particulares, ignorando as demandas e necessidades da
população protestante.
Dessarte, como as informações chegaram a grau internacional, os Estados e
instituições internacionais mostraram seu apoio e se mobilizaram a favor dos
manifestantes nas redes sociais. Dessa forma, as redes sociais conseguiram informar o
mundo inteiro sobre o que estava acontecendo e, assim, ganhar o apoio da maioria dos
países ocidentais.
• Referências
MARINHO, Isadora Ferreira. “A importância das redes sociais na primavera árabe: uma
reflexão”. Dois Níveis, 2022. Disponível em: https://www.doisniveis.com/oriente-
medio/a-importancia-das-redes-sociais-na-primavera-arabe-uma-reflexao/. Acesso em:
02/12/2022 às 14:23
“Mohamed Bouazizi: O verdureiro que ateou fogo em seu corpo e começou uma
revolução”. O globo, 2020. Disponível em: https://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-
acervo/post/mohamed-bouazizi-o-verdureiro-que-ateou-fogo-em-seu-corpo-e-comecou-
uma-revolucao.html. Acesso em: 07/12/2022 19:53