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DISCIPLINA GEOGRAFIA
PRIMAVERA ÁRABE
Belo Horizonte
2023
SUMÁRIO
INTRODUAÇÃO..............................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO....................................................................................................4
CONCLUSÃO.................................................................................................................14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................15
INTRODUÇÃO
A Primavera Árabe foi uma série de protestos de rua que aconteceram nos países árabes
do norte da África e no Oriente Médio, a partir de 2010. O contexto político era
caracterizado pela repressão, insatisfação popular, perda de direitos fundamentais, altos
níveis de desemprego, corrupção e pobreza.
O fato foi o ápice da revolta e frustração da população com a situação socioeconômica do
país. Por isso, esse acontecimento é considerado o estopim para o início das revoltas e
protestos na Tunísia, que depois se espalharam para países como outros países.
Os movimentos lutaram por justiça, democracia, direitos humanos, dignidade e liberdade
dos abusos policiais. A comunicação midiática era censurada e controlada pelos governos,
por isso as redes sociais foram adotadas como a forma principal de disseminar a
informação e mobilizar mais pessoas. O ambiente digital permitiu que a população se
comunicasse e manifestasse opiniões que seriam barradas em meios tradicionais. “Os
meios digitais apontaram o protagonismo dos jovens, que foram decisivos no movimento
revolucionário iniciado na Internet e esparramado por todo o Egito”.
DESENVOLVIMENTO
Essa manifestação popular foi impulsionada por vários motivos e fatores, os principais
motivos que contribuíram para a Primavera Árabe foram:
• Mídia: A disseminação rápida das notícias e imagens através das mídias sociais e da
televisão por satélite permitiu que as pessoas em toda a região acompanhassem de perto
os eventos na Tunísia. Isso ajudou a criar um senso de solidariedade e conectividade entre
os cidadãos árabes, levando à disseminação dos protestos.
Os conflitos entre Israel e Palestina são travados desde a década de 1940 e remontam ao
surgimento do movimento sionista, que defendia a fundação de um Estado judeu na
Palestina. Ao longo do século XX, uma série de conflitos, como a Guerra dos Seis Dias,
foram travados. Atualmente os palestinos são obrigados a vivem em condições bastante
ruins.
Estado Islâmico
A morte de Osama bin Laden, numa impressionante operação militar americana em solo
paquistanês, em maio de 2011, espalhou uma sensação de alívio nos países que vinham
sofrendo ataques organizados pelo grupo Al-Qaeda. O responsável pelo 11 de Setembro
e tantos outros atentados não podia mais espalhar sua campanha de violência. Poucos
imaginavam, no entanto, que não muito longe dali, no ainda instável e violento Iraque,
pudesse estar nascendo uma ameaça potencialmente ainda mais grave.
O islamismo possui duas vertentes, os xiitas e os sunitas, sendo assim, explique a
diferença entre elas.
Os sunitas e xiitas compartilham dos mesmos dogmas da fé islâmica. No entanto, a grande
questão recai sobre quem seria o verdadeiro profeta após a morte de Maomé (570-632).
Os sunitas acreditam que a liderança após a morte de Maomé deve ser escolhida pela
comunidade muçulmana através do processo de consulta (shura). Eles defendem que os
primeiros quatro califas que sucederam Maomé (Abu Bakr, Omar, Uthman e Ali) foram
líderes legítimos e que a liderança deve ser baseada na competência e aceitação popular.
Os xiitas, por outro lado, acreditam que a liderança deveria ter sido mantida dentro da
família de Maomé, começando com seu primo e genro Ali. Eles acreditam que Ali foi
designado por Deus como o líder legítimo (Imã) após a morte de Maomé, e que a liderança
deve continuar dentro da linhagem de Ali. Portanto, eles não reconhecem os primeiros
três califas como líderes legítimos.
Os xiitas são considerados mais tradicionalistas. Eles conservam mais as tradições do
livro sagrado e seguem à risca as antigas interpretações do Alcorão e da Sharia (Lei
Islâmica).
Figura 3: Mapa do conflito entre Xiitas e Sunitas
Os sunitas, por sua vez, são considerados mais ortodoxos. Além de seguirem os preceitos
da religião islâmica segundo o Alcorão e a Sharia, também baseiam suas crenças na Suna,
livro que relata os feitos de Maomé.
Vale ressaltar que dentro do xiismo e do sunitismo, há diversas subseitas e escolas de
pensamento, cada uma com suas próprias interpretações e práticas. Essas diferenças
podem se estender para além das questões de liderança e sucessão, abrangendo também
interpretações específicas da lei islâmica e da teologia. Portanto, o islamismo é uma
religião diversa com uma rica variedade de crenças e práticas em todo o mundo.
Iêmen
A ONU diz que a guerra no Iêmen resultou em níveis chocantes de sofrimento e causou
o pior desastre humanitário do mundo.
O conflito já produziu 233 mil mortes, incluindo 131 mil por causas indiretas, como
falta de alimentos, serviços de saúde e infraestrutura. Mais de 10 mil crianças morreram
como consequência direta dos combates.
