Você está na página 1de 4

PRIMAVERA ÁRABE

TUNÍSIA

Tudo começou em dezembro de 2010 com o protesto de um jovem árabe na Tunísia que tirou
a própria vida diante do desemprego e da corrupção no país. Como pólvora, graças à ajuda da
disseminação das redes sociais, esse caso percorreu o Oriente Médio ganhando cada vez mais
força e acabou derrubando governos e ditadores.

O então presidente da Tunísia era Zine al-Abidine Ben Ali. Ele estava no poder a mais de duas
décadas. Os protestos começaram a tomar conta das ruas, os choques com a polícia foram
ficando cada vez mais violentos e começou a chamar a atenção do mundo todo.

A situação se agravou a tal ponto que um mês depois, já em janeiro de 2011, o presidente
tunisiano deixou o país se exilando na Arábia Saudita onde acabou falecendo em 2019.

A herança deixada pela Tunísia para o mundo e principalmente da região, é de que era possível
tomar o poder através de protestos pacíficos. Foi dado início assim o que passou para a
história como Primavera Árabe.

EGITO

Praticamente todas as nações árabes viviam com problemas parecidos aos da Tunísia.
Economia agravada pela crise econômica de 2008, desemprego, governantes que não
permitiam protestos e cerceavam liberdades individuais, e a fácil comunicação pela internet
deram aos jovens a coragem para saírem as ruas.

O Egito a época era a maior nação árabe com 90 milhões de habitantes e era governado pelo
mesmo presidente, Hosni Mubarak, a nada menos do que 29 anos.

Os protestos começaram a ser convocados pelas redes sociais e rapidamente a população


ganhava as ruas em tamanho impossível de ser controlado pelo governo, em especial na
capital do país, Cairo.

Apesar de reprimir os protestos com violência, inclusive com centenas de mortos, o presidente
Hosni Mubarak renunciou ao cargo em fevereiro, menos de um mês depois do início dos
protestos no Egito.

LÍBIA

A Líbia era governada com mão de ferro pelo ditador Muammar Kadhafi desde o longínquo
ano de 1969. Mas o roteiro foi o mesmo do iniciado na Tunísia e que chegou ao Egito, ou seja,
a população saiu as ruas, em especial na segunda maior cidade do país, Benghazi, e a reação
do governo de Kadhafi veio de forma ainda mais violenta do que nos demais países
revolucionários. Neste momento foi necessário a intervenção da ONU que aprovou uma
resolução proibindo o bombardeio da cidade de Benghazi pelo governo, o que evitou a morte
de milhares de pessoas. Ainda proibiu o deslocamento de tanques do governo que rumassem
para a cidade. Essa situação rapidamente se transformou em uma guerra civil, mas com os
revoltosos recebendo o apoio da ONU e militarmente da OTAN, inclusive dos EUA.
Em agosto de 2011 os rebeldes conseguiram invadir o palácio de Kadhafi que conseguiu fugir,
mas em outubro ele foi capturado, espancado e morto a tiros. Era o fim da Primavera Árabe na
Líbia, mas o início de uma luta sangrenta para ocupar o vácuo de poder deixado por um
governo a tantas décadas no comando.

SÍRIA

O caso da Síria foi bem parecido com o da Líbia, mas com desfecho diferente. Bashar Al Assad
comandava o país, herdado de seu pai, com violenta repressão contra qualquer opositor desde
antes da eclosão das manifestações da chamada Primavera Árabe. Estas, por sua vez, tiveram
início em março causando as primeiras mortes. As manifestações se espalharam para outras
cidades e sempre o governo reagiu da mesma forma, com bombardeios e ataques e o governo
informando que estava lutando contra terroristas. As manifestações aumentaram ao longo de
2011 na mesma intensidade que o governo as reprimia.

Cresceram as manifestações internacionais pedindo o fim dos ataques do governo aos


manifestantes enquanto que a Síria se transformou num campo de uma sangrenta guerra civil.

Existiu a suspeita inclusive de utilização de armas químicas por parte do governo contra os
revoltosos. Em 2013 a ONU divulgou um levantamento com cerca de 60 mil mortos nos 2 anos
de conflito e em 2020 esse número já chegava a 500 mil. Mesmo assim Bashar Al Assad
permanece no poder até hoje.

Vários outros países da região também sentiram os efeitos da Primavera Árabe. Entre eles
destacam-se a Argélia, Iêmen, Marrocos, Bahrein, Jordânia e Omã.

Invasão do Iraque

Também conhecida como Segunda Guerra do Golfo, essa invasão do Iraque teve início em
2003 liderados pelos EUA que ocupou a região até 2011 quando as tropas americanas se
retiraram.

A invasão ocorreu em decorrência dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 aos


EUA. O então presidente George W. Bush declarou a chamada Guerra ao Terror e o Iraque foi
acusado entre outras coisas de possuir armas químicas, o que posteriormente foi provado ser
falso.

O presidente do Iraque, Saddam Hussein, fugiu e foi encontrado em um buraco no deserto.


Preso, posteriormente foi julgado e condenado à forca.

A ausência do poder forte e centralizado do ditador Saddam levou o país a uma violenta guerra
civil e que possibilitou a utilização da região por grupos extremistas como Al Qaeda.
Ditadura Chilena

Em 1973 tivemos um golpe militar no Chile liderado pelo General Augusto Pinochet. Ele
acabou depondo o líder de esquerda que tinha sido eleito, o socialista Salvador Allende. Este
por sua vez não se rendeu e acabou morto.

Pinochet assumiu o governo e proporcionou uma das ditaduras mais duras da América Latina
com muitas prisões, mortes e torturas.

Sempre com apoio dos EUA, Pinochet ficou no poder até a década de 1990.

Revolução dos Cravos

Ocorrida em Portugal em 1974.

Portugal teve uma das ditaduras mais longas de todo o século XX. O chamado Salazarianismo,
por causa de seu líder Antonio Salazar, chegou ao poder ainda na década de 30 e permaneceu
no poder até 1974.

Esse grupo conservador e, no início fascista, começou a receber oposição da população civil e
do MFA, Movimento das Forças Armadas que encabeçaram a Revolução tomando o poder.

Invasão do Afeganistão

Não é de hoje que o Afeganistão é palco de duras guerras.

Em 1979 o governo de então no poder era aliado da antiga União Soviética (URSS). Ameaçados
pelos apoiadores dos EUA, a hoje Rússia decidiu invadir o território o que vai causar uma
guerra que durará 10 anos e causará a morte de mais de um milhão de afegãos.

Ao final do conflito, o poder acabou ficando nas mãos do grupo Talibã, linha dura do islamismo
que por sua vez no futuro vai ocasionar o surgimento de Osama Bin Laden e nova invasão do
Afeganistão, dessa vez pelos EUA.

Revolução Iraniana

Ocorrido em 1979

Reza Pahlavi era o líder iraniano que deu uma certa ocidentalização ao país, o que desagradou
os líderes religiosos liderados pelo Aiatolá Khomeini.

Assim, Xá Reza Pahlavi acabou derrubado, sendo obrigado a deixar o país. Foi substituído por
um regime comandado por Khomeini que focava agora o governo em valores muçulmanos
rígidos, o que vai acabar fechando de certa forma o Irã para o mundo.

Uma revolução que vai mostrar a força do Islamismo em especial no Oriente Médio.
Guerra das Malvinas

Conflito envolvendo a Argentina contra a Inglaterra ocorrido no ano de 1982.

Essas ilhas pertencem a Inglaterra desde 1833, mesmo estando próximas a Argentina.

Para os ingleses são as ilhas Falkland e para os argentinos são as Malvinas.

Na década de 80 a Argentina vivia mais uma crise política quando a junta militar que estava no
poder resolveu invadir as ilhas tentando despertar o patriotismo do povo. A primeira ministra
da Inglaterra a época, Margareth Thatcher, reagiu duramente dando início ao conflito que teve
até ameaça de armas nucleares por parte dos ingleses.

Ao final a superioridade inglesa era tamanha que além de vencer o conflito, acabou acelerando
a derrocada dos militares no poder na Argentina.

Você também pode gostar