Quatro milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas e mais de 20,7 milhões
(71% da população do país) precisam de alguma forma de assistência humanitária ou
proteção para sua sobrevivência.
O conflito tem suas raízes no fracasso de um processo político que deveria trazer
estabilidade ao Iêmen após a Revolução Iemenita de 2011 - que foi parte da Primavera
Árabe - que forçou o presidente autoritário de longa data, Ali Abdullah Saleh, a entregar
o poder a seu vice, Abdrabbuh Mansour Hadi.
Analistas esperavam que a guerra durasse poucas semanas, mas ela já se arrasta há oito
anos, e nos últimos anos houve um escalonamento da violência.
Síria
Miamar
Mianmar é outra região que enfrenta tensões políticas e étnicas há anos - e muitos
analistas dizem que o país vive uma guerra civil. A violência lá aumentou nos últimos
meses.
Os militares do Tatmadaw (Exército) deram um golpe em Mianmar e assumiram o
controle do país em 1º de fevereiro de 2021, após uma eleição geral vencida por ampla
margem pelo partido da líder Aung San Suu Kyi (NLD).
A ONG humanitária International Rescue Committee estima que os conflitos que se
espalharam por todo o país desde que os militares tomaram o poder já deslocaram 220
mil pessoas em 2021.
Uma guerra que já dura 16 meses na Etiópia deixou 900 mil pessoas em situação de fome,
segundo estimativa do governo americano. Rebeldes que lutam no país dizem que mais
de 9 milhões de etíopes necessitam de algum tipo de ajuda alimentar.
O conflito desencadeado em novembro de 2020 é um dos mais brutais no mundo
atualmente, com relatos de assassinato de civis e estupros em massa, segundo a Anistia
Internacional.
A base é uma disputa entre diferentes grupos étnicos que tentam conviver há quase 30
anos. Desde 1994, a Etiópia tem um sistema de governo federativo às vezes chamado de
federalismo étnico, em que cada uma das dez regiões do país é controlada por diferentes
grupos étnicos.
Uma delas é a região do Tigré, controlada por um partido político chamado de Frente de
Libertação do Povo de Tigré - que é formado por pessoas desse grupo étnico. A Frente
liderava uma coalizão de quatro partidos que governava a Etiópia desde 1991.
Soldados da Eritreia aliados do governo etíope também estão lutando em Tigré. Ambos
os lados do conflito foram acusados de atrocidades. Por ora, não há sinais de que o
conflito possa chegar a um fim, já que não há sequer negociações em andamento.
Haiti
O Haiti vive uma nova espiral de violência desde julho de 2021, quando o então
presidente do país Jovenel Moïse foi brutalmente assassinado.
Moïse, de 53 anos, foi baleado 12 vezes na testa e no torso. Seu olho esquerdo foi
arrancado e os ossos do braço e do tornozelo foram quebrados. A primeira-dama, Martine
Moïse, também foi baleada, mas sobreviveu.
A polícia haitiana alega que um grupo de mercenários principalmente estrangeiros - 26
colombianos e dois haitianos americanos - compôs o grupo que executou o assassinato.
Enquanto as investigações prosseguem, o país mergulhou em nova onda de violência.
O Haiti também virou manchete internacional por conta do grande fluxo de imigrantes
ilegais que tentaram cruzar para os EUA em outubro do ano passado.
Grupos internacionais alertam que a instabilidade do governo e a escalada de violência -
somados a problemas econômicos e desastres naturais - podem fazer com que a disputa
entre gangues no Haiti se transforme em um conflito armado.
Na África existem vários grupos terroristas em atuação, mas, entre eles, três se destacam:
Boko Haram, Al-Shabab e AQUIM (Al Qaeda no Magreb Islâmico). Esses grupos atuam
entre o Norte da África e a área de transição com a chamada África Subsaariana. Todos
são muito ativos e extremamente violentos. Todos os grupos terroristas que atuam na
África o fazem em regiões onde prevalecem condições socioeconômicas mais restritivas.
Assim, há uma clara relação entre pobreza/miséria e ação desses grupos, embora esse não
seja, naturalmente, o elemento mais importante e motivador da existência desses grupos.
Enfim, o terrorismo é uma triste realidade presente em algumas partes da África que
impõe novos desafios para Estados e para sociedades africanas. É um desafio que
ultrapassa as fronteiras da África e demanda o envolvimento de países de fora do
continente, além, é claro, da própria comunidade internacional.
Já no Oriente Médio, os principais são: Al-Qaeda, Estado Islâmico, Novo IRA e Talibã,
Hamas. Também conhecido como terrorismo islamista ou terrorismo jihadista, é uma
forma de terrorismo religioso cometido por extremistas islâmicos com o propósito de
atingir variadas metas políticas e/ou religiosas.
Estado Islâmico: como grupo surgiu do caos de guerras para aterrorizar o mundo.
Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/internacional-55379503>. Acesso em:
17 de setembro de 2023